
“Qual é o valor da tua ferramenta?”
Fev 19, 2021 | Capítulos, Publicações

“Qual é o valor da tua ferramenta?” Economia política e conflitos sociais durante o PREC (1974-75)
- Ricardo Noronha
- Quando a História Acelera. Resistência, movimentos sociais e o lugar do futuro
- João Carlos Louçã e Paula Godinho (Orgs.)
- 2021
- Lisboa: Instituto de História Contemporânea | Colecção E-IHC
- Idioma: Português
- ISBN: 978-989-8956-231
- 38-55 p.
Excerto:
É bem conhecida a máxima de Frederic Jameson (1994), segundo a qual se tornou mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo. Este diagnóstico encontrou um sólido ponto de ancoragem nos acontecimentos que puseram fim ao “Socialismo Real” na Europa do Leste. Para lá dos seus efeitos geopolíticos, a queda do Muro de Berlim e o colapso da União Soviética contribuíram para reforçar a ideia de que a propriedade privada e a competição correspondem à ordem natural das coisas. Data de então a tese de Francis Fukuyama (1989), segundo a qual o Liberalismo se teria convertido no derradeiro estágio da evolução política, para lá do qual se tornaria impensável imaginar senão um retrocesso para formas menos dinâmicas e mais coercivas de organizar a vida social. E, ainda que não faltem declarações em sentido contrário, o facto é que a ideia de “fim da história” parece ter ganho raízes profundas, tanto à direita como à esquerda, no seio da qual se discute intensamente a melhor forma de gerir o capitalismo, mas raramente se descortina a veleidade de o substituir por outra coisa qualquer..
Sobre o livro:
Nesta obra, vários autores foram convidados a olhar para momentos do tempo em que, como escreveu Galeano, chove de baixo para cima. A partir de várias formações disciplinares, os investigadores que responderam ao repto olham para o tempo comum, para o dia anterior, para as rotinas que corroem, mas que também permitem sobreviver, para os fluxos de gente que se movimenta à procura de uma vida melhor, para a conquista da cidade e do espaço de reconhecimento, para as margens da vida, com as pequenas histórias das personagens secundárias, dos sobreviventes, dos subversivos, dos indígenas, daqueles que em narrativa estranha são entendidos como falhados, incompletos, fadados ao fracasso, irrelevantes. Conjugar o tempo longo, através da memória, do arquivo, da fotografia e da literatura, é um exercício a partir de um dado presente, num tempo de pandemia em que a duração parece ter coagulado. Contudo, convém retirar o tempo forte do baú, e escapar das debilidades presentistas do fim da história, do presente contínuo em que tudo parece confundir-se. A tanto nos propusemos, com esta obra destinada a interrogar os momentos de aceleração da história, os que os precedem e o lastro num tempo longo.
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Novo lançamento, na livraria Snob, do catálogo da exposição “Imaginários da Guiné-Bissau – o espólio de Álvaro de Barros Geraldo (1955–1975)”, editado por Inês Vieira Gomes
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Detalhes do Evento
Novo lançamento, na livraria Snob, do catálogo da exposição “Imaginários da Guiné-Bissau – o espólio de Álvaro de Barros Geraldo (1955–1975)”, editado por Inês Vieira Gomes e Catarina Laranjeiro. Apresentação de José Manuel Barroso e Onésio Soda.
Imaginários da Guiné-Bissau
O espólio de Álvaro de Barros Geraldo (1955–1975)
No contexto das comemorações dos 50 anos das independências das antigas colónias portuguesas em África, debruçamo-nos sobre um espólio fotográfico inédito que coincide com o período da guerra colonial e das lutas de libertação. Álvaro de Barros Geraldo (1922-1993), fotógrafo português a viver na Guiné-Bissau desde meados de 1950, registou de perto este período marcado por tensões e profundas transformações sociais e políticas. Nesta conjuntura histórica, o 25 de Abril é indissociável das lutas de libertação africanas, em especial da guerra que se travou na Guiné-Bissau. A luta de guerrilha desencadeada pelo PAIGC desafiou o poder colonial no terreno e impulsionou o surgimento do Movimento das Forças Armadas. Este livro, tal como a exposição homónima, constitui um contributo para a problematização crítica dos legados do colonialismo português. Através da fotografia e de investigação histórica, propõe-se revisitar a memória do passado colonial e reflectir sobre o forjar de identidades nacionais, assim como o contexto pós-revolucionário em Portugal. Para além de imagens de Álvaro de Barros Geraldo – que oferecem um olhar singular sobre a construção de narrativas visuais –, este livro reúne contributos de investigadores/as que questionam a história, a memória e a continuidade de estruturas coloniais nas dinâmicas do presente
Com textos de Catarina Mateus, Pedro Aires Oliveira, Inês Vieira Gomes e Catarina Laranjeiro, e um encarte de Marta Pinto Machado, esta publicação reúne perspectivas históricas, visuais e críticas para a problematização dos legados do colonialismo português.
Tempo
(Quinta-feira) 6:00 pm - 7:30 pm
Organizador
Livraria Snoblivrariasnob@gmail.com Travessa de Santa Quitéria, 32A — 1250-212 Lisboa
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