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fevereiro, 2023
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Simpósio sobre os contextos, as causas e as consequências sociais, económicas e ecológicas da seca e da fome na antiga África colonial portuguesa. Seca, Fome e Colonialismo Português em
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Simpósio sobre os contextos, as causas e as consequências sociais, económicas e ecológicas da seca e da fome na antiga África colonial portuguesa.
Seca, Fome e Colonialismo Português em África
História e Memória (séculos XIX-XXI)
Temos o prazer de anunciar o simpósio internacional Seca, Fome e Colonialismo Português em África – História e Memória, organizado pelo Instituto de História Contemporânea (NOVA FCSH), o Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia (NOVA FCT), o Instituto de Ciências Sociais (UL) e o Global Health and Tropical Medicine (NOVA IHMT), e que terá lugar na Biblioteca Nacional, em Lisboa, nos dias 2 e 3 de Fevereiro de 2023.
Nas últimas décadas a investigação académica tem mostrado a forma como o continente africano é particularmente vulnerável à seca e à fome, e como a aridez dos solos e a pluviosidade irregular, combinadas entre si, têm tido consequências dramáticas para as populações humanas e animais e para as ecologias locais. Tem também sido demonstrado o impacto das políticas (pós-) coloniais entre os séculos XIX e XXI sobre as populações africanas e sobre as suas respostas aos fenómenos da seca e da fome, mas também destacada a forma como diferentes disciplinas científicas procuraram lidar com os diferentes desafios colocados pelas ecologias africanas. Nem todas as regiões e períodos históricos têm, no entanto, recebido a mesma atenção, continuando a existir uma lacuna significativa no que toca à compreensão da relação complexa entre seca, fome e colonialismo português em África.
Este simpósio tem como objectivo juntar estudantes de pós-graduação e investigadores de diferentes disciplinas para discutir os contextos, as causas e as consequências sociais, económicas e ecológicas da seca e da fome na antiga África colonial portuguesa. Outro dos seus objectivos consiste em promover o debate sobre as respostas que as populações e os governos deram à seca e à fome, dialogando com a investigação de relevo nas áreas da história ambiental, história do clima, história social, história imperial, história da ciência, história da saúde e história das migrações. Pretende-se aprofundar o conhecimento sobre a seca e a fome nestes territórios nos séculos XIX e XX, tanto através de estudos sobre contextos mais circunscritos, como através de abordagens à escala regional ou de natureza comparativa. Reconhecendo a importância de compreender em especial a forma como as fomes foram vividas e são lembradas nos países de língua oficial portuguesa no período pós-independência, este simpósio procura ainda discutir a questão da memória e das experiências vividas e transmitidas de indivíduos e comunidades confrontados com perdas de vida muito significativas, dificuldades extremas e traumas.
>> 📎 Programa do simpósio (PDF)
Chamada para comunicações
Os organizadores do simpósio convidam à apresentação de propostas centradas nos territórios da antiga África colonial portuguesa que abordem os seguintes tópicos, embora não estejam limitadas por eles:
• Fontes para a história da seca e de eventos climáticos relacionados com a seca;
• Concepções e conhecimento local sobre seca e fome;
• Estratégias agrícolas, sociais e económicas locais para lidar com a seca e a fome;
• História dos sistemas alimentares, da segurança alimentar e de culturas e práticas utilizadas para prevenir a fome;
• Respostas coloniais à seca e à fome e o seu impacto sobre as populações afectadas;
• Consequências demográficas, sociais e económicas da seca e da fome no período colonial e pós-colonial;
• Seca, fome, migrações humanas e populações deslocadas;
• Saúde pública, nutrição, seca e fome;
• Legados das respostas coloniais à seca e à fome na África pós-colonial;
• Respostas pós-coloniais à seca e à fome e os seus impactos;
• Memória da seca e da fome na África colonial e pós-colonial;
• Silêncios e lacunas na historiografia da seca e da fome nas antigas colónias portuguesas em África.
São bem-vindas as perspectivas da história ambiental, da história imperial, da história da ciência e da história da saúde, mas também da antropologia, dos estudos sobre migrações e dos estudos pós-coloniais. Encorajamos em especial a participação de estudantes de pós-graduação e de investigadores oriundos de países de língua oficial portuguesa.
Línguas oficias do simpósio: Português e Inglês
A participação no simpósio é gratuita.
Caso estejam em vigor restrições que impeçam a realização do simpósio em formato presencial, este terá lugar em formato híbrido ou virtual.
Submissão de propostas
As propostas, em língua portuguesa ou inglesa, devem ser enviadas para droughtandfaminesymposium2023@gmail.com até 16 de Maio de 2022 e devem incluir:
Nome(s);
Contacto(s) de email;
Afiliação institucional;
Uma curta biografia do(s) autor(es) (máx. 100 palavras);
Título da comunicação;
Resumo (máx. 300 palavras).
Deste Simpósio resultará a publicação de um livro com algumas das comunicações aí apresentadas.
Datas importantes
16 de Maio de 2022: Prazo para entrega das propostas;
30 de Junho de 2022: Data de notificação dos autores;
15 de Julho de 2022: Divulgação do programa provisório do simpósio.
Organizadores/as
Pedro Aires Oliveira (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Cláudia Castelo (ICS — ULisboa)
Bárbara Direito (CIUHCT — NOVA FCT)
Philip J. Havik (GHTM — NOVA IHMT)
Todas as questões relacionadas com o simpósio devem ser endereçadas aos organizadores através do seguinte email: droughtandfaminesymposium2023@gmail.com
>> Descarregar a chamada para comunicações (PDF) <<
Tempo
2 (Quinta-feira) 9:00 am - 3 (Sexta-feira) 4:00 pm
Organizador
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Próximos eventos

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O livro de Erica Borg e Amedeo Policante vai ser apresentado online, no âmbito do Marxist Education Project, por Ariel Salleh e Stuart Newman. Mutant Ecologies Manufacturing Life
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O livro de Erica Borg e Amedeo Policante vai ser apresentado online, no âmbito do Marxist Education Project, por Ariel Salleh e Stuart Newman.
Mutant Ecologies
Manufacturing Life in the Age of Genomic Capital
The interconnected fields of genomic science, genome editing, and biotechnology have emerged over the past half-century as a revolution in the production of new life forms that have been eagerly adopted by agriculture, pharmaceuticals, textiles, and other business sectors. While many – including the Nobel Committee – have heralded this as a “new epoch” of limitless possibilities for positive transformation, In Mutant Ecologies: Manufacturing Life in the Age of Genomic Capital, Erica Borg and Amedeo Policante show how genetic science has been deeply intertwined from its beginning with the raw imperatives of capital accumulation. “Genomic capital,” the authors’ term for the use of genetic materials in industrial production, has literally altered many of life’s metabolic processes in service to capital’s demands. Within a socio-historical context defined by the iron rules of competition and exploitation, capital no longer contents itself with simply appropriating the living bodies of plants and animals but purposefully designs their internal metabolism, and in that way it redesigns the countless living vectors that constitute the global biosphere. This biological revolution will ripple through the everyday lives of people everywhere. Erica and Amedeo will present Mutant Ecologies and Ariel Salleh and Stuart Newman will discuss the book and initiate the conversation.
🔗 Mais informações e inscrições
Mais informações sobre o livro
Tempo
(Sábado) 9:00 pm - 10:30 pm
Localização
Link a divulgar a quem se inscrever
Plataforma Zoom
Organizador
Marxist Education Projectinfo@marxedproject.org 388 Atlantic Avenue, 2nd Floor Brooklyn, NY 11217 (USA)

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Primeira sessão do terceiro ciclo de conferências que cruza a Ciência e Tecnologia com as Artes e Letras. Com Ana Duarte Rodrigues. O
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Primeira sessão do terceiro ciclo de conferências que cruza a Ciência e Tecnologia com as Artes e Letras. Com Ana Duarte Rodrigues.
O que nos dizem as fontes visuais das hortas
3º Ciclo internacional de videoconferências
“Quando a Ciência e a Tecnologia se Cruzam com as Artes e as Letras”
A representação de jardins de prazer é relativamente abundante em algumas culturas. No entanto, a representação de hortas e pomares é muito rara transversalmente. No entanto, há um grupo de desenhos de hortas, pomares e vinhas da Idade Moderna em Espanha, que nunca foram estudados e que nos propusemos a investigar. Assim, nesta conferência pretendemos confrontar o conhecimento já consagrado pela historiografia com este grupo de representações visuais de hortas, pomares, vinhas, e casas rurais de diferentes regiões de Espanha, mas também com as representações da mesma tipologia do norte da Europa. Com vista a este objetivo, iremos dirigir o seguinte inquérito aos desenhos hispânicos de hortas, pomares e vinhas: O que é que podem acrescentar às fontes textuais?
O que nos podem dizer sobre a organização espacial das granjas, fincas, huertas/huertos? Podemos transpor este conhecimento para as quintas portuguesas? O que nos dizem sobre as variedades cultivadas? E, por outro lado, o que é que representações com uma preocupação mais utilitária que estética podem significar para a arte?
Esperamos demonstrar que as representações visuais são essenciais não só para complementar o que já se sabe sobre as mais comuns tipologias de jardim, entendido num sentido lato, no Mediterrâneo, mas também para suscitar uma análise crítica das diferentes culturas que as produziram, tornando-se peças chave para a história dos jardins, especialmente quando esta é abordada sob o ponto de vista da ciência e da tecnologia. Mas, não só, a beleza das representações obriga a rever os critérios clássicos com que a historiografia da arte tem entendido a Idade Moderna.
Sobre o orador:
Ana Duarte Rodrigues é professora de História da Ciência. Desde de 2020, é coordenadora do CIUHCT. Nos últimos anos coordenou dois projectos financiados pela FCT: Sustainable Beauty for Algarve and Gardens (2015-2019) e AQUA: Water Wise Management in Early Modern Gardens (2018-2022). Tem publicado intensamente sobre jardins e paisagem sob a perspectiva da história das ciências e da tecnologia. No âmbito de Lisboa Capital Verde 2020, publicou o livro O Triunfo dos Jardins. O pelouro dos Passeios e Arvoredos (1840-1900) e colaborou nas exposições Jardins Históricos de Portugal: Memória e Futuro, na BNP, e Hortas de Lisboa: Da Idade Média ao Século XXI, no Museu de Lisboa. Para além destes, entre as suas publicações destacam-se os livros que co-coordenou: Gardens and Human Agency in the Anthropocene (Routledge, 2019) e The History of Water Management in the Iberian Peninsula Between the 16th and 19th centuries (Springer, 2020). Recebeu o prémio Scientific Merit Awards 2021, atribuído pela Faculdade de Ciências.
Tempo
(Terça-feira) 6:00 pm - 7:30 pm
Localização
Link dedicado na plataforma Zoom
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Universidade de Évra, Universidad Nacional del Sur e Universidad Nacional de Quilmes

