maio, 2024
Tipologia do Evento:
Todos
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Ciclo
Colóquio
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Congresso
Curso
Debate
Encontro
Exposição
Inauguração
Jornadas
Lançamento
Mesa-redonda
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Open calls
Outros
Palestra
Roteiro
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Sessão de cinema
Simpósio
Workshop
Detalhes do Evento
Congresso que se constitui como uma oportunidade para fazer um ponto da situação e discutir, a partir de uma perspectiva interdisciplinar, o futuro dos estudos sobre a Revolução. Congresso
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Detalhes do Evento
Congresso que se constitui como uma oportunidade para fazer um ponto da situação e discutir, a partir de uma perspectiva interdisciplinar, o futuro dos estudos sobre a Revolução.
Congresso internacional 50 anos do 25 de Abril
Cinquenta anos depois, o 25 de Abril e o processo revolucionário de 1974-75 continuam a ser objecto de discussão em várias disciplinas das ciências sociais e das humanidades. Sobretudo nas últimas décadas, os debates em torno da Revolução procuraram ir para além dos estudos pioneiros sobre o processo político e militar, através de múltiplas abordagens que ajudam a compreendê-lo em toda a sua complexidade: as transformações sociais e a participação política de base; os contextos internacionais, nomeadamente no que diz respeito aos processos de luta anti-colonial e à Guerra Fria; as dinâmicas políticas e sociais na sua diversidade regional; a economia política da Revolução; os repertórios de luta e as linguagens escritas, visuais e musicais; o papel da Revolução e da sua memória na história global e na sociedade portuguesa democrática; os processos de patrimonialização, musealização e preservação das memórias; as análises comparativas com outras revoluções e transições para sistemas democráticos.
Palestrantes:
Enzo Traverso (Cornell University)
Donatella della Porta (Scuola Normale Superiore, Firenze)
>> Programa do congresso (PDF) <<
Chamada para comunicações
A ocasião do cinquentenário surge assim como uma oportunidade para fazer um ponto da situação e discutir, a partir de uma perspectiva interdisciplinar, o futuro dos estudos sobre a Revolução. Neste sentido, o Congresso Internacional 50 anos do 25 de Abril apela à participação de investigadores/as de áreas tão distintas como a sociologia, a história, a economia, a ciência política, as relações internacionais, a antropologia, a história de arte e os estudos artísticos e literários. Privilegiam-se abordagens inovadoras nos âmbitos temáticos acima referidos que contribuam para reforçar o conhecimento deste momento fundador da nossa contemporaneidade.
Plano Temático:
Secção I | O derrube da ditadura: A secção I compreende os estudos sobre o Marcelismo e a crise final do regime nas suas dimensões nacional e internacional, incluindo as dinâmicas sociais e políticas geradas em torno Guerra Colonial.
Secção II | A revolução política: A secção II é dedicada à dissolução do aparelho de repressão política, judicial e censório e a responsabilização política, criminal e administrativa dos seus agentes (dissoluções, prisões, saneamentos, interdições, julgamentos), ao processo político revolucionário (as suas diferentes fases entre o 25 de Abril e a aprovação da Constituição de 1976), à Assembleia Constituinte, aos Pactos MFA/Partidos e à Constituição de Abril de 1976, aos partidos políticos e à conquista das liberdades públicas, do sufrágio universal e do direito à greve.
Secção III | A revolução económica e social: A secção III inclui investigação sobre as lutas dos trabalhadores e os órgãos de vontade popular, as lutas dos moradores e a questão da habitação, a reforma agrária e as novas políticas agrárias, as nacionalizações e as estratégias de desenvolvimento económico, as lutas feministas e as organizações das mulheres, as lutas pela diversidade sexual e de género e os seus movimentos, as lutas anti-racistas e os seus movimentos, a população racializada, o ensino e o movimento estudantil.
Secção IV | A revolução cultural: A secção IV versa sobre a cultura no PREC, incluindo a imprensa, o audiovisual (rádio e televisão), a música, o cinema, o teatro, a literatura, a pintura e os murais, o cartaz.
Secção V | A queda do império colonial: A secção V é dedicada à descolonização. Reúne apresentações sobre a situação da Guerra Colonial e as guerras de libertação em 1974, a questão colonial e o poder político e militar em Portugal no processo revolucionário, os movimentos de libertação nacional e o processo de descolonização, os efeitos da descolonização na sociedade portuguesa, a chegada a Portugal de populações das antigas colónias, a situação dos militares africanos integrados nas forças militares portuguesas, o racismo estrutural da sociedade portuguesa.
Secção VI | Processo revolucionário e relações internacionais (1974-1976): A secção VI trata da conjuntura internacional e da política externa dos governos provisórios, das ligações internacionais entre forças políticas e o poder militar, dos apoios internacionais e da intervenção externa no processo revolucionário.
Secção VII | A revolução portuguesa e os processos de transição para a democracia: A secção VII introduz a dimensão comparativa no estudo da Revolução portuguesa. Aborda a temática a partir de reflexões em torno das Revoluções, dos processos de democratização, das convergências e divergências das transições para a democracia.
Secção VIII | As representações da memória política do 25 de Abril: Nesta secção agrupam-se as pesquisas dedicadas aos processos de memorialização do passado e as suas mutações ao longo do tempo, às políticas publicas de memória e às políticas do esquecimento, aos debates das interpretações sobre história e memória em suas múltiplas dimensões e ao comemorativismo.
Submissão de propostas 🔗 neste link.
Datas: 2, 3 e 4 de Maio de 2024
Local: Reitoria da Universidade de Lisboa
Os interessados/as devem submeter a sua proposta através do formulário até dia 10 de Setembro de 2023.
Comissão Organizadora
Maria Inácia Rezola, Comissão Comemorativa 50 Anos 25 de Abril / IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
Fernando Rosas, IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
José Neves, IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
Miguel Cardina, CES – Universidade de Coimbra
Rita Almeida de Carvalho, ICS – Universidade de Lisboa
José Lopes Cordeiro, Universidade do Minho
Comissão Científica
Álvaro Garrido, CEIS20 – Universidade de Coimbra
António Costa Pinto, ICS – Universidade de Lisboa
Fernando Rosas, IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
José Lopes Cordeiro, Universidade do Minho
José Neves, IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
Luís Trindade, CEIS20 – Universidade de Coimbra
Luísa Tiago de Oliveira, CIES – ISCTE
Manuel Loff, Universidade do Porto, IHC – NOVA FCSH
Maria da Conceição Meireles Pereira, CITCEM
Maria Fernanda Rolo, Pólo do CEF na NOVA FCSH
Maria Inácia Rezola, Comissão Comemorativa 50 Anos 25 de Abril / IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
Miguel Cardina, CES – Universidade de Coimbra
Rui Bebiano, Centro de Documentação 25 de Abril – Universidade de Coimbra
Sérgio Campo Matos, CHUL – FLUL
Sílvia Roque, CES – Universidade de Coimbra e Universidade de Évora
Sónia Vespeira de Almeida, CRIA – NOVA FCSH
Rita Rato, Museu do Aljube
Luísa Teotónio Pereira, CIDAC • CULTRA, Cooperativa Culturas do Trabalho e Socialismo
Tempo
2 (Quinta-feira) 8:30 am - 4 (Sábado) 6:30 pm
Organizador
Várias instituições
Detalhes do Evento
Ciclo de conversas organizado no âmbito do projecto VINCULUM que tem como objectivo dar a conhecer diversos temas através da documentação descoberta no projecto. Com Ana
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Detalhes do Evento
Ciclo de conversas organizado no âmbito do projecto VINCULUM que tem como objectivo dar a conhecer diversos temas através da documentação descoberta no projecto. Com Ana Mafalda Lopes.
