
Eduardo da Cunha Serrão
Mar 28, 2019 | Chapters, Publications

Eduardo da Cunha Serrão
- Ana Cristina Martins
- Dicionário Quem é Quem na Museologia Portuguesa
- Emília Ferreira, Joana d’Oliva Monteiro & Raquel Henriques da Silva (Coords.)
- 2019
- Lisbon: Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/NOVA
- Language: Portuguese
- ISBN: 978‑989‑54405‑0‑4
- 279-281 p.
Excerpt:
Lisboa, 1906 – Lisboa, 1991
Economista, arqueólogo, museólogo e patrimonialista, Eduardo da Cunha Serrão nasce em Lisboa, a 25 de dezembro de 1906, e nela falece, em 1991 (Fig. 1). Filho de Clementina de Miranda da Cunha Serrão e de Eduardo José da Cunha Serrão, Eduardo cresce em ambiente familiar que potencia o interesse pela área de estudo que abraça décadas depois. Embora não siga as pisa-das profissionais do pai e do padrasto, ambos engenheiros com funções de relevo em instituições nacionais, ingressa, em 1928, no Instituto Superior de Comércio (atual Instituto Superior de Economia e Gestão) da Universidade Técnica de Lisboa, licenciando-se em Ciências Económicas e Financeiras, com 15 valores.
About the book:
O Dicionário Quem é Quem na Museologia Portuguesa, acessível no site do Instituto de História de Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (IHA—FCSH/NOVA), é um projeto em curso da linha de investigação Estudos de Museus. Como objetivo fundamental, propõe-se facultar uma visão abrangente, um conhecimento preciso e uma valorização atualizada das personalidades ligadas à museologia portuguesa, atuantes em diferentes tipologias científicas. Visa contribuir, também, para uma mais ampla compreensão da história dos museus e da museologia. Inscrita na tipologia de iha-seed-projects (micro-projetos), uma das linhas estruturais estratégicas do IHA—FCSH/NOVA, aposta nas virtualidades da publicação online em acesso aberto, potenciadora de uma proveitosa interação entre utilizadores e recursos, em permanente atualização. O primeiro volume do Dicionário é dedicado a personalidades da museologia portuguesa que desenvolveram a sua atividade entre o século XVIII e os anos 1960. Esta delimitação temporal é meramente operativa e conjuntural: entendeu-se que é necessária maior distância cronológica para se estudar o impacto das ações e das contribuições teóricas e profissionais dos biografados que estão ainda em atividade ou deixaram de estar em tempos muito recentes. No entanto, considera-se que a continuação do projeto permitirá agendar a sua indispensável atualização
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Series of two lectures with Rafael Faraco Benthien on his research programme entitled ‘Crossed histories of the social sciences’. Sobre a história cruzada das ciências
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Series of two lectures with Rafael Faraco Benthien on his research programme entitled ‘Crossed histories of the social sciences’.
Sobre a história cruzada das ciências sociais e a coleção Biblioteca Durkheimiana
Este ciclo de conferências apresenta desdobramentos do programa de investigação desenvolvido por Rafael Faraco Benthien (doutorado pela USP, professor na Universidade do Paraná e investigador convidado do IHC – NOVA FCSH), intitulado “por história cruzada das ciências sociais”. Na primeira conferência explicam-se os fundamentos deste programa, e refere-se ainda a experiência editorial da coleção Biblioteca Durkheimiana; na segunda, aborda-se um projecto novo, voltado para o cruzamento entre L’Année Sociologique e La Nouvelle Revue Française, explorando as interações entre ciência e literatura.
ENTRADA LIVRE
1ª Conferência — 20 de Outubro — 10-12h
A “Biblioteca Durkheimiana” e seu lugar em uma História Cruzada das Ciências Sociais
Esta conferência visa apresentar os contornos gerais do programa de investigação “história cruzada das ciências sociais”, o qual foi tomando corpo desde 2011, e adquiriu uma feição pública mais robusta em 2020, por ocasião de um artigo publicado na Revista de História, da Universidade de São Paulo.
