
Administrar para manter o regime
Jun 16, 2021 | Capítulos, Publicações

Administrar para manter o regime. O Estado Novo e a reforma da administração pública
- Ana Carina Azevedo
- Construção do Estado, Movimentos Sociais e Economia Política
- Joana Dias Pereira, Ana Sofia Ferreira & Manuel Loff (Coords.)
- 2021
- Lisboa: Instituto de História Contemporânea | Colecção E-IHC
- Idioma: Português
- ISBN: 978-989-8956-21-7
- 74-83 p.
A consciência sobre a necessidade de reformar a Administração Pública esteve presente durante todo o Estado Novo. Desde os anos finais da década de 1920 surgem referências à importância do aumento do nível de eficiência da Administração Pública e da melhoria da sua capacidade de resposta aos desafios da época. Se numa primeira fase as preocupações com a eficiência administrativa se prendem com o processo de institucionalização do Estado Novo, a II Guerra Mundial vem incluir novas parcelas na equação. O Programa de Assistência Técnica e Produtividade e os planos nacionais de fomento exigem diligências que a administração central não se encontrava preparada para desempenhar. Da mesma forma, a nível internacional, o Estado adquire novas prerrogativas, sendo desafiado a promover o desenvolvimento económico e social. Portugal entra, igualmente, nesta lógica desenvolvimentista que exige uma administração célere e eficaz, que possa garantir a promoção do fomento económico, o apoio aos privados neste mesmo processo e o crescimento do Estado social.
Enredada de tal forma nas necessidades e prioridades do regime, a reforma da Administração Pública passaria a ser encarada como um elemento necessário à sua manutenção. Por esse motivo, a década de 1960 testemunharia a constituição de grupos de trabalho, a realização de estudos, a organização de ações de formação e um aumento dos contactos internacionais ao nível da modernização administrativa. Como elemento aglutinador e coordenador seria criado, em 1967, o Secretariado da Reforma Administrativa que teria, contudo, uma vida relativamente curta.
Este artigo pretende refletir sobre o modo como a reforma da Administração Pública portuguesa se integra na necessidade de melhorar a eficácia de um Estado cada vez mais complexo e dotado de novas prerrogativas. Pretende, igualmente, evidenciar a forma como esta se apresentou como um elemento essencial para a manutenção do regime e das Províncias Ultramarinas.
Palavras-chave:
Portugal; Estado Novo; Reforma administrativa.
Sobre o livro:
Este livro reúne uma parte das comunicações apresentadas na Conferência Internacional “Construção do Estado, Movimentos Sociais e Economia Política”, realizada em Dezembro de 2019. Privilegiaram-se abordagens focando as conexões entre os processos de construção do Estado Contemporâneo e a sua articulação com os movimentos sociais e o desenvolvimento do capitalismo, com o intuito de dar a conhecer estudos recentes que ilustram os mecanismos de legitimação e os usos da violência nos diferentes regimes políticos, as formas de patrimonialização do poder, a evolução dos ordenamentos jurídicos, o impacto dos conflitos armados e as técnicas de governo empregues em distintos contextos temporais e espaciais. Uma boa parte das comunicações apresentadas centraram-se na natureza, dimensão e impacto dos movimentos sociais, nos diferentes repertórios de intervenção, protesto e conflitualidade social, nas formas de identidade colectiva (classe, género, etnia), nas rupturas e continuidades ao nível das relações de trabalho, e no recurso à ilegalidade e práticas de transgressão por diferentes grupos sociais.
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Detalhes do Evento
Nona edição do congresso que tem como objectivo a valorização da importância da história local na historiografia contemporânea. IX Congresso de História Local: Conceitos, Práticas e Desafios na
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Detalhes do Evento
Nona edição do congresso que tem como objectivo a valorização da importância da história local na historiografia contemporânea.
IX Congresso de História Local:
Conceitos, Práticas e Desafios na Contemporaneidade
O IX Congresso de História Local aspira acompanhar e estimular a renovação historiográfica em curso; assim, dá continuidade aos propósitos e dinâmicas iniciados em 2017, proporcionando um espaço de divulgação, de partilha e de problematização para todos/as quantos se dedicam a este ramo da historiografia, em diálogo permanente com a historiografia nacional e internacional. Tal como nas edições anteriores, o encontro pretende continuar a ser um contexto privilegiado para a reflexão sobre o conceito, as metodologias e as práticas da história local; por extensão, constitui-se como uma oportunidade para troca de experiências.
Do mesmo modo, os princípios subjacentes à organização do congresso fomentam a intervenção de estudantes de último ano de licenciatura e de primeiro de mestrado, com o intuito de obterem as primeiras experiências no meio académico.