“Porque a memória é fraca, e as vidas curtas”: família, afectos e conflitos
Acordar História Adormecida: Os documentos do Projecto VINCULUM
Ana Mafalda Lopes
Entre Abril e de Maio de 2024, o projecto VINCULUM organiza o ciclo de conversas “Acordar História Adormecida: Os documentos do Projecto VINCULUM”.
As sessões terão lugar em diferentes instituições culturais em Lisboa e Guimarães e contarão com a participação de alguns jovens investigadores/as do VINCULUM – Maria Teresa Oliveira, Ana Mafalda Lopes e Fábio Duarte – que darão a conhecer diversas temáticas através da documentação associada ao projecto.
Resumo:
A análise sistemática de testamentos e de instituições de morgados e capelas datados entre os séculos XIV e XVII, no âmbito do projeto VINCULUM, permitiu-nos recolher uma série de informações não só relativas à perpetuação da memória familiar e à salvação da alma, mas também à construção física das capelas, aos seus ornamentos e alfaias litúrgicas, aos legados de bens móveis como vestuário, mobiliário, livros ou bens valiosos, e às relações criadas entre os membros da família. Esta apresentação pretende, deste modo, explorar este último ponto, ficando a conhecer as relações de conflituosidade ou de afecto existentes entre os membros da família, mas também com os criados, escravos e vizinhos. Pretende ainda perceber de que modo essas relações influenciaram a forma como os instituidores redigiram o testamento ou determinaram as suas disposições. Por fim, interessa-nos explorar a forma como transmitiram o seu património e os meios utilizados para o fazer perpetuar no seio familiar.
A entrada é livre, estando sujeita a inscrição para o email projectmanager.vinculum@fcsh.unl.pt (até dois dias antes do evento).
Tempo
(Sábado) 3:30 pm - 5:00 pm
Organizador
Várias instituições
Detalhes do Evento
Ciclo de conversas organizado no âmbito do projecto VINCULUM que tem como objectivo dar a conhecer diversos temas através da documentação descoberta no projecto. Com Fábio
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Detalhes do Evento
Ciclo de conversas organizado no âmbito do projecto VINCULUM que tem como objectivo dar a conhecer diversos temas através da documentação descoberta no projecto. Com Fábio Duarte.
Livros, bibliotecas e arquivos: a cultura escrita e a educação
Acordar História Adormecida: Os documentos do Projecto VINCULUM
Fábio Duarte
Entre Abril e de Maio de 2024, o projecto VINCULUM organiza o ciclo de conversas “Acordar História Adormecida: Os documentos do Projecto VINCULUM”.
As sessões terão lugar em diferentes instituições culturais em Lisboa e Guimarães e contarão com a participação de alguns jovens investigadores/as do VINCULUM – Maria Teresa Oliveira, Ana Mafalda Lopes e Fábio Duarte – que darão a conhecer diversas temáticas através da documentação associada ao projecto.
Resumo:
Ao longo de seis anos, os investigadores do Projecto VINCULUM, coordenados por Maria de Lurdes Rosa, têm percorrido vários arquivos e bibliotecas nacionais, rastreando e descrevendo documentação relativa à instituição e administração de morgadios e capelas, entre os séculos XIV e XVII. Estes documentos, entre os quais sobressaem os testamentos, têm-se revelado fascinantes pelas informações que apresentam sobre a vida quotidiana, espiritual e cultural dos vários homens e mulheres que fundaram e geriram estes vínculos. Tentaremos, nesta comunicação, analisar como se referem os fundadores e administradores a livros, às suas bibliotecas pessoais e aos arquivos familiares. Onde os guardavam, que valor lhes davam, para que serviam?
A entrada é livre, estando sujeita a inscrição para o email projectmanager.vinculum@fcsh.unl.pt (até dois dias antes do evento).
Tempo
(Quinta-feira) 6:30 pm - 8:00 pm
Organizador
Várias instituições
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Sobre as relações entre a luta anticolonial travada na Guiné-Bissau e a crise final do colonialismo português, bem como entre a luta anti-fascista ocorrida em Portugal e a própria Revolução
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Sobre as relações entre a luta anticolonial travada na Guiné-Bissau e a crise final do colonialismo português, bem como entre a luta anti-fascista ocorrida em Portugal e a própria Revolução de Abril. Prazo: 29 Fevereiro 2024
A Guiné-Bissau e a Revolução de Abril:
História, Memória e Globalização
A Revolução de 25 de Abril de 1974 derrubou meio século de ditadura em Portugal (1926-1974), culminando uma longa história de oposição e resistência anti-fascista. Mas a Revolução foi também indissociável das lutas de libertação travadas pelos movimentos anticoloniais africanos na Guiné, Angola e Moçambique. O combate político, militar e diplomático levado a cabo por movimentos como o PAIGC enfraqueceu e isolou, nacional e internacionalmente, a ditadura do Estado Novo. Por sua vez, a experiência da guerra travada na Guiné-Bissau foi decisiva para o protagonismo de vários dos capitães que promoveram o 25 de Abril de 1974 e as profundas mudanças então operadas.
Este seminário internacional pretende reunir investigações que identifiquem e analisem relações entre, por um lado, a luta anticolonial travada na Guiné-Bissau e a crise final do colonialismo português e, por outro, a luta anti-fascista ocorrida em Portugal e a própria Revolução de Abril. Pretende-se ainda receber propostas de comunicação que analisem como a relação entre aquela dimensão anti-fascista e a questão anti-colonial se inscrevem em práticas memorialísticas sobre os acontecimentos e período. Finalmente, o seminário procura conhecer e discutir a importância das ligações globais e dos movimentos de solidariedade transnacional e de cooperação internacional no mundo contemporâneo, antes e depois do fim do último império colonial europeu.
As propostas devem ter entre 250 e 500 palavras e ser acompanhas de uma nota biográfica com um máximo de 100 palavras. Devem ser enviadas para o email: thfcsh@gmail.com.
Entrega de propostas até 29 de Fevereiro de 2024.
Comunicação de aceitação/recusa da proposta até 10 de Março de 2024.
Conferencista convidado: Carlos Cardoso (INEP — Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa da Guiné-Bissau)
Coordenação Científica:
Inês Nascimento Rodrigues, José Neves, Miguel Cardina, Rita Lucas Narra e Victor Barros.
Imagem: Mikko Pyhälä (1970-1971), “Delegação da UIE atravessando a fronteira entre a República da Guiné e Guiné-Bissau” (Fonte: Fundação Mário Soares / Mikko Pyhälä)
Tempo
maio 17 (Sexta-feira) - 18 (Sábado)
Localização
Bissau (Guiné-Bissau)
Organizador
Instituto de História Contemporânea — NOVA FCSH / IN2PAST, Centro de Estudos Sociais — Universidade de Coimbra, Instituto Camões e Comissão Comemorativa 50 Anos 25 de Abril
Detalhes do Evento
Ciclo de conversas organizado no âmbito do projecto VINCULUM que tem como objectivo dar a conhecer diversos temas através da documentação descoberta no projecto. Com Maria
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Detalhes do Evento
Ciclo de conversas organizado no âmbito do projecto VINCULUM que tem como objectivo dar a conhecer diversos temas através da documentação descoberta no projecto. Com Maria Teresa Oliveira.
