
Cláudia Ninhos recebe financiamento exploratório da FCSH
O projecto exploratório “Os Trabalhadores Forçados Portugueses e Espanhóis no III Reich”, coordenado por Cláudia Ninhos, vai ser financiado pela NOVA FCSH.
Plataforma digital divulga história oral do cinema português
A plataforma Palavras em movimento — Testemunho Vivo do Património Cinematográfico foi lançada na passada semana por Raquel Rato.
Patrícia Lucas recebe Prémio Victor Sá de História Contemporânea
Patrícia Lucas foi premiada pela sua tese sobre partidos e política na Monarquia Constitucional.
Investigadores do IHC premiados pela Academia Portuguesa da História
Fernando Rosas e Mariana Castro receberam prémios da Academia Portuguesa da História.
Tânia Casimiro recebe prémio de internacionalização
Tânia Casimiro foi galardoada com o Prémio Santander de Internacionalização da Produção Científica da NOVA FCSH.
Fernando Rosas homenageado no 41ª Aniversário da FCSH
Fernando Rosas foi homenageado com a atribuição da Medalha de Professor Emérito.
Pedro Marques Gomes vence Prémio Fundação Mário Soares
Pedro Marques Gomes foi o galardoado com Prémio Fundação Mário Soares, pela sua investigação sobre a imprensa após o 25 de Abril e a sua relação com as lutas políticas de 1975.
NOVA atribui título de Professor Emérito a Fernando Rosas
Foi concedido o título de Professor Emérito ao historiador Fernando Rosas, um dos fundadores do IHC e seu ex-Presidente.
IHC integra consórcio vencedor do Erasmus Mundus
Por iniciativa do IHC e CHAM, a NOVA FCSH é parceira de um dos projectos vencedores do primeiro programa de Mestrados Conjuntos Erasmus Mundus – UE e Japão, em História na Esfera Pública.
Novo projecto do IHC financiado pela EEA Grants
O projecto Bilateral Lusophone Literature Initiative using GIS and Linguistics foi aprovado para financiamento pelo programa EEA Grants.
Notícias
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O projecto exploratório “Os Trabalhadores Forçados Portugueses e Espanhóis no III Reich”, coordenado por Cláudia Ninhos, vai ser financiado...
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A plataforma Palavras em movimento — Testemunho Vivo do Património Cinematográfico foi lançada na passada semana por Raquel Rato.
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Patrícia Lucas foi premiada pela sua tese sobre partidos e política na Monarquia Constitucional.
Agenda
dezembro, 2019
Tipologia do Evento:
Todos
Todos
Apresentação
Ciclo
Colóquio
Conferência
Congresso
Curso
Debate
Encontro
Exposição
Inauguração
Jornadas
Lançamento
Mesa-redonda
Mostra
Open calls
Outros
Palestra
Roteiro
Seminário
Sessão de cinema
Simpósio
Workshop

Detalhes do Evento
Quarta sessão do espaço de discussão em torno de livros e autores, que o IHC organiza em parceria com o Núcleo dos Estudantes de História da NOVA FCSH. Através
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Detalhes do Evento
Quarta sessão do espaço de discussão em torno de livros e autores, que o IHC organiza em parceria com o Núcleo dos Estudantes de História da NOVA FCSH.
Através dos Livros #4:
A Monarquia Constitucional dos Braganças em Portugal e no Brasil (1822-1910)
Na quarta sessão, contamos com os autores Rui Ramos e Isabel Corrêa da Silva para apresentar o seu livro, A Monarquia Constitucional dos Braganças em Portugal e no Brasil (1822-1910) (Dom Quixote, 2018), seguida de um comentário de Pedro Cardim (CHAM — NOVA FCSH) e intervenções de estudantes e público.
ENTRADA LIVRE
Sobre o ciclo:
Num momento em que os sistemas de avaliação universitários tendem cada vez mais a premiar o artigo em revistas especializadas, queremos com esta iniciativa sublinhar a importância do livro (e da monografia em particular) como veículo por excelência para a difusão do saber histórico e, também, para o debate de ideias.
Neste espaço de discussão, daremos prioridade a obras recentes que correspondam a investigações originais e/ou sínteses que se proponham a desafiar ou rever paradigmas vigentes.
Tempo
(Quinta-feira) 3:00 pm - 5:30 pm
Localização
NOVA FCSH, Colégio Almada Negreiros, Sala 209
Campus de Campolide da NOVA — 1099-085 Lisboa
Organizador
Instituto de História Contemporânea e Núcleo dos Estudantes de História da NOVA FCSH

