
As mulheres de Xabregas
Out 28, 2020 | Capítulos, Publicações

As mulheres de Xabregas: trabalho, quotidiano e ativismo (do fim do século XIX aos anos 40 do século XX)
- Virgínia Baptista & Paulo Marques Alves
- História do Movimento Operário e Conflitos Sociais em Portugal. Atas do IV Congresso História do Trabalho, do Movimento Operário e dos Conflitos Sociais em Portugal e III Conferência do Observatório para as Condições de Trabalho e Vida
- Pamela Peres Cabreira (Org.) & Raquel Varela (Coord. Científica)
- 2020
- Lisboa: Instituto de História Contemporânea | Colecção E-IHC
- Idioma: Português
- ISBN: 978-989-8956-20-0
- 501-516 p.
Excerto:
As mulheres trabalhadoras de Xabregas, em Lisboa, eram a maioria dos trabalhadores nas fábricas. Os empregadores preferiam as mulheres porque tinham as atividades mais rotineiras e recebiam os salários mais reduzidos em comparação com os homens. A legislação «protetora» do trabalho feminino e da maternidade de 1891 apenas foi aplicada no final dos anos 20 e de forma irregular. Na freguesia de Xabregas viviam famílias muito pobres. Por isso, desde o final do século XIX que associações públicas e privadas foram fundadas com os objetivos de assistência ou de previdência às mulheres. As mulheres trabalhadoras estavam integradas no movimento associativo mutualista, de classe e educativo, exclusivamente feminino ou misto (com homens e mulheres).
Sobre o livro:
Nos últimos decénios tem feito curso nas ciências sociais e humanas a ideia de que as sociedades teriam deixado de se organizar em torno do trabalho. Paralelamente, tem-se afirmado igualmente o fim das ideologias, do sindicalismo ou da militância. No entanto, o que a realidade nos mostra é que, ao invés da supressão do trabalho, se tem vindo a assistir antes ao crescimento do número de pessoas nele envolvidas. Nesta nova etapa de desenvolvimento do capitalismo, o trabalho não se extinguiu e o que se verifica, verdadeiramente, é que sofreu profundas transformações ao ter-se tornado, para largos setores, mais instável, multifacetado, intensificado e desvalorizado. Por conseguinte, há que redescobrir o trabalho, tornar visível o que alguns pretendem ocultar e apreender toda a sua complexidade a partir dos olhares diversos que são protagonizados pelas várias ciências, numa perspectiva inter e multidisciplinar. Por outro lado, há que evidenciar igualmente as consequências da intensificação e da desvalorização do trabalho para a saúde dos trabalhadores e as suas condições de vida, bem como as modalidades de resistência que estes lhes opõem – no presente e no passado. Esta é a abordagem deste livro, que corresponde à organização dos textos e temas apresentados no IV Congresso de História do Trabalho, do Movimento Operário e dos Movimentos Sociais em Portugal & III Conferência do Observatório para as Condições de Trabalho e Vida, realizado na cidade de Lisboa em Novembro de 2019.
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Mesa-redonda com o propósito de debater e desconstruir alguns dos mitos que rodeiam o 25 de Novembro, interrogando o seu lugar na história da revolução. O 25 de Novembro
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Mesa-redonda com o propósito de debater e desconstruir alguns dos mitos que rodeiam o 25 de Novembro, interrogando o seu lugar na história da revolução.
O 25 de Novembro entre história, memória e mito
O 25 de Novembro de 1975 foi sempre uma data controversa. A multiplicidade de forças em acção e a complexidade do processo revolucionário tornam a sua análise particularmente resistente a interpretações lineares. Desde 1975, o significado do 25 de Novembro dependeu das diferentes posições dos protagonistas, das opções metodológicas das várias correntes historiográficas debruçadas sobre o período, e da própria memória social do PREC.
O cinquentenário, que se assinala este ano, é mais um exemplo das tentativas de rejeição e apropriação daquele momento, mas constitui também uma oportunidade para repensar o seu significado numa história mais vasta da revolução. Esta mesa-redonda reúne um conjunto de historiadores/as que se têm dedicado ao estudo do processo revolucionário de 1974-75, com o propósito de debater e desconstruir alguns dos mitos que rodeiam o 25 de Novembro, interrogando o seu lugar na história da revolução, bem como os sucessivos usos políticos feitos a partir da sua memória.
ENTRADA LIVRE
Participantes:
Ricardo Noronha (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
António Louçã
David Castaño (IPRI — NOVA FCSH)
Irene Flunser Pimentel (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Fernando Dores Costa (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Tempo
(Quarta-feira) 5:00 pm - 7:00 pm
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboacomunicacao.ihc@fcsh.unl.pt Avenida de Berna, 26C — 1069-061 Lisboa

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Anos de Brasa.
Contos e outros escritos
Anos de Brasa – contos e outros escritos parte de um inquérito à realidade e à memória da experiência vivida de um (ou de quase todos) os jovens de 20 anos que viveram a Revolução de Abril como o tempo mais curto e intenso do seu por vir. Para eles, a revolução já se tinha iniciado nos corredores da faculdade ou nas fábricas e serviços onde arranjavam ocupação antes de ir à tropa e à guerra. O autor chamou-lhes contos, mas bem podia designá-los de crónicas, porque nesta realidade ficcionada quase sempre percebemos a sua presença próxima, porventura actuante. Pelos anos fora, esta revolução inacabada saiu-lhe à escrita como uma reserva inesgotável de invenção, de absurdo, de pesquisas…e até de agonia e espanto.
Aos contos, o autor juntou um conjunto de estudos sobre outros actores desse período único da história portuguesa do século XX, também eles apanhados pela corrente turbulenta de desafios e espaços abertos, prontos a viver e habitar.
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Tempo
(Quarta-feira) 6:00 pm - 7:00 pm
Organizador
Edições Colibri e Museu do Aljube
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