Vestidos, jóias e têxteis: a indumentária e os adornos
Acordar História Adormecida: Os documentos do Projecto VINCULUM
Maria Teresa Oliveira
Entre Abril e de Maio de 2024, o projecto VINCULUM organiza o ciclo de conversas “Acordar História Adormecida: Os documentos do Projecto VINCULUM”.
As sessões terão lugar em diferentes instituições culturais em Lisboa e Guimarães e contarão com a participação de alguns jovens investigadores/as do VINCULUM – Maria Teresa Oliveira, Ana Mafalda Lopes e Fábio Duarte – que darão a conhecer diversas temáticas através da documentação associada ao projecto.
Resumo:
No decorrer do projeto VINCULUM, foram compulsados, nos arquivos nacionais, milhares de documentos de proveniências distintas, que oferecem uma vastíssima gama de informação sobre a temática dos morgadios e capelas, mas cujo interesse não se esgota nela. A partir da documentação analisada, vislumbra-se o dia-a-dia de milhares de pessoas oriundas das mais diversas camadas sociais, nomeadamente, encontram-se menções a roupas, jóias, ornamentos e têxteis. Estas menções são testemunhos de afetos e devoções e apresentam-nos dados sobre o consumo destes objectos e sobre a evolução do traje. Nesta conversa pretende-se apresentar alguma desta variedade de informação, apontando pistas para o seu estudo futuro.
A entrada é livre, estando sujeita a inscrição para o email projectmanager.vinculum@fcsh.unl.pt (até dois dias antes do evento).
Tempo
(Sábado) 4:30 pm - 6:00 pm
Organizador
Várias instituições
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Quinta conferência da International Network for Theory of History, que reúne teóricos da história e historiadores da historiografia vindos de todo o mundo. History & Responsibility: Doing History
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Quinta conferência da International Network for Theory of History, que reúne teóricos da história e historiadores da historiografia vindos de todo o mundo.
History & Responsibility:
Doing History in Times of Conflicting Political Demands
5th network conference of the International Network for Theory of History
The International Network for Theory of History (INTH) is pleased to announce that its fifth network conference will take place on 22, 23 and 24 May 2024 and will be hosted by the Institute of Contemporary History at NOVA University Lisbon. The goal of the conference is to gather theorists of history and historians of historiography from around the world, and foster the exchange of ideas, questions, and resources. This year’s overarching theme is historical responsibility.
The writing of history has always involved ethical concerns. But the past few decades have witnessed increasing and widespread public discussions about the responsibility of history and historians in society. Perhaps the most famous examples of this are the debates surrounding historical wrongs and their relation to contemporary injustices and inequalities. Think, for instance, of the initiatives that seek to address the role of historical slavery in contemporary racism or the continuing influence of colonial legacies on (global) power relations. The idea of historical wrongs has also been raised in relation to the impact of past pollution on climate change, or the influence of institutional child abuse on contemporary socio-economic problems faced by indigenous communities.
Historians and their work have often been under the spotlight in such discussions: while some wish to see (academic) historiography as an important resource to back-up and legitimate claims for historical redress, others see it as having been neglectful of, or even (in)directly involved in, historical wrongs. Historians themselves have expressed conflicting views about what the ethical commitments of the profession should be.
The current proliferation of debates about the link between history and contemporary injustices provide an opportune moment to reflect on the relationship between history and responsibility more generally. This relationship is undoubtedly complex, ambiguous, and contested. Many historians have warned that engagements with the past do not inherently serve justice or lead to morally responsible behavior (Minow 1999; Torpey 2001). Old critiques of the blind belief in historical progress or teleological conceptions of historical time have also unsettled the idea that historians and/or history itself can be the agents of “history’s judgment” (Scott 2020). In the field of memory studies as well, scholars have pointed out how the “moral remembrance” of dark pasts does not automatically lead to an enlightened “good citizenship” or increased respect for other cultures and noted that it sometimes even produces an entirely opposite attitude (David 2020; Gensburger and Lefranc 2020).
Despite these criticisms, many have refused to entirely give up on the idea that history connects to (moral) responsibility (Cotkin, 2008). If there is not even a weak moral motive involved in our engagements with the past, why bother studying history at all? In any case, many policymakers and professional historians appear to believe that engaging with history can lead people to become more ethically responsible.
Of course, many of the issues raised in these recent debates are not new. Historians have always reflected on what can be considered (ir)responsible ways of doing historical research or writing history. Recently, however, a genuine ‘ethical turn’ in our field appears to have gained a new momentum. We now hear calls for the rehabilitation of value judgment about the past (Bloxham 2020), explicit pleas for the creation of an ethical code for a ‘Responsible History’ (De Baets 2009), and an increasing focus on epistemic virtues (Paul 2022), epistemic justice (Domanska 2021), or the figure of the moral witness (Tozzi 2012).
Keynote speakers:
Joan W. Scott (Institute for Advanced Study, USA)
Pedro Cardim (NOVA University Lisbon, Portugal)
Herman Paul (University of Leiden, The Netherlands)
>> Provisional Programme (PDF) <<
Call for papers
For the 2024 edition of the INTH Network conference we invite contributors to reflect on the entangled issues of historical responsibility and responsible history. We propose the following guiding questions:
1. (How) are we responsible to history?
• How can we conceptualize ‘historical responsibility’ and how does it relate to historical ‘guilt’ or ‘debt’?
• (How) can responsibility be transmitted over generations? Is it typically a collective affair or does it primarily stick to particular individuals?
• Can we ‘owe’ something to the past or the dead?
• Are there temporal (or other) limits as to how far back one can go in history for the purpose of redeeming it or holding people responsible?
• Can grave historical injustices be ‘superseded’ by changed circumstances in the present (e.g. composition of populations, changed socio-economic relations or political systems)?
• Should priority be given to so-called ‘enduring injustices,’ (Spinner-Halev, 2012) whereby historical grievances have clear ties to contemporary injustices, or should historical wrongs be addressed independently of their legacy in the present?
2. (How) can we write responsible/responsibilizing histories?
• What kind of engagement with the past can help to foster a democratic political culture, address enduring injustices, or counter ultra nationalist, neo-fascist and other extremist political tendencies?
• What kind of historical narrations or other types of historical representation can be considered (ir)responsible in relation to particular contexts?
• Is the prime responsibility of professional historians a deontological one relating to academic procedures and source criticism, or can particular situations trump these and create other priorities and types of responsibility?
• Does a focus on historical responsibility always lead to forms of ‘presentism’ and is this a problem?
• Which political or socio-cultural circumstances are detrimental to the production of a responsible/responsibilizing history?
• How do the issues of historical responsibility and responsible history figure in post- and de-colonial approaches to history?
Other Topics
The main focus of this conference is on history and responsibility. Yet, as was the case for the previous meetings of the INTH, we also welcome papers on other relevant topics in the fields of Theory of History and History of Historiography, including (but not limited to):
• Conceptual history
• Epistemics of history
• Experience/presence
• Hermeneutics
• Historical time
• History and mourning/trauma
• History as science (causation, explanation, lawfulness…)
• Narrativism
• Politics of history and memory
• Public/popular history
• Substantive/speculative philosophy of history
• The history of historiography
• Theory of history didactics
• The relations between history and other academic fields
• History outside academia
Practical information
Those interested in taking part in the conference are invited to send in an abstract of 300-500 words either in docx or pdf format to inthlisbon@gmail.com by 18 September 2023. Please name your file following this structure: Surname_Title of the abstract.