Detalhes do Evento
POR MOTIVOS DE DOENÇA DO PROF. KRANIAUSKAS, OS ENCONTROS FORAM CANCELADOS. Pedimos desculpa por qualquer incómodo causado. Dois encontros com John Kraniauskas, professor emérito da Birkbeck, University of London,
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Detalhes do Evento
POR MOTIVOS DE DOENÇA DO PROF. KRANIAUSKAS, OS ENCONTROS FORAM CANCELADOS. Pedimos desculpa por qualquer incómodo causado.
Dois encontros com John Kraniauskas, professor emérito da Birkbeck, University of London, organizado pela linha temática Mediações Modernas.
Populismo e Políticas Literárias na América Latina
Dois encontros com John Kraniauskas
1. Workshop: “Thinking Populism, Thinking Eva-Peronism”
12 de Dezembro, 17h00, Sala 221 do Colégio Almada Negreiros (NOVA FCSH)
Com John Kraniauskas e moderação de José Neves (IHC — NOVA FCSH)
Entrada gratuita. Recomenda-se inscrição para o endereço hcspostcol@gmail.com para aceder aos textos de John Kraniauskas que servirão de partida à discussão.
2. Seminário Mediações Modernas: “Narrating History, Narrating the State”
13 de Dezembro, 10h00, Sala SE3 do Colégio Almada Negreiros (NOVA FCSH)
Com John Kraniauskas e moderação de Luís Trindade (IHC — NOVA FCSH)
No âmbito da reflexão em torno das relações entre história e ficção proposta pela linha temática Mediações Modernas, do Instituto de História Contemporânea, a apresentação debruçar-se-á sobre três romances latino-americanos – Yo el Supremo (Augusto Roa Bastos), Respiración artificial (Ricardo Piglia) e 2666 (Roberto Bolaño) – que John Kraniauskas analisará a partir do conceito de romance histórico, e portanto dos pontos de ligação entre história, a construção do Estado e a narração ficcional.
John Kraniauskas é Professor Emérito do Birkbeck College da Universidade de Londres. Especialista em estudos literários e culturais latino-americanos, o seu trabalho debruça-se igualmente sobre teoria cultural e filosofia política. Com uma obra influente tanto na Europa como nos Estados Unidos e América Latina, o trabalho de John Kraniauskas constitui uma oportunidade para repensar as relações entre o Estado e diferentes formas culturais e políticas.
Kraniauskas colabora regularmente para a revista Radical Philosophy e foi fundador e co-editor do Journal of Latin American Cultural Studies. Recentemente, publicou Capitalism and Its Discontents: power and accumulation in Latin-American Culture (2017); Políticas culturales: acumulación, desarrollo y crítica cultural (2016); Politicas Literarias: politica y acumulación en la cultura latino-americana (2012). Alguns dos seus trabalhos foram traduzidos para Japonês, Chinês, Coreano e Português.
De entre as suas publicações, destacam-se ainda: “El (pos)-marxismo politico: notas sobre Ernesto Laclau”, El ojo mocho, 2008; “The Cinematic State: Eva Perón as the Image of Peronism”, Verksted, 2008; “The Cultural Turn? On the Journal of Latin American Cultural Studies (1992-2004)”, Revista de Estudios Hispánicos, 2005; “Difference against Development: Spiritual Accumulation and the Politics of Freedom”, Boundary 2, 2005; “Gobernar es repoblar: sobre la acumulación originaria neo-liberal”, Revista Iberoamericana, 2003; “Eva-Peronismo, Literatura, Estado”, Revista de Crítica Cultural, 2002; “Translation and the Work of Transculturation”, Traces: A Multilingual Journal of Transnational Cultural Theory, 2000.
Tempo
(Quinta-feira) 5:00 pm - 8:00 pm
Localização
NOVA FCSH, Colégio Almada Negreiros, Sala 221
Campus de Campolide da NOVA — 1099-085 Lisboa
Organizador
Instituto de História Contemporânea - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboacomunicacao.ihc@fcsh.unl.pt Avenida de Berna, 26C — 1069-061 Lisboa

