FCT financia novo projecto de Catarina Laranjeiro
O projecto exploratório FILMASPORA foi financiado pela FCT
IHC acolhe cinco novos bolseiros e bolseiras de doutoramento
O IHC congratula-se com a notícias do acolhimento de novos bolseiros e bolseiras.
ERC financia projecto de Arturo Zoffmann sobre o impacto dos estados de excepção
Arturo Zoffmann Rodriguez recebeu uma Starting Grant do European Research Council
Cláudia Ninhos é a curadora do novo Museu Aristides de Sousa Mendes
O museu é inaugurado a 19 de Julho
Lavinia Maddaluno é a IHC Visiting Scholar 2024
A historiadora de ciência vai ser a quarta IHC Visiting Scholar
Henrique Entratice recebe bolsa TheMuseumsLab
O doutorando foi um dos seleccionados para a edição 2024 do TheMuseumsLab
História oral, descolonização e revolução: três novos projectos IHC em torno do 25 de Abril
Luís Trindade, Zélia Pereira e José Neves tiveram três novos projectos financiados pela FCT
CEEC: IHC recebe oito novos contratos da FCT
Foram atribuídos oito novos contratos de investigação ao IHC.
IHC lança programa “A Liberdade Está na Escola”
Programa de História na Esfera Pública do Instituto de História Contemporânea
Notícias
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O IHC tem-se destacado na investigação acerca de Amílcar Cabral
Agenda
outubro, 2024
Tipologia do Evento:
Todos
Todos
Apresentação
Ciclo
Colóquio
Conferência
Congresso
Curso
Debate
Encontro
Exposição
Inauguração
Jornadas
Lançamento
Mesa-redonda
Mostra
Open calls
Outros
Palestra
Roteiro
Seminário
Sessão de cinema
Simpósio
Workshop
Detalhes do Evento
Conferência internacional, ciclo de cinema e encontro artístico em torno do papel do cinema e dos média nos processos de descolonização africana. O Nascimento (em Imagens) das Nações Africanas:
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Detalhes do Evento
Conferência internacional, ciclo de cinema e encontro artístico em torno do papel do cinema e dos média nos processos de descolonização africana.
O Nascimento (em Imagens) das Nações Africanas:
Média e Descolonizações
A NOVA FCSH e a Universidade Autónoma de Lisboa vão acolher a conferência internacional O Nascimento (em Imagens) das Nações Africanas: Média e Descolonizações. Paralelamente, a Cinemateca Portuguesa junta-se ao evento com uma mostra de filmes a partir das representações das independências nos arquivos italianos (Independências nos Arquivos Italianos) e a Hangar – Centro de Investigação Artística acolhe o encontro artístico Artivismo e Descolonizações. O encontro artístico decorre no dia 17 de Outubro.
A mostra de filmes destaca obras de referência ligadas às lutas anti-coloniais africanas, cujas exibições diminuíram ao longo do tempo. Entre os filmes apresentados estão Africa Nera, Africa Rossa, de Carlo Lizanni, filmado em Angola pós-independência; I Dannati Della Terra de Valentino Orsini; e Reconstrução, Educação, realizado por Flora Gomes. Outros títulos incluem A Proposito Dell’Angola, de Augusta Conchiglia, e Dieci Giorni Con i Guerriglieri del Mozambico Libero, testemunhando a solidariedade internacional nas lutas de libertação africanas.
>> Programa detalhado e resumos (PDF) <<
Organização de Maria do Carmo Piçarra (ICNOVA / UAL) e Giulia Strippoli (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST).
Tempo
9 (Quarta-feira) 9:30 am - 11 (Sexta-feira) 4:30 pm
Localização
Colégio Almada Negreiros da NOVA FCSH e Escola das Artes da Universidade Autónoma de Lisboa
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Universidade NOVA de Lisboa e ICNOVA — Instituto de Comunicação da NOVA
Detalhes do Evento
Os três volumes da obra dirigida por Isabel Baltazar vão ser apresentados em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian, por Guilherme d’Oliveira Martins,
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Detalhes do Evento
Os três volumes da obra dirigida por Isabel Baltazar vão ser apresentados em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian, por Guilherme d’Oliveira Martins, Manuel Porto e António Nóvoa.