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Discussão sobre as questões do autoritarismo e da democracia no Brasil para melhor compreender o actual momento político vivido pelo país. Autoritarismo e democracia no Brasil, de Vargas a
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Discussão sobre as questões do autoritarismo e da democracia no Brasil para melhor compreender o actual momento político vivido pelo país.
Autoritarismo e democracia no Brasil, de Vargas a Bolsonaro
Luciano Aronne de Abreu (Professor Titular, Pontifícia Universidade Católica de Rio Grande do Sul – PUCRS)
Comentários de Bruno Zorek e Mélanie Toulhoat (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST) e Paula Borges Santos (IPRI — NOVA)
O discurso autoritário de Jair Bolsonaro e o Bolsonarismo não se constituem exactamente em pontos fora da curva na longa tradição conservadora e autoritária brasileira, na qual ele próprio busca se situar. Por outro lado, devem ser compreendidos em suas especificidades e a partir da sua própria “linguagem da destruição”.
Nesse sentido, considerando-se que o Brasil viveu nesses últimos anos sob um contexto de transição à ditadura, refreado por uma ampla mobilização de importantes sectores políticos, institucionais e da sociedade civil e pelo resultado das últimas eleições presidenciais, propõe-se aqui uma ampla discussão sobre as questões do autoritarismo e da democracia no Brasil como forma de melhor compreender o actual momento político vivido pelo país. Para isso, deve-se olhar com cuidado e atenção para o passado ditatorial do país e identificar os seus possíveis pontos de contacto e afastamento com o fenómeno do Bolsonarismo.
Para reflexão, propõe-se as seguintes questões: O que há de novo no autoritarismo à brasileira do século XXI? Como podemos compreender, não apenas a vitória eleitoral de Jair Bolsonaro em 2018 mas, sobretudo, sua resiliência em 2022?
Organização:
Pedro Aires Oliveira e Maria Inácia Rezola — Grupo de Investigação em História Política Comparada (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Imagem: Comitiva de Getúlio Vargas (ao centro) fotografada por Claro Jansson durante sua passagem por Itararé (São Paulo) a caminho do Rio de Janeiro após a vitoriosa Revolução de 1930 (Fonte: ALSP / Wikimedia Commons).
Tempo
(Quarta-feira) 3:00 pm - 6:00 pm
Localização
NOVA FCSH, Colégio Almada Negreiros, Sala SE1
Campus de Campolide da NOVA — 1099-085 Lisboa
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboacomunicacao.ihc@fcsh.unl.pt Avenida de Berna, 26C — 1069-061 Lisboa

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Colóquio sobre as interseções nos campos da Educação, Património e Cultura Impressa e seus desdobramentos para a escrita da História. Lugares e práticas historiográficas: Educação, Património e Cultura
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Colóquio sobre as interseções nos campos da Educação, Património e Cultura Impressa e seus desdobramentos para a escrita da História.
Lugares e práticas historiográficas:
Educação, Património e Cultura Impressa
As interseções nos campos da Educação, Património e Cultura Impressa e seus desdobramentos para a escrita da História são o tema central do encontro que irá reunir educadoras/res, investigadoras/res, centros de pesquisa e organizações da cultura de Portugal, Brasil e Cabo Verde nos dias 16 e 17 de Fevereiro na Biblioteca Nacional de Portugal (Lisboa). Este I Colóquio Internacional Lugares e Práticas Historiográficas tem como objetivo aprofundar reflexões e sistematizar problemas e debates contemporâneos envolvendo o ensino da História, a construção material do conhecimento em língua portuguesa e seus interditos, os usos do passado colonial e os caminhos possíveis de produção e circulação de materiais escolares e didácticos, a partir do diálogo entre temporalidades e geografias conexas. “Memória e Mentira” é o tema da conferência de abertura a proferir pelo historiador Fernando Catroga (Universidade de Coimbra).
A programação estrutura-se em dois momentos. No primeiro dia (16/2), as/os autoras/es são convidados a discutir questões reunidas nos painéis: “Como ensinar o passado anti-colonial?”; “A circulação da cultura impressa: o que as experiências surpreendem nas bordas dos discursos e sínteses?”; “Usos do passado colonial: como as comemorações reescrevem a História?”. As/os comentadoras/es e o público são incentivadas/os a propor novos problemas e a colaborar para o desenvolvimento das reflexões apresentadas. Os resultados destes grupos de trabalho serão publicados em livro, seguindo a proposta de elaboração e de circulação pública do conhecimento.
No dia 17/2, será lançada a Rede Internacional de História das Pedagogias, Patrimónios Culturais e Materiais Didáticos em Língua Portuguesa, aberta à participação de educadoras/res, investigadoras/res, mediadores/as culturais e estudantes interessadas/os em contribuir para os mais diversificados espaços da Cultura e do Ensino em torno dos temas propostos e em permanente elaboração. Em correlação com os objetivos da Rede, será realizada a Conferência “A Representação da Europa nos ensinos Básico e Secundário cabo-verdianos”, pelo historiador Osvaldino Monteiro (Universidade de Cabo Verde).
Da parte da tarde, os manuais ou livros didácticos são o foco da mesa-redonda “A Historiografia escolar em diálogo: Portugal – Cabo Verde e Brasil”. O Colóquio encerra com a Conferência e debate do tema “Raça e racismo ‘na mais antiga nação da Europa’: Itinerários para o Estudo da História Pública e Escolar”, proferida pela socióloga Marta Araújo (Universidade de Coimbra).
>> 📎 Descarregar o programa completo (PDF) <<
A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição.
As inscrições estão abertas nas modalidades online e presencial.
Serão emitidos certificados de participação.
🔗 Inscrição via formulário: AQUI
Informações via email: hppcmdlp@gmail.com
Tempo
16 (Quinta-feira) 9:30 am - 17 (Sexta-feira) 5:30 pm
Organizador
Várias instituições

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Sessão aberta da Oficina de História e Imagem, em formato presencial, com uma apresentação de Felipe de Castro Muanis. A irrepresentabilidade do testemunho: legitimação de
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Sessão aberta da Oficina de História e Imagem, em formato presencial, com uma apresentação de Felipe de Castro Muanis.
A irrepresentabilidade do testemunho: legitimação de desenhos e ilustrações da Shoah
Os campos de concentração alemães da Segunda Guerra Mundial compreendem vasto material iconográfico de suas atrocidades, sobretudo após a libertação. Durante a Guerra, dado a proibição do alto comando nazi de se gerar imagens dos campos, poucas imagens foram realizadas e, quando feitas, eram especialmente fotográficas ou cinematográficas, realizadas pelos próprios oficiais. De outro lado, são raras as imagens feitas pelas vítimas dos campos, como as fotografias furtivas tiradas em Auschwitz que provocaram um acalorado debate entre Claude Lanzmann, Gérard Wajcman e George Didi-Huberman sobre sua validade. Contudo, há uma grande produção de ilustrações feitas por prisioneiros durante e depois da sobrevivência nos campos – que é foco da discussão ora proposta – que configura um potente espaço de testemunho, história e reflexão teórica sobre a própria imagem artesanal. Esse material sobrevive um espaço discursivo imagético para testemunhas, muitas que não resistiram para narrar sua história, a quem lhe fora proibido o direito do testemunho.
Apresentação de: Felipe de Castro Muanis — Doutor em comunicação pela UFMG, Brasil. Professor Auxiliar de Ciências da Comunicação da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e Professor Associado do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Juiz de Fora, Brasil. Publicou os livros Convergências Audiovisuais: linguagens e dispositivos (2020); A imagem televisiva: autorreferência, temporalidade, imersão (2018) e Audiovisual e mundialização: televisão e cinema (2014).
Para mais informações e inscrições, contactar oficinahistoriaeimagem@gmail.com
Imagem: Gassing (David Olére, 1947). Museum of Jewish Heritage, Nova Iorque.
Tempo
(Segunda-feira) 10:30 am - 12:30 pm
Localização
NOVA FCSH, Colégio Almada Negreiros, Sala SE1
Campus de Campolide da NOVA — 1099-085 Lisboa
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa e DocLisboa

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Segunda sessão do workshop História e Metodologia, sobre a análise de materiais necessários para a compreensão do objectos de estudo históricos. História e Metodologia A materialidade das coisas
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Segunda sessão do workshop História e Metodologia, sobre a análise de materiais necessários para a compreensão do objectos de estudo históricos.
História e Metodologia
A materialidade das coisas e a investigação em História
Carla Alferes Pinto (CHAM — NOVA FCSH)
Resumo:
Este workshop propõe pensar e investigar a história e culturas do vestuário a partir de fontes escritas, visuais e materiais. Através de uma abordagem interdisciplinar e cronologicamente transversal, e da recuperação das práticas e conhecimentos do património material e imaterial associado ao fazer e vestir, usaremos documentos escritos, imagens que exemplificam ofícios, práticas e representações sociais, e vestígios arqueológicos que preenchem as lacunas das coleções nacionais sobre vestuário, calçado e acessórios.
A título de exemplo, partiremos da ideia e do processo de reconstrução histórica do vestido do projeto DRESS (Desenhar a moda das fontes quinhentistas), iremos utilizar a descrição documental do enxoval da Infanta D. Beatriz (1504-1538), dos materiais têxteis que foram escolhidos para a confeção do vestido e dos instrumentos de costura para tal utilizadas, bem como a pintura que informou as opções e os tratados de alfaiataria que mostraram os moldes. Utilizando as ferramentas do historiador, a materialidade dos objetos e a tactilidade dos materiais, vamos desafiar os participantes no workshop a reconstruir um dos moldes de corte de um vestido quinhentista.
Nota biográfica:
Carla Alferes Pinto é historiadora da arte e investigadora integrada do CHAM – Centro de Humanidades. Investigadora Principal do projecto VESTE — Vestir a corte: traje, género e identidade(s), trabalhando o vestuário e a moda (roupa, calçado, acessórios, cosmética e maquilhagem) como objetos de comunicação e análise histórica que contribuem para a caracterização do contexto temporal e espacial moderno, e sobre o qual resultam narrativas de identidade individual e de grupo.
Inscrições (gratuitas): 🔗 LINK
Sobre o ciclo:
Este workshop destina-se aos investigadores/as em história (mestrandos, doutorandos, pós-doutorandos), que pretendam adquirir e aprofundar técnicas de análise de materiais necessários para a compreensão dos seus objectos de estudo históricos. Cada material transmite conhecimentos. O seu questionamento e as suas interpretações necessitam do recurso a uma metodologia rigorosa e, simultaneamente, criativa. As fontes históricas convocadas por este workshop serão, por isso, diversas e complementares: documentos oficiais e não oficiais, materiais e imateriais tais como sons, objectos e imagens.
Cada sessão, de duas horas e constituída por uma componente teórico-prática, será animada por especialistas das humanidades e das ciências sociais. As abordagens percorrerão, numa perspetiva interdisciplinar, vários períodos históricos (medieval, moderno, contemporâneo).
A entrada é livre e as sessões têm início às 16h00.
Mais informações em abordagensmetodologicasfcsh@gmail.com.
Organização: Yvette Santos (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST) e Mariana Menezes (CHAM — NOVA FCSH)
>> Programa completo e actualizado do ciclo (PDF) <<
Tempo
(Quinta-feira) 4:00 pm - 6:00 pm
Localização
NOVA FCSH, Colégio Almada Negreiros, Sala SA
Campus de Campolide da NOVA — 1099-085 Lisboa
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa e CHAM - Centro de Humanidades

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Seminário que pretende debater a relevância do conceito de classe nas ciências sociais contemporâneas e mapear o estado da arte. Classes Sociais no Portugal Contemporâneo: um debate multidisciplinar Ao longo
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Seminário que pretende debater a relevância do conceito de classe nas ciências sociais contemporâneas e mapear o estado da arte.
Classes Sociais no Portugal Contemporâneo: um debate multidisciplinar
Ao longo das últimas décadas o conceito de “classe social” tem sido objecto de clarificações, polémicas, apropriações e rejeições várias. Este seminário, de orientação vincadamente multidisciplinar, pretende debater a relevância do conceito de “classe” nas ciências sociais contemporâneas e mapear o estado da arte nos estudos sobre classes sociais na história, na sociologia e na antropologia portuguesas. Assim, este encontro representa um ponto de partida para pensar os processos de transformação histórica a partir das relações de classe e, em paralelo, discutir as principais orientações teóricas e metodológicas da análise de classes – temas, terrenos, metodologias – e explorar novas hipóteses de trabalho e linhas de pesquisa no campo da produção das desigualdades e hierarquias sociais.
Oradores:
Emília Margarida Marques (CRIA — Iscte-IUL)
Antropologia e relações de classe: experiência etnográfica, conceitos e perspetivas
Joana Dias Pereira (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
As coletividades são as escolas do povo: identidades sociais no movimento associativo
Vasco Ramos (ICS — Universidade de Lisboa)
O espaço social português contemporâneo: um esboço sociológico
Seminário organizado pelo grupo de investigação Economia e Sociedade do IHC, com coordenação de Inês Brasão, João Santos e Rahul Kumar.
Tempo
(Sexta-feira) 10:00 am - 1:00 pm
Localização
NOVA FCSH, Colégio Almada Negreiros, Auditório 224
Campus de Campolide da NOVA — 1099-085 Lisboa
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboacomunicacao.ihc@fcsh.unl.pt Avenida de Berna, 26C — 1069-061 Lisboa