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POR MOTIVOS DE DOENÇA DO PROF. KRANIAUSKAS, OS ENCONTROS FORAM CANCELADOS. Pedimos desculpa por qualquer incómodo causado. Dois encontros com John Kraniauskas, professor emérito da Birkbeck, University of London,
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POR MOTIVOS DE DOENÇA DO PROF. KRANIAUSKAS, OS ENCONTROS FORAM CANCELADOS. Pedimos desculpa por qualquer incómodo causado.
Dois encontros com John Kraniauskas, professor emérito da Birkbeck, University of London, organizado pela linha temática Mediações Modernas.
Populismo e Políticas Literárias na América Latina
Dois encontros com John Kraniauskas
1. Workshop: “Thinking Populism, Thinking Eva-Peronism”
12 de Dezembro, 17h00, Sala 221 do Colégio Almada Negreiros (NOVA FCSH)
Com John Kraniauskas e moderação de José Neves (IHC — NOVA FCSH)
Entrada gratuita. Recomenda-se inscrição para o endereço hcspostcol@gmail.com para aceder aos textos de John Kraniauskas que servirão de partida à discussão.
2. Seminário Mediações Modernas: “Narrating History, Narrating the State”
13 de Dezembro, 10h00, Sala SE3 do Colégio Almada Negreiros (NOVA FCSH)
Com John Kraniauskas e moderação de Luís Trindade (IHC — NOVA FCSH)
No âmbito da reflexão em torno das relações entre história e ficção proposta pela linha temática Mediações Modernas, do Instituto de História Contemporânea, a apresentação debruçar-se-á sobre três romances latino-americanos – Yo el Supremo (Augusto Roa Bastos), Respiración artificial (Ricardo Piglia) e 2666 (Roberto Bolaño) – que John Kraniauskas analisará a partir do conceito de romance histórico, e portanto dos pontos de ligação entre história, a construção do Estado e a narração ficcional.
John Kraniauskas é Professor Emérito do Birkbeck College da Universidade de Londres. Especialista em estudos literários e culturais latino-americanos, o seu trabalho debruça-se igualmente sobre teoria cultural e filosofia política. Com uma obra influente tanto na Europa como nos Estados Unidos e América Latina, o trabalho de John Kraniauskas constitui uma oportunidade para repensar as relações entre o Estado e diferentes formas culturais e políticas.
Kraniauskas colabora regularmente para a revista Radical Philosophy e foi fundador e co-editor do Journal of Latin American Cultural Studies. Recentemente, publicou Capitalism and Its Discontents: power and accumulation in Latin-American Culture (2017); Políticas culturales: acumulación, desarrollo y crítica cultural (2016); Politicas Literarias: politica y acumulación en la cultura latino-americana (2012). Alguns dos seus trabalhos foram traduzidos para Japonês, Chinês, Coreano e Português.
De entre as suas publicações, destacam-se ainda: “El (pos)-marxismo politico: notas sobre Ernesto Laclau”, El ojo mocho, 2008; “The Cinematic State: Eva Perón as the Image of Peronism”, Verksted, 2008; “The Cultural Turn? On the Journal of Latin American Cultural Studies (1992-2004)”, Revista de Estudios Hispánicos, 2005; “Difference against Development: Spiritual Accumulation and the Politics of Freedom”, Boundary 2, 2005; “Gobernar es repoblar: sobre la acumulación originaria neo-liberal”, Revista Iberoamericana, 2003; “Eva-Peronismo, Literatura, Estado”, Revista de Crítica Cultural, 2002; “Translation and the Work of Transculturation”, Traces: A Multilingual Journal of Transnational Cultural Theory, 2000.
Tempo
(Sexta-feira) 10:00 am - 1:00 pm
Localização
NOVA FCSH, Colégio Almada Negreiros, Sala SE3
Campus de Campolide da NOVA — 1099-085 Lisboa
Organizador
Instituto de História Contemporânea - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboacomunicacao.ihc@fcsh.unl.pt Avenida de Berna, 26C — 1069-061 Lisboa