Novos Estudos de Cidadania
A Petrony Editores e a Rede Internacional UNESCO A Cidade que Educa e Transforma convidam para o lançamento da trilogia Novos Estudos de Cidadania, sob direcção de Isabel Baltazar.
A apresentação dos livros estará a cargo de:
– Guilherme d’Oliveira Martins, Volume I: Nós e os Outros, os Europeus: Unidos na Diversidade
– Manuel Porto, Volume II: Cidadania – Direito, Ciência Política e Relações Internacionais
– António Nóvoa, Volume III: A Escola como Alicerce – A Dimensão Europeia da Educação
Mais informações sobre os livros: Volume I / Volume II / Volume III
Tempo
(Quinta-feira) 6:00 pm - 8:00 pm
Organizador
Petrony Editores e Rede Internacional UNESCO "A Cidade que Educa e Transforma"
Detalhes do Evento
Ciclo de conferências De Famalicão para o Mundo, uma iniciativa organizada por várias instituições que reúne especialistas em torno do tema da Educação e o 25 de Abril. Ciclo
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Detalhes do Evento
Ciclo de conferências De Famalicão para o Mundo, uma iniciativa organizada por várias instituições que reúne especialistas em torno do tema da Educação e o 25 de Abril.
Ciclo de Conferências
“Pensar o Futuro a partir de Abril: De Famalicão para o Mundo”
#3 Significado do 25 de Novembro de 1975 — José Pacheco Pereira
António Sampaio da Nóvoa, António Gonçalves, José Pacheco Pereira, Jorge Moreira da Silva, Ricardo Noronha e Ivan Lima Cavalcanti são os nomes que vão marcar presença no Ciclo de Conferências “Pensar o Futuro a Partir de Abril – De Famalicão Para o Mundo”, que decorre entre 20 de Setembro e 6 de Dezembro, no auditório da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco e no auditório do Centro de Estudos Camilianos, em Vila Nova de Famalicão. A entrada é livre e todas as conferências têm início pelas 18h30, com periocidade quinzenal, sempre às sextas-feiras.
O arranque do ciclo de conferências será dado por António Gonçalves, director artístico da galeria municipal famalicense Ala da Frente, que falará sobre “A Arte e a Revolução”, no dia 20 de setembro. Ricardo Noronha, do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa, que abordará “Reação Conservadora ao 25 de Abril (28 de Setembro de 1974 e 11 de Março de 1975)” a 4 de Outubro, e a 18 de Outubro, Pacheco Pereira, reconhecido nome da cena política portuguesa, professor, cronista e investigador de história contemporânea portuguesa, com doutoramento honoris causa pelo Iscte-IUL, vem falar sobre o “Significado do 25 de Novembro de 1975”. Segue-lhe Jorge Moreira da Silva, natural de Vila Nova de Famalicão e actual director-executivo do Escritório das Nações Unidas para Serviços de Projetos (UNOPS), que irá abordar o tema “Ambiente e Sustentabilidade” a 8 de Novembro. Ivan Lima Cavalcanti, investigador no CITCEM — FLUP, que irá explorar “O Canto de Intervenção Como Meio de Mobilização”, no dia 22 de Novembro. Sampaio da Nóvoa, antigo representante Permanente de Portugal junto da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) (2018-2021), professor catedrático do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa e antigo Reitor da mesma instituição (2006-2013), caberá a ‘missão’ de encerrar este ciclo de conferências com uma sessão sobre “A Educação – Dos Desafios de Abril ao Futuro da Educação”, excepcionalmente, no auditório do Centro de Estudos Camilianos, em Seide São Miguel, no dia 6 de Dezembro.
Esta iniciativa resulta de uma organização do Município de Vila Nova de Famalicão, no âmbito do projeto educativo e cultural municipal “De Famalicão para o Mundo” /Comemorações municipais dos “50 Anos do 25 de Abril”, em parceria com o CITCEM – FLUP, o IHC — NOVA FCSH / IN2PAST, Universidade de Paris 8, a Associação de Professores de História (AHP) e o CFAEVNF.
O ciclo de conferências está acreditado com 15 horas, pelo Centro de Formação da Associação de Escolas de Vila Nova de Famalicão (CFAEVNF), para docentes. Os interessados/as devem fazer a inscrição na plataforma do CFAEVNF para obter a acreditação na modalidade de curso de formação.
