
Associações de classe e operariado na Lisboa do final do século XIX
Out 28, 2020 | Capítulos, Publicações

Associações de classe e operariado na Lisboa do final do século XIX
- Ana Alcântara
- História do Movimento Operário e Conflitos Sociais em Portugal. Atas do IV Congresso História do Trabalho, do Movimento Operário e dos Conflitos Sociais em Portugal e III Conferência do Observatório para as Condições de Trabalho e Vida
- Pamela Peres Cabreira (Org.) & Raquel Varela (Coord. Científica)
- 2020
- Lisboa: Instituto de História Contemporânea | Colecção E-IHC
- Idioma: Português
- ISBN: 978-989-8956-20-0
- 23-47 p.
Excerto:
No final do século XIX, Lisboa viveu uma época de mutações económicas, sociais e políticas, impulsionadas parcialmente pelo desenvolvimento industrial e urbano, que sustentaram um momento de transição fundamental para a formação da classe operária lisboeta. A alteração dos ritmos de vida e experiências quotidianas vivenciadas por aqueles que afluíram à cidade vindos do mundo rural estimulou o surgimento de uma consciência de classe por parte do operariado urbano. Com a crescente proletarização e concentração das «classes laboriosas» em Lisboa surgem associações de cariz operário — inicialmente as mutualistas e posteriormente, com a legalização das Associações de Classe em 1891, as ligadas ao trabalho.
Sobre o livro:
Nos últimos decénios tem feito curso nas ciências sociais e humanas a ideia de que as sociedades teriam deixado de se organizar em torno do trabalho. Paralelamente, tem-se afirmado igualmente o fim das ideologias, do sindicalismo ou da militância. No entanto, o que a realidade nos mostra é que, ao invés da supressão do trabalho, se tem vindo a assistir antes ao crescimento do número de pessoas nele envolvidas. Nesta nova etapa de desenvolvimento do capitalismo, o trabalho não se extinguiu e o que se verifica, verdadeiramente, é que sofreu profundas transformações ao ter-se tornado, para largos setores, mais instável, multifacetado, intensificado e desvalorizado. Por conseguinte, há que redescobrir o trabalho, tornar visível o que alguns pretendem ocultar e apreender toda a sua complexidade a partir dos olhares diversos que são protagonizados pelas várias ciências, numa perspectiva inter e multidisciplinar. Por outro lado, há que evidenciar igualmente as consequências da intensificação e da desvalorização do trabalho para a saúde dos trabalhadores e as suas condições de vida, bem como as modalidades de resistência que estes lhes opõem – no presente e no passado. Esta é a abordagem deste livro, que corresponde à organização dos textos e temas apresentados no IV Congresso de História do Trabalho, do Movimento Operário e dos Movimentos Sociais em Portugal & III Conferência do Observatório para as Condições de Trabalho e Vida, realizado na cidade de Lisboa em Novembro de 2019.
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Seminário em torno dos olhares de diversos saberes científico-sociais sobre o processo revolucionário — desde a Sociologia à Geografia, da Antropologia à História. As Ciências Sociais e o 25
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Seminário em torno dos olhares de diversos saberes científico-sociais sobre o processo revolucionário — desde a Sociologia à Geografia, da Antropologia à História.
As Ciências Sociais e o 25 de Abril.
Revolução, Conhecimento e História em Portugal
Pretende-se oferecer, por um lado, uma visão sintética dos olhares de diversos saberes científico-sociais sobre o processo revolucionário e compreender, por outro, o modo como o desenvolvimento contemporâneo de disciplinas como a Sociologia, a Geografia, a Antropologia, a Ciência Política ou a História, foi marcado pelos anos de Abril e se cruza com os ciclos de ditadura e democracia do século XX português.