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Encontro organizado pela linha temática Mediações Modernas para promover o diálogo entre representantes de arquivos audiovisuais e investigadores. Arquivos Audiovisuais. Guardar, mostrar, dar a ouvir O encontro
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Encontro organizado pela linha temática Mediações Modernas para promover o diálogo entre representantes de arquivos audiovisuais e investigadores.
Arquivos Audiovisuais. Guardar, mostrar, dar a ouvir
O encontro Arquivos Audiovisuais. Guardar, mostrar, dar a ouvir, desenvolve o conjunto de problemas e debates propostos pela Linha Temática “Mediações Modernas” em torno das fontes e escrita da história. Cada vez mais investigadores de história contemporânea recorrem a fontes audiovisuais. Por outro lado, os últimos anos têm assistido a transformações decisivas nos arquivos de imagem e som em Portugal. O encontro tomará assim a forma de oficina de trabalho, estabelecendo uma série de diálogos entre representantes de arquivos audiovisuais (nacionais e estrangeiros) e investigadores que, de diferentes origens disciplinares, se debruçam sobre as histórias do cinema, da música, da televisão, etc., e que terão aqui a oportunidade de partilhar questões metodológicas, dificuldades técnicas e problemas conceptuais.
ENTRADA LIVRE
Programa (📎 PDF):
10h00 – Apresentação: Luís Trindade (IHC — NOVA FCSH)
10h15 – National Library of Norway: Lars Gaustad, Head of Moving Image Preservation, com Tiago Baptista (Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema / IHC — NOVA FCSH)
11h30 – Intervalo
11h45 – Arquivo Nacional das Imagens em Movimento: Tiago Baptista, Director do Departamento de Arquivo da Cinemateca Portuguesa, com Luís Trindade (IHC — NOVA FCSH)
13h00 – Pausa para almoço
14h15 – British Library: Janet Topp Fargion, Lead Curator, World and Traditional Music, com Salwa Castelo Branco (INET/MD, NOVA FCSH)
15h30 – Arquivo Nacional do Som: Pedro Félix, coordenador da equipa instaladora do ANS, com Filipe Reis (CRIA — ISCTE-IUL)
16h45 – Intervalo
17h00 – Arquivo Audiovisual da RTP: Hilário Lopes, sub-director do Arquivo Histórico da RTP, com Rita Luís (IHC — NOVA FCSH)
Imagem: Chris Lawton on Unsplash
Tempo
(Segunda-feira) 10:00 am - 6:30 pm
Localização
NOVA FCSH, Colégio Almada Negreiros, Sala SE3
Campus de Campolide da NOVA — 1099-085 Lisboa
Organizador
Instituto de História Contemporânea - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboacomunicacao.ihc@fcsh.unl.pt Avenida de Berna, 26C — 1069-061 Lisboa
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Alexandra Marques faz a defesa pública da Tese de Doutoramento "O Instituto Bacteriológico Câmara Pestana: Ciência Médica e Cuidados de Saúde (1892-1930)". Provas de Doutoramento em História e
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Alexandra Marques faz a defesa pública da Tese de Doutoramento “O Instituto Bacteriológico Câmara Pestana: Ciência Médica e Cuidados de Saúde (1892-1930)”.
Provas de Doutoramento em História e Filosofia da Ciência na Universidade de Évora.
Júri:
Filipe Themudo Barata (Universidade de Évora) — Presidente
Isabel Amaral (Universidade Nova de Lisboa) — Vogal
Maria Fátima Nunes (Universidade de Évora) — Co-orientadora
Jorge Fernandes Alves (Faculdade de Letras da Universidade do Porto) — Vogal
Ângela Salgueiro (Universidade Nova de Lisboa) — Vogal
Ana Cardoso de Matos (Universidade de Évora) — Vogal
José Pedro Sousa Dias (Universidade de Lisboa) — Orientador
Tempo
(Segunda-feira) 2:30 pm - 5:30 pm
Organizador
Universidade de Évorauevora@uevora.pt Largo dos Colegiais, 2 — 7000-803 Évora