Coordenação científica
- Luís Alberto Alves (CITCEM — FLUP)
- Arminda Ferreira (CMVNF)
- Cláudia Ninhos (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST / Fundação Aristides de Sousa Mendes)
- Cristina Clímaco (LER – Universidade Paris 8)
- Filipa Sousa Lopes (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
- António Gonçalves (Galeria Municipal Ala da Frente)
- Miguel Barros (APH)
- Aurora Marques (CFAEVNF)
Tempo
(Sexta-feira) 6:30 pm - 7:30 pm
Localização
Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco
Avenida Dr. Carlos Bacelar, Ap. 154 — 4761-925 Vila Nova de Famalicão
Organizador
Várias instituições
Detalhes do Evento
Congresso dedicado à discussão e divulgação das várias actividades de José Afonso, que reunirá especialistas, colaboradores/as e amigos/as do cantor. Prazo: 15 de Junho. Congresso Internacional José Afonso José Afonso
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Detalhes do Evento
Congresso dedicado à discussão e divulgação das várias actividades de José Afonso, que reunirá especialistas, colaboradores/as e amigos/as do cantor. Prazo: 15 de Junho.
Congresso Internacional José Afonso
José Afonso é uma das maiores referências da nossa cultura contemporânea, cuja obra importa conhecer e divulgar. A profunda ligação de José Afonso à cidade de Setúbal e desta àquele impõem o destaque que lhe é dado nestas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril. Neste sentido, realizar-se-á um congresso dedicado à discussão e divulgação das várias actividades de José Afonso (1929-1987), que reúna tanto especialistas dedicados ao estudo das várias facetas da sua obra como colaboradores e amigos do cantor, em sessões testemunhais. Para além da discussão em torno da sua prática musical, pretende-se que este evento aborde um extenso conjunto de temas, contemplando a sua intervenção cívica antes, durante e depois do período revolucionário de 1974-75, em defesa da liberdade e da democracia.
De forma a atrair diferentes públicos interessados no legado de José Afonso, assim como amigos e participantes activos nas várias facetas do seu percurso, este congresso prevê sessões testemunhais, organizadas tematicamente; conferências e apresentação de comunicações, por convite e por propostas avaliadas por uma comissão científica.
Desta forma, pretende-se que este evento constitua uma oportunidade, até hoje inédita, de amplo cruzamento de vários saberes sobre o percurso de José Afonso, procurando intersectar a investigação académica com outros campos dedicados à preservação e divulgação da memória do cantor. O Congresso incluirá ainda outras actividades, como exposições ou sessões musicais. Pretende-se também que a realização deste congresso estimule a localização e recolha de documentação e material fonográfico relacionado com José Afonso para posterior preservação.
Chamada para comunicações
As propostas de comunicação deverão ser enviadas em ficheiro MSWord para o endereço de email congressojoseafonso@gmail.com, até 15 de Junho de 2024, com os seguintes elementos:
– Título da comunicação
– Resumo até 3000 caracteres (incluindo espaços)
– Biografia abreviada até 1500 caracteres (incluindo espaços)
A comunicação da aceitação de propostas será feita individualmente por email até ao final de Julho. Para mais informações, contactar congressojoseafonso@gmail.com
Objectivos:
- Proporcionar espaços de reflexão sobre a vida e obra de José Afonso;
- Mobilizar a comunidade científica nacional e internacional no sentido de aprofundar a investigação acerca de José Afonso;
- Dinamizar a produção de recursos científicos e pedagógicos susceptíveis de utilização em contexto educativo;
- Contribuir para a divulgação de trabalhos científicos e pedagógicos já realizados neste âmbito;
Temáticas a abordar:
- Fado de Coimbra e contexto académico
- As primeiras baladas e a viragem para a década de 1960
- O impacto dos anos de Moçambique em José Afonso
- Actividade na editora Orfeu e as transformações nos processos de produção fonográfica entre as décadas de 1960 e 1980
- Os aparelhos repressivos e a actividade de José Afonso (censura, vigilância policial, prisões, e.o.)
- Intervenção artística e política de José Afonso antes e depois do 25 de Abril
- Cooperativismo artístico e novas formas de edição discográfica pós-25 de Abril
- Articulação entre a obra de José Afonso e outros universos geográficos
- Presença e repercussão internacional de José Afonso
- Últimos anos de actividade (década de 1980) e respectivo panorama social e político
- Dimensão poética e literária da obra de José Afonso
- Influências culturais e filosóficas em José Afonso
- Ligação a outras actividades artísticas (teatro, cinema, e.o.)
