Práticas da História Nº 6
Set 13, 2018 | 2018, Edições, Revista Práticas da História
Práticas da História – Journal on Theory, Historiography and Uses of the Past
- 2018
- Número 6
- ISSN: 2183-590X
- Tema: The History of Hayden White
Excerto do editorial:
The homage the present issue embodies is far from an original gesture, or even one that would have to wait for Hayden White’s death. Since the 1990s, White and his academic trajectory have been the object of a number of tributes.10 On this occasion, we challenged a group of co-leagues from different countries to engage with one of the many essays penned by White throughout his career. We asked them to comment that specific essay as they saw fit, namely by exploring the way White questions their own field or line of research (as Paul-Arthur Tortosa does, within the frame of the History of Medicine) or exploring the relations between White and other authors – in some cases, classical authors (such as Vico, by Maria-Benedita Basto, and Freud, by Nancy Partner), in others, contemporary with White (such as Paul Ricoeur, brought to this issue by João Luís Lisboa, and Frederic Jameson, by Luís Trindade, or Dominick LaCapra, by Rui Bebiano).
To make White’s essays the topic or motto for the issue’s contributions was not an innocent choice. As previously mentioned, he was the author of one of the most influential History books ever published, Metahistory: The Historical Imagination in Nineteenth-century Europe, whose 40th anniversary was recently acknowledged in different parts of the world (see, for instance, the book Metahistoria: 40 años después. Ensayos en homenaje a Hayden White, edited by Aitor Bolanõs de Miguel, who also happens to participate in this same issue). But White’s interventions in the field of theory of History were not limited to monographs. In fact, most of his work was first published in journals or as chapters in collective works.12 As a counterpoint to this dispersion, from time to time he published works such as Tropics of Discourse. Essays in Cultural Criticism (1978), The Content of the Form: Narrative Discourse and Historical Representation (1987), Figural Realism. Studies in the Mimesis Effect (1999) and The Practical Past (2015). The Fiction of Narrative – Essays on History, Literature, and Theory (2010), mentioned earlier, is a collection of White’s essays selected by Robert Doran with a biographically-structured anthological purpose.14 The same anthological principle presides over White’s essay collections published in languages other than his native English. Such is the case with Forme di storia: dalla realtà alla narrazione, published in Italian in 2006, Proza historyczna, published in Polish in 2009, or, more recently, L’Histoire s’écrit, published in French. The texts that the organisers of those works sign in the issue of our journal – respectively, Eduardo Tortarolo, Ewa Domanska and Philippe Carrard – bring to light some of these editorial processes and their relation with the historiographical cultures of the countries where these anthologies were published.
There is a well-established genealogy of the essay as a genre – or, we could also say, as an anti-genre – that can be traced back from Lukács to Montaigne, for example.16 The point here is not to re-trace or extend this particular topic. And the place of the essay as a form in White’s work also has been acknowledged, among others, by LaCapra, Richard Vann and Robert Doran. I would just like to add that the choice of White’s essays as the starting point for the various contributions we gather in this budding academic journal also springs from our will to insist on the need to problematize what is implied in the modes of production historians nowadays are subjected, or subject themselves, to. Some of the conceptions of the discipline of History and of historical time itself that we have attributed to White in the previous paragraphs seem to fit uneasily with the conventions of writing and academic publishing that currently prevail within social sciences and humanities. Those conceptions rather bring to our mind a text of T. W. Adorno originally published in German in 1958, in which he exalts the untimely nature of the essay. It is with Adorno’s words in «The essay as form» that we conclude: «The usual reproach against the essay, that it is fragmentary and random, itself assumes the giveness of totality and thereby the identity of subject and object, and it suggests that man is in control of totality. But the desire of the essay is not to seek and filter the eternal out of the transitory; it wants, rather, to make the transitory eternal. Its weakness testifies to the non-identity that it has to express, as well as to that excess of intention over its object, and thereby it points to that utopia which is blocked out by the classification of the world into the eternal and the transitory. In the emphatic essay, thought gets rid of the traditional idea of truth.»
José Neves (IHC — NOVA FCSH)
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Detalhes do Evento
Congresso que se constitui como uma oportunidade para fazer um ponto da situação e discutir, a partir de uma perspectiva interdisciplinar, o futuro dos estudos sobre a Revolução. Congresso
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Detalhes do Evento
Congresso que se constitui como uma oportunidade para fazer um ponto da situação e discutir, a partir de uma perspectiva interdisciplinar, o futuro dos estudos sobre a Revolução.
Congresso internacional 50 anos do 25 de Abril
Cinquenta anos depois, o 25 de Abril e o processo revolucionário de 1974-75 continuam a ser objecto de discussão em várias disciplinas das ciências sociais e das humanidades. Sobretudo nas últimas décadas, os debates em torno da Revolução procuraram ir para além dos estudos pioneiros sobre o processo político e militar, através de múltiplas abordagens que ajudam a compreendê-lo em toda a sua complexidade: as transformações sociais e a participação política de base; os contextos internacionais, nomeadamente no que diz respeito aos processos de luta anti-colonial e à Guerra Fria; as dinâmicas políticas e sociais na sua diversidade regional; a economia política da Revolução; os repertórios de luta e as linguagens escritas, visuais e musicais; o papel da Revolução e da sua memória na história global e na sociedade portuguesa democrática; os processos de patrimonialização, musealização e preservação das memórias; as análises comparativas com outras revoluções e transições para sistemas democráticos.