We will consider both proposals for panel sessions and individual papers. Panel proposals should include a panel abstract, a commentator and a chair, and abstracts for the contributing papers (all following the 300-500 words limit per abstract).
Please visit the conference website for further information.
The organizing committee is led by Berber Bevernage (Ghent University), Felipe Brandi (NOVA University Lisbon), José Neves (NOVA University Lisbon), Luis Trindade (NOVA University Lisbon), Kenan Van De Mieroop-Al Bahrani (Leiden University) and Eva Willems (Ghent University). Please use the conference email address for all correspondence.
>> 📎 Download the call for papers (PDF) <<
References
Bloxham, Donald (2020). History and Morality (Oxford University Press).
Booth, W. James (2019). Memory, Historic Injustice, and Responsibility (Routledge).
Cotkin, George (2008). “History’s Moral Turn.” Journal of the History of Ideas 69, no. 2 (April 4, 2008): 293–315
David, Lea (2020). The Past Can’t Heal Us. (Cambridge University Press).
De Baets, Antoon. (2009) Responsible History (Berghahn Books).
Domańska, Ewa. “Prefigurative Humanities.” History and Theory 60, no. 4 (2021): 141–58.
Gensburger, Sarah, and Sandrine Lefranc (2020). Beyond Memory: Can We Really Learn From the Past? (Palgrave Macmillan).
Minow, Martha (1999). Between Vengeance and Forgiveness: Facing History after Genocide and Mass Violence. (Beacon Press).
Paul, Herman. Historians’ Virtues: From Antiquity to the Twenty-First Century. Cambridge: Cambridge University Press, 2022.
Scott, Joan Wallach (2020). On the Judgment of History. (Columbia University Press).
Spinner-Halev, Jeff (2012). Enduring Injustice (Cambridge University Press).
Waldron, Jeremy. (1992) ‘Superseding Historic Injustice,’ Ethics 103, no. 1: 4–28.
Torpey, John. (2001) ‘“Making Whole What Has Been Smashed”: Reflections on Reparations,’ Journal of Modern History 73, no. 2: 333–58.
Tozzi, Verónica. (2012), ‘The Epistemic and Moral Role of Testimony,’ History and Theory 51, no. 1: 1–17.
Tempo
22 (Quarta-feira) 9:00 am - 24 (Sexta-feira) 7:00 pm
Localização
Lisboa
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Universidade NOVA de Lisboa e International Network for Theory of History
Detalhes do Evento
Colóquio que procura reflectir a pluralidade de abordagens ao 25 de Abril de 1974, enriquecendo a compreensão histórica do acontecimento nas suas diferentes vertentes temáticas, escalas e cronologias. Prazo: 15
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Detalhes do Evento
Colóquio que procura reflectir a pluralidade de abordagens ao 25 de Abril de 1974, enriquecendo a compreensão histórica do acontecimento nas suas diferentes vertentes temáticas, escalas e cronologias. Prazo: 15 Dezembro 2023
“Era uma vez a revolução… portuguesa”:
nos 50 anos da revolução dos Cravos (25 de abril de 1974)
Na noite de 24 para 25 de Abril de 1974, os “Capitães de Abril” desencadearam o seu golpe de estado em nome de um programa simples, o dos “três D”: descolonizar, democratizar e desenvolver. Acima de tudo, tratava-se pôr fim a quase catorze anos de guerra colonial, uma guerra que não podia ser ganha militarmente, que isolou Portugal na cena internacional, que absorvia quase metade do orçamento do Estado e que levava os jovens ao exílio para fugir à guerra. O antigo regime caiu no dia seguinte, com júbilo popular. Enquanto os militares exigiam calma e, se possível, que as pessoas ficassem em casa, as enormes manifestações de 1 de Maio de 1974 mostraram que o golpe de Estado se tinha transformado numa revolução, inicialmente sobre temas democráticos mas rapidamente sobre temas sociais, e até socialistas.
A universidade de Rennes 2, com o apoio do Instituto Camões e da Cátedra Mário Soares, seu antigo professor e seu primeiro doutor honoris causa, não poderiam deixar de comemorar este grande acontecimento. Associando-se à revista Lusotopie e a outros parceiros institucionais, ela acolherá um colóquio internacional sobre o 25 de abril, a decorrer entre 30 de Maio e 1 de Junho de 2024.
Chamada para comunicações
O “25 de abril” é um acontecimento histórico com múltiplos sentidos, susceptível de uma pluralidade de abordagens. O colóquio procurará reflectir essa pluralidade. Ele aceitará comunicações que permitam enriquecer a compreensão histórica do acontecimento nas suas diferentes vertentes temáticas (políticas, sociais, culturais, económicas), escalas e até cronologias. Quatro enfoques específicos serão no entanto privilegiados:
1 – A DIMENSÃO INTERNACIONAL DA REVOLUÇÃO DOS CRAVOS. Ela foi-o na sua própria génese, pois resultou do produto combinado da revolução anticolonial africana e do crescente cansaço dos portugueses relativamente a um regime que cada vez tinha menos sentido para as gerações mais jovens. Mas para além do facto de ter tido um enorme impacto em muitos países e de jovens ocidentais terem ido para Lisboa em “turismo revolucionário” para “ver a revolução”, o 25 de Abril também teve impacto nas comunidades e nos estados que de uma forma ou de outra estavam ligados à historia portuguesa. Entre muitas outras, as seguintes questões podem ser colocadas: quais foram as repercussões e os efeitos da Revolução dos Cravos nas comunidades portuguesas que emigraram para a Europa Ocidental (França, Inglaterra, Alemanha Ocidental, Suíça, etc.), Canadá, Estados Unidos, Brasil, Venezuela, etc.? Como reagiram os “países de Leste” no inicio do processo? Como é que os países que tinham entrado em conflito com Portugal (como a Índia em 1961 durante a captura de Goa), ou que apoiaram a resistência portuguesa anti-fascista e anti-colonialista (como Marrocos e a Argélia) viveram o surto e o desenvolvimento desta revolução? Como é que os países que apoiaram o esforço colonial português reagiram ao golpe (África do Sul do Apartheid, Rodésia do Sul, ou, de uma forma mais complexa, o Brasil dos militares, ou a Espanha do franquismo tardio)? E como é que reagiram aqueles que insistiram nas negociações (como o Senegal de Senghor)?
2 – A DIMENSÃO PORTUGUESA DA REVOLUÇÃO DOS CRAVOS. Pensar no 25 de Abril como um facto nacional, como uma nação que fala a si própria, é tão central que, na maioria das vezes, acaba por ser omitido. A nação, em grande parte identificada com o discurso salazarista sobre “uma nação, do Minho a Timor” e a exaltação da “portugalidade”, teve má imprensa na primavera de 1974, desacreditada por quase meio século de ditadura e pelas guerras coloniais. A Europa apareceu então rapidamente como um substituto conveniente, em torno do slogan “O império está morto, viva a Europa!” Cinquenta anos depois, é possível questionar as interações entre o 25 de Abril e a nação portuguesa, e fazê-lo em particular a partir de um ângulo político e ideológico, como sinónimo do fim de “uma certa ideia de Portugal” e como “momento histórico em que o povo se tornou o Povo”, para retomar a definição de nação proposta por Pascal Ory (Qu’est-ce qu’une nation?, Paris, Gallimard, 2020). Será que o “25 de abril” mudou profundamente a imagem que os portugueses – pelo menos as novas gerações – têm da sua própria nação? Será que a Europa apagou uma certa nostalgia do Império? Que desafios é que esta, com a sua vasta dimensão e população, trouxe a um país que voltou a ser o “pequeno retângulo metropolitano”? Será que a extraordinária modernização do país enfraqueceu o apego à pátria?