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Seminário permanente do IHC GenLab — Laboratório de História Contemporânea dedicado à investigação em Estudos de Género. Com Matt Cook. Seminário GenLab: Portable closets:
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Seminário permanente do IHC GenLab — Laboratório de História Contemporânea dedicado à investigação em Estudos de Género. Com Matt Cook.
Seminário GenLab:
Portable closets: Secrets and lives since gay liberation
Apresentação:
The double life and the closet tend to be associated with a time before the partial decriminalisation of homosexuality in 1967 and the Gay Liberation Front call to ‘come out’ in the early 1970s. Though the social and cultural terrain in Britain has certainly shifted, this l talk shows how and why various kinds of secret have continued to matter to many queer people and have made their lives liveable. Based on new research and interviews for the recent ‘Queer Beyond London’ project, Matt Cook looks at how people’s backgrounds, families, and the places they live have made a portable closet a necessary, desirable and even enjoyable queer accessory in the years since gay liberation.
Matt Cook is Professor of Modern History at Birkbeck College, University of London. He is a cultural historian specializing in the history of sexuality and the history of London in the nineteenth and twentieth centuries. In addition to five edited collections on LGBTQ histories, he is author of two books: London and the Culture of Homosexuality, 1885 – 1914 (2003) and Queer Domesticities: Homosexuality and Home Life in Twentieth-Century London (2014). Queer Beyond London is co-authored with Alison Oram (2022).
Inscrições: genlab@fcsh.unl.pt
O IHC GenLab, Laboratório de História Contemporânea dedicado à investigação em Estudos de Género visa a criação de um espaço interdisciplinar de intercâmbio e debate sobre História de género, sexualidades, família e trabalho, que conta com um encontro mensal. Cada sessão consistirá na análise e discussão de artigos de referência, bem como da apresentação de uma pesquisa em curso, a cargo dos investigadores e investigadoras do IHC — NOVA FCSH, convidados/as ou que tenham sido seleccionados/as por CFP.
Este laboratório tem como objectivo a promoção da discussão destas temáticas, assentes em diversas abordagens, sejam elas teóricas, metodológicas ou empíricas. Pretende-se estabelecer o diálogo entre diferentes investigadores e investigadoras, investigações e distintas áreas disciplinares e contribuir para o estudo, reflexão crítica e divulgação dos diversos temas. O laboratório terá uma periodicidade mensal e será aberto à comunidade académica e público em geral que queira participar nas discussões sobre este tema.
Call for papers:
Aberta permanentemente.
Convidam-se as investigadoras e os investigadores cujas investigações se relacionem com Estudos de Género a apresentarem as suas propostas de comunicação. Para tal, deverão enviar nome do proponente, título, resumo (até 300 palavras), 3 a 5 palavras-chave e uma pequena nota biográfica (50 palavras) acompanhada da afiliação institucional para: genlab@fcsh.unl.pt.
Tempo
(Quarta-feira) 1:30 pm - 3:30 pm
Localização
Link a divulgar a quem se inscrever
Plataforma Zoom
Organizador
Instituto de História Contemporânea da Universidade NOVA de Lisboa e Universidade de Évora

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Congresso internacional sobre a guerra, a pós-guerra e o regime franquista, uma análise do caso espanhol à luz de diferentes contextos históricos e/ou metodológicos. Prazo: 28 Fevereiro 2023 Espanha
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Detalhes do Evento
Congresso internacional sobre a guerra, a pós-guerra e o regime franquista, uma análise do caso espanhol à luz de diferentes contextos históricos e/ou metodológicos. Prazo: 28 Fevereiro 2023
Espanha Traumática: Guerra, Ditadura, Resistências, 1936-1976
Espanha não foi alheia à polarização e às convulsões do período entre-guerras. Um golpe de Estado em 1936 conduziu a uma guerra civil em que se enfrentaram diferentes projectos políticos, sociais, culturais e económicos. O conflito, que não se desenvolveu apenas na linha de frente, mas também nas retaguardas, iniciou um processo traumático central e sem precedentes na história contemporânea do país. A sua principal consequência foi a configuração duma ditadura que se estendeu por quase quarenta anos e cuja natureza, contornos e mutações ainda provocam debate. A guerra, a pós-guerra e o regime franquista são as temáticas deste congresso. É uma ocasião para reflectir sobre a heterogeneidade das guerras civis, as mudanças pós-conflito ou os sistemas fascistas e autoritários do século XX. Isto permite abrir um diálogo com investigadores/as que, à escala internacional, analisem o caso espanhol à luz de diferentes contextos históricos e/ou metodológicos. Perspectivas interdisciplinares, comparadas e transacionais são, portanto, bem-vindas.
Chamada para comunicações (📎 PDF – PT e ES)
O congresso Espanha traumática: Guerra, ditadura, resistências, 1936-1975 decorrerá nos dias 1 e 2 de Junho de 2023 e incluirá três conferências centrais a cargo de especialistas reconhecidos nestas temáticas. Além disso, apresentar-se-ão papers relevantes nas temáticas acima enunciadas, independentemente da sua abordagem disciplinar.
As apresentações destes papers terão uma duração máxima de 25 minutos e poderão ser feitas em português, inglês ou castelhano. As propostas devem ser enviadas até ao dia 28 de Fevereiro de 2023 ao endereço congresso2023lisboa@gmail.com.
Enviar-se-ão num único documento (Word) que inclua a seguinte informação: autoria, afiliação institucional, título da proposta, resumo (máximo 300 palavras), 3-5 palavras-chave, breve resumo biográfico (máximo 200 palavras) e informação de contacto (endereço email e telefone).
A selecção das propostas guiar-se-á pelo objectivo de garantir o máximo nível de qualidade, originalidade e diversidade das contribuições.
Organização:
Oficina de Estudos sobre o Poder e os Povos da Espanha (OEPPE), Instituto de História Contemporânea, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade NOVA de Lisboa.
Comité organizador:
João Miguel Almeida, Manuel Loff, Rita Luís, Rubén Pérez Trujillano, Carlos Píriz, César Rina, Pablo Sánchez León, Arturo Zoffmann Rodríguez
Tempo
junho 1 (Quinta-feira) - 2 (Sexta-feira)
Localização
NOVA FCSH
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboacomunicacao.ihc@fcsh.unl.pt Avenida de Berna, 26C — 1069-061 Lisboa

Detalhes do Evento
Congresso que tem como objectivo partilhar resultados e aprofundar o debate teórico e metodológico sobre as práticas de história pública e suas representações simbólicas. I Congresso História Pública em
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Detalhes do Evento
Congresso que tem como objectivo partilhar resultados e aprofundar o debate teórico e metodológico sobre as práticas de história pública e suas representações simbólicas.
I Congresso História Pública em Portugal:
práticas, experiências e desafios
História Pública é um conceito que comporta múltiplas e controversas definições, mas também práticas testadas, experiências inovadoras e desafios futuros. Embora pouco escrutinados e divulgados em Portugal, noutros contextos nacionais e à escala internacional a História Pública institucionalizou-se como uma área de conhecimento e formação autónoma.
Não obstante, há muito que os historiadores, cientistas sociais e das humanidades, investigadores artísticos e artistas portugueses recorrem a narrativas, atividades de mediação e meios de comunicação dirigidos para públicos não académicos, que se sucedem as celebrações cívicas oficiais, os projetos de base comunitária, participativa, educativa e de história oral levados a cabo em arquivos, museus, associações e movimentos sociais, assegurando a progressiva socialização da produção do conhecimento histórico. Por outro lado, a História Pública tem potenciado o trabalho interdisciplinar, possibilitando o cruzamento de metodologias e formas de conhecimento que conduzem a reinterpretações, entendimentos históricos e formas de relacionamento com os públicos originais. São prolixas as experiências envolvendo novas linguagens e tecnologias, métodos colaborativos, públicos diversos e/ou sub-representados. Desenvolvem-se projetos partilhados em torno de passados difíceis ou memórias conflituais, diversificando-se os processos e as práticas sociais de construção de património material e imaterial, de recolha de testemunhos e documentos históricos, potenciando a construção de novas identidades sociais.
Chamada para comunicações
Partilhar resultados e aprofundar o debate teórico e metodológico sobre estas práticas e suas representações simbólicas é o objetivo do I Congresso História Pública em Portugal, considerando: as questões éticas relacionadas com os usos do passado e da investigação colaborativa; a dimensão cívica dos processos de coprodução e transferência do conhecimento; o diálogo entre o passado e o presente; a partilha de autoridade e de autoria, bem como o questionamento e democratização da cultura histórica, incluindo a produção de materiais de divulgação inclusivos; entre outras questões que atravessam os debates internacionais sobre a prática da História Pública.
São bem-vindas as propostas de comunicação relacionadas com:
- Comunicação e difusão do conhecimento
- Investigação colaborativa e coprodução do conhecimento
- Processos participados de patrimonialização e musealização
- Metodologias e exploração de recursos na produção da História Pública
- Impacto público da relação do meio académico e não académico
- Comunidades e políticas públicas
- Questões de identidade, memória e presenças invisibilizadas
- Projetos de reflexão e de contestação sobre patrimónios culturais e históricos
- Comunidades digitais e História Pública
- Desafios epistemológicos e éticos da História Pública
- História Pública como ativismo
- Limites e diálogos entre História, História Pública e outras Ciências Públicas
- Projetos de Arte Pública e cidadania
- Possibilidades de colaboração entre práticas artísticas e História Pública
Prazo de submissão de propostas: 30 de Março de 2023
🔗 Submissão de propostas: AQUI.
Organização: Laboratório Associado IN2PAST
>> 📎 Descarregar a chamada para comunicações (PDF) <<
Comissão Coordenadora:
Joana Dias Pereira (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Cláudia Ninhos (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Fátima Ferreira (Lab2PT — Universidade do Minho / IN2PAST)
Sónia Vespeira de Almeida (CRIA — NOVA FCSH / IN2PAST)
Marta Prista (CRIA — NOVA FCSH / IN2PAST)
Joana Miguel Almeida (CRIA — NOVA FCSH / IN2PAST)
Cristina Pratas Cruzeiro (IHA — NOVA FCSH / IN2PAST)
Patrícia Roque Martins (IHA — NOVA FCSH / IN2PAST)
Comissão Científica:
Elisabete Pereira (IHC — Universidade de Évora / IN2PAST)
Xurxo Ayán Vila (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Hélia Marçal (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST; UCL)
Sérgio Vicente (CIEBA — FBAUL)
Helena Elias (VICARTE — FBAUL)
Margarida Brito Alves (IHA — NOVA FCSH / IN2PAST)
Ana Balona de Oliveira (IHA — NOVA FCSH / IN2PAST)
Elsa Peralta (CEC — FLUL)
Marta Araújo (CES — Universidade de Coimbra)
Cidália Ferreira Silva (Lab2PT — Universidade do Minho / IN2PAST)
Alice Semedo (CITCEM — Universidade do Porto)
Helena Pinto (CITCEM — Universidade do Porto)
Silvestre Lacerda (DGLAB)
António Candeias (HERCULES — Universidade de Évora / IN2PAST)
Imagem: © Diana Barbosa
Tempo
junho 1 (Quinta-feira) - 2 (Sexta-feira)
Organizador
Várias instituições

