Missão e História

Missão do IHC

 

O Instituto de História Contemporânea (IHC) desenvolve investigação em História, com particular atenção à época contemporânea, em diálogo com as Ciências Sociais, as Humanidades, as Artes e outras áreas científicas. O IHC tem igualmente por objectivo promover a formação avançada de investigadores/as, promovendo um ambiente dinâmico, multicultural, multidisciplinar e intelectualmente estimulante. O IHC mantém relações privilegiadas com museus, arquivos e escolas, a nível local, regional, nacional ou internacional, levando igualmente a cabo acções de extensão universitária e prestando serviços a entidades exteriores à universidade.

A formação avançada de futuros historiadores/as e cientistas sociais é um foco central da missão do IHC, tendo estabelecido, para tal, uma Plataforma de Estudos Avançados. Através desta plataforma, o IHC proporciona apoio a todos os doutorandos/as via mentoria, recursos financeiros, organização de seminários de debate e oportunidades de organização de eventos. Promove aproximações interdisciplinares, críticas e plurais, encorajando os/as estudantes a aplicarem metodologias diversificadas e inovadoras (como as das Humanidades Digitais), bem como a internacionalização do seu trabalho (por exemplo, via bolsas de investigação que incluem um período fora de Portugal). O objectivo é habilitar as novas gerações de profissionais com as capacidades e conhecimentos necessários que lhes permitam contribuir significativamente para as suas áreas de investigação.

No nosso compromisso com a equidade, procuramos promover uma comunidade onde o mútuo apoio e respeito são a norma, assegurando um espaço seguro e inclusivo para todas as pessoas, de modo a que possam realizar-se académica e profissionalmente. Nesse sentido, as nossas normas de funcionamento procuram ser claras e democráticas. Instituímos, também, a figura do Provedor do Investigador, independente aos órgãos do IHC e das suas instituições de gestão, e disponível para apoiar os nossos investigadores/as em eventuais situações de litígio interno.

O IHC compromete-se ainda com as políticas nacionais e internacionais de promoção da ciência aberta, envidando todos os esforços necessários para que os trabalhos e resultados obtidos pela equipa de investigação possam ser acessíveis a toda a comunidade académica e não-académica. No mesmo sentido, tem um forte compromisso com a comunicação de ciência e promoção da cultura histórica, acolhendo um programa de História na Esfera Pública que inclui conferências públicas, projectos, exposições e parcerias com escolas, autarquias, equipamentos culturais e diversos meios de comunicação social. O IHC quer tornar o conhecimento histórico acessível e relevante, promovendo uma melhor compreensão do passado e da sua influência na contemporaneidade.

Assim, através da promoção de investigação de excelência, da ciência aberta, da equidade e de uma relação aberta com a sociedade, o IHC esforça-se por ser um vibrante pólo de questionamento intelectual, que inspire um conhecimento crítico e plural sobre os processos históricos e que contribua para uma sociedade melhor, mais curiosa e inclusiva.

 


 

 

O IHC Ontem e Hoje

 

Constituir um centro dedicado à História Contemporânea no início dos anos 1990 foi uma iniciativa ousada e visionária, impulsionada por dois docentes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa: Fernando Rosas e Luís Espinha da Silveira. Até pouco tempo antes, o estudo da contemporaneidade (e em especial do século XX) era visto ainda com alguma desconfiança – algo a que os mais cépticos se referiam como “jornalismo com notas de rodapé”.

No entanto, no panorama internacional, essas suspeições estavam há muito ultrapassadas. Os procedimentos e ferramentas de análise do método histórico foram sistematicamente usados para esclarecer, de forma tão rigorosa quanto possível, as mudanças e continuidades do período contemporâneo. E a apetência dos públicos por uma leitura do passado recente que transcendesse o registo meramente memorialístico era notória.