3 – UM PROCESSO COM MÚLTIPLOS AGENTES. Cerca de dez anos depois do 25 de Abril começaram a surgir novas perspectivas que contribuíram para modificar o prisma tradicional de um derrube da ditadura exclusivamente feito “de cima para baixo”, pelas elites, fossem elas militares ou políticas. Vários autores começaram a olhar para a revolução portuguesa do ponto de vista das forças sociais envolvidas, sobretudo nos conflitos agrários e urbanos. Tal contribuiu para colocar o caso português no centro do debate internacional sobre os processos de democratização. Começaram a multiplicar-se os estudos sobre o papel das diversas oposições em corroer a solidez do Estado Novo na sua fase final. Começou a olhar-se para o “Processo revolucionário em curso” (PREC) como parte de um ciclo de protesto mais amplo, que atravessou a universidade, as fábricas, os campos, as artes, contribuindo para criar o ambiente social, cultural e político na
base do qual o MFA e o seu programa surgiram. De que forma estas dinâmicas influenciaram a memória, identidade, organização e o repertório de acção dos movimentos sociais portugueses nos anos a seguir, assim como a sua relação com outros actores políticos e sociais (institucionais e não)? Qual foi o impacto dos movimentos sociais do PREC na construção da memória colectiva em Portugal (sobre o passado colonial, a ditadura e a própria revolução)? Que legado deixaram estes movimentos na organização e percepção do espaço em Portugal, por exemplo nas dimensões do direito à cidade e à habitação, do planeamento, dos direitos ambientais e à terra?
4 – O “25 DE ABRIL”, ENTRE MEMÓRIA E HISTÓRIA. O carácter politicamente marcado da memória do “25 de Abril” é um dos aspectos da dimensão nacional da revolução referida no ponto 2. Com efeito, um olhar exterior, menos atento à história portuguesa recente, não se dá conta das clivagens políticas e ideológicas que a memória dos acontecimentos de 1974 e 1975 alimentou em Portugal até aos dias de hoje, prolongando no tempo as clivagens de então. O facto de a maioria dos cidadãos portugueses de hoje terem nascido depois de 1974 não as apaga necessariamente, pois a memória da revolução, seja ela de que sinal for, é objeto de transmissão entre gerações. A forma como a data foi comemorada de há 50 anos para cá, acompanhando as cores políticas dos governos e as aspirações sociais de cada período, também permite ilustrar o fenómeno. Por outro lado, a questão, metodológica e ética, das relações entre história e memória coloca-se aqui de forma clara. Haverá sinais de que, cinquenta anos depois, o “25 de Abril” começa enfim a entrar na história? Ou, pelo contrário, será que a questão está mal colocada, e que os historiadores começaram, neste como noutros temas, a estar mais atentos às solicitações sociais legítimas de outras formas de lidar com o passado? E, se sim, qual é o impacto do questionamento pós-colonial actual sobre a memória do evento e sobre a maneira de escrever a sua história?
As propostas, que podem ser apresentadas individualmente ou sob a forma de um atelier (máximo de cinco intervenientes), devem ter entre 3 000 e 3 500 caracteres (incluindo espaços) e ser redigidas numa das três línguas da conferência (francês, português ou inglês). Devem ser enviadas antes de 15 de Dezembro de 2023 para o endereço electrónico da conferência: colloque25avrilrennes@gmail.com.
As respostas às propostas serão dadas até 31 de Janeiro de 2024. Os candidatos cujas propostas forem aceites serão convidados a procurar financiamento junto das suas instituições de origem para as despesas de viagem e alojamento em Rennes. Os organizadores do Colóquio poderão cobrir uma parte destas despesas, dentro dos limites do orçamento disponível.
>> 📎 Descarregar chamada para comunicações (PDF) <<
Comissão Organizadora
André Belo, Université de Rennes 2, França
Michel Cahen, CNRS/Sciences Po Bordeaux, França
Irène Dos Santos, URMIS-CNRS, Paris, França, editora-chefe da revista Lusotopie
George Gomes, Université de Rennes 2, França
Yves Léonard, Centre d’histoire de Sciences Po Paris, França
Pedro Aires Oliveira, IHC — NOVA FCSH / IN2PAST, Portugal
Comissão Científica
Guya Accornero, ISCTE – IUL, Lisboa, Portugal
André Belo, Université de Rennes 2, França
Marc Bergère, Université de Rennes 2, França
Michel Cahen, CNRS/Sciences Po Bordeaux, França
Irène Dos Santos, URMIS-CNRS, Partis, França, editora-chefe da revista Lusotopie
George Gomes, Université de Rennes 2, França
Yves Léonard, Centre d’histoire de Sciences Po Paris, França
Maria José Lobo Antunes, ICS – Universidade de Lisboa, Portugal
Rita Luís, IHC — NOVA FCSH / IN2PAST, Portugal,
Paulo de Medeiros, English and Comparative Literary Studies, Warwick University, Reino Unido
Pedro Aires Oliveira, IHC — NOVA FCSH / IN2PAST, Portugal
Victor Pereira, IHC — NOVA FCSH / IN2PAST, Portugal,
Maria Inácia Rezola, Comissária Executiva para as Comemorações do 25 de Abril, IHC — NOVA FCSH / IN2PAST, Portugal
Philip Rothwell, European Humanities Research Centre, Oxford University, Reino Unido
Luís Trindade, IHC — NOVA FCSH / IN2PAST, Portugal
Tempo
Maio 30 (Quinta-feira) - Junho 1 (Sábado)
Organizador
Várias instituições
maio, 2024
Tipologia do Evento:
Todos
Todos
Apresentação
Ciclo
Colóquio
Conferência
Congresso
Curso
Debate
Encontro
Exposição
Inauguração
Jornadas
Lançamento
Mesa-redonda
Mostra
Open calls
Outros
Palestra
Roteiro
Seminário
Sessão de cinema
Simpósio
Workshop
Detalhes do Evento
Congresso que se constitui como uma oportunidade para fazer um ponto da situação e discutir, a partir de uma perspectiva interdisciplinar, o futuro dos estudos sobre a Revolução. Congresso
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Detalhes do Evento
Congresso que se constitui como uma oportunidade para fazer um ponto da situação e discutir, a partir de uma perspectiva interdisciplinar, o futuro dos estudos sobre a Revolução.
Congresso internacional 50 anos do 25 de Abril
Cinquenta anos depois, o 25 de Abril e o processo revolucionário de 1974-75 continuam a ser objecto de discussão em várias disciplinas das ciências sociais e das humanidades. Sobretudo nas últimas décadas, os debates em torno da Revolução procuraram ir para além dos estudos pioneiros sobre o processo político e militar, através de múltiplas abordagens que ajudam a compreendê-lo em toda a sua complexidade: as transformações sociais e a participação política de base; os contextos internacionais, nomeadamente no que diz respeito aos processos de luta anti-colonial e à Guerra Fria; as dinâmicas políticas e sociais na sua diversidade regional; a economia política da Revolução; os repertórios de luta e as linguagens escritas, visuais e musicais; o papel da Revolução e da sua memória na história global e na sociedade portuguesa democrática; os processos de patrimonialização, musealização e preservação das memórias; as análises comparativas com outras revoluções e transições para sistemas democráticos.