Detalhes do Evento
Conferência internacional que pretende fomentar uma abordagem global/internacional ao estudo da censura. Prazo: 30 de Abril de 2023 Decifrando Censuras. Da regulação à produção de inexistências, do arquivo
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Detalhes do Evento
Conferência internacional que pretende fomentar uma abordagem global/internacional ao estudo da censura. Prazo: 30 de Abril de 2023
Decifrando Censuras.
Da regulação à produção de inexistências, do arquivo à internet:
uma abordagem interdisciplinar
Segundo as tendências de pesquisa no Google, as palavras “censura” e “censorship” demonstram a importância da sua correlação com redes sociais (Youtube, Twitter, Facebook, etc.) e jovens mulheres famosas (Miley Cyrus, Megan Fox, Emma Watson, Lindsay Lohan no top 20 relativo a 2004-2022). Estes dois grandes temas, a economia e as normas morais, mostram como a censura se mantém como uma questão a enfrentar no presente.
Não são fenómenos novos, quer os aspectos de ordem económica, quer os de ordem moral têm acompanhado o processo de regulação institucional do espaço público e privado, desde que, com a invenção da imprensa, se abandonou a perseguição intermitente dos hereges e se sistematizou o controlo do impresso. Aliás, a perspectiva histórica permite observar a reorganização da metodologia censória que acompanha o desenvolvimento tecnológico dos meios de comunicação: o cinema incentivou o sistema de códigos etários (Robertson 2005), o uso do telegrama e, posteriormente, do telefone permitiu agilizar o controlo exercido por instituições e agentes da censura.
Apesar da censura ser uma manifestação por excelência do exercício do poder, tendo sido historicamente exercida pelos sujeitos que mais peso têm na gestão do espaço público, nos processos económicos e nas instituições políticas (Martin 2016), nas últimas décadas o consenso em torno do significado da palavra censura esvaiu-se (Müller 2004; Moore 2013; Darnton 2014). Esse esboroamento é notório a partir do momento em que, no contexto das Culture Wars, nas décadas de 80 e 90, os académicos liberais americanos, ancorados em abordagens teóricas devedoras do trabalho de Michel Foucault (1978) ou Pierre Bourdieu (1991), demonstraram a existência de fenómenos censórios em contexto democrático (cf. Burt 1994; Post 1998).
As novas abordagens à censura continuam a admitir que o Estado possa exercer um controlo directo (repressão), mas também começaram a identificar o fenómeno censório com o controlo indirecto que este pode exercer (através de financiamentos, educação, história pública, etc.) e, sobretudo, começaram a exigir do Estado intervenções diretas de regulação do poder privado que impõe constrangimentos à expressão (Post 1998). Formas de “censura de mercado” que induzem à auto-censura (Jansen 1988) ou políticas como a “don’t ask, don’t tell” que abrangeu os homossexuais no Exército norte-americano, entre 1994-2011, foram englobadas num tipo de apagamento imbuído no tecido estrutural das sociedades (Butler 1998). Este carácter imbuído da censura nas sociedades tomou o nome de censura “constitutiva” ou “estrutural”, por oposição àquela que é exercida por instituições, como o Estado ou a Igreja, isto é, a censura regulatória. Nesse sentido, os fenómenos recentes de “cultura de cancelamento”, de abordagens “woke” à cultura e dos vieses dos algoritmos mostram como o fenómeno é socialmente estruturante.
Torna-se imperativo analisar estes fenómenos para distinguir cientificamente, por um lado, os processos censórios e, por outro lado, os discursos conservadores que – frente à emergência de vozes reivindicando legitimamente novos espaços de comunicação -, instrumentalizam a denúncia de uma dita censura para conservar privilégios e monopólios. Neste sentido, cabe aqui diferenciar boicotes e censuras, que não emergem dos mesmos lugares dentro dos sistemas de poder.
Somos conscientes que a participação numa conferência que pretende fomentar uma abordagem global/internacional ao estudo da censura tem não só implicações inerentes ao estudo do próprio tema, mas constitui também um desafio numa academia que, ao pensar-se global, se encontra materialmente limitada pelas contingências do sistema académico no momento actual, com as suas periferias, pressões sociais e políticas que influenciam a produção e disseminação intelectual.
Chamada para comunicações
Convidam-se todas as interessadas e interessados nesta problemática a participar na conferência dentro dos quatro eixos abaixo elencados. Porém, existe abertura a propostas que abram novos caminhos, não sendo esta, portanto, uma lista exaustiva.
Eixo 1 – Modelos e metodologias de análise
Como abordar as interferências dos diferentes códigos inerentes à censura? Por um lado, a sociedade idealizada pela instituição, aquela hipoteticamente criada pelo seguimento estrito das normas regulatórias e, por outro, a sociedade realmente existente, com as suas referências, interdições, resistências plurais e criatividade em resposta às invisibilidades da censura. Interessa-nos a exploração de modelos que tomem em conta os seus diversos actores, contextos e implicações da censura nas relações interpessoais (familiares, íntimas, laborais, sociais).
Eixo 2 – Enquadramento do factor circulação internacional
A introdução da variável circulação permite questionar as fronteiras nacionais no estudo da censura. Interessam-nos abordagens que se focam em aspectos transnacionais e comparativos, quer introduzindo a noção de fluxo, quer focando-se na circulação da censura, dos censurados e de formas de resistência.
Eixo 3 – Meta-análise
Sendo a censura um fenómeno que desafia a capacidade interpretativa de diversos agentes, seria arrogante da parte do investigador não questionar a sua própria subjectividade e capacidade de análise. Qual o lugar que o erro interpretativo ocupa nos estudos sobre censura? Como navegar entre as intenções dos agentes, do produtor, a capacidade de mediar do próprio censor e as diversas camadas interpretativas subsequentes?
Eixo 4 – Implicações da censura
A prática censória é uma porta de entrada para análise do poder, culturas e construções políticas, religiosas e artísticas. Interessa-nos introduzir esta variável na produção da história política, económica, social e cultural.
Oradora convidada:
Prof. Nicole Moore, University of New South Wales (UNSW), Canberra
Nicole Moore é professora de English e Media Studies na UNSW Canberra. Entre Setembro de 2022 e Julho de 2023 é Professora Visitante de Estudos Australianos no Centre for American and Pacific Studies (Centro de Estudos Americanos e do Pacífico) da Universidade de Tóquio. Tem como principal interesse de investigação a literatura australiana, a par da investigação interdisciplinar e comparativa nos domínios da história cultural, estudos de género e sexualidade, e da história do livro, com um interesse especial na censura. O seu livro de 2012, The Censor’s Library: Uncovering the Lost History of Australia’s Banned Books, ganhou o prémio Walter McCrae Russell da Association for the Study of Australian Literature. Foi também coordenadora de livros colectivos editados recentemente sobre temas da censura literária a nível global ou da literatura australiana na República Democrática Alemã. A sua investigação dedica-se às questões em jogo nas culturas políticas da escrita e da leitura, e nas complexas relações da literatura, governança e história dentro e fora das fronteiras nacionais. A Prof. Moore foi visiting fellow no Menzies Centre, no Kings College London; na English Faculty, da Universidade de Cambridge; nos Arquivos Nacionais da Austrália, e no Humanities Research Centre, Australian National University. Entre 2018 e 2022 foi Reitora Associada das Colecções Especiais da UNSW Canberra, promovendo a investigação, curadoria e parcerias utilizando os ricos materiais manuscritos e livros raros das colecções de alto nível da UNSW Canberra.
Envio de propostas
As propostas não deverão exceder as 400 palavras, devem incluir um título e ser acompanhadas de uma pequena nota biográfica (com um máximo de 100 palavras). As línguas de trabalho serão o português, o castelhano, o francês e o inglês. E-mail para submissão: decifrandocensuras@fcsh.unl.pt
Data limite de submissão: 30 de Abril 2023
Comissão organizadora
Adalberto Fernandes (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Andru Chiorean (National University of Political Science and Public Administration, Roménia)
Daniel Melo (CHAM — NOVA FCSH)
Mélanie Toulhoat (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Rita Luís (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Rui Lopes (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Referências
Bourdieu, Pierre (1991). Language and Symbolic power. Cambridge: Polity Press.
Burt, Richard (ed.) (1994). The Administration of Aesthetics: Censorship, Political Criticism and the Public Sphere, Minnesota: University of Minnesota Press.
Butler, Judith (1998). “Ruled out: vocabularies of the censor”. In: R. Post (ed.), Censorship and silencing: practices of cultural regulation, (247-259) LA: Getty research institute for the history of art.
Darnton, Robert (2014). Censors at Work. How states shaped Literature. NY: WW Norton.
Foucault, Michel (1978). The History of Sexuality: An Introduction. New York: Pantheon Books.
Jansen, Sue. (1988). Censorship: The Knot that Binds Power and Knowledge, New York: Oxford University Press.
Moore, Nicole (2013). “Censorship Is”. Australian Humanities Review, 54:45–65.
Müller, Beate (ed.) (2004). Censorship and Cultural regulation in Modern Age, Amesterdam/NY: Brill/Rodopi.
Martin, Laurent (ed.) (2016). Les Censures dans le Monde. XIXe-XXIe siècle. Rennes: Presses Universitaires de Rennes.
Post, Robert (ed.) (1998). Censorship and Silencing: Practices of Cultural Regulation. LA: Getty research institute for the history of Art and the Humanities.
Robertson, Jim (2005). The Hidden Cinema British film censorship in action, 1913–1975 (e-library). Routledge.
Conferência organizada no âmbito do projecto CEMA — Censura(s): um modelo analítico de processos censórios (EXPL/COM-OUT/0831/2021) financiado por fundos nacionais através da FCT — Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P.
Tempo
setembro 7 (Quinta-feira) - 8 (Sexta-feira)
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboacomunicacao.ihc@fcsh.unl.pt Avenida de Berna, 26C — 1069-061 Lisboa
Eventos com Open calls