Programa
10h-12h30 | A revolução vista pelas ciências sociais
Luísa Tiago de Oliveira (CIES — Iscte-IUL), “Acupunctura em Odemira”? O 25 de Abril na História
Guya Accornero (CIES — Iscte-IUL), A ciência política caiu na rua
Sónia Vespeira de Almeida (CRIA — NOVA FCSH / IN2PAST), Como a antropologia agarrou a revolução? O 25 de Abril como objeto de estudo
Ana Drago (CES — Universidade de Coimbra), O encontro entre a democracia e a questão urbana – olhares das ciências sociais
Moderação de José Neves
14h-16h30 | As ciências sociais à luz da revolução
Cristophe Araújo (Universidade de Paris-Nanterre), Uma revolução na escrita da história? Um campo historiográfico em profunda transformação
João Leal (CRIA — NOVA FCSH / IN2PAST), O 25 de Abril e a Antropologia Portuguesa: ISCSP e Museu de Etnologia
José Manuel Pureza (CES — Universidade de Coimbra), Os mundos da democracia: o 25 de abril e o estudo das Relações Internacionais
Fernando Luís Machado (CIES — Iscte-IUL), O 25 de Abril e a formação da agenda de investigação sociológica
Ricardo Noronha (IHC — NOVA-FCSH / IN2PAST), Uma história de duas conferências: a política da economia (1976/1979)
Moderação de Frederico Ágoas
Organização: Frederico Ágoas (CICS.NOVA — NOVA FCSH) e José Neves (IHC — NOVA-FCSH / IN2PAST)
Tempo
(Segunda-feira) 10:00 am - 5:00 pm
Organizador
Instituto de História Contemporânea e CICS.NOVA — Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa

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Aula aberta com Alexandra Lucas Coelho em torno do seu mais recente livro, que reúne reportagens, crónicas e alguns textos nunca publicados sobre Gaza. Gaza Está em Toda a
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Aula aberta com Alexandra Lucas Coelho em torno do seu mais recente livro, que reúne reportagens, crónicas e alguns textos nunca publicados sobre Gaza.
Gaza Está em Toda a Parte
Alexandra Lucas Coelho (jornalista)
Num evento organizado pelo IHC, a escritora e jornalista Alexandra Lucas Coelho estará na NOVA FCSH para uma Aula Aberta em torno do seu último livro, Gaza Está em Toda a Parte. Textos e fotografias pós-7 de Outubro (com uma última ida a Gaza seis anos antes) (Caminho, 2025), que reúne reportagens, crónicas, textos nunca publicados e muitas dezenas de fotografias, quase todas inéditas.
Sinopse do livro:
Este livro reúne reportagens, crónicas, alguns textos nunca publicados e 148 fotografias a cores, quase todas inéditas. Ao começar a organizá-lo fui em busca da revista com a última ida a Gaza. Tinha pensado talvez pô-la em anexo, já que o livro seria pós-7 de Outubro de 2023 e a reportagem era seis anos anterior. Mas quando a li, do título à última linha, parecia a véspera do 7 de Outubro. Nunca estivera online, não circulara. E dias depois achei na “nuvem” as 282 fotografias dessa última ida. Não podia ser um anexo. Então é assim que o livro abre, dentro de Gaza, onde os jornalistas do mundo estão impedidos de entrar desde 7 de Outubro: primeiro a reportagem, depois uma sequência de 37 imagens. Seguem-se os textos pós-7 de Outubro, sempre por ordem cronológica. A parte II — reportagens na Cisjordânia, em Jerusalém Oriental e em Israel — também fecha com imagens: uma série de 111 (de entre as mais de 4000 que fiz lá entre fins de 2023, início de 2024). Todas as fotografias estão legendadas no fim. Editei os textos para limpar repetições fastidiosas de contexto e coisas toscas de escrever em cima da actualidade, até ao limite em que o jornal tinha de ir para a gráfica. Acrescentei notas de rodapé com actualizações, referências, fontes. A data por cima dos títulos é a da publicação (no caso de um texto ter ficado online antes do papel, conta essa data). As origens dos textos estão indicadas. Há quatro mapas, o primeiro na Introdução, os restantes na parte II. A história que leva ao 7 de Outubro remonta ao século XIX. Escrevi sobre partes dela em três livros anteriores (Oriente Próximo; E a Noite Roda; Líbano, Labirinto). Todos os outros textos sobre Israel/Palestina desde 2002 continuam por compilar. Este é um livro pós-7 de Outubro, com a excepção dessa última ida a Gaza.
Tempo
(Segunda-feira) 12:00 pm - 1:45 pm
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboacomunicacao.ihc@fcsh.unl.pt Avenida de Berna, 26C — 1069-061 Lisboa
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