Palestrantes:
Enzo Traverso (Cornell University)
Donatella della Porta (Scuola Normale Superiore, Firenze)
>> Programa do congresso (PDF) <<
Chamada para comunicações
A ocasião do cinquentenário surge assim como uma oportunidade para fazer um ponto da situação e discutir, a partir de uma perspectiva interdisciplinar, o futuro dos estudos sobre a Revolução. Neste sentido, o Congresso Internacional 50 anos do 25 de Abril apela à participação de investigadores/as de áreas tão distintas como a sociologia, a história, a economia, a ciência política, as relações internacionais, a antropologia, a história de arte e os estudos artísticos e literários. Privilegiam-se abordagens inovadoras nos âmbitos temáticos acima referidos que contribuam para reforçar o conhecimento deste momento fundador da nossa contemporaneidade.
Plano Temático:
Secção I | O derrube da ditadura: A secção I compreende os estudos sobre o Marcelismo e a crise final do regime nas suas dimensões nacional e internacional, incluindo as dinâmicas sociais e políticas geradas em torno Guerra Colonial.
Secção II | A revolução política: A secção II é dedicada à dissolução do aparelho de repressão política, judicial e censório e a responsabilização política, criminal e administrativa dos seus agentes (dissoluções, prisões, saneamentos, interdições, julgamentos), ao processo político revolucionário (as suas diferentes fases entre o 25 de Abril e a aprovação da Constituição de 1976), à Assembleia Constituinte, aos Pactos MFA/Partidos e à Constituição de Abril de 1976, aos partidos políticos e à conquista das liberdades públicas, do sufrágio universal e do direito à greve.
Secção III | A revolução económica e social: A secção III inclui investigação sobre as lutas dos trabalhadores e os órgãos de vontade popular, as lutas dos moradores e a questão da habitação, a reforma agrária e as novas políticas agrárias, as nacionalizações e as estratégias de desenvolvimento económico, as lutas feministas e as organizações das mulheres, as lutas pela diversidade sexual e de género e os seus movimentos, as lutas anti-racistas e os seus movimentos, a população racializada, o ensino e o movimento estudantil.
Secção IV | A revolução cultural: A secção IV versa sobre a cultura no PREC, incluindo a imprensa, o audiovisual (rádio e televisão), a música, o cinema, o teatro, a literatura, a pintura e os murais, o cartaz.
Secção V | A queda do império colonial: A secção V é dedicada à descolonização. Reúne apresentações sobre a situação da Guerra Colonial e as guerras de libertação em 1974, a questão colonial e o poder político e militar em Portugal no processo revolucionário, os movimentos de libertação nacional e o processo de descolonização, os efeitos da descolonização na sociedade portuguesa, a chegada a Portugal de populações das antigas colónias, a situação dos militares africanos integrados nas forças militares portuguesas, o racismo estrutural da sociedade portuguesa.
Secção VI | Processo revolucionário e relações internacionais (1974-1976): A secção VI trata da conjuntura internacional e da política externa dos governos provisórios, das ligações internacionais entre forças políticas e o poder militar, dos apoios internacionais e da intervenção externa no processo revolucionário.
Secção VII | A revolução portuguesa e os processos de transição para a democracia: A secção VII introduz a dimensão comparativa no estudo da Revolução portuguesa. Aborda a temática a partir de reflexões em torno das Revoluções, dos processos de democratização, das convergências e divergências das transições para a democracia.
Secção VIII | As representações da memória política do 25 de Abril: Nesta secção agrupam-se as pesquisas dedicadas aos processos de memorialização do passado e as suas mutações ao longo do tempo, às políticas publicas de memória e às políticas do esquecimento, aos debates das interpretações sobre história e memória em suas múltiplas dimensões e ao comemorativismo.
Submissão de propostas 🔗 neste link.
Datas: 2, 3 e 4 de Maio de 2024
Local: Reitoria da Universidade de Lisboa
Os interessados/as devem submeter a sua proposta através do formulário até dia 10 de Setembro de 2023.
Comissão Organizadora
Maria Inácia Rezola, Comissão Comemorativa 50 Anos 25 de Abril / IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
Fernando Rosas, IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
José Neves, IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
Miguel Cardina, CES – Universidade de Coimbra
Rita Almeida de Carvalho, ICS – Universidade de Lisboa
José Lopes Cordeiro, Universidade do Minho
Comissão Científica
Álvaro Garrido, CEIS20 – Universidade de Coimbra
António Costa Pinto, ICS – Universidade de Lisboa
Fernando Rosas, IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
José Lopes Cordeiro, Universidade do Minho
José Neves, IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
Luís Trindade, CEIS20 – Universidade de Coimbra
Luísa Tiago de Oliveira, CIES – ISCTE
Manuel Loff, Universidade do Porto, IHC – NOVA FCSH
Maria da Conceição Meireles Pereira, CITCEM
Maria Fernanda Rolo, Pólo do CEF na NOVA FCSH
Maria Inácia Rezola, Comissão Comemorativa 50 Anos 25 de Abril / IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
Miguel Cardina, CES – Universidade de Coimbra
Rui Bebiano, Centro de Documentação 25 de Abril – Universidade de Coimbra
Sérgio Campo Matos, CHUL – FLUL
Sílvia Roque, CES – Universidade de Coimbra e Universidade de Évora
Sónia Vespeira de Almeida, CRIA – NOVA FCSH
Rita Rato, Museu do Aljube
Luísa Teotónio Pereira, CIDAC • CULTRA, Cooperativa Culturas do Trabalho e Socialismo
Tempo
2 (Quinta-feira) 8:30 am - 4 (Sábado) 6:30 pm
Organizador
Várias instituições
Detalhes do Evento
Ciclo de conversas organizado no âmbito do projecto VINCULUM que tem como objectivo dar a conhecer diversos temas através da documentação descoberta no projecto. Com Ana
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Detalhes do Evento
Ciclo de conversas organizado no âmbito do projecto VINCULUM que tem como objectivo dar a conhecer diversos temas através da documentação descoberta no projecto. Com Ana Mafalda Lopes.
“Porque a memória é fraca, e as vidas curtas”: família, afectos e conflitos
Acordar História Adormecida: Os documentos do Projecto VINCULUM
Ana Mafalda Lopes
Entre Abril e de Maio de 2024, o projecto VINCULUM organiza o ciclo de conversas “Acordar História Adormecida: Os documentos do Projecto VINCULUM”.
As sessões terão lugar em diferentes instituições culturais em Lisboa e Guimarães e contarão com a participação de alguns jovens investigadores/as do VINCULUM – Maria Teresa Oliveira, Ana Mafalda Lopes e Fábio Duarte – que darão a conhecer diversas temáticas através da documentação associada ao projecto.
Resumo:
A análise sistemática de testamentos e de instituições de morgados e capelas datados entre os séculos XIV e XVII, no âmbito do projeto VINCULUM, permitiu-nos recolher uma série de informações não só relativas à perpetuação da memória familiar e à salvação da alma, mas também à construção física das capelas, aos seus ornamentos e alfaias litúrgicas, aos legados de bens móveis como vestuário, mobiliário, livros ou bens valiosos, e às relações criadas entre os membros da família. Esta apresentação pretende, deste modo, explorar este último ponto, ficando a conhecer as relações de conflituosidade ou de afecto existentes entre os membros da família, mas também com os criados, escravos e vizinhos. Pretende ainda perceber de que modo essas relações influenciaram a forma como os instituidores redigiram o testamento ou determinaram as suas disposições. Por fim, interessa-nos explorar a forma como transmitiram o seu património e os meios utilizados para o fazer perpetuar no seio familiar.