Detalhes do Evento
Congresso internacional sobre a guerra, a pós-guerra e o regime franquista, uma análise do caso espanhol à luz de diferentes contextos históricos e/ou metodológicos. Prazo: 28 Fevereiro 2023 Espanha
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Detalhes do Evento
Congresso internacional sobre a guerra, a pós-guerra e o regime franquista, uma análise do caso espanhol à luz de diferentes contextos históricos e/ou metodológicos. Prazo: 28 Fevereiro 2023
Espanha Traumática: Guerra, Ditadura, Resistências, 1936-1976
Espanha não foi alheia à polarização e às convulsões do período entre-guerras. Um golpe de Estado em 1936 conduziu a uma guerra civil em que se enfrentaram diferentes projectos políticos, sociais, culturais e económicos. O conflito, que não se desenvolveu apenas na linha de frente, mas também nas retaguardas, iniciou um processo traumático central e sem precedentes na história contemporânea do país. A sua principal consequência foi a configuração duma ditadura que se estendeu por quase quarenta anos e cuja natureza, contornos e mutações ainda provocam debate. A guerra, a pós-guerra e o regime franquista são as temáticas deste congresso. É uma ocasião para reflectir sobre a heterogeneidade das guerras civis, as mudanças pós-conflito ou os sistemas fascistas e autoritários do século XX. Isto permite abrir um diálogo com investigadores/as que, à escala internacional, analisem o caso espanhol à luz de diferentes contextos históricos e/ou metodológicos. Perspectivas interdisciplinares, comparadas e transacionais são, portanto, bem-vindas.
Chamada para comunicações (📎 PDF – PT e ES)
O congresso Espanha traumática: Guerra, ditadura, resistências, 1936-1975 decorrerá nos dias 1 e 2 de Junho de 2023 e incluirá três conferências centrais a cargo de especialistas reconhecidos nestas temáticas. Além disso, apresentar-se-ão papers relevantes nas temáticas acima enunciadas, independentemente da sua abordagem disciplinar.
As apresentações destes papers terão uma duração máxima de 25 minutos e poderão ser feitas em português, inglês ou castelhano. As propostas devem ser enviadas até ao dia 28 de Fevereiro de 2023 ao endereço congresso2023lisboa@gmail.com.
Enviar-se-ão num único documento (Word) que inclua a seguinte informação: autoria, afiliação institucional, título da proposta, resumo (máximo 300 palavras), 3-5 palavras-chave, breve resumo biográfico (máximo 200 palavras) e informação de contacto (endereço email e telefone).
A selecção das propostas guiar-se-á pelo objectivo de garantir o máximo nível de qualidade, originalidade e diversidade das contribuições.
Organização:
Oficina de Estudos sobre o Poder e os Povos da Espanha (OEPPE), Instituto de História Contemporânea, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade NOVA de Lisboa.
Comité organizador:
João Miguel Almeida, Manuel Loff, Rita Luís, Rubén Pérez Trujillano, Carlos Píriz, César Rina, Pablo Sánchez León, Arturo Zoffmann Rodríguez
Tempo
junho 1 (Quinta-feira) - 2 (Sexta-feira)
Localização
NOVA FCSH
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboacomunicacao.ihc@fcsh.unl.pt Avenida de Berna, 26C — 1069-061 Lisboa

Detalhes do Evento
Congresso que tem como objectivo partilhar resultados e aprofundar o debate teórico e metodológico sobre as práticas de história pública e suas representações simbólicas. I Congresso História Pública em
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Detalhes do Evento
Congresso que tem como objectivo partilhar resultados e aprofundar o debate teórico e metodológico sobre as práticas de história pública e suas representações simbólicas.
I Congresso História Pública em Portugal:
práticas, experiências e desafios
História Pública é um conceito que comporta múltiplas e controversas definições, mas também práticas testadas, experiências inovadoras e desafios futuros. Embora pouco escrutinados e divulgados em Portugal, noutros contextos nacionais e à escala internacional a História Pública institucionalizou-se como uma área de conhecimento e formação autónoma.
Não obstante, há muito que os historiadores, cientistas sociais e das humanidades, investigadores artísticos e artistas portugueses recorrem a narrativas, atividades de mediação e meios de comunicação dirigidos para públicos não académicos, que se sucedem as celebrações cívicas oficiais, os projetos de base comunitária, participativa, educativa e de história oral levados a cabo em arquivos, museus, associações e movimentos sociais, assegurando a progressiva socialização da produção do conhecimento histórico. Por outro lado, a História Pública tem potenciado o trabalho interdisciplinar, possibilitando o cruzamento de metodologias e formas de conhecimento que conduzem a reinterpretações, entendimentos históricos e formas de relacionamento com os públicos originais. São prolixas as experiências envolvendo novas linguagens e tecnologias, métodos colaborativos, públicos diversos e/ou sub-representados. Desenvolvem-se projetos partilhados em torno de passados difíceis ou memórias conflituais, diversificando-se os processos e as práticas sociais de construção de património material e imaterial, de recolha de testemunhos e documentos históricos, potenciando a construção de novas identidades sociais.
Chamada para comunicações
Partilhar resultados e aprofundar o debate teórico e metodológico sobre estas práticas e suas representações simbólicas é o objetivo do I Congresso História Pública em Portugal, considerando: as questões éticas relacionadas com os usos do passado e da investigação colaborativa; a dimensão cívica dos processos de coprodução e transferência do conhecimento; o diálogo entre o passado e o presente; a partilha de autoridade e de autoria, bem como o questionamento e democratização da cultura histórica, incluindo a produção de materiais de divulgação inclusivos; entre outras questões que atravessam os debates internacionais sobre a prática da História Pública.
São bem-vindas as propostas de comunicação relacionadas com:
- Comunicação e difusão do conhecimento
- Investigação colaborativa e coprodução do conhecimento
- Processos participados de patrimonialização e musealização
- Metodologias e exploração de recursos na produção da História Pública
- Impacto público da relação do meio académico e não académico
- Comunidades e políticas públicas
- Questões de identidade, memória e presenças invisibilizadas
- Projetos de reflexão e de contestação sobre patrimónios culturais e históricos
- Comunidades digitais e História Pública
- Desafios epistemológicos e éticos da História Pública
- História Pública como ativismo
- Limites e diálogos entre História, História Pública e outras Ciências Públicas
- Projetos de Arte Pública e cidadania
- Possibilidades de colaboração entre práticas artísticas e História Pública
Prazo de submissão de propostas: 30 de Março de 2023
🔗 Submissão de propostas: AQUI.
Organização: Laboratório Associado IN2PAST
>> 📎 Descarregar a chamada para comunicações (PDF) <<
Comissão Coordenadora:
Joana Dias Pereira (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Cláudia Ninhos (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Fátima Ferreira (Lab2PT — Universidade do Minho / IN2PAST)
Sónia Vespeira de Almeida (CRIA — NOVA FCSH / IN2PAST)
Marta Prista (CRIA — NOVA FCSH / IN2PAST)
Joana Miguel Almeida (CRIA — NOVA FCSH / IN2PAST)
Cristina Pratas Cruzeiro (IHA — NOVA FCSH / IN2PAST)
Patrícia Roque Martins (IHA — NOVA FCSH / IN2PAST)
Comissão Científica:
Elisabete Pereira (IHC — Universidade de Évora / IN2PAST)
Xurxo Ayán Vila (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Hélia Marçal (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST; UCL)
Sérgio Vicente (CIEBA — FBAUL)
Helena Elias (VICARTE — FBAUL)
Margarida Brito Alves (IHA — NOVA FCSH / IN2PAST)
Ana Balona de Oliveira (IHA — NOVA FCSH / IN2PAST)
Elsa Peralta (CEC — FLUL)
Marta Araújo (CES — Universidade de Coimbra)
Cidália Ferreira Silva (Lab2PT — Universidade do Minho / IN2PAST)
Alice Semedo (CITCEM — Universidade do Porto)
Helena Pinto (CITCEM — Universidade do Porto)
Silvestre Lacerda (DGLAB)
António Candeias (HERCULES — Universidade de Évora / IN2PAST)
Imagem: © Diana Barbosa
Tempo
junho 1 (Quinta-feira) - 2 (Sexta-feira)
Organizador
Várias instituições