- José Afonso e o ensino
- A mulher na obra de José Afonso
>> Descarregar a chamada para comunicações (PDF) <<
Comissão Organizadora
Albérico Afonso (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Hugo Castro (INET-md — NOVA FCSH / AJA)
João Madeira (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST / AJA)
Nuno Lopes (Câmara Municipal de Setúbal)
Ricardo Andrade (INET-md — NOVA FCSH / AJA)
Comissão Científica
João Madeira (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST / AJA)
Hugo Castro (INET-md — NOVA FCSH)
Albérico Afonso (IHC— NOVA FCSH / IN2PAST)
Ricardo Andrade (INET-md — NOVA FCSH)
Manuel Deniz Silva (INET-md — NOVA FCSH)
Luís Trindade (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Fernanda Rollo (HTC — NOVA FCSH)
Salwa Castelo-Branco (INET-md)
Rui Vieira Nery (INET-md — NOVA FCSH)
Mário Vieira de Carvalho (CESEM)
Dulce Simões (INET-md)
Domingos Morais (IELT)
Instituições parceiras
Associação José Afonso
Câmara Municipal de Setúbal
INET-md — Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança
Instituto de História Contemporânea
Centro de Estudos e Documentação José Mário Branco – Música e Liberdade
História, Territórios e Comunidades (pólo de Lisboa do Centro de Ecologia Funcional – Ciência para as Pessoas e o Planeta)
Observatório da Canção de Protesto
Tempo
outubro 26 (Sábado) - 27 (Domingo)
Organizador
Várias instituições
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Apresentação de resultados do projecto FIREUSES — Paisagens de Fogo, uma investigação colectiva sobre a história dos incêndios rurais em Portugal. As paisagens de fogo
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Apresentação de resultados do projecto FIREUSES — Paisagens de Fogo, uma investigação colectiva sobre a história dos incêndios rurais em Portugal.
As paisagens de fogo de Monchique:
História e memória dos incêndios nas serras do sul
A equipa do projeto de investigação Paisagens de Fogo convida a participar num colóquio de um dia dedicado à partilha de perspectivas acerca da relação entre pessoas, fogo e território. Depois da recolha de memórias e experiências de encontros com o fogo nas zonas serranas de Monchique e Silves e de nos termos debruçado sobre registos documentais, colectados em arquivos históricos locais e nacionais, é chegado o momento de discutir os resultados da pesquisa com quem nos acolheu. Além da equipa do projecto, participam neste encontro investigadores do projeto BRIDGE – Unir a ciência e as comunidades locais para a redução do risco de incêndios florestais – e responsáveis pela gestão dos incêndios rurais das câmaras municipais de Monchique e Silves, bem como do ICNF Algarve.
O enfoque histórico na investigação sobre o fogo permitiu aceder a um conjunto de relações entre a história rural da serra de Monchique, a construção de políticas nacionais e o desenvolvimento das ciências territoriais, como a silvicultura e a ecologia, que estão largamente ausentes dos debates contemporâneos sobre o “problema dos incêndios”. Desde logo, as décadas 1960 e 1970 emergiram como último momento de um espaço rural percorrido anualmente por incontáveis fogos de pequena dimensão, realizados no período de Verão e inseridos nos quotidianos agropastoris e domésticos, e no qual rareavam incêndios de maiores dimensões.
Numa escala temporal alargada, a história do fogo em Monchique contribui para uma história política e científica do fogo de recorte nacional: nas últimas décadas do século XIX, as serras portuguesas passaram a ser imaginadas como paisagens sem fogo. A exclusão das práticas de fogo rurais foi apoiado por um consenso científico crescente, que as inscreviam numa narrativa multi-secular de destruição ambiental e num discurso agrícola e florestal que condenava os cultivos itinerantes de cereais como “primitivos”. O aparato científico e administrativo que passou a governar e interpretar os sistemas agrícolas de montanha passou a conceber o fogo como “inimigo” da floresta, relegando para a invisibilidade e ilegalidade os saberes agrícolas de co-existência com o fogo.