Tal esforço procura demarcar-se das histórias disciplinares tradicionais das ciências sociais, pautadas ora no labor rotineiro dos historiadores oficiais, ora na disputa entre diferentes “profetas” pela imposição de seus novos programas. Distingue-se ainda dos modelos pretensamente omnibus, concebidos para dar conta das particularidades de todos os saberes (como o paradigma kuhniano, o campo bourdieusiano ou a rede latouriana). Em ambos os casos, parte-se de, e reforçam-se, certas concepções acerca da unidade e da totalidade de uma ciência. Este é o clássico eixo articulador do passado, do presente e do futuro disciplinares. A proposta aqui em apreço consiste em avançar uma história excêntrica dos saberes, centrada nos circuitos de ideias e de pessoas entre dois ou mais domínios. Procura-se partir das tensões semânticas em torno dos rótulos disciplinares, particularmente visíveis quando se questiona a (im)possibilidade da interdisciplinaridade. Em termos lógicos, três tipos se apresentam: pode alguém, por exemplo, sustentar a sobreposição entre disciplinas, sugerindo que os seus rótulos encobrem uma natureza partilhada, em planos epistemológicos, metodológicos ou quanto a objetos privilegiados de investigação; outra possibilidade, certamente a mais usual, consiste no isolamento de zonas de colaboração, o que supõe uma explicitação, seguida de uma justificação, de pontos comuns e de diferenças. Finalmente, é ainda possível indicar a total incompatibilidade entre dois saberes, implicando também um esforço definicional imprescindível.
Ao longo das histórias disciplinares, quando cruzadas, estas três modalidades de postura costumam verificar-se em simultâneo, cada qual mobilizando cadeias distintas de conceitos, pessoas e instituições. Espera-se que, ao testar interdisciplinaridades episódicas, seja possível reabrir o passado das disciplinas colocadas em relação, revelando circuitos outrora ativos que possam ter ficado de fora da memória hoje sacralizada. Ao fazê-lo, espera-se ainda compreender melhor as dinâmicas desses saberes, contribuindo assim igualmente para a abertura de seus futuros.
De modo a exemplificar os produtos dessa proposta, a conferência encerra com uma apresentação sucinta da experiência editorial da colecção Biblioteca Durkheimiana (10 vol.), publicada na editora da USP, entre 2016 e 2025.
2ª Conferência — 24 de Outubro — 10-12h
Relações entre a Nouvelle Revue Française e L’Année Sociologique: quando a arte dança sobre o chão laborado da ciência, e vice-versa
Nesta conferência discute-se uma investigação recentemente iniciada, que constitui um desdobramento das temáticas anteriormente abordadas neste ciclo de conferências. Nela, procura-se identificar circuitos de ideias e de pessoas que reúnem vanguardas científicas e literárias ativas na França da Terceira República (1870-1940), bem como compreender as dinâmicas das suas interações, tanto positivas como negativas.
Nas investigações anteriores, Rafael Faraco Benthien manteve-se sobretudo ligado aos circuitos entre saberes propriamente académicos, promovendo pequenas variações no ângulo da análise, mas permanecendo basicamente dentro do sistema de ensino e de investigação francês.
Agora, trata-se de testar os resultados já obtidos a partir de um cruzamento com outra esfera, implicando outros grupos sociais e outras bases institucionais. Para esse efeito, o autor propõe-se analisar o cruzamento do grupo constituído em torno da revista L’Année Sociologique, baluarte de um projeto coletivo e universitário de ciência social, com aquele organizado em torno de La Nouvelle Revue Française, empenhado na renovação da literatura, do teatro e da crítica literária. Diversos indícios de arquivo recolhidos em investigações anteriores mostram que alguns indivíduos ligados a essas iniciativas se frequentavam e se estimavam intelectualmente. Para verificar até que ponto essas relações tiveram impacto sobre os trabalhos dessas pessoas, o projecto parte da análise morfológica e de conteúdo dessas revistas, visando, em seguida, à complexificação da série documental primária, mediante a sua articulação tanto com livros (romances, obras científicas, volumes impressos de correspondência) como com material inédito proveniente de fundos de arquivo. O seu propósito geral é alargar o âmbito de uma história intelectual orientada para o cruzamento de disciplinas, discutindo, de forma experimental, as influências recíprocas de áreas geralmente consideradas pela historiografia como muito afastadas entre si, quando não mesmo opostas (ciência e literatura).
Tempo
(Sexta-feira) 10:00 am - 12:00 pm
Organizador
Institute of Contemporary History — NOVA School of Social Sciences and Humanities and Federal University of Paraná

Detalhes do Evento
Seminar on history and political theory, with José Neves and Giulia Strippoli, organised in association with the screening of Anna Negri's film 'Toni, My Father' at the
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Seminar on history and political theory, with José Neves and Giulia Strippoli, organised in association with the screening of Anna Negri’s film ‘Toni, My Father‘ at the DocLisboa festival.