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Conferência internacional que pretende fomentar uma abordagem global/internacional ao estudo da censura. Prazo: 30 de Abril de 2023 Decifrando Censuras. Da regulação à produção de inexistências, do arquivo
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Conferência internacional que pretende fomentar uma abordagem global/internacional ao estudo da censura. Prazo: 30 de Abril de 2023
Decifrando Censuras.
Da regulação à produção de inexistências, do arquivo à internet:
uma abordagem interdisciplinar
Segundo as tendências de pesquisa no Google, as palavras “censura” e “censorship” demonstram a importância da sua correlação com redes sociais (Youtube, Twitter, Facebook, etc.) e jovens mulheres famosas (Miley Cyrus, Megan Fox, Emma Watson, Lindsay Lohan no top 20 relativo a 2004-2022). Estes dois grandes temas, a economia e as normas morais, mostram como a censura se mantém como uma questão a enfrentar no presente.
Não são fenómenos novos, quer os aspectos de ordem económica, quer os de ordem moral têm acompanhado o processo de regulação institucional do espaço público e privado, desde que, com a invenção da imprensa, se abandonou a perseguição intermitente dos hereges e se sistematizou o controlo do impresso. Aliás, a perspectiva histórica permite observar a reorganização da metodologia censória que acompanha o desenvolvimento tecnológico dos meios de comunicação: o cinema incentivou o sistema de códigos etários (Robertson 2005), o uso do telegrama e, posteriormente, do telefone permitiu agilizar o controlo exercido por instituições e agentes da censura.
Apesar da censura ser uma manifestação por excelência do exercício do poder, tendo sido historicamente exercida pelos sujeitos que mais peso têm na gestão do espaço público, nos processos económicos e nas instituições políticas (Martin 2016), nas últimas décadas o consenso em torno do significado da palavra censura esvaiu-se (Müller 2004; Moore 2013; Darnton 2014). Esse esboroamento é notório a partir do momento em que, no contexto das Culture Wars, nas décadas de 80 e 90, os académicos liberais americanos, ancorados em abordagens teóricas devedoras do trabalho de Michel Foucault (1978) ou Pierre Bourdieu (1991), demonstraram a existência de fenómenos censórios em contexto democrático (cf. Burt 1994; Post 1998).
As novas abordagens à censura continuam a admitir que o Estado possa exercer um controlo directo (repressão), mas também começaram a identificar o fenómeno censório com o controlo indirecto que este pode exercer (através de financiamentos, educação, história pública, etc.) e, sobretudo, começaram a exigir do Estado intervenções diretas de regulação do poder privado que impõe constrangimentos à expressão (Post 1998). Formas de “censura de mercado” que induzem à auto-censura (Jansen 1988) ou políticas como a “don’t ask, don’t tell” que abrangeu os homossexuais no Exército norte-americano, entre 1994-2011, foram englobadas num tipo de apagamento imbuído no tecido estrutural das sociedades (Butler 1998). Este carácter imbuído da censura nas sociedades tomou o nome de censura “constitutiva” ou “estrutural”, por oposição àquela que é exercida por instituições, como o Estado ou a Igreja, isto é, a censura regulatória. Nesse sentido, os fenómenos recentes de “cultura de cancelamento”, de abordagens “woke” à cultura e dos vieses dos algoritmos mostram como o fenómeno é socialmente estruturante.
Torna-se imperativo analisar estes fenómenos para distinguir cientificamente, por um lado, os processos censórios e, por outro lado, os discursos conservadores que – frente à emergência de vozes reivindicando legitimamente novos espaços de comunicação -, instrumentalizam a denúncia de uma dita censura para conservar privilégios e monopólios. Neste sentido, cabe aqui diferenciar boicotes e censuras, que não emergem dos mesmos lugares dentro dos sistemas de poder.
Somos conscientes que a participação numa conferência que pretende fomentar uma abordagem global/internacional ao estudo da censura tem não só implicações inerentes ao estudo do próprio tema, mas constitui também um desafio numa academia que, ao pensar-se global, se encontra materialmente limitada pelas contingências do sistema académico no momento actual, com as suas periferias, pressões sociais e políticas que influenciam a produção e disseminação intelectual.
Chamada para comunicações
Convidam-se todas as interessadas e interessados nesta problemática a participar na conferência dentro dos quatro eixos abaixo elencados. Porém, existe abertura a propostas que abram novos caminhos, não sendo esta, portanto, uma lista exaustiva.
Eixo 1 – Modelos e metodologias de análise
Como abordar as interferências dos diferentes códigos inerentes à censura? Por um lado, a sociedade idealizada pela instituição, aquela hipoteticamente criada pelo seguimento estrito das normas regulatórias e, por outro, a sociedade realmente existente, com as suas referências, interdições, resistências plurais e criatividade em resposta às invisibilidades da censura. Interessa-nos a exploração de modelos que tomem em conta os seus diversos actores, contextos e implicações da censura nas relações interpessoais (familiares, íntimas, laborais, sociais).
Eixo 2 – Enquadramento do factor circulação internacional
A introdução da variável circulação permite questionar as fronteiras nacionais no estudo da censura. Interessam-nos abordagens que se focam em aspectos transnacionais e comparativos, quer introduzindo a noção de fluxo, quer focando-se na circulação da censura, dos censurados e de formas de resistência.
Eixo 3 – Meta-análise
Sendo a censura um fenómeno que desafia a capacidade interpretativa de diversos agentes, seria arrogante da parte do investigador não questionar a sua própria subjectividade e capacidade de análise. Qual o lugar que o erro interpretativo ocupa nos estudos sobre censura? Como navegar entre as intenções dos agentes, do produtor, a capacidade de mediar do próprio censor e as diversas camadas interpretativas subsequentes?
Eixo 4 – Implicações da censura
A prática censória é uma porta de entrada para análise do poder, culturas e construções políticas, religiosas e artísticas. Interessa-nos introduzir esta variável na produção da história política, económica, social e cultural.
Oradora convidada:
Prof. Nicole Moore, University of New South Wales (UNSW), Canberra
Nicole Moore é professora de English e Media Studies na UNSW Canberra. Entre Setembro de 2022 e Julho de 2023 é Professora Visitante de Estudos Australianos no Centre for American and Pacific Studies (Centro de Estudos Americanos e do Pacífico) da Universidade de Tóquio. Tem como principal interesse de investigação a literatura australiana, a par da investigação interdisciplinar e comparativa nos domínios da história cultural, estudos de género e sexualidade, e da história do livro, com um interesse especial na censura. O seu livro de 2012, The Censor’s Library: Uncovering the Lost History of Australia’s Banned Books, ganhou o prémio Walter McCrae Russell da Association for the Study of Australian Literature. Foi também coordenadora de livros colectivos editados recentemente sobre temas da censura literária a nível global ou da literatura australiana na República Democrática Alemã. A sua investigação dedica-se às questões em jogo nas culturas políticas da escrita e da leitura, e nas complexas relações da literatura, governança e história dentro e fora das fronteiras nacionais. A Prof. Moore foi visiting fellow no Menzies Centre, no Kings College London; na English Faculty, da Universidade de Cambridge; nos Arquivos Nacionais da Austrália, e no Humanities Research Centre, Australian National University. Entre 2018 e 2022 foi Reitora Associada das Colecções Especiais da UNSW Canberra, promovendo a investigação, curadoria e parcerias utilizando os ricos materiais manuscritos e livros raros das colecções de alto nível da UNSW Canberra.
Envio de propostas
As propostas não deverão exceder as 400 palavras, devem incluir um título e ser acompanhadas de uma pequena nota biográfica (com um máximo de 100 palavras). As línguas de trabalho serão o português, o castelhano, o francês e o inglês. E-mail para submissão: decifrandocensuras@fcsh.unl.pt
Data limite de submissão: 30 de Abril 2023
Comissão organizadora
Adalberto Fernandes (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Andru Chiorean (National University of Political Science and Public Administration, Roménia)
Daniel Melo (CHAM — NOVA FCSH)
Mélanie Toulhoat (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Rita Luís (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Rui Lopes (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Referências
Bourdieu, Pierre (1991). Language and Symbolic power. Cambridge: Polity Press.
Burt, Richard (ed.) (1994). The Administration of Aesthetics: Censorship, Political Criticism and the Public Sphere, Minnesota: University of Minnesota Press.
Butler, Judith (1998). “Ruled out: vocabularies of the censor”. In: R. Post (ed.), Censorship and silencing: practices of cultural regulation, (247-259) LA: Getty research institute for the history of art.
Darnton, Robert (2014). Censors at Work. How states shaped Literature. NY: WW Norton.
Foucault, Michel (1978). The History of Sexuality: An Introduction. New York: Pantheon Books.
Jansen, Sue. (1988). Censorship: The Knot that Binds Power and Knowledge, New York: Oxford University Press.
Moore, Nicole (2013). “Censorship Is”. Australian Humanities Review, 54:45–65.
Müller, Beate (ed.) (2004). Censorship and Cultural regulation in Modern Age, Amesterdam/NY: Brill/Rodopi.
Martin, Laurent (ed.) (2016). Les Censures dans le Monde. XIXe-XXIe siècle. Rennes: Presses Universitaires de Rennes.
Post, Robert (ed.) (1998). Censorship and Silencing: Practices of Cultural Regulation. LA: Getty research institute for the history of Art and the Humanities.
Robertson, Jim (2005). The Hidden Cinema British film censorship in action, 1913–1975 (e-library). Routledge.
Conferência organizada no âmbito do projecto CEMA — Censura(s): um modelo analítico de processos censórios (EXPL/COM-OUT/0831/2021) financiado por fundos nacionais através da FCT — Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P.
Tempo
setembro 7 (Quinta-feira) - 8 (Sexta-feira)
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboacomunicacao.ihc@fcsh.unl.pt Avenida de Berna, 26C — 1069-061 Lisboa
fevereiro, 2023
Tipologia do Evento:
Todos
Todos
Apresentação
Ciclo
Colóquio
Conferência
Congresso
Curso
Debate
Encontro
Exposição
Inauguração
Jornadas
Lançamento
Mesa-redonda
Mostra
Open calls
Outros
Palestra
Roteiro
Seminário
Sessão de cinema
Simpósio
Workshop

Detalhes do Evento
Simpósio sobre os contextos, as causas e as consequências sociais, económicas e ecológicas da seca e da fome na antiga África colonial portuguesa. Seca, Fome e Colonialismo Português em
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Detalhes do Evento
Simpósio sobre os contextos, as causas e as consequências sociais, económicas e ecológicas da seca e da fome na antiga África colonial portuguesa.
Seca, Fome e Colonialismo Português em África
História e Memória (séculos XIX-XXI)
Temos o prazer de anunciar o simpósio internacional Seca, Fome e Colonialismo Português em África – História e Memória, organizado pelo Instituto de História Contemporânea (NOVA FCSH), o Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia (NOVA FCT), o Instituto de Ciências Sociais (UL) e o Global Health and Tropical Medicine (NOVA IHMT), e que terá lugar na Biblioteca Nacional, em Lisboa, nos dias 2 e 3 de Fevereiro de 2023.
Nas últimas décadas a investigação académica tem mostrado a forma como o continente africano é particularmente vulnerável à seca e à fome, e como a aridez dos solos e a pluviosidade irregular, combinadas entre si, têm tido consequências dramáticas para as populações humanas e animais e para as ecologias locais. Tem também sido demonstrado o impacto das políticas (pós-) coloniais entre os séculos XIX e XXI sobre as populações africanas e sobre as suas respostas aos fenómenos da seca e da fome, mas também destacada a forma como diferentes disciplinas científicas procuraram lidar com os diferentes desafios colocados pelas ecologias africanas. Nem todas as regiões e períodos históricos têm, no entanto, recebido a mesma atenção, continuando a existir uma lacuna significativa no que toca à compreensão da relação complexa entre seca, fome e colonialismo português em África.
Este simpósio tem como objectivo juntar estudantes de pós-graduação e investigadores de diferentes disciplinas para discutir os contextos, as causas e as consequências sociais, económicas e ecológicas da seca e da fome na antiga África colonial portuguesa. Outro dos seus objectivos consiste em promover o debate sobre as respostas que as populações e os governos deram à seca e à fome, dialogando com a investigação de relevo nas áreas da história ambiental, história do clima, história social, história imperial, história da ciência, história da saúde e história das migrações. Pretende-se aprofundar o conhecimento sobre a seca e a fome nestes territórios nos séculos XIX e XX, tanto através de estudos sobre contextos mais circunscritos, como através de abordagens à escala regional ou de natureza comparativa. Reconhecendo a importância de compreender em especial a forma como as fomes foram vividas e são lembradas nos países de língua oficial portuguesa no período pós-independência, este simpósio procura ainda discutir a questão da memória e das experiências vividas e transmitidas de indivíduos e comunidades confrontados com perdas de vida muito significativas, dificuldades extremas e traumas.
>> 📎 Programa do simpósio (PDF)
Chamada para comunicações
Os organizadores do simpósio convidam à apresentação de propostas centradas nos territórios da antiga África colonial portuguesa que abordem os seguintes tópicos, embora não estejam limitadas por eles:
• Fontes para a história da seca e de eventos climáticos relacionados com a seca;
• Concepções e conhecimento local sobre seca e fome;
• Estratégias agrícolas, sociais e económicas locais para lidar com a seca e a fome;
• História dos sistemas alimentares, da segurança alimentar e de culturas e práticas utilizadas para prevenir a fome;
• Respostas coloniais à seca e à fome e o seu impacto sobre as populações afectadas;
• Consequências demográficas, sociais e económicas da seca e da fome no período colonial e pós-colonial;
• Seca, fome, migrações humanas e populações deslocadas;
• Saúde pública, nutrição, seca e fome;
• Legados das respostas coloniais à seca e à fome na África pós-colonial;
• Respostas pós-coloniais à seca e à fome e os seus impactos;
• Memória da seca e da fome na África colonial e pós-colonial;
• Silêncios e lacunas na historiografia da seca e da fome nas antigas colónias portuguesas em África.
São bem-vindas as perspectivas da história ambiental, da história imperial, da história da ciência e da história da saúde, mas também da antropologia, dos estudos sobre migrações e dos estudos pós-coloniais. Encorajamos em especial a participação de estudantes de pós-graduação e de investigadores oriundos de países de língua oficial portuguesa.
Línguas oficias do simpósio: Português e Inglês
A participação no simpósio é gratuita.
Caso estejam em vigor restrições que impeçam a realização do simpósio em formato presencial, este terá lugar em formato híbrido ou virtual.
Submissão de propostas
As propostas, em língua portuguesa ou inglesa, devem ser enviadas para droughtandfaminesymposium2023@gmail.com até 16 de Maio de 2022 e devem incluir:
Nome(s);
Contacto(s) de email;
Afiliação institucional;
Uma curta biografia do(s) autor(es) (máx. 100 palavras);
Título da comunicação;
Resumo (máx. 300 palavras).
Deste Simpósio resultará a publicação de um livro com algumas das comunicações aí apresentadas.
Datas importantes
16 de Maio de 2022: Prazo para entrega das propostas;
30 de Junho de 2022: Data de notificação dos autores;
15 de Julho de 2022: Divulgação do programa provisório do simpósio.
Organizadores/as
Pedro Aires Oliveira (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Cláudia Castelo (ICS — ULisboa)
Bárbara Direito (CIUHCT — NOVA FCT)
Philip J. Havik (GHTM — NOVA IHMT)
Todas as questões relacionadas com o simpósio devem ser endereçadas aos organizadores através do seguinte email: droughtandfaminesymposium2023@gmail.com
>> Descarregar a chamada para comunicações (PDF) <<
Tempo
2 (Quinta-feira) 9:00 am - 3 (Sexta-feira) 4:00 pm
Organizador
Várias instituições