Palestrantes:
Enzo Traverso (Cornell University)
Donatella della Porta (Scuola Normale Superiore, Firenze)
>> Programa do congresso (PDF) <<
Chamada para comunicações
A ocasião do cinquentenário surge assim como uma oportunidade para fazer um ponto da situação e discutir, a partir de uma perspectiva interdisciplinar, o futuro dos estudos sobre a Revolução. Neste sentido, o Congresso Internacional 50 anos do 25 de Abril apela à participação de investigadores/as de áreas tão distintas como a sociologia, a história, a economia, a ciência política, as relações internacionais, a antropologia, a história de arte e os estudos artísticos e literários. Privilegiam-se abordagens inovadoras nos âmbitos temáticos acima referidos que contribuam para reforçar o conhecimento deste momento fundador da nossa contemporaneidade.
Plano Temático:
Secção I | O derrube da ditadura: A secção I compreende os estudos sobre o Marcelismo e a crise final do regime nas suas dimensões nacional e internacional, incluindo as dinâmicas sociais e políticas geradas em torno Guerra Colonial.
Secção II | A revolução política: A secção II é dedicada à dissolução do aparelho de repressão política, judicial e censório e a responsabilização política, criminal e administrativa dos seus agentes (dissoluções, prisões, saneamentos, interdições, julgamentos), ao processo político revolucionário (as suas diferentes fases entre o 25 de Abril e a aprovação da Constituição de 1976), à Assembleia Constituinte, aos Pactos MFA/Partidos e à Constituição de Abril de 1976, aos partidos políticos e à conquista das liberdades públicas, do sufrágio universal e do direito à greve.
Secção III | A revolução económica e social: A secção III inclui investigação sobre as lutas dos trabalhadores e os órgãos de vontade popular, as lutas dos moradores e a questão da habitação, a reforma agrária e as novas políticas agrárias, as nacionalizações e as estratégias de desenvolvimento económico, as lutas feministas e as organizações das mulheres, as lutas pela diversidade sexual e de género e os seus movimentos, as lutas anti-racistas e os seus movimentos, a população racializada, o ensino e o movimento estudantil.
Secção IV | A revolução cultural: A secção IV versa sobre a cultura no PREC, incluindo a imprensa, o audiovisual (rádio e televisão), a música, o cinema, o teatro, a literatura, a pintura e os murais, o cartaz.
Secção V | A queda do império colonial: A secção V é dedicada à descolonização. Reúne apresentações sobre a situação da Guerra Colonial e as guerras de libertação em 1974, a questão colonial e o poder político e militar em Portugal no processo revolucionário, os movimentos de libertação nacional e o processo de descolonização, os efeitos da descolonização na sociedade portuguesa, a chegada a Portugal de populações das antigas colónias, a situação dos militares africanos integrados nas forças militares portuguesas, o racismo estrutural da sociedade portuguesa.
Secção VI | Processo revolucionário e relações internacionais (1974-1976): A secção VI trata da conjuntura internacional e da política externa dos governos provisórios, das ligações internacionais entre forças políticas e o poder militar, dos apoios internacionais e da intervenção externa no processo revolucionário.
Secção VII | A revolução portuguesa e os processos de transição para a democracia: A secção VII introduz a dimensão comparativa no estudo da Revolução portuguesa. Aborda a temática a partir de reflexões em torno das Revoluções, dos processos de democratização, das convergências e divergências das transições para a democracia.
Secção VIII | As representações da memória política do 25 de Abril: Nesta secção agrupam-se as pesquisas dedicadas aos processos de memorialização do passado e as suas mutações ao longo do tempo, às políticas publicas de memória e às políticas do esquecimento, aos debates das interpretações sobre história e memória em suas múltiplas dimensões e ao comemorativismo.
Submissão de propostas 🔗 neste link.
Datas: 2, 3 e 4 de Maio de 2024
Local: Reitoria da Universidade de Lisboa
Os interessados/as devem submeter a sua proposta através do formulário até dia 10 de Setembro de 2023.
Comissão Organizadora
Maria Inácia Rezola, Comissão Comemorativa 50 Anos 25 de Abril / IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
Fernando Rosas, IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
José Neves, IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
Miguel Cardina, CES – Universidade de Coimbra
Rita Almeida de Carvalho, ICS – Universidade de Lisboa
José Lopes Cordeiro, Universidade do Minho
Comissão Científica
Álvaro Garrido, CEIS20 – Universidade de Coimbra
António Costa Pinto, ICS – Universidade de Lisboa
Fernando Rosas, IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
José Lopes Cordeiro, Universidade do Minho
José Neves, IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
Luís Trindade, CEIS20 – Universidade de Coimbra
Luísa Tiago de Oliveira, CIES – ISCTE
Manuel Loff, Universidade do Porto, IHC – NOVA FCSH
Maria da Conceição Meireles Pereira, CITCEM
Maria Fernanda Rolo, Pólo do CEF na NOVA FCSH
Maria Inácia Rezola, Comissão Comemorativa 50 Anos 25 de Abril / IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
Miguel Cardina, CES – Universidade de Coimbra
Rui Bebiano, Centro de Documentação 25 de Abril – Universidade de Coimbra
Sérgio Campo Matos, CHUL – FLUL
Sílvia Roque, CES – Universidade de Coimbra e Universidade de Évora
Sónia Vespeira de Almeida, CRIA – NOVA FCSH
Rita Rato, Museu do Aljube
Luísa Teotónio Pereira, CIDAC • CULTRA, Cooperativa Culturas do Trabalho e Socialismo
Tempo
2 (Quinta-feira) 8:30 am - 4 (Sábado) 6:30 pm
Organizador
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