Em grande medida, porém, as tentativas de controlo e restrição do fogo falharam. Os incêndios rurais tornaram-se cada vez mais comuns e destrutivos, devastando um território a cada ano mais inflamável devido a uma combinação de êxodo rural, abandono agrícola, expansão da vegetação natural, monoculturas de eucaliptos e pinheiros, e alterações climáticas. Nos meses de Verão, outrora dedicados às roças e queimas extensivas, os avisos insistentes sobre o risco de incêndio dominam as emissões de rádio e televisão. Numa irónica volta do destino, a recuperação das “perniciosas tradições” do fogo, como o fogo controlado e o contra-fogo, são agora apresentadas pelos especialistas como uma saída para este enigma ardente.
>> Programa do colóquio (PDF) <<
Entrada gratuita sujeita a inscrição através do email fireuses@fcsh.unl.pt ou do telefone 282910200. Transporte a partir de Marmelete e Monchique organizado pela Câmara Municipal de Monchique.
Tempo
(Sábado) 10:00 am - 4:00 pm
Organizador
Várias instituições
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Colóquio que pretende discutir a forma campo numa perspetiva histórica, assim como as diferentes práticas de encarceramento colonial. Prazo: 10 Agosto Espaços de Confinamento: Memórias da Repressão e
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Colóquio que pretende discutir a forma campo numa perspetiva histórica, assim como as diferentes práticas de encarceramento colonial. Prazo: 10 Agosto
Espaços de Confinamento:
Memórias da Repressão e Colonialidade
No dia 1 de Maio comemorou-se o 50º aniversário (1974-2024) da libertação dos presos que estavam encarcerados no Campo de Concentração do Tarrafal, na ilha de Santiago, em Cabo Verde. Esse Campo foi fundado pela ditadura salazarista em 1936, sob a designação eufemística de Colónia Penal de Cabo Verde, com o propósito de reprimir e encarcerar os opositores do salazarismo. De 1936 a 1954, foram confinados no Tarrafal centenas de portugueses condenados como presos políticos; e, de 1961 a 1974, centenas de militantes anti-colonialistas de Angola, Guiné e Cabo Verde que lutavam pela independência das colónias portuguesas em África. Torturas, doenças, mortes, censura, trabalho forçado e outras práticas repressivas caraterizaram o regime de confinamento executado na prisão do Tarrafal (Barros 2009). Deste ponto de vista, a história dessa prisão deve ser interpretada como parte integrante das políticas de confinamento colonial e das práticas de violência política que regimes ditatoriais (dentre eles o Estado Novo) executaram em diferentes partes do globo ao longo do século XX. Ao mesmo tempo, o confinamento colonial não pode ser desligado da história global da expansão imperial europeia e dos colonialismos (Coates 2001; Bernault 2003; Vansina 2003 ; Havik, Janeiro, Oliveira & Pimentel 2021; Bruce-Lockhart 2022; Angelo 2023).
A detenção (como prática de controlo) e a segregação (como mecanismo de gerar diferenças) foram exercidas em espaços pensados e instituídos como ‘excepção’ (Agamben 1996) e como instrumentos para gerir pessoas consideradas como ‘surplus’ ou perigosas para a ordem dominante. O conceito forma campo sugerido por Federico Rahola num ensaio de 2007 implica a reinterpretação dos confinamentos coloniais e pós-coloniais, tanto pela sua perspectiva de duração como pela adaptação contemporânea das práticas de detenção, inclusive para aqueles que Didier Fassin designa de ‘nómadas transnacionais precários – refugiados ou migrantes, requerentes de asilo ou estrangeiros em situação irregular’ (Fassin 2021). Os espaços e as culturas de confinamento (Dikötter & Brown 2007; Morelle, Le Marcis & Hornberger 2021) revelam muito sobre as geografias de exclusão e de desigualdades (Gilmore 2023).
