
Humanidades digitais e investigação em história
Jul 16, 2019 | Capítulos, Publicações

Humanidades digitais e investigação em história: O centro de documentação e o roteiro digital sobre a indústria do mármore
- Daniel Alves
- Mármore. 2000 Anos de História. Volume II. A Evolução Industrial, os seus Agentes Económicos e a Aplicação na Época Contemporânea
- Ana Cardoso de Matos e Daniel Alves
- 2019
- Lisboa: Theya Editores
- Idioma: Português
- ISBN: 978-989-99164-4-9
- 277-307 p.
Excerto:
O termo “humanidades digitais” foi internacionalmente cunhado em 2004. Representando uma forte relação entre a investigação em humanidades e a incorporação de métodos e ferramentas das tecnologias digitais; a sua prática é, contudo, muito anterior, remontando aos trabalhos do padre Robert Busa sobre as obras de São Tomás de Aquino na década de 1950. Se restringirmos a análise à “história digital”, este termo já circula, pelo menos, desde 19973.
Tendo em conta o tempo decorrido, não é possível afirmar que em Portugal estes novos conceitos tenham sido ignorados. Contudo, as humanidades digitais não se têm desenvolvido de forma independente, como campo disciplinar coerente, institucionalizado e abrangente em termos da sua penetração no meio académico. Pelo contrário, estas abordagens têm-se desenvolvido em paralelo com outras linhas de investigação, de forma mais pragmática e interdependente. Enquanto campo autónomo, as humanidades digitais podem não ser ainda uma força motriz relevante e institucionalizada no meio académico nacional, mas enquanto aspeto modulador de agendas de investigação têm tido uma importância significativa, não só na produção do conhecimento, como também na formação dos investigadores.
Sobre o livro:
Os vários artigos incluídos nesta obra são consequência do trabalho de uma equipe transdisciplinar, que reuniu informação para estudo do Património e História da Indústria dos Mármores (PHIM), desenvolvido no âmbito de uma candidatura aprovada pelo programa Alentejo2020, que decorreu entre 2017 e 2019. Este será certamente um importante contributo para o conhecimento e valorização do património e da história do Alentejo, com relevo para a geografia do chamado anticlinal dos mármores, que envolve cinco concelhos.
Este estudo foi projectado para ser realizado em fases cronológicas e temáticas. A primeira fase do PHIM, concretizado entre 2012 e 2015, foi dedicada ao período cronológico de 1850 a 1986, de modo a apresentar as várias dinâmicas pelas quais foi passando esta indústria, bem como o espaço geográfico em que se foi desenvolvendo.
A segunda fase foi desenvolvida tendo em consideração os séculos I a IV e XVI a XX, com o contributo das seguintes áreas de especialização: arqueologia romana e arqueologia industrial; história da arte; história da construção; história das técnicas e tecnologias; cartografia; georreferenciação; levantamento fotográfico e humanidades digitais.
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Detalhes do Evento
Lançamento do terceiro livro da colecção Estratégica da Imprensa de História Contemporânea, coordenado por Rita Luís e Adalberto Fernandes. Apresentação por Carla
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Detalhes do Evento
Lançamento do terceiro livro da colecção Estratégica da Imprensa de História Contemporânea, coordenado por Rita Luís e Adalberto Fernandes. Apresentação por Carla Baptista e José Bragança de Miranda na Livraria Tigre de Papel, em Lisboa.
Censura: o que nos falta perguntar?
Censura: o que nos falta perguntar? Estabelece um diálogo para o desenvolvimento dos estudos sobre censura. Abordando temas em que a distinção entre a censura e outras formas de regulação é problematizada, questiona-se a função do discurso sobre a pornografia na construção do Estado-nação italiano, a chamada “cultura de cancelamento”, ou a função da moderação em ambiente digital em contextos democráticos marcados por discursos de ódio. Discutem-se ainda estudos que analisam processos censórios que extravasam a noção estrita de censura associada ao poder dos estados nacionais, analisando o papel da diplomacia na censura transnacional do cinema ou as contradições de uma “censura oficiosa” do jazz durante o regime franquista. O livro inclui entrevistas a Nicole Moore e Robert Darnton, cujos trabalhos recentes contribuem para criticar uma abordagem à censura enquanto força puramente negativa.
Este livro é resultado do projeto exploratório “CEMA – Censura(s): um modelo analítico de processos censórios no campo dos estudos sobre censura em Portugal”, desenvolvido no Instituto de História Contemporânea e financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, sob coordenação de Rita Luís e com participação de Adalberto Fernandes, coordenadores da presente obra.
Sobre os coordenadores:
Rita Luís é investigadora no Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa e no Laboratório associado IN2PAST. No IHC, coordena o grupo de investigação Cultura – Poder, Mediações e Arte e desenvolve um projeto sobre Entangled Iberian Censorship (CEECIND/02813/2017), com o qual obteve a Fellowship François Chevallier, na Casa Velázquez em Madrid em 2022. Foi investigadora responsável pelo projeto coletivo Censura(s): um modelo analítico de processos censórios (EXPL/COM-OUT/0831/2021), financiado pela FCT. Publica sobre história dos mass media no contexto das ditaduras ibéricas do século XX, focando-se na relação entre jornalismo e política, mas também nos fenómenos censórios, nos fluxos transnacionais e de transferência cultural, característicos da cultura audiovisual.
Adalberto Fernandes é doutorado em Filosofia pela Universidade de Lisboa com uma tese sobre Michel Foucault, mestre em comunicação e mestre em bioética. Colaborador do Instituto de História Contemporânea, foi investigador no Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa. Publicou 13 artigos e capítulos e fez 19 apresentações nos temas de comunicação política, filosofia política, biopolítica, soft power, processos participativos, media, jornalismo, ética da comunicação, comunicação de ciência, comunicação de saúde e bioética.
Tempo
(Quinta-feira) 6:00 pm - 7:30 pm
Organizador
Imprensa de História Contemporânea e Livraria Tigre de Papel
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