
Homossexualidade, lesbianismo e resistência nas ditaduras ibéricas do século XX
Fev 19, 2021 | Capítulos, Publicações

Homossexualidade, lesbianismo e resistência nas ditaduras ibéricas do século XX: apontamentos para um estudo comparativo
- Raquel Afonso
- Quando a História Acelera. Resistência, movimentos sociais e o lugar do futuro
- João Carlos Louçã e Paula Godinho (Orgs.)
- 2021
- Lisboa: Instituto de História Contemporânea | Colecção E-IHC
- Idioma: Português
- ISBN: 978-989-8956-231
- 235-254 p.
Excerto:
O final do século XX e o início do século XXI marcaram o início dos movimentos LGBTIQ+ um pouco por todo o mundo, embora maioritariamente em países democráticos. Os riots de Stonewall, em 1969, são observados enquanto o marco histórico que faz espoletar a luta pelos direitos LGBTIQ+ mas, também, a luta contra a homofobia, lesbofobia, bifobia e transfobia. No entanto, ao contrário do que aconteceu em outros países, como os Estados Unidos, nos países que, durante o século XX, estiveram longamente sob alçada de regimes fascistas, como é o caso de Portugal e do Estado espanhol, estes movimentos tardaram a conseguir impor-se. Como consequência, grande parte dos estudos sobre movimentos e pessoas LGBTIQ+ surgem já no decorrer dos anos 1990. Não obstante, a história dos homossexuais e das lésbicas em ambos os países, nomeadamente durante as ditaduras do século XX, continuou subtratada, principalmente no que à vida das pessoas de classes subalternas diz respeito.
Sobre o livro:
Nesta obra, vários autores foram convidados a olhar para momentos do tempo em que, como escreveu Galeano, chove de baixo para cima. A partir de várias formações disciplinares, os investigadores que responderam ao repto olham para o tempo comum, para o dia anterior, para as rotinas que corroem, mas que também permitem sobreviver, para os fluxos de gente que se movimenta à procura de uma vida melhor, para a conquista da cidade e do espaço de reconhecimento, para as margens da vida, com as pequenas histórias das personagens secundárias, dos sobreviventes, dos subversivos, dos indígenas, daqueles que em narrativa estranha são entendidos como falhados, incompletos, fadados ao fracasso, irrelevantes. Conjugar o tempo longo, através da memória, do arquivo, da fotografia e da literatura, é um exercício a partir de um dado presente, num tempo de pandemia em que a duração parece ter coagulado. Contudo, convém retirar o tempo forte do baú, e escapar das debilidades presentistas do fim da história, do presente contínuo em que tudo parece confundir-se. A tanto nos propusemos, com esta obra destinada a interrogar os momentos de aceleração da história, os que os precedem e o lastro num tempo longo.
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Apesar de todos os abalos que continua a sofrer um pouco por todo o mundo, só o tempo dirá se o presente refluxo dos sistemas socialistas corresponde a uma dinâmica da extinção da própria ideia ou se as desigualdades e as crises do sistema capitalista continuarão como penhor de sobrevivência do marxismo-leninismo.
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Tempo
(Terça-feira) 7:00 pm - 8:00 pm
Localização
El Corte Inglés, Sala de Âmbito Cultural
Av. António Augusto de Aguiar, 31 — 1069-413 Lisboa
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Editora Saída de Emergência e El Corte Inglés
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