
A pureza perdida do desporto
Dez 5, 2017 | Livros, Publicações

A pureza perdida do desporto: futebol no Estado Novo
- Rahul Kumar
- 2017
- Lisboa: Paquiderme Edições
- ISBN: 978-989-99403-2-1
- Idioma: Português
- 288 pp.
Entre a década de 1920 e meados da década de 1960, o futebol elitista do início do século XX transformou-se num dos elementos centrais da cultura popular portuguesa contemporânea. Ao longo deste período, o futebol português deixou de ocupar uma posição periférica no contexto europeu para assumir um lugar de destaque no plano internacional. Estas mudanças são muitas vezes explicadas por factores políticos – o Estado Novo fomentou o crescimento deste desporto – e analisadas em função das suas consequências culturais – a massificação do gosto pelo futebol foi um dos elementos que contribuíram para a durabilidade do regime. Trata-se de uma ideia que, através da fórmula «Fado, Fátima e Futebol», adquiriu a firmeza das convicções do senso comum.
Este trabalho – distinguido, em 2015, com o Prémio Fundação Mário Soares/EDP e com uma menção honrosa no Prémio CES para jovens cientistas sociais de língua portuguesa – analisa em detalhe a forma como as principais instituições do Estado Novo se relacionaram com o mundo desportivo. A evolução do estatuto dos atletas, e a oposição entre os defensores do amadorismo e do profissionalismo, é o fio condutor desta narrativa. Integrando as batalhas que moldaram o desenvolvimento do futebol em Portugal no programa ideológico do salazarismo, esta investigação procura questionar os limites e as possibilidades de autonomia do campo cultural e contribuir para um conhecimento mais detalhado sobre as configurações do poder no espaço social português contemporâneo.
Sobre o autor: Rahul Kumar, nascido em 1980, licenciou-se em sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL) e em 2014 obteve o doutoramento, também em sociologia, no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Actualmente é professor convidado da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal e investigador do Instituto de História Contemporânea da FCSH UNL. Além do seu interesse pelos temas do desporto e da política, tem publicado sobre questões relacionadas com o trabalho, as migrações, os media e os consumos culturais.
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Ciclo de conversas organizado no âmbito do projecto TRANSMAT e que tem como objectivo reflectir criticamente sobre o legado colonial nos museus portugueses. Confrontar o
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Ciclo de conversas organizado no âmbito do projecto TRANSMAT e que tem como objectivo reflectir criticamente sobre o legado colonial nos museus portugueses.
Confrontar o Legado Colonial no Museu
Entre Junho e Outubro de 2025, o Museu Municipal Santos Rocha, na Figueira da Foz, será palco do ciclo de conversas Confrontar o Legado Colonial no Museu, uma iniciativa promovida pelo projecto TRANSMAT em parceria com o Museu Municipal Santos Rocha que reúne vozes diversas para reflectir criticamente sobre o legado colonial nos museus portugueses.
Ao longo de seis sessões, investigadores/as, artistas, curadores/as, escritores/as, docentes e outras personalidades convidam o público a participar num debate plural e aberto sobre memória, património e identidade. As sessões vão contar com a participação activa de personalidades locais, como Pedro Mota Curto (Diretor do Agrupamento de Escolas Figueira Mar) e Andrea Gaspar (Antropóloga e docente do Agrupamento de escolas zona urbana da Figueira da Foz), reforçando o envolvimento da comunidade da Figueira da Foz neste debate fundamental. Artistas como Francisco Vidal e Nuno Silas trazem o olhar das artes visuais para o centro da discussão, enriquecendo a troca de experiências e saberes. Contamos igualmente com a participação de Aristóteles Kandimba, escritor, investigador, produtor e fundador do Colectivo Tributo aos Ancestrais PT, cujo contributo tem sido fundamental no resgate e valorização das memórias e culturas afro-descendentes em Portugal.
Participe e faça parte desta reflexão colectiva sobre património, memória e transformação social na Figueira da Foz.
>> Descarregar o programa actualizado (PDF) <<
Quinta sessão:
Alice Semedo (CITCEM — FLUP)
Andrea Gaspar (Agrupamento de Escolas da Figueira da Foz)
Aristóteles Kandimba (Escritor e Produtor Cultural)
Teresa Teves Reis (HERCULES — Universidade de Évora / IN2PAST)
Ricardo Roque (ICS — Universidade de Lisboa)
Tempo
(Sábado) 3:00 pm - 5:00 pm
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Universidade de Évora e Museu Municipal Santos Rocha
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