A entrada é livre, estando sujeita a inscrição para o email projectmanager.vinculum@fcsh.unl.pt (até dois dias antes do evento).
Tempo
(Sábado) 3:30 pm - 5:00 pm
Organizador
Várias instituições
Detalhes do Evento
Ciclo de conversas organizado no âmbito do projecto VINCULUM que tem como objectivo dar a conhecer diversos temas através da documentação descoberta no projecto. Com Fábio
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Detalhes do Evento
Ciclo de conversas organizado no âmbito do projecto VINCULUM que tem como objectivo dar a conhecer diversos temas através da documentação descoberta no projecto. Com Fábio Duarte.
Livros, bibliotecas e arquivos: a cultura escrita e a educação
Acordar História Adormecida: Os documentos do Projecto VINCULUM
Fábio Duarte
Entre Abril e de Maio de 2024, o projecto VINCULUM organiza o ciclo de conversas “Acordar História Adormecida: Os documentos do Projecto VINCULUM”.
As sessões terão lugar em diferentes instituições culturais em Lisboa e Guimarães e contarão com a participação de alguns jovens investigadores/as do VINCULUM – Maria Teresa Oliveira, Ana Mafalda Lopes e Fábio Duarte – que darão a conhecer diversas temáticas através da documentação associada ao projecto.
Resumo:
Ao longo de seis anos, os investigadores do Projecto VINCULUM, coordenados por Maria de Lurdes Rosa, têm percorrido vários arquivos e bibliotecas nacionais, rastreando e descrevendo documentação relativa à instituição e administração de morgadios e capelas, entre os séculos XIV e XVII. Estes documentos, entre os quais sobressaem os testamentos, têm-se revelado fascinantes pelas informações que apresentam sobre a vida quotidiana, espiritual e cultural dos vários homens e mulheres que fundaram e geriram estes vínculos. Tentaremos, nesta comunicação, analisar como se referem os fundadores e administradores a livros, às suas bibliotecas pessoais e aos arquivos familiares. Onde os guardavam, que valor lhes davam, para que serviam?
A entrada é livre, estando sujeita a inscrição para o email projectmanager.vinculum@fcsh.unl.pt (até dois dias antes do evento).
Tempo
(Quinta-feira) 6:30 pm - 8:00 pm
Organizador
Várias instituições
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Sobre as relações entre a luta anticolonial travada na Guiné-Bissau e a crise final do colonialismo português, bem como entre a luta anti-fascista ocorrida em Portugal e a própria Revolução
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Sobre as relações entre a luta anticolonial travada na Guiné-Bissau e a crise final do colonialismo português, bem como entre a luta anti-fascista ocorrida em Portugal e a própria Revolução de Abril. Prazo: 29 Fevereiro 2024
A Guiné-Bissau e a Revolução de Abril:
História, Memória e Globalização
A Revolução de 25 de Abril de 1974 derrubou meio século de ditadura em Portugal (1926-1974), culminando uma longa história de oposição e resistência anti-fascista. Mas a Revolução foi também indissociável das lutas de libertação travadas pelos movimentos anticoloniais africanos na Guiné, Angola e Moçambique. O combate político, militar e diplomático levado a cabo por movimentos como o PAIGC enfraqueceu e isolou, nacional e internacionalmente, a ditadura do Estado Novo. Por sua vez, a experiência da guerra travada na Guiné-Bissau foi decisiva para o protagonismo de vários dos capitães que promoveram o 25 de Abril de 1974 e as profundas mudanças então operadas.
Este seminário internacional pretende reunir investigações que identifiquem e analisem relações entre, por um lado, a luta anticolonial travada na Guiné-Bissau e a crise final do colonialismo português e, por outro, a luta anti-fascista ocorrida em Portugal e a própria Revolução de Abril. Pretende-se ainda receber propostas de comunicação que analisem como a relação entre aquela dimensão anti-fascista e a questão anti-colonial se inscrevem em práticas memorialísticas sobre os acontecimentos e período. Finalmente, o seminário procura conhecer e discutir a importância das ligações globais e dos movimentos de solidariedade transnacional e de cooperação internacional no mundo contemporâneo, antes e depois do fim do último império colonial europeu.
As propostas devem ter entre 250 e 500 palavras e ser acompanhas de uma nota biográfica com um máximo de 100 palavras. Devem ser enviadas para o email: thfcsh@gmail.com.
Entrega de propostas até 29 de Fevereiro de 2024.
Comunicação de aceitação/recusa da proposta até 10 de Março de 2024.
Conferencista convidado: Carlos Cardoso (INEP — Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa da Guiné-Bissau)
Coordenação Científica:
Inês Nascimento Rodrigues, José Neves, Miguel Cardina, Rita Lucas Narra e Victor Barros.
Imagem: Mikko Pyhälä (1970-1971), “Delegação da UIE atravessando a fronteira entre a República da Guiné e Guiné-Bissau” (Fonte: Fundação Mário Soares / Mikko Pyhälä)
Tempo
maio 17 (Sexta-feira) - 18 (Sábado)
Localização
Bissau (Guiné-Bissau)
Organizador
Instituto de História Contemporânea — NOVA FCSH / IN2PAST, Centro de Estudos Sociais — Universidade de Coimbra, Instituto Camões e Comissão Comemorativa 50 Anos 25 de Abril
Detalhes do Evento
Ciclo de conversas organizado no âmbito do projecto VINCULUM que tem como objectivo dar a conhecer diversos temas através da documentação descoberta no projecto. Com Maria
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Detalhes do Evento
Ciclo de conversas organizado no âmbito do projecto VINCULUM que tem como objectivo dar a conhecer diversos temas através da documentação descoberta no projecto. Com Maria Teresa Oliveira.
Vestidos, jóias e têxteis: a indumentária e os adornos
Acordar História Adormecida: Os documentos do Projecto VINCULUM
Maria Teresa Oliveira
Entre Abril e de Maio de 2024, o projecto VINCULUM organiza o ciclo de conversas “Acordar História Adormecida: Os documentos do Projecto VINCULUM”.
As sessões terão lugar em diferentes instituições culturais em Lisboa e Guimarães e contarão com a participação de alguns jovens investigadores/as do VINCULUM – Maria Teresa Oliveira, Ana Mafalda Lopes e Fábio Duarte – que darão a conhecer diversas temáticas através da documentação associada ao projecto.
Resumo:
No decorrer do projeto VINCULUM, foram compulsados, nos arquivos nacionais, milhares de documentos de proveniências distintas, que oferecem uma vastíssima gama de informação sobre a temática dos morgadios e capelas, mas cujo interesse não se esgota nela. A partir da documentação analisada, vislumbra-se o dia-a-dia de milhares de pessoas oriundas das mais diversas camadas sociais, nomeadamente, encontram-se menções a roupas, jóias, ornamentos e têxteis. Estas menções são testemunhos de afetos e devoções e apresentam-nos dados sobre o consumo destes objectos e sobre a evolução do traje. Nesta conversa pretende-se apresentar alguma desta variedade de informação, apontando pistas para o seu estudo futuro.
A entrada é livre, estando sujeita a inscrição para o email projectmanager.vinculum@fcsh.unl.pt (até dois dias antes do evento).
Tempo
(Sábado) 4:30 pm - 6:00 pm
Organizador
Várias instituições
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Quinta conferência da International Network for Theory of History, que reúne teóricos da história e historiadores da historiografia vindos de todo o mundo. History & Responsibility: Doing History
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Quinta conferência da International Network for Theory of History, que reúne teóricos da história e historiadores da historiografia vindos de todo o mundo.