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Sexta sessão do ciclo Diálogos Luso-Brasileiros, dedicado à economia política. Com Geraldo Augusto Pinto e José Castro Caldas. Diálogos Luso-Brasileiros VI A Economia do Imaterial O trabalho invisível na
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Sexta sessão do ciclo Diálogos Luso-Brasileiros, dedicado à economia política. Com Geraldo Augusto Pinto e José Castro Caldas.
Diálogos Luso-Brasileiros VI
A Economia do Imaterial
O trabalho invisível na economia imaterial: novas formas de produção do valor e de reprodução da força de trabalho no capitalismo contemporâneo
Geraldo Augusto Pinto (UTFPR)
O capitalismo entrou em uma nova fase desde a década de 1970. Em meio a um conjunto de transformações que marcaram o fim do chamado período “áureo” vigente desde o pós-1945, difundiram-se novas formas de organização do trabalho, num esforço de superação do taylorismo-fordismo, que, como projeto societário, se baseava em dois eixos: de um lado, em uma organização do trabalho hierarquizada e pautada na prescrição de atividades fragmentadas e especializadas; de outro, em um ordenamento político e jurídico que concebia o assalariamento como uma relação contratual entre capital e trabalho, com direitos e deveres lastreados em acordos coletivos e leis nacionais.
O questionamento desse arranjo abriu espaço a experiências de organização do trabalho ditas flexíveis, pautadas na redução das hierarquias e na promoção da desespecialização dos trabalhadores/as, a fim de que passassem a assumir novas e mais complexas tarefas e responsabilidades. Amparando tal processo, as contratualidades tradicionais entre capital e trabalho passaram a ser contestadas, vindo a alastrar-se, desde então, as subcontratações (como a terceirização), as contratações temporárias e por tempo limitado de trabalho, os contratos em que os/as trabalhadores/as figuram como autônomos (ou empresários de si mesmos), bem como modalidades de produção e comércio que vicejam num limbo entre o assalariamento mascarado e as atividades autônomas liberais, como a plataforma Uber.
Como parte desse processo, tem-se constatado a ampliação dos empregos e investimentos para ramos que não são, por exemplo, a produção de alimentos, automóveis ou petróleo, mas que aceleram a circulação desses produtos e geram outros mais, como os serviços financeiros, ou os serviços de informação e comunicação, dentre outras atividades ditas imateriais (ainda que dependentes, nas cadeias de valor, de formas de trabalho materiais).
Nesse contexto, novas qualificações têm sido exigidas, envolvendo desde conhecimentos e práticas fornecidos pela educação formal aos/às trabalhadores/as, até novos modos de conduta por parte destes/as que garantem eficiência em situações em que trabalham em equipes (não raro espacialmente dispersas), focados em projetos e avaliados por metas.
Cabe, pois, indagarmos: aonde e como as características comportamentais dessa força de trabalho são formadas? Quais são os espaços e as condições nas quais se produzem (e se reproduzem) nesses/as trabalhadores/as, além dos saberes-fazeres técnicos formais, a tão esperada predisposição para colaborarem com as gerências, a autonomia no planeamento de suas próprias qualificações e carreiras, e, sobretudo, a aceitação e a confiança de que tudo em sua vida profissional deve depender apenas deles/as mesmos/as?
A expansão da crematística e a compressão do espaço e do tempo
José Castro Caldas (CES — Universidade de Coimbra)
Contra um pano de fundo, tantas vezes romantizado, de uma vida produtiva marcada pelo ciclo das estações e os caprichos da natureza, em comunidades locais apenas ligadas por deslocações perigosas, o capitalismo e a tecnologia, ou a ‘modernidade’, apresentaram-se, pelo menos desde a Revolução Industrial como engenhos compressores do tempo e do espaço.
Famosas são as passagens de Marx e Engels no Manifesto Comunista sobre a dissolução de tudo o que é sólido e a expansão planetária do comércio, ou as de Keynes sobre a liquidez induzida nas decisões de investimento pela expansão dos mercados financeiros. O capital desde os primórdios quis-se livre, descomprometido e sem raízes – líquido – e foi forjando as instituições e os artefactos apropriados a essa finalidade.
A transformação do mundo decorrente da expansão do capital não foi, e possivelmente nunca será, cabalmente realizada. O que vivemos hoje, como vivemos em épocas anteriores, mais não é do que uma aceleração desse processo; um impulso mais como sempre apoiado em recursos tecnológicos alguns deles inimagináveis nos primórdios do capitalismo.
No tempo da finança e da revolução digital a crematística rompe com mais facilidade todas as barreiras espácio-temporais. Tanto os capitais viajam leves, e com eles as mercadorias e as pessoas, como se distribuem por geografias dispares as cadeias produtivas. A própria empresa, paradoxalmente resistente até hoje como coletivo produtivo, dá sinais de dissolução em redes de subcontratação e “prestação de serviços” à distância.
A par da distância que parece colapsar num ponto virtual, sem geografia, também o tempo se comprime. Um produto vende-se antes de ter sido fabricado. Nos mercados “de futuros” transaciona-se o que não existe e poderá nunca vir a existir. O futuro é “descontado” para efeito do cálculo financeiro e transportado para o presente sob a forma de “valor atual”. Aqui e agora se fazem e desfazem o que no passado eram compromissos. A experiência da compressão espácio temporal racionalizada por muitos como advento de um novo mundo, se não admirável, pelo menos inevitável, é sofrida pela maioria com ansiedade. Como sempre a expansão da crematística e a correlativa compressão espácio-temporal são resistidas por contramovimentos cuja expressão política é incerta, indefinida e causadora de uma ainda maior ansiedade.
Sobre o ciclo:
O conhecimento europeu e português das realidades periféricas é hoje em dia cada vez mais limitado, e frequentemente mediado por um ‘Norte global’ marcado pela hegemonia anglo-saxónica. Acreditamos, contudo, que a tendência de subordinação do nosso pensamento aos modismos globais não deve afastar-nos das tradições do pensamento ibérico e latino-americana. Urge então relembrar que as trajetórias do ‘Sul global’ são determinadas pelas condicionantes da periferia, cujas características são hoje (como antes o eram já) centrais para compreender os problemas do desenvolvimento e do capitalismo ocidental e os desafios das sociedades contemporâneas. Neste propósito, com este ciclo de conferências pretendemos reunir um conjunto de investigadores de referência e que, a partir da área interdisciplinar das ciências sociais e humanas, podem proporcionar-nos uma visão teórica e empírica de problemas centrais da Economia Política contemporânea. Num tempo em que a universidade pública é chamada a se posicionar perante os novos ventos da política, o pensamento e a capacidade de pensar sobre temas estruturantes de nossas sociedades é uma condição indispensável para apreendermos nosso lastro histórico, económico e sociopolítico, identificando os dilemas do mundo ibero-americano e olhando o futuro com consciência e um sentido crítico construtivo. Por fim, apesar de uma secular proximidade entre dois povos irmãos, o português e o brasileiro, acreditamos que há espaço para se aprofundar um diálogo intelectual em temas cujo entendimento é decisivo para uma compreensão necessária da especificidade das sociedades luso-brasileiras, assim como para uma compreensão do nosso devir contemporâneo.
Em cada sessão estará em foco um tema de economia política, que será tratado por dois oradores convidados, um colega da comunidade académica brasileira e um especialista português. Cada conferencista disporá de 40 minutos para a sua palestra, a que se seguirá um debate.
ENTRADA LIVRE
Organização:
Ana Paula Pires, IHC — NOVA FCSH, Universidade NOVA de Lisboa
Luís Mah Silva, CEsA, Instituto Superior de Economia e Gestão
Maria Eduarda Gonçalves, DINÂMIA’CET-IUL, Instituto Universitário de Lisboa
Maria Fernanda Rollo, IHC — NOVA FCSH, Universidade NOVA de Lisboa
Tiago Brandão, IHC — NOVA FCSH, Universidade NOVA de Lisboa
Tempo
(Segunda-feira) 5:30 pm - 7:30 pm
Organizador
Instituto de História Contemporânea — NOVA FCSH, CEsA – Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento do ISEG e DINÂMIA’CET-IUL
Publicações