Detalhes do Evento
Primeira obra da nova colecção Estratégica, da Imprensa de História Contemporânea, coordenada por Ana Isabel Queiroz et al. Pobreza e fome, uma história contemporânea.
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Detalhes do Evento
Primeira obra da nova colecção Estratégica, da Imprensa de História Contemporânea, coordenada por Ana Isabel Queiroz et al.
Pobreza e fome, uma história contemporânea.
Temas, metodologias e estudos de caso
O livro será apresentado por Daniel Alves (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST).
Sobre o livro:
Pobreza e fome, uma história contemporânea analisa a pobreza e a fome, problemas atuais olhados numa dimensão espácio-temporal, reunindo abordagens pluridisciplinares de 29 investigadores do IHC e de outros centros de investigação. Considerando dimensões políticas, económicas, sociais, culturais e ambientais, ele visa estimular o pensamento crítico sobre a degradação ambiental, a desigualdade e a discriminação social, ao mesmo tempo considerando questões como o racismo, a sobre‑exploração de humanos e não‑humanos, as questões de género, a poluição e as alterações climáticas. Publicada no âmbito do atual projeto programático do IHC e organizada em três partes, esta obra identifica e revê alguns dos temas mais relevantes para uma compreensão dos fenómenos da pobreza e da fome no Portugal contemporâneo.
Sobre as coordenadoras:
Ana Isabel Queiroz é doutorada em Arquitetura Paisagista (Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, 2007), e é professora auxiliar do Departamento de Geografia e Planeamento Regional da NOVA FCSH. Investigadora integrada do Instituto de História Contemporânea (NOVA FCSH), coordena a linha temática «Mundos Precários e Sustentabilidade» e é membro da Direção (2021-2023). Entre 2014 e 2019, desenvolveu um projeto sobre a História das pragas agrícolas no período contemporâneo, financiado pela FCT. Tem publicado como editora e autora, livros e artigos no âmbito das Humanidades Ambientais. Entre outros, destaca-se o livro de que é co-editora Histories of Bioinvasions in the Mediterranean (Springer, 2018) e, recentemente, o artigo «Ecologia da caça, condições de vida e desigualdades (Aquilino Ribeiro, 1885-1963)» (Colóquio Letras, 2021).
Bárbara Direito é doutorada pela Universidade de Lisboa (2013), foi entre Setembro de 2017 e Agosto de 2019 investigadora de pós-doutoramento e é, desde Setembro de 2019, investigadora contratada no CIUHCT-FCT/NOVA, onde desenvolve investigação sobre pecuária e políticas veterinárias em Moçambique colonial. Tem-se interessado por diferentes temas relacionados com a história do colonialismo em Moçambique no século XX, em particular nas áreas da história agrária, da história da medicina e da história ambiental, sobre os quais tem publicado em revistas nacionais e internacionais. Publicou recentemente o livro Terra e colonialismo em Moçambique – A região de Manica e Sofala sob a Companhia de Moçambique, 1892-1942 (Lisboa, Imprensa de Ciências Sociais, 2020).
Helena da Silva é doutorada em História pela École des Hautes Etudes en Sciences Sociales (França) e pela Universidade do Minho (2010). É historiadora e investigadora no Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa (IHC-NOVA-FCSH). Foi responsável pelo projecto de investigação ‘Medical and Healthcare services in the First World War: the case of the Portuguese soldiers during and after the Great War (1914-1960)’, financiado pela FCT. É co-editora da revista Continuity and Change da Cambridge University Press. É autora de vários artigos e livros sobre história da saúde e da enfermagem, como La naissance de la profession infirmière au Portugal (2020), e coordenou junto de colegas livros como Centenário da Gripe Pneumónica (2019).
Lígia Costa Pinto é doutorada em Economia pela Universidade da Carolina do Sul, EUA (1998), e Professora Associada com Agregação na Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho. As suas áreas de investigação e docência são a Economia do Ambiente e dos Recursos Naturais. Como trabalhos mais relevantes no âmbito dos temas associados a questões de ambiente e vulnerabilidade, destaca-se uma publicação na área da percepção e valoração do risco de erosão costeiro no norte de Portugal, e várias outras sobre valoração da paisagem. Os resultados da investigação têm sido publicados em revistas científicas como sejam: Environment, Development and Sustainability, Biodiversity and Conservation, Journal of Environmental Managment, entre outras.
Tempo
(Quinta-feira) 6:00 pm - 7:30 pm
Organizador
Imprensa de História Contemporâneaimprensa.ihc@fcsh.unl.pt

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O livro de Erica Borg e Amedeo Policante vai ser apresentado online, no âmbito do Marxist Education Project, por Ariel Salleh e Stuart Newman. Mutant Ecologies Manufacturing Life
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Detalhes do Evento
O livro de Erica Borg e Amedeo Policante vai ser apresentado online, no âmbito do Marxist Education Project, por Ariel Salleh e Stuart Newman.
Mutant Ecologies
Manufacturing Life in the Age of Genomic Capital
The interconnected fields of genomic science, genome editing, and biotechnology have emerged over the past half-century as a revolution in the production of new life forms that have been eagerly adopted by agriculture, pharmaceuticals, textiles, and other business sectors. While many – including the Nobel Committee – have heralded this as a “new epoch” of limitless possibilities for positive transformation, In Mutant Ecologies: Manufacturing Life in the Age of Genomic Capital, Erica Borg and Amedeo Policante show how genetic science has been deeply intertwined from its beginning with the raw imperatives of capital accumulation. “Genomic capital,” the authors’ term for the use of genetic materials in industrial production, has literally altered many of life’s metabolic processes in service to capital’s demands. Within a socio-historical context defined by the iron rules of competition and exploitation, capital no longer contents itself with simply appropriating the living bodies of plants and animals but purposefully designs their internal metabolism, and in that way it redesigns the countless living vectors that constitute the global biosphere. This biological revolution will ripple through the everyday lives of people everywhere. Erica and Amedeo will present Mutant Ecologies and Ariel Salleh and Stuart Newman will discuss the book and initiate the conversation.
🔗 Mais informações e inscrições
Mais informações sobre o livro
Tempo
(Sábado) 9:00 pm - 10:30 pm
Localização
Link a divulgar a quem se inscrever
Plataforma Zoom
Organizador
Marxist Education Projectinfo@marxedproject.org 388 Atlantic Avenue, 2nd Floor Brooklyn, NY 11217 (USA)

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Primeira sessão do terceiro ciclo de conferências que cruza a Ciência e Tecnologia com as Artes e Letras. Com Ana Duarte Rodrigues. O
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Detalhes do Evento
Primeira sessão do terceiro ciclo de conferências que cruza a Ciência e Tecnologia com as Artes e Letras. Com Ana Duarte Rodrigues.
O que nos dizem as fontes visuais das hortas
3º Ciclo internacional de videoconferências
“Quando a Ciência e a Tecnologia se Cruzam com as Artes e as Letras”
A representação de jardins de prazer é relativamente abundante em algumas culturas. No entanto, a representação de hortas e pomares é muito rara transversalmente. No entanto, há um grupo de desenhos de hortas, pomares e vinhas da Idade Moderna em Espanha, que nunca foram estudados e que nos propusemos a investigar. Assim, nesta conferência pretendemos confrontar o conhecimento já consagrado pela historiografia com este grupo de representações visuais de hortas, pomares, vinhas, e casas rurais de diferentes regiões de Espanha, mas também com as representações da mesma tipologia do norte da Europa. Com vista a este objetivo, iremos dirigir o seguinte inquérito aos desenhos hispânicos de hortas, pomares e vinhas: O que é que podem acrescentar às fontes textuais?
O que nos podem dizer sobre a organização espacial das granjas, fincas, huertas/huertos? Podemos transpor este conhecimento para as quintas portuguesas? O que nos dizem sobre as variedades cultivadas? E, por outro lado, o que é que representações com uma preocupação mais utilitária que estética podem significar para a arte?
Esperamos demonstrar que as representações visuais são essenciais não só para complementar o que já se sabe sobre as mais comuns tipologias de jardim, entendido num sentido lato, no Mediterrâneo, mas também para suscitar uma análise crítica das diferentes culturas que as produziram, tornando-se peças chave para a história dos jardins, especialmente quando esta é abordada sob o ponto de vista da ciência e da tecnologia. Mas, não só, a beleza das representações obriga a rever os critérios clássicos com que a historiografia da arte tem entendido a Idade Moderna.
Sobre o orador:
Ana Duarte Rodrigues é professora de História da Ciência. Desde de 2020, é coordenadora do CIUHCT. Nos últimos anos coordenou dois projectos financiados pela FCT: Sustainable Beauty for Algarve and Gardens (2015-2019) e AQUA: Water Wise Management in Early Modern Gardens (2018-2022). Tem publicado intensamente sobre jardins e paisagem sob a perspectiva da história das ciências e da tecnologia. No âmbito de Lisboa Capital Verde 2020, publicou o livro O Triunfo dos Jardins. O pelouro dos Passeios e Arvoredos (1840-1900) e colaborou nas exposições Jardins Históricos de Portugal: Memória e Futuro, na BNP, e Hortas de Lisboa: Da Idade Média ao Século XXI, no Museu de Lisboa. Para além destes, entre as suas publicações destacam-se os livros que co-coordenou: Gardens and Human Agency in the Anthropocene (Routledge, 2019) e The History of Water Management in the Iberian Peninsula Between the 16th and 19th centuries (Springer, 2020). Recebeu o prémio Scientific Merit Awards 2021, atribuído pela Faculdade de Ciências.
Tempo
(Terça-feira) 6:00 pm - 7:30 pm
Localização
Link dedicado na plataforma Zoom
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Universidade de Évra, Universidad Nacional del Sur e Universidad Nacional de Quilmes

Detalhes do Evento
Discussão sobre as questões do autoritarismo e da democracia no Brasil para melhor compreender o actual momento político vivido pelo país. Autoritarismo e democracia no Brasil, de Vargas a
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Detalhes do Evento
Discussão sobre as questões do autoritarismo e da democracia no Brasil para melhor compreender o actual momento político vivido pelo país.
Autoritarismo e democracia no Brasil, de Vargas a Bolsonaro
Luciano Aronne de Abreu (Professor Titular, Pontifícia Universidade Católica de Rio Grande do Sul – PUCRS)
Comentários de Bruno Zorek e Mélanie Toulhoat (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST) e Paula Borges Santos (IPRI — NOVA)
O discurso autoritário de Jair Bolsonaro e o Bolsonarismo não se constituem exactamente em pontos fora da curva na longa tradição conservadora e autoritária brasileira, na qual ele próprio busca se situar. Por outro lado, devem ser compreendidos em suas especificidades e a partir da sua própria “linguagem da destruição”.
Nesse sentido, considerando-se que o Brasil viveu nesses últimos anos sob um contexto de transição à ditadura, refreado por uma ampla mobilização de importantes sectores políticos, institucionais e da sociedade civil e pelo resultado das últimas eleições presidenciais, propõe-se aqui uma ampla discussão sobre as questões do autoritarismo e da democracia no Brasil como forma de melhor compreender o actual momento político vivido pelo país. Para isso, deve-se olhar com cuidado e atenção para o passado ditatorial do país e identificar os seus possíveis pontos de contacto e afastamento com o fenómeno do Bolsonarismo.
Para reflexão, propõe-se as seguintes questões: O que há de novo no autoritarismo à brasileira do século XXI? Como podemos compreender, não apenas a vitória eleitoral de Jair Bolsonaro em 2018 mas, sobretudo, sua resiliência em 2022?
Organização:
Pedro Aires Oliveira e Maria Inácia Rezola — Grupo de Investigação em História Política Comparada (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Imagem: Comitiva de Getúlio Vargas (ao centro) fotografada por Claro Jansson durante sua passagem por Itararé (São Paulo) a caminho do Rio de Janeiro após a vitoriosa Revolução de 1930 (Fonte: ALSP / Wikimedia Commons).
Tempo
(Quarta-feira) 3:00 pm - 6:00 pm
Localização
NOVA FCSH, Colégio Almada Negreiros, Sala SE1
Campus de Campolide da NOVA — 1099-085 Lisboa
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboacomunicacao.ihc@fcsh.unl.pt Avenida de Berna, 26C — 1069-061 Lisboa

