
A liberdade para distribuir a «Bíblia Protestante» em Portugal no início do século XX
Jul 30, 2018 | Artigos, Publicações

A liberdade para distribuir a «Bíblia Protestante» em Portugal no início do século XX: «o caso José Alexandre»
- Timóteo Cavaco
- 2018
- Oficina do Historiador
- Volume 1, Número 11
- 122-141
- Idioma: Português
- DOI: https://doi.org/10.15448/2178-3748.2018.1.26873
- ISSN: 2178-3748
No acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa, datado de 19 de outubro de 1907, reconhecia-se pela primeira vez sem ambiguidade a legalidade da venda da chamada «Bíblia Protestante» e, mais do que isso, a permissão da religião protestante em Portugal, com base no texto da Carta Constitucional de 1826. Quase quatro anos antes da consagração da «igualdade civil e política de todos os cultos» na nova lei fundamental da República, a jurisprudência do Estado confessional da Monarquia Constitucional já apontava para o reconhecimento do pluralismo religioso que se tinha começado a afirmar na sociedade portuguesa a partir da segunda metade do séc. XIX. Na origem desta decisão judicial histórica esteve uma acusação do foro penal mas também eclesiástico contra o vendedor itinerante José Alexandre que atuava em nome da Sociedade Bíblica, organização que se dedicava à distribuição da Bíblia em territórios portugueses desde 1809. Neste artigo procura-se aprofundar a fundamentação jurídica utilizada pelos juízes desembargadores para arquivar o processo deduzido em primeira instância contra o colportor da Sociedade Bíblica, num contexto político e jurídico, mas fundamentalmente social e religioso, em que a religião católica continuava a deter o quase exclusivo da propagação e afirmação da fé, bem como da pertença religiosa dos portugueses.
Palavras-chave:
Monarquia Constitucional, Bíblia, Liberdade Religiosa, Sociedade Bíblica
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Por ocasião das comemorações dos 50 anos da independência de Angola, o projecto KNOW.AFRICA promove a palestra em torno da obra "O Livro dos Nomes de
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Por ocasião das comemorações dos 50 anos da independência de Angola, o projecto KNOW.AFRICA promove a palestra em torno da obra “O Livro dos Nomes de Angola”, com o autor, Aristóteles Kandimba.
O Livro dos Nomes de Angola
Comemorações dos 50 Anos da Independência de Angola
O projecto KNOW.AFRICA tem o prazer de anunciar a palestra e apresentação da obra O Livro dos Nomes de Angola, pelo autor e investigador Aristóteles Kandimba.
Neste encontro, integrado nas comemorações dos 50 anos da independência de Angola, Aristóteles Kandimba irá partilhar reflexões sobre a riqueza linguística, histórica e cultural dos nomes angolanos, promovendo o diálogo entre memória, identidade e conhecimento.
O Livro dos Nomes de Angola é uma obra que compila cerca de 3000 nomes tradicionais angolanos, provenientes de mais de dez línguas nacionais. A obra explora os significados, origens etimológicas, simbolismos, provérbios, topónimos, celebridades e personalidades da história e da mitologia associados a esses nomes. O livro constitui um acto de afirmação da identidade angolana, resgatando uma parte essencial da sua história cultural, enfraquecida e, por vezes, suprimida durante o período colonial.
>> Descarregar o programa (PDF) <<
Programa:
17h | Apresentação do projeto KNOW.AFRICA
17h15 | Apresentação da obra O Livro dos Nomes de Angola
18h | Beberete
Tempo
(Terça-feira) 5:00 pm - 7:00 pm
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Universidade de Évoracehfc@uevora.pt Largo dos Colegiais, 2 — 7000-812 Évora

Detalhes do Evento
Masterclass organizada no âmbito do projecto FILMASPORA, com Corsino Furtado e Maíra Zenun, sobre o seu projecto de tratamento do arquivo fílmico de Corsino (aka Uncle
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Detalhes do Evento
Masterclass organizada no âmbito do projecto FILMASPORA, com Corsino Furtado e Maíra Zenun, sobre o seu projecto de tratamento do arquivo fílmico de Corsino (aka Uncle C).
Uncle C — Uma Trajectória de Vida a Registar
Conversa com Corsino Furtado e Maíra Zenun; moderação de Ana Rita Alves
Esta aula traz para o centro da discussão a ideia do cinema enquanto ferramenta de trabalho colectivo e estratégia de transformação social, através do diálogo entre Corsino Furtado aka UNCLE C, e Maíra Zenun, especialista em cinemas negros, que nos últimos seis meses estabeleceram uma parceria de trabalho e criaram o argumento fílmico intitulado “E QUANDO TUDO ACABAR?”, novo projecto cinematográfico de ambos, que surge a partir do trabalho colectivo desenvolvido pela equipa do projeto FILMASPORA, acolhido pelo IHC.
Corsino Furtado é um nome incontornável na documentação do Hip Hop na Europa (Holanda, Portugal, Espanha, França) e em Cabo Verde, tendo construído um arquivo valioso ao dar visibilidade a uma arte sistematicamente marginalizada. Paralelamente, tem se dedicado a filmar o surgimento e o quotidiano de diversas comunidades periféricas da Área Metropolitana de Lisboa, em especial o Bairro de Santa Filomena, onde viveu, registando momentos de convívio, festas, hortas, brincadeiras de rua e os impactos das demolições ilegais promovidas pela Câmara Municipal da Amadora na história de vida das pessoas. Em colaboração com a realizadora, artista visual e socióloga Maíra Zenun, Corsino tem revisitado este acervo para construir uma cartografia sensível deste espaço urbano — em relação às muitas fronteiras tangíveis e intangíveis que existem —, não com um olhar nostálgico para o passado, mas como uma forma de reinscrever o presente de um território em constante transformação.
Nesta masterclass, que será conduzida pela antropóloga Ana Rita Alves, Corsino Furtado e Maíra Zenun irão partilhar o método que estão a criar para organização, curadoria e activação deste arquivo, somado aos desafios de construir uma narrativa audiovisual [comum], que inclua a população africana, afro-descendente e periférica na identidade cultural de Portugal, a partir do [simples] gesto de arquivar e reactivar memórias coletivas.
Tempo
(Terça-feira) 6:00 pm - 8:00 pm
Localização
Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa
Largo da Academia Nacional de Belas Artes, 14 - 1200-005 Lisboa
Organizador
Instituto de História Contemporânea — NOVA FCSH e Centro de Investigação e Estudos em Belas-Artes — FBAUL
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