>> Programa do congresso (PDF) <<
Chamada para comunicações
Convidam-se os interessados/as a apresentarem propostas de comunicação no domínio da história local, subordinadas à evolução analítica de comunidades e enquadradas pelas especificidades metodológicas e epistemológicas que caracterizam este campo de estudos. As propostas de comunicação sobre a história local na contemporaneidade podem ser concebidas em torno dos seguintes eixos temáticos, sem exclusão de outros tópicos:
- Transformações sociais e culturais;
- Imprensa local;
- Dinâmicas laborais e conflituosidade social;
- Reflexões sobre a teoria e metodologias da história local;
- A importância da história local no ensino secundário e superior;
- Temas e trabalhos subordinados à história de uma região;
- História e comunidade(s);
- Elite(s) e personalidades;
- Municípios e Poder Local;
- Instituições e associações locais;
- Organização, resistência e violência política na história local;
- A história das mulheres em contexto local;
- Territórios e património biocultural.
O encontro de 2025 será acolhido pela Câmara Municipal de Alpiarça. Seguindo o modelo dos eventos anteriores, esta edição contará com um painel exclusivamente dedicado à história deste município e do Ribatejo. Nesse sentido, convidam-se os historiadores/as, professores/as, investigadores/as e demais/as estudiosos da região a submeterem comunicações dedicadas à história de Alpiarça.
Envio de propostas
As propostas não deverão exceder os 3500 caracteres e contemplar o título do trabalho e uma biografia resumida do autor/a (máximo 750 caracteres).
As comunicações aceites resultarão em apresentações de 15 minutos.
Línguas de trabalho: Português e Inglês (não haverá interpretação simultânea).
O painel júnior é exclusivo para alunos/as de último ano de licenciatura e primeiro ano de mestrado; neste caso, a apresentação das propostas de comunicação deverá observar o mesmo procedimento, mas serão avaliadas separadamente.
Todas as propostas deverão ser submetidas através do formulário disponível 🔗neste link.
Inscrições
A inscrição no congresso é individual e gratuita e deverá ser feita através do formulário disponível 🔗neste link até ao dia 6 de Novembro de 2025.
Calendarização
Submissão de propostas: 7 Setembro 2025
Notificação de aceitação de propostas: 15 Outubro 2025
Divulgação do programa: 20 Outubro 2025
Prazo para inscrições: 6 Novembro 2025
Congresso: 7 – 8 Novembro 2025
Contacto: congressohistorialocal@gmail.com
Comissão Organizadora
Catarina Pimentel Neto (CEF — NOVA FCSH)
Catarina Veiga dos Santos (CEF — NOVA FCSH)
Diogo Ferreira (CEF — NOVA FCSH)
Eunice Relvas (CEF — NOVA FCSH / GEO-CML)
Guilherme Sequeira (CEF — NOVA FCSH)
Inês José ( IHC — NOVA FCSH / IN2PAST / CEF — NOVA FCSH)
João Francisco Pereira (CEF — NOVA FCSH / CEHR-UCP)
João Pedro Santos (IHC – NOVA FCSH / IN2PAST)
Liliana Caldeira (CEF — NOVA FCSH / Câmara Municipal de Lagoa)
Maria Fernanda Rollo (CEF — NOVA FCSH)
Maria Miguel Fresco (CEF — NOVA FCSH)
Mariana Reis de Castro (IHC – NOVA FCSH / IN2PAST / CEF — NOVA FCSH)
Pedro Serra (CEF — NOVA FCSH)
Comissão Científica
Ana Cardoso Matos (CIDEHUS — Universidade de Évora)
Ana Paula Pires (CEF — NOVA FCSH / Universidade Açores)
António José Queiroz (CEFi —UCP / CEPESE)
Diogo Ferreira (CEF — NOVA FCSH)
Eunice Relvas (CEF — NOVA FCSH / GEO-CML)
João Miguel Henriques (CEF — NOVA FCSH / CMC)
Jorge Fernandes Alves (FLUP)
Luís Alberto Alves (CITCEM — FLUP)
Manuela Tavares Ribeiro (FLUC)
Maria Conceição Meireles (FLUP)
Maria Fátima Nunes (IHC — Universidade de Évora / IN2PAST)
Maria Fernanda Rollo (CEF — NOVA FCSH)
Margarida Sobral Neto (FLUC)
Nuno Pousinho (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Paulo Jorge Fernandes (IHC – NOVA FCSH / IN2PAST)
Paulo Miguel Rodrigues (CEF — NOVA FCSH / Universidade da Madeira)
Pedro Serra (CEF — NOVA FCSH)
Sérgio Rezendes (CEF — NOVA FCSH)
Teresa Nunes (CEF — NOVA FCSH / FLUL)
Tempo
7 (Sexta-feira) 12:00 am - 8 (Sábado) 5:30 pm
Organizador
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