Antonio Negri: do longo ‘68 italiano ao comunismo do século XXI
Antonio Negri (1933-2024) foi uma figura política destacada da história do longo 1968 italiano, bem como um pensador que adquiriu grande relevância internacional no século XXI. A sua vida e ideias foram sempre matéria de grande controvérsia. Neste seminário, procura-se, numa primeira parte, dar a conhecer o chamado longo 68 italiano, contextualizando a emergência de Negri à luz das transformações sociais, económicas e políticas dos anos 60 e 70. Na segunda parte, o seminário analisa o desenvolvimento do pensamento de Negri a partir dos anos 80, no rescaldo da experiência militante do período anterior e ao encontro da sua forma particular de combinar a tradição marxista com autores como Michel Foucault, aproximando noções como general intellect e biopolítica.
Primeira parte, com Giulia Strippoli
Para a Itália, usa-se a definição de longo 1968 ou época dos movimentos em referência a um período que vai do início dos anos sessenta até ao fim da década de setenta. Protagonistas e historiadores interpretaram o movimento operário e estudantil com ênfase na longa duração tanto dos eventos quanto do “espírito”, uma perspetiva que também foi usada em interpretações historiográficas em perspetiva “global”, como no caso de The Spirit of ’68 de G. Rainer Horn. A primeira parte deste seminário concentra-se na cronologia, nos protagonistas, nas ideias políticas e na memória da época deste longo período, desde o fim do boom económico até ao fim de década de 1970.
Segunda parte, com José Neves
Em 2000, a publicação de Empire, que Negri escreveu com Michael Hardt, ofereceu a diferentes movimentos sociais e às esquerdas um quadro de análise e conceptualização alternativo às narrativas liberais que por então viam na queda do Muro de Berlim o fim da própria história. Contribuindo de forma seminal para reconciliar tradições frequentemente desavindas, como o marxismo e o pós-estruturalismo, o sucesso de Empire acompanhou de perto a emergência dos movimentos por uma outra globalização e inspirou também colectivos e iniciativas em torno de temas como a precariedade, as migrações ou a propriedade intelectual. Na segunda parte deste seminário, mapearemos as principais e ideias do pensamento de Negri.
Inscrição obrigatória através do email giuliastrippoli@fcsh.unl.pt
Fotografia: Antonio Negri, por Christian Werner e Weltz (Fonte: Wikimedia Commons)
Tempo
(Sexta-feira) 2:00 pm - 4:00 pm
Organizador
Institute of Contemporary History — NOVA School of Social Sciences and Humanities and DocLisboa

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Round table discussion organised by the GRASSROOTS project, which seeks to recover memories of revolutionary daily life, the routines of militancy and the details of political
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Detalhes do Evento
Round table discussion organised by the GRASSROOTS project, which seeks to recover memories of revolutionary daily life, the routines of militancy and the details of political learning during those years.
Memórias Militantes da Revolução
Memórias Militantes da Revolução inicia um ciclo de mesas-redondas organizado pelo projeto de história oral “Memória e Revolução” do Instituto de História Contemporânea, em colaboração com o Museu do Aljube.
O objectivo do projeto é a recolha de experiências de militância no processo revolucionário. Tomando estas experiências como ponto de partida, a mesa-redonda procurará recuperar memórias do quotidiano revolucionário, as rotinas da militância e os pormenores da aprendizagem política daquelas anos, dimensões decisivas para compreender a revolução, mas que ficam normalmente esquecidas de uma história política, muito dependente de datas e protagonistas. O protagonismo, aqui, será dado às e aos militantes que fizeram da revolução um vasto campo de experiência política através de formas coletivas de militância.
ENTRADA LIVRE
Tempo
(Sexta-feira) 5:00 pm - 7:00 pm
Organizador
Institute of Contemporary History - NOVA School of Social Sciences and Humanities and the Aljube Museum
News
IHC is awarded eight new CEEC contracts from FCT
Oct 22, 2025
New research contracts: four in the Junior category and four in the Assistant category
António Borges Coelho — In Memoriam
Oct 18, 2025
Statement of condolence from the Boards of IHC, IEM and CHAM
Cristina Nogueira — In Memoriam
Oct 11, 2025
Note of condolence on the passing of researcher Cristina Nogueira
CONTACTS
WORKING HOURS































































































