A Saúde do Corpo
Capítulo do livro Sob o Manto da Misericórdia, assinado por Helena da Silva, sobre a história dos hospitais da Misericórdia do Porto.

Recensão a ‘Left-Wing Melancholia’
Recensão crítica de João Miguel Almeida à obra Left-Wing Melancholia, escrita por Enzo Traverso.

Os eventos modernistas de Hayden White
Artigo de Luís Trindade que analisa a forma como Hayden White define os eventos modernistas, com aplicações à historiografia contemporânea.

The History of Hayden White
Apresentação do número especial da Práticas da História dedicado a Hayden White, da autoria de José Neves.

La dinamica dei movimenti cattolici portoghesi
Capítulo do livro La laicità dei cattolici, co-assinado por Giulia Strippoli, sobre os católicos portugueses no pós-25 de Abril.

La stampa cattolica portoghese
Capítulo do livro La laicità dei cattolici, co-assinado por João Miguel Almeida, sobre a imprensa católica portuguesa no pós-25 de Abril.
Pesquisa
Notícias
Cláudia Ninhos recebe financiamento exploratório da FCSH
10 Dez 2019
O projecto exploratório “Os Trabalhadores Forçados Portugueses e Espanhóis no III Reich”, coordenado por Cláudia Ninhos, vai ser financiado pela NOVA FCSH.
Plataforma digital divulga história oral do cinema português
26 Nov 2019
A plataforma Palavras em movimento — Testemunho Vivo do Património Cinematográfico foi lançada na passada semana por Raquel Rato.
Patrícia Lucas recebe Prémio Victor Sá de História Contemporânea
21 Nov 2019
Patrícia Lucas foi premiada pela sua tese sobre partidos e política na Monarquia Constitucional.
Oportunidades
Bolsas Individuais Marie Skłodowska-Curie 2019
7 Jul
O IHC acolhe manifestações de interesse de potenciais candidatos às Bolsas Individuais Marie Skłodowska-Curie 2019.
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