
Personagens inventadas
Mar 5, 2018 | Artigos, Publicações

Personagens inventadas: jornalismo e ficção na I Grande Guerra mediática (1914-1918)
- Luís Augusto Costa Dias
- 2018
- Mediapolis
- Número 6
- 41-59
- Idioma: Português
- DOI: 10.14195/2183-6019_6_3
- ISSN: 2183-6019
O texto parte da perspetiva, já anteriormente estudada, de que a imprensa de massas em Portugal − que tem em 1865, com a fundação do Diário de Notícias, o seu ano zero e, a partir de 1881, com o jornal O Século a sua expansão imparável – transformou a I Grande Guerra, de 1914-1918, na primeira grande guerra mediática. À apoteose da guerra não faltou o recurso à ficção, no sentido literário − aquilo a que o jornalista Mário de Almeida então chamou a “literatura da guerra”, como um “campo baldio” pronto a “passa[r]-lhe a charrua por cima”, e que designo por ficções de guerra. O corpus textual de que falo, publicado na revista Ilustração Portuguesa (pertencente ao império d’O Século), num conjunto que não perfez quatro dezenas de textos, ocupou um arco cronológico que se estendeu, com decrescente regularidade, de 1 de fevereiro de 1915 a 28 de agosto de 1916. A iniciativa partiu, salvo um ou outro autor à procura de um lugar nas letras, de um campo jornalístico ainda de paredes meias com a escrita ficcional ou teatral – ou, como esperava o interlocutor de um conto de Natal na guerra: “Meta-lhe você um bocado de literatura e aí tem um assunto para um conto de Natal…” Não tanto pelos temas, são as personagens que, pela sua resolução, pelo esforço, pelo sacrifício ou pela glória moralizadora, vão ao encontro do mercado das emoções criado pela propaganda mediática.
Palavras-chave:
I Grande Guerra, O Século, Ilustração Portuguesa, jornalismo e literatura, ficção de guerra
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Detalhes do Evento
Conferência de promoção do conhecimento debate sobre os contributos das mulheres, no contexto das lutas pelas independências e sobre os progressos e recuos ocorridos nos últimos cinquenta anos. 50
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Conferência de promoção do conhecimento debate sobre os contributos das mulheres, no contexto das lutas pelas independências e sobre os progressos e recuos ocorridos nos últimos cinquenta anos.
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Esta conferência pretende promover o conhecimento e a discussão pública sobre os contributos das mulheres, no contexto das lutas pelas independências — em Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal — e sobre os progressos e recuos ocorridos, nos últimos cinquenta anos, em matéria de participação política e direitos das mulheres, nestes mesmos contextos.
A mobilização e a participação das mulheres nas lutas de libertação contra o colonialismo português não chamaram particular atenção na academia até à última década. As raras investigações realizadas mostram que mesmo que algumas tenham chegado a postos de chefia e de decisão, os países independentes reproduziram rapidamente as relações desiguais de género. Nos mesmos estudos, enunciam-se sentimentos de desilusão e de traição a partir dos relatos dessas mulheres.
À medida que o percurso dos países independentes avançou, a situação da grande maioria das mulheres melhorou, mas não significativamente. As condições políticas e económicas de Estados recém-nascidos não favoreceram a emancipação das mulheres e a estrutura patriarcal do Estado manteve-se. Apesar de um reconhecimento formal dos direitos das mulheres, a sua valorização foi sendo remetida para o mérito individual, desligada de análises de fundo e acções políticas estruturais
Assistiu-se a um apagamento dos papéis das mulheres nas lutas de libertação na memória nacional oficial. O reconhecimento dado à participação feminina na luta de libertação nacional encontra-se limitado a celebrações oficiais e ao reconhecimento público de algumas, vistas como excepcionais, como Titina Silá, na Guiné-Bissau, ou Josina Machel em Moçambique. A invisibilização de muitas outras mulheres que participaram nas lutas de libertação revela como hoje continuam relevantes as lutas pelo seu reconhecimento.
A entrada é livre para as sessões da manhã e de cinema. No entanto, devido a limitação de espaço, é necessária inscrição nas rodas de conversa neste link.
>> Programa detalhado (PDF) <<
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25 (Quinta-feira) 9:30 am - 26 (Sexta-feira) 8:00 pm
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