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Atas do II Congresso de História do Movimento Operário e dos Movimentos Sociais em Portugal
Jul 27, 2018 | Livros, Publicações
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Atas do II Congresso de História do Movimento Operário e dos Movimentos Sociais em Portugal
- Cátia Teixeira (Org.) & Raquel Varela (Coord.)
- 2018
- Lisboa: Instituto de História Contemporânea
- ISBN: 978-989-98388-6-4
- Idioma: Português
- 235 pp.
Introdução:
A presente publicação, das Atas do II Congresso de História do Movimento Operário e dos Movimentos Sociais em Portugal, que ora se apresenta, obedece ao mesmo propósito geral que a atividade que lhe deu corpo: recuperar, revalorizar, investigar e divulgar a outra história, i.e., daquilo que veio a ser chamado enquanto o «movimento social como um todo» (Karl Marx).
Esse ensejo prolonga-se, como testemunha, entretanto, a realização mesma do seguinte Congresso, em 2017, e a projecção de sua 4a Edição, já para 2019. O significado particular, fundamental, desta, foi ter «confirmado», por assim dizer, o êxito do primeiro congresso, na medida em que assegura a sua continuidade e regularidade, tendo tido lugar aos dias 6 e 7 de abril de 2015, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa.
A crise económica mundial de 2008, com o seu cortejo de destruição, criou, também, as condições globais para o regresso do «espectro do trabalho» à academia, processo tendencial em geral, cuja refração, cá em Portugal, encontra uma sua expressão na constituição deste Grupo de Investigação e Estudos sobre História Global do Trabalho e dos Conflitos Sociais (HGTCS) — criado em 2011 no seio do próprio IHC-FCSH-UNL.
Trata-se do primeiro grupo em Portugal de «história global» e, também, o primeiro grupo transdisciplinar de «história do trabalho» na universidade portuguesa nas últimas três décadas. Inspira-se na chamada «Global Labour History», desenvolvida por Marcel van der Linden e Jan Lucassen, no seio mesmo do Internationaal Instituut Voor Sociale Geschiedenis (Amsterdam).
A filiação à História Global do Trabalho não implica uma adesão a um “bem definido paradigma teórico” mas abre espaço ao desenvolvimento geral de uma “área de especialização”.2 Possibilita a congregação de distintas escolas e de tradições, mesmo sem acordo com todas as premissas avançadas. Sublinha-se daí a heteronomia da composição da classe trabalhadora, o que acarreta consequências importantes, desde logo, um aumento de escopo cronológico, e uma nova atitude perante as tradicionais dicotomias como trabalho livre e não-livre, remunerado e não- remunerado, bem como organizações formais e informais etc. etc. Afirma-se uma abordagem transnacional, ou seja, internacionalista e global: renovada atenção deve ser dada às migrações laborais, às zonas de fronteira, ao assim-chamado «Global South», à composição feminina da força de trabalho, aos trabalhadores não-livres: estabelecem-se assim as bases para uma potencial história unificada do mundo dos trabalhadores à escala mundial, e, em múltiplas temporalidades.
Há cerca de meia centena de investigadores – sobretudo historiadores, mas também formados em Direito, Sociologia, Antropologia, Geografia, Serviço Social etc. – que conformam o principal polo académico de renovação de estudos do trabalho, organizando os mais relevantes eventos na área, incluindo o único congresso nacional de história do movimento operário e dos movimentos sociais em Portugal, que se realiza bianualmente na FCSH. Tem conseguido, no meio adverso, constituído pelos já conhecidos problemas económico-financeiros que afetam o ensino superior e a investigação científica, relevar a «questão social», o trabalho, nas suas múltiplas facetas, como um elemento central da contemporaneidade histórico política em curso.
O mesmo desiderato fundacional primicio anima-nos hoje independentemente das formas particulares com que nos venhamos a revestir no futuro, pois o projeto mantem-se, i.e., garantir a permanência de um espaço interdisciplinar, internacionalizado, de pesquisa e de divulgação da história do movimento operário e dos movimentos sociais. Estas actas, que agora se publicam, plasmam, testemunham, e perspetivam esse projecto histórico – ora construído a muitas mãos.
Jorge Fontes
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![Illustrative banner for the lecture “Rice: ersatz, cultural artifact, object of knowledge, unruly crop”. With Lavinia Maddaluno, from Università Ca’ Foscari , IHC Visting Scholar 2024. The banner includes a photo of Lavinia Maddaluno.](https://ihc.fcsh.unl.pt/wp-content/uploads/2024/06/2024-07-16_Lavinia-Maddaluno_1200x500.jpg)
Detalhes do Evento
Conferência com a IHC Visiting Scholar Lavinia Maddaluno, sobre as respostas socioeconómicas, culturais, científicas, tecnológicas e médicas à expansão da cultura do arroz no Norte de
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Detalhes do Evento
Conferência com a IHC Visiting Scholar Lavinia Maddaluno, sobre as respostas socioeconómicas, culturais, científicas, tecnológicas e médicas à expansão da cultura do arroz no Norte de Itália.
Rice: ersatz, cultural artifact, object of knowledge, unruly crop
A dietary mainstay in non-European societies and a cornerstone of dishes like Northern Italian risotto, rice has diverse culinary significance. However, the timing of its introduction to Northern Italy remains unclear. Examining this event offers insights into the process of integrating new crops into both diet and cultural imagination. This talk is about the socio-economic, cultural, scientific, technological, and medical responses to the expansion of rice cultivation in northern Italy between the sixteenth and the eighteenth/early nineteenth centuries. Bringing together the history of knowledge and environmental history, in this talk I will reflect on how rice was appropriated by several actors, and on how these appropriations were intertwined with perceptions and constructions of the landscape and material environment. By interlacing narratives of rice cultivation and of the landscapes rice forms, alongside discussions of infrastructural development and knowledge systems, I will also delineate the progression of interactions between humans and their environments, as well as the evolution of water management practices, scientific advancements, medical understandings, and political-economic ideologies across different historical periods. Additionally, the talk will highlight how resources were conceptualized in the early modern period, reconnecting to contemporary debates on the Anthropocene and on the agency of non-humans.
About IHC’s 2024 Visiting Scholar:
Lavinia Maddaluno is Assistant Professor in early modern history at the Department of Humanities at Ca’ Foscari, Venice, working on David Gentilcore’s ERC project The Water Cultures of Italy 1500-1900. She is a historian of science interested in exploring the nexus between humans, nature and economy in early modern Europe. Lavinia has just completed her first monograph Science and political Economy in Enlightenment Milan (1760-1805), forthcoming with the Voltaire Foundation in autumn 2024. She is currently editing a book on rice in the Mediterranean with Rachele Scuro and a special issue on Water Knowledge with Giacomo Savani and Davide Martino. Lavinia has held multiple fellowships since the end of her PhD (Cambridge UK, 2018), from a Rome Fellowship at the British School at Rome, to a Max Weber Fellowship at the EUI and a joint Warburg/I Tatti Fellowship in the History of Science. More recently, she has been Fellow at the Fondation Maison des Sciences de l’Homme and the Fondazione Einaudi, working on a new project on rice-related knowledge networks between France and Italy in the Enlightenment.
Attendance is free.
Tempo
(Terça-feira) 10:30 am - 12:30 pm
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboacomunicacao.ihc@fcsh.unl.pt Avenida de Berna, 26C — 1069-061 Lisboa
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