History & Responsibility:
Doing History in Times of Conflicting Political Demands
5th network conference of the International Network for Theory of History
The International Network for Theory of History (INTH) is pleased to announce that its fifth network conference will take place on 22, 23 and 24 May 2024 and will be hosted by the Institute of Contemporary History at NOVA University Lisbon. The goal of the conference is to gather theorists of history and historians of historiography from around the world, and foster the exchange of ideas, questions, and resources. This year’s overarching theme is historical responsibility.
The writing of history has always involved ethical concerns. But the past few decades have witnessed increasing and widespread public discussions about the responsibility of history and historians in society. Perhaps the most famous examples of this are the debates surrounding historical wrongs and their relation to contemporary injustices and inequalities. Think, for instance, of the initiatives that seek to address the role of historical slavery in contemporary racism or the continuing influence of colonial legacies on (global) power relations. The idea of historical wrongs has also been raised in relation to the impact of past pollution on climate change, or the influence of institutional child abuse on contemporary socio-economic problems faced by indigenous communities.
Historians and their work have often been under the spotlight in such discussions: while some wish to see (academic) historiography as an important resource to back-up and legitimate claims for historical redress, others see it as having been neglectful of, or even (in)directly involved in, historical wrongs. Historians themselves have expressed conflicting views about what the ethical commitments of the profession should be.
The current proliferation of debates about the link between history and contemporary injustices provide an opportune moment to reflect on the relationship between history and responsibility more generally. This relationship is undoubtedly complex, ambiguous, and contested. Many historians have warned that engagements with the past do not inherently serve justice or lead to morally responsible behavior (Minow 1999; Torpey 2001). Old critiques of the blind belief in historical progress or teleological conceptions of historical time have also unsettled the idea that historians and/or history itself can be the agents of “history’s judgment” (Scott 2020). In the field of memory studies as well, scholars have pointed out how the “moral remembrance” of dark pasts does not automatically lead to an enlightened “good citizenship” or increased respect for other cultures and noted that it sometimes even produces an entirely opposite attitude (David 2020; Gensburger and Lefranc 2020).
Despite these criticisms, many have refused to entirely give up on the idea that history connects to (moral) responsibility (Cotkin, 2008). If there is not even a weak moral motive involved in our engagements with the past, why bother studying history at all? In any case, many policymakers and professional historians appear to believe that engaging with history can lead people to become more ethically responsible.
Of course, many of the issues raised in these recent debates are not new. Historians have always reflected on what can be considered (ir)responsible ways of doing historical research or writing history. Recently, however, a genuine ‘ethical turn’ in our field appears to have gained a new momentum. We now hear calls for the rehabilitation of value judgment about the past (Bloxham 2020), explicit pleas for the creation of an ethical code for a ‘Responsible History’ (De Baets 2009), and an increasing focus on epistemic virtues (Paul 2022), epistemic justice (Domanska 2021), or the figure of the moral witness (Tozzi 2012).
Keynote speakers:
Joan W. Scott (Institute for Advanced Study, USA)
Pedro Cardim (NOVA University Lisbon, Portugal)
Herman Paul (University of Leiden, The Netherlands)
>> Provisional Programme (PDF) <<
Call for papers
For the 2024 edition of the INTH Network conference we invite contributors to reflect on the entangled issues of historical responsibility and responsible history. We propose the following guiding questions:
1. (How) are we responsible to history?
• How can we conceptualize ‘historical responsibility’ and how does it relate to historical ‘guilt’ or ‘debt’?
• (How) can responsibility be transmitted over generations? Is it typically a collective affair or does it primarily stick to particular individuals?
• Can we ‘owe’ something to the past or the dead?
• Are there temporal (or other) limits as to how far back one can go in history for the purpose of redeeming it or holding people responsible?
• Can grave historical injustices be ‘superseded’ by changed circumstances in the present (e.g. composition of populations, changed socio-economic relations or political systems)?
• Should priority be given to so-called ‘enduring injustices,’ (Spinner-Halev, 2012) whereby historical grievances have clear ties to contemporary injustices, or should historical wrongs be addressed independently of their legacy in the present?
2. (How) can we write responsible/responsibilizing histories?
• What kind of engagement with the past can help to foster a democratic political culture, address enduring injustices, or counter ultra nationalist, neo-fascist and other extremist political tendencies?
• What kind of historical narrations or other types of historical representation can be considered (ir)responsible in relation to particular contexts?
• Is the prime responsibility of professional historians a deontological one relating to academic procedures and source criticism, or can particular situations trump these and create other priorities and types of responsibility?
• Does a focus on historical responsibility always lead to forms of ‘presentism’ and is this a problem?
• Which political or socio-cultural circumstances are detrimental to the production of a responsible/responsibilizing history?
• How do the issues of historical responsibility and responsible history figure in post- and de-colonial approaches to history?
Other Topics
The main focus of this conference is on history and responsibility. Yet, as was the case for the previous meetings of the INTH, we also welcome papers on other relevant topics in the fields of Theory of History and History of Historiography, including (but not limited to):
• Conceptual history
• Epistemics of history
• Experience/presence
• Hermeneutics
• Historical time
• History and mourning/trauma
• History as science (causation, explanation, lawfulness…)
• Narrativism
• Politics of history and memory
• Public/popular history
• Substantive/speculative philosophy of history
• The history of historiography
• Theory of history didactics
• The relations between history and other academic fields
• History outside academia
Practical information
Those interested in taking part in the conference are invited to send in an abstract of 300-500 words either in docx or pdf format to inthlisbon@gmail.com by 18 September 2023. Please name your file following this structure: Surname_Title of the abstract.
We will consider both proposals for panel sessions and individual papers. Panel proposals should include a panel abstract, a commentator and a chair, and abstracts for the contributing papers (all following the 300-500 words limit per abstract).
Please visit the conference website for further information.
The organizing committee is led by Berber Bevernage (Ghent University), Felipe Brandi (NOVA University Lisbon), José Neves (NOVA University Lisbon), Luis Trindade (NOVA University Lisbon), Kenan Van De Mieroop-Al Bahrani (Leiden University) and Eva Willems (Ghent University). Please use the conference email address for all correspondence.
>> 📎 Download the call for papers (PDF) <<
References
Bloxham, Donald (2020). History and Morality (Oxford University Press).
Booth, W. James (2019). Memory, Historic Injustice, and Responsibility (Routledge).
Cotkin, George (2008). “History’s Moral Turn.” Journal of the History of Ideas 69, no. 2 (April 4, 2008): 293–315
David, Lea (2020). The Past Can’t Heal Us. (Cambridge University Press).
De Baets, Antoon. (2009) Responsible History (Berghahn Books).
Domańska, Ewa. “Prefigurative Humanities.” History and Theory 60, no. 4 (2021): 141–58.
Gensburger, Sarah, and Sandrine Lefranc (2020). Beyond Memory: Can We Really Learn From the Past? (Palgrave Macmillan).
Minow, Martha (1999). Between Vengeance and Forgiveness: Facing History after Genocide and Mass Violence. (Beacon Press).
Paul, Herman. Historians’ Virtues: From Antiquity to the Twenty-First Century. Cambridge: Cambridge University Press, 2022.
Scott, Joan Wallach (2020). On the Judgment of History. (Columbia University Press).
Spinner-Halev, Jeff (2012). Enduring