No contexto português, as quase cinco décadas de ditadura aumentaram ainda mais essa curiosidade. Os projectos de investigação e as teses de mestrado e doutoramento desenvolvidas no âmbito da NOVA FCSH e do IHC deram um contributo decisivo para a construção do “Estado Novo” como um campo de pesquisa inédito na historiografia portuguesa.

Uma das marcas distintivas do IHC foi, desde sempre, o de ter funcionado como um espaço de colaboração intergeracional. Originalmente constituído por um núcleo de docentes do Departamento de História da NOVA FCSH (nos quais se incluíam, para além de Fernando Rosas e Luís Espinha da Silveira, nomes como A. H. de Oliveira Marques, António Pedro Vicente, António Reis, José Medeiros Ferreira e Maria de Cândida Proença), o IHC rapidamente começou a agregar um conjunto significativo de jovens investigadores cujo trabalho pioneiro foi sendo reconhecido por vários prémios e outras distinções. Muitos deles tornaram-se depois historiadores com créditos firmados e autores de obras de referência no plano nacional e internacional.

Para além do seu compromisso com a investigação e a formação avançada, o IHC nunca descurou também a sua ligação ao mundo exterior à academia. Tem tido, ao longo dos anos, um papel activo na intervenção em debates cívicos e culturais e na preservação da memória colectiva. Maria Fernanda Rollo, presidente do IHC entre 2012 e 2015, assumiu um papel de grande relevância no programa científico do Centenário da Primeira República e foi, antes de assumir funções governativas, em Dezembro de 2015, uma das dinamizadoras de várias iniciativas em torno do centenário da Grande Guerra, para além de outros projectos marcantes na nossa relação com a sociedade civil, instituições públicas e empresas. O primeiro equipamento cultural em Lisboa dedicado à memória da repressão política sob o Estado Novo – o Museu do Aljube – contou com a consultoria científica de vários membros do IHC e foi dirigido por Luís Farinha, também ele investigador de longa data do IHC.

De um pequeno centro dinamizado por docentes da NOVA FCSH, o IHC conheceu uma expansão muito assinalável na última década, incorporando também investigadores e docentes provenientes de outras universidades, sendo de destacar a parceria que possibilitou a integração, em 2013-14, do Centro de Estudos de História e Filosofia da Ciência da Universidade de Évora na nossa estrutura de investigação.

A configuração actual do IHC – assente em grupos de investigação e linhas temáticas – resulta da adaptação aos requisitos da Fundação para a Ciência e Tecnologia (a principal, mas não exclusiva, entidade financiadora) e da expressão entretanto adquirida por novas agendas de pesquisa. Para além de um corpo mais dedicado de investigadores integrados, o IHC conta hoje com uma vasta rede de colaboradores e associados, e com uma qualificada equipa de gestão.

Na última década, o IHC passou por importantes transformações, em grande medida resultantes do facto de ter aumentado muito significativamente o seu número de investigadores exclusivamente dedicados à investigação, ao mesmo tempo que as oportunidades de ingresso na carreira docente se viram diminuídas. Neste contexto, o IHC decidiu candidatar-se ao título de Laboratório Associado no concurso promovido pela FCT em 2021. Com o sucesso da candidatura por nós dinamizada, foi criado o Laboratório Associado IN2PAST, o primeiro e único laboratório associado na área das Humanidades e também o único que integra uma unidade da área da História.

A equipa de investigadores doutorados integrados na equipa do IHC junto da FCT e do IN2PAST é, actualmente, composta por cerca de cem investigadores, cerca de metade sendo investigadores doutorados contratados e metade sendo docentes doutorados que leccionam no Ensino Superior. O IHC reúne ainda cerca de 30 investigadores doutorados que trabalham fora do meio académico e que, além da investigação que desenvolvem à margem do seu tempo laboral, tornam possível o Programa de História na Esfera Pública que potencia também, a acção do IN2PAST no domínio das políticas públicas.

 

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