Um pacto de la Moncloa em Portugal?
Out 28, 2020 | Capítulos, Publicações
Um pacto de la Moncloa em Portugal?
- Jorge Filipe Figueiredo Fontes
- História do Movimento Operário e Conflitos Sociais em Portugal. Atas do IV Congresso História do Trabalho, do Movimento Operário e dos Conflitos Sociais em Portugal e III Conferência do Observatório para as Condições de Trabalho e Vida
- Pamela Peres Cabreira (Org.) & Raquel Varela (Coord. Científica)
- 2020
- Lisboa: Instituto de História Contemporânea | Colecção E-IHC
- Idioma: Português
- ISBN: 978-989-8956-20-0
- 225-231 p.
Excerto:
Neste capítulo, iremos abordar uma pequena parte da história da luta e concertação de classes na II República Portuguesa, nomeadamente a primeira grande tentativa de estabelecimento de um acordo de concertação social após o epílogo do processo revolucionário, avançando com algumas hipóteses para a sua não consubstanciação a exemplo do caso espanhol.
Sobre o livro:
Nos últimos decénios tem feito curso nas ciências sociais e humanas a ideia de que as sociedades teriam deixado de se organizar em torno do trabalho. Paralelamente, tem-se afirmado igualmente o fim das ideologias, do sindicalismo ou da militância. No entanto, o que a realidade nos mostra é que, ao invés da supressão do trabalho, se tem vindo a assistir antes ao crescimento do número de pessoas nele envolvidas. Nesta nova etapa de desenvolvimento do capitalismo, o trabalho não se extinguiu e o que se verifica, verdadeiramente, é que sofreu profundas transformações ao ter-se tornado, para largos setores, mais instável, multifacetado, intensificado e desvalorizado. Por conseguinte, há que redescobrir o trabalho, tornar visível o que alguns pretendem ocultar e apreender toda a sua complexidade a partir dos olhares diversos que são protagonizados pelas várias ciências, numa perspectiva inter e multidisciplinar. Por outro lado, há que evidenciar igualmente as consequências da intensificação e da desvalorização do trabalho para a saúde dos trabalhadores e as suas condições de vida, bem como as modalidades de resistência que estes lhes opõem – no presente e no passado. Esta é a abordagem deste livro, que corresponde à organização dos textos e temas apresentados no IV Congresso de História do Trabalho, do Movimento Operário e dos Movimentos Sociais em Portugal & III Conferência do Observatório para as Condições de Trabalho e Vida, realizado na cidade de Lisboa em Novembro de 2019.
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Tempo
(Terça-feira) 10:00 am - 6:00 pm
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboacomunicacao.ihc@fcsh.unl.pt Avenida de Berna, 26C — 1069-061 Lisboa
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Conversa e inauguração da exposição que marcam o culminar do projecto de investigaão "Habitar Siza", integradas na Trienal de Arquitectura de Lisboa. Habitar Siza Conversa:
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Conversa e inauguração da exposição que marcam o culminar do projecto de investigaão “Habitar Siza“, integradas na Trienal de Arquitectura de Lisboa.
Habitar Siza
Conversa:
Habitar Siza e as geografias da arquitectura, 17h
Exposição:
Habitar Siza: a arquitectura por quem lá mora, 19h (10 de Setembro a 3 de Novembro)
O projecto de investigação Habitar Siza, coordenado por Eduardo Ascensão (CEG-IGOT), Paulo Catrica (IHC — NOVA FCSH) e André Carmo (CICS.NOVA — Universidade de Évora), culmina com a exposição Habitar Siza: a arquitectura por quem lá mora, integrada na Trienal de Arquitectura de Lisboa. A abertura está agendada para as 19h do dia 10 de Setembro.
A exposição analisa o modo como as pessoas que habitam espaços desenhados por Álvaro Siza experienciam e interagem com a disposição espacial dos seus apartamentos, as micro-tecnologias da casa, os espaços públicos dos edifícios e o estatuto de atracção turística dos prédios onde moram. Procura preencher a lacuna de investigação existente sobre a obra de Siza, relativa à quase ausência de estudos sobre a recepção e apropriação da sua arquitectura por quem lá mora. O estudo debruça-se sobre três casos com populações com posições de classe diferentes, desde a população de baixos rendimentos para quem o Bairro da Bouça no Porto foi originalmente concebido, à população de classe média-baixa da Malagueira, em Évora e, finalmente, à população de rendimentos muito altos dos Terraços de Bragança, em Lisboa. A investigação seguiu uma abordagem etnográfica, com recurso a entrevistas aprofundadas a quem habita os lugares, visitas a casa e solicitação fotográfica de olhar ‘a pessoa em acção’ com a habitação.
Antes da inauguração da exposição, às 17h, terá lugar a conversa Habitar Siza e as geografias da arquitectura. Inicia-se com intervenções de Eduardo Ascensão (CEG-IGOT), Ana Catarina Costa (CEG-IGOT / FAUP), Ricardo Agarez (Iscte-IUL) e Loretta Lees (Boston University, via online). Segue-se a conferência “Fazer Palavras com Coisas: A política e a poética dos conjuntos habitacionais do atelier Elemental“, por Ignacio Farías (Humboldt University).
ENTRADA LIVRE
Tempo
(Terça-feira) 5:00 pm - 8:00 pm
Localização
Palácio Sinel de Cordes
Campo Santa Clara, 144 — 1100-458 Lisboa
Organizador
Várias instituições
Detalhes do Evento
A obra de autoria de José Neves e Leonor Pires Martins, fruto da exposição sobre a vida e legados de Amílcar Cabral, vai ser apresentada por
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A obra de autoria de José Neves e Leonor Pires Martins, fruto da exposição sobre a vida e legados de Amílcar Cabral, vai ser apresentada por José Neves e Flávio Almada no âmbito das comemorações do centenário de Amílcar Cabral, em Coimbra.
Cabral Ka Mori
Esta sessão de apresentação insere-se no ciclo “Amílcar Geração e Comemorações em Coimbra do Centenário de Amílcar Cabral”, que se prolonga até 13 de Setembro, e faz parte da oficina “Como manter Amílcar Cabral vivo“.
Sobre o livro:
Amílcar Cabral foi, por direito próprio, uma figura destacada do século XX. Ao longo das últimas décadas, o sentido da vida de Cabral foi alvo de inúmeras interpretações, de diversos usos e até de renovado interesse. A sua memória permanece viva no século XXI. «Amílcar Cabral, Uma Exposição» nasceu como mais um modo de usar este legado, com o Estado português a fazer dele um motivo de comemoração histórica, por ocasião dos 50 anos do 25 de Abril.
O livro‑catálogo que daí resulta, da autoria dos historiadores José Neves e Leonor Pires Martins, comissários da exposição, percorre 50 peças que nos levam a momentos e lugares da vida de Amílcar Cabral, mas também indiciam o tempo, o espaço e a experiência de quem o conheceu, vigiou, admirou, filmou, retratou ou cantou. O agrónomo e líder das lutas de libertação está omnipresente neste projecto que leva o seu nome, mas muitos momentos têm protagonistas próprios, da fotógrafa italiana Bruna Polimeni ao músico angolano David Zé, passando pelo líder cubano Fidel Castro, falando‑nos também de liberdade, luta anti-colonial e descolonização.
Inclui também textos de Alfredo Caldeira, Aurora Almada e Santos e Ricardo Santos & Miguel Fevereiro.
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Mais informações sobre o livro
Tempo
(Terça-feira) 6:00 pm - 7:30 pm
Organizador
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