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Colóquio sobre as interseções nos campos da Educação, Património e Cultura Impressa e seus desdobramentos para a escrita da História. Lugares e práticas historiográficas: Educação, Património e Cultura
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Colóquio sobre as interseções nos campos da Educação, Património e Cultura Impressa e seus desdobramentos para a escrita da História.
Lugares e práticas historiográficas:
Educação, Património e Cultura Impressa
As interseções nos campos da Educação, Património e Cultura Impressa e seus desdobramentos para a escrita da História são o tema central do encontro que irá reunir educadoras/res, investigadoras/res, centros de pesquisa e organizações da cultura de Portugal, Brasil e Cabo Verde nos dias 16 e 17 de Fevereiro na Biblioteca Nacional de Portugal (Lisboa). Este I Colóquio Internacional Lugares e Práticas Historiográficas tem como objetivo aprofundar reflexões e sistematizar problemas e debates contemporâneos envolvendo o ensino da História, a construção material do conhecimento em língua portuguesa e seus interditos, os usos do passado colonial e os caminhos possíveis de produção e circulação de materiais escolares e didácticos, a partir do diálogo entre temporalidades e geografias conexas. “Memória e Mentira” é o tema da conferência de abertura a proferir pelo historiador Fernando Catroga (Universidade de Coimbra).
A programação estrutura-se em dois momentos. No primeiro dia (16/2), as/os autoras/es são convidados a discutir questões reunidas nos painéis: “Como ensinar o passado anti-colonial?”; “A circulação da cultura impressa: o que as experiências surpreendem nas bordas dos discursos e sínteses?”; “Usos do passado colonial: como as comemorações reescrevem a História?”. As/os comentadoras/es e o público são incentivadas/os a propor novos problemas e a colaborar para o desenvolvimento das reflexões apresentadas. Os resultados destes grupos de trabalho serão publicados em livro, seguindo a proposta de elaboração e de circulação pública do conhecimento.
No dia 17/2, será lançada a Rede Internacional de História das Pedagogias, Patrimónios Culturais e Materiais Didáticos em Língua Portuguesa, aberta à participação de educadoras/res, investigadoras/res, mediadores/as culturais e estudantes interessadas/os em contribuir para os mais diversificados espaços da Cultura e do Ensino em torno dos temas propostos e em permanente elaboração. Em correlação com os objetivos da Rede, será realizada a Conferência “A Representação da Europa nos ensinos Básico e Secundário cabo-verdianos”, pelo historiador Osvaldino Monteiro (Universidade de Cabo Verde).
Da parte da tarde, os manuais ou livros didácticos são o foco da mesa-redonda “A Historiografia escolar em diálogo: Portugal – Cabo Verde e Brasil”. O Colóquio encerra com a Conferência e debate do tema “Raça e racismo ‘na mais antiga nação da Europa’: Itinerários para o Estudo da História Pública e Escolar”, proferida pela socióloga Marta Araújo (Universidade de Coimbra).
>> 📎 Descarregar o programa completo (PDF) <<
A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição.
As inscrições estão abertas nas modalidades online e presencial.
Serão emitidos certificados de participação.
🔗 Inscrição via formulário: AQUI
Informações via email: hppcmdlp@gmail.com
Tempo
16 (Quinta-feira) 9:30 am - 17 (Sexta-feira) 5:30 pm
Organizador
Várias instituições

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Sessão aberta da Oficina de História e Imagem, em formato presencial, com uma apresentação de Felipe de Castro Muanis. A irrepresentabilidade do testemunho: legitimação de
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Detalhes do Evento
Sessão aberta da Oficina de História e Imagem, em formato presencial, com uma apresentação de Felipe de Castro Muanis.
A irrepresentabilidade do testemunho: legitimação de desenhos e ilustrações da Shoah
Os campos de concentração alemães da Segunda Guerra Mundial compreendem vasto material iconográfico de suas atrocidades, sobretudo após a libertação. Durante a Guerra, dado a proibição do alto comando nazi de se gerar imagens dos campos, poucas imagens foram realizadas e, quando feitas, eram especialmente fotográficas ou cinematográficas, realizadas pelos próprios oficiais. De outro lado, são raras as imagens feitas pelas vítimas dos campos, como as fotografias furtivas tiradas em Auschwitz que provocaram um acalorado debate entre Claude Lanzmann, Gérard Wajcman e George Didi-Huberman sobre sua validade. Contudo, há uma grande produção de ilustrações feitas por prisioneiros durante e depois da sobrevivência nos campos – que é foco da discussão ora proposta – que configura um potente espaço de testemunho, história e reflexão teórica sobre a própria imagem artesanal. Esse material sobrevive um espaço discursivo imagético para testemunhas, muitas que não resistiram para narrar sua história, a quem lhe fora proibido o direito do testemunho.
Apresentação de: Felipe de Castro Muanis — Doutor em comunicação pela UFMG, Brasil. Professor Auxiliar de Ciências da Comunicação da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e Professor Associado do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Juiz de Fora, Brasil. Publicou os livros Convergências Audiovisuais: linguagens e dispositivos (2020); A imagem televisiva: autorreferência, temporalidade, imersão (2018) e Audiovisual e mundialização: televisão e cinema (2014).
Para mais informações e inscrições, contactar oficinahistoriaeimagem@gmail.com
Imagem: Gassing (David Olére, 1947). Museum of Jewish Heritage, Nova Iorque.
Tempo
(Segunda-feira) 10:30 am - 12:30 pm
Localização
NOVA FCSH, Colégio Almada Negreiros, Sala SE1
Campus de Campolide da NOVA — 1099-085 Lisboa
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa e DocLisboa

Detalhes do Evento
Segunda sessão do workshop História e Metodologia, sobre a análise de materiais necessários para a compreensão do objectos de estudo históricos. História e Metodologia A materialidade das coisas
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Detalhes do Evento
Segunda sessão do workshop História e Metodologia, sobre a análise de materiais necessários para a compreensão do objectos de estudo históricos.
História e Metodologia
A materialidade das coisas e a investigação em História
Carla Alferes Pinto (CHAM — NOVA FCSH)
Resumo:
Este workshop propõe pensar e investigar a história e culturas do vestuário a partir de fontes escritas, visuais e materiais. Através de uma abordagem interdisciplinar e cronologicamente transversal, e da recuperação das práticas e conhecimentos do património material e imaterial associado ao fazer e vestir, usaremos documentos escritos, imagens que exemplificam ofícios, práticas e representações sociais, e vestígios arqueológicos que preenchem as lacunas das coleções nacionais sobre vestuário, calçado e acessórios.
A título de exemplo, partiremos da ideia e do processo de reconstrução histórica do vestido do projeto DRESS (Desenhar a moda das fontes quinhentistas), iremos utilizar a descrição documental do enxoval da Infanta D. Beatriz (1504-1538), dos materiais têxteis que foram escolhidos para a confeção do vestido e dos instrumentos de costura para tal utilizadas, bem como a pintura que informou as opções e os tratados de alfaiataria que mostraram os moldes. Utilizando as ferramentas do historiador, a materialidade dos objetos e a tactilidade dos materiais, vamos desafiar os participantes no workshop a reconstruir um dos moldes de corte de um vestido quinhentista.
Nota biográfica:
Carla Alferes Pinto é historiadora da arte e investigadora integrada do CHAM – Centro de Humanidades. Investigadora Principal do projecto VESTE — Vestir a corte: traje, género e identidade(s), trabalhando o vestuário e a moda (roupa, calçado, acessórios, cosmética e maquilhagem) como objetos de comunicação e análise histórica que contribuem para a caracterização do contexto temporal e espacial moderno, e sobre o qual resultam narrativas de identidade individual e de grupo.
Inscrições (gratuitas): 🔗 LINK
Sobre o ciclo:
Este workshop destina-se aos investigadores/as em história (mestrandos, doutorandos, pós-doutorandos), que pretendam adquirir e aprofundar técnicas de análise de materiais necessários para a compreensão dos seus objectos de estudo históricos. Cada material transmite conhecimentos. O seu questionamento e as suas interpretações necessitam do recurso a uma metodologia rigorosa e, simultaneamente, criativa. As fontes históricas convocadas por este workshop serão, por isso, diversas e complementares: documentos oficiais e não oficiais, materiais e imateriais tais como sons, objectos e imagens.
Cada sessão, de duas horas e constituída por uma componente teórico-prática, será animada por especialistas das humanidades e das ciências sociais. As abordagens percorrerão, numa perspetiva interdisciplinar, vários períodos históricos (medieval, moderno, contemporâneo).
A entrada é livre e as sessões têm início às 16h00.
Mais informações em abordagensmetodologicasfcsh@gmail.com.
Organização: Yvette Santos (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST) e Mariana Menezes (CHAM — NOVA FCSH)
>> Programa completo e actualizado do ciclo (PDF) <<
Tempo
(Quinta-feira) 4:00 pm - 6:00 pm
Localização
NOVA FCSH, Colégio Almada Negreiros, Sala SA
Campus de Campolide da NOVA — 1099-085 Lisboa
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa e CHAM - Centro de Humanidades

Detalhes do Evento
Seminário que pretende debater a relevância do conceito de classe nas ciências sociais contemporâneas e mapear o estado da arte. Classes Sociais no Portugal Contemporâneo: um debate multidisciplinar Ao longo
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Detalhes do Evento
Seminário que pretende debater a relevância do conceito de classe nas ciências sociais contemporâneas e mapear o estado da arte.
Classes Sociais no Portugal Contemporâneo: um debate multidisciplinar
Ao longo das últimas décadas o conceito de “classe social” tem sido objecto de clarificações, polémicas, apropriações e rejeições várias. Este seminário, de orientação vincadamente multidisciplinar, pretende debater a relevância do conceito de “classe” nas ciências sociais contemporâneas e mapear o estado da arte nos estudos sobre classes sociais na história, na sociologia e na antropologia portuguesas. Assim, este encontro representa um ponto de partida para pensar os processos de transformação histórica a partir das relações de classe e, em paralelo, discutir as principais orientações teóricas e metodológicas da análise de classes – temas, terrenos, metodologias – e explorar novas hipóteses de trabalho e linhas de pesquisa no campo da produção das desigualdades e hierarquias sociais.
Oradores:
Emília Margarida Marques (CRIA — Iscte-IUL)
Antropologia e relações de classe: experiência etnográfica, conceitos e perspetivas
Joana Dias Pereira (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
As coletividades são as escolas do povo: identidades sociais no movimento associativo
Vasco Ramos (ICS — Universidade de Lisboa)
O espaço social português contemporâneo: um esboço sociológico
Seminário organizado pelo grupo de investigação Economia e Sociedade do IHC, com coordenação de Inês Brasão, João Santos e Rahul Kumar.
Tempo
(Sexta-feira) 10:00 am - 1:00 pm
Localização
NOVA FCSH, Colégio Almada Negreiros, Auditório 224
Campus de Campolide da NOVA — 1099-085 Lisboa
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboacomunicacao.ihc@fcsh.unl.pt Avenida de Berna, 26C — 1069-061 Lisboa
Pesquisa
Notícias
Victor Pereira recebe Prémio Aristides de Sousa Mendes
Dez 8, 2022
Victor Pereira foi um dos premiados com o Prémio Aristides de Sousa Mendes 2022.
IHC Contribui para Memória da Diplomacia Portuguesa
Dez 5, 2022
Foi publicado o website do projecto Memória Oral da Diplomacia Portuguesa.
Fernando Ampudia de Haro — In Memoriam
Dez 3, 2022
Nota de pesar da Direcção do IHC pelo falecimento de Fernando Ampudia de Haro.
CONTACTOS
HORÁRIO