Tomando como evocação memorial o 88º aniversário da abertura da prisão colonial do Tarrafal em Cabo Verde (29 de Outubro 1936 – 29 de Outubro 2024), este Colóquio Internacional visa ampliar o debate sobre antigas e novas práticas de confinamento, nas suas múltiplas declinações e modalidades. Pretende-se discutir a forma campo, por um lado, numa perspetiva histórica, assim como as diferentes práticas de encarceramento colonial. Por outro, é intenção deste Colóquio reflectir, de forma alargada e transdisciplinar, sobre os espaços, as memórias, as narrativas e as experiências de detenção, e a forma como os seus legados marcam a genealogia de práticas contemporâneas de confinamento. Neste quadro, apelamos ao envio de propostas de comunicação que dialogam com esses e outros temas conexos:
- Experiências de confinamento colonial
- Memórias e narrativas de detenção
- Prisão e repressão políticas
- Violências coloniais e pós-coloniais na forma campo
- Artes, violências, narrativas e representações do confinamento
- Prisões, estratégias de resistências e redes transnacionais de luta
- Arquipélagos do confinamento: prisões políticas, colónias penais, campos de trabalho forçado, campos de refugiados
- Espaços e formas de confinamento – perspetivas comparadas
- Políticas de memória, reapropriações, modalidades de reutilização dos espaços de confinamento colonial
- Espaços racializados e compartimentação da diferença
As propostas de comunicação (título, autor, afiliação institucional e um resumo de 200 palavras, no máximo) devem ser enviadas até 10 de Agosto de 2024 para (liviaapa@gmail.com e vbarros@fcsh.unl.pt). As propostas aceites serão comunicadas, no máximo, até 1 de Setembro de 2024. Os resumos e as apresentações podem ser em português, inglês, francês e espanhol.
O Colóquio terá lugar nos dia 29 e 30 de Outubro de 2024 no Museu do Aljube, em Lisboa, Portugal.
>> Descarregar a chamada para comunicações (PDF) <<
Comissão organizadora
Livia Apa (CEsac-Unior – Centro Studi sull’Africa Contemporanea, Università di Napoli)
Víctor Barros (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Comissão científica
Anaïs Angelo (University of Vienna)
Aurora Almada e Santos (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Camille Evrard (CNRS–IMAF & Université de Toulouse Jean Jaurès)
Catarina Madeira Santos (IMAF & École des Hautes Études en Sciences Sociales)
Federico Rahola (Università degli Studi di Genova)
Florence Bernault (SciencesPo – Centre for History)
Francesco Correale (CNRS–UMR 7324 CITERES – Université de Tours)
Laura Routley (Newcastle University)
Maria Conceição Neto (Universidade Agostinho Neto)
Miguel Mellino (Università degli Studi di Napoli « L’Orientale »)
Pedro Aires Oliveira (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Romain Tiquet (CNRS & Centre Marc Bloch)
Foto: Campo de Concentração do Tarrafal, 2015 (Carlos Oliveira Reis / CC BY-NC-SA 2.0)
Tempo
outubro 29 (Terça-feira) - 30 (Quarta-feira)
Organizador
Várias instituições
Publicações
Recensão a ‘Women’s History at the Cutting Edge’
Recensão crítica de Giulia Strippoli ao livro Women’s History at the Cutting Edge, editado por Teresa Bertilotti, sobre história das mulheres.
Recensão a ‘Subterranean Fanon’
Recensão crítica de Manuela Ribeiro Sanches à obra Subterranean Fanon, escrita por Gavin Arnall, sobre Frantz Fanon.
A propósito dos debates sobre o populismo
Artigo de Fernando Dores Costa, publicado na revista Práticas da História, que analisa o fenómeno do populismo.
Administrar para manter o regime
Capítulo da Ana Carina Azevedo, incluído no livro Construção do Estado, Movimentos Sociais e Economia Política, sobre a reforma da administração pública.
A era dos congressos
Capítulo de Joana Dias Pereira, incluído no livro Construção do Estado, Movimentos Sociais e Economia Política, sobre o movimento associativo no liberalismo.
Construção do Estado, Movimentos Sociais e Economia Política
Livro coordenado por Joana Dias Pereira et al. sobre os processos de construção do Estado Contemporâneo e a sua articulação com os movimentos sociais.
Pesquisa
Notícias
FCT financia novo projecto de Catarina Laranjeiro
4 Out 2024
O projecto exploratório FILMASPORA foi financiado pela FCT
IHC acolhe cinco novos bolseiros e bolseiras de doutoramento
20 Set 2024
O IHC congratula-se com a notícias do acolhimento de novos bolseiros e bolseiras.
Centenário de Amílcar Cabral e o IHC
11 Set 2024
O IHC tem-se destacado na investigação acerca de Amílcar Cabral
Oportunidades
Concurso de Estímulo ao Emprego Científico Individual
15 Set
Prazo (IHC): 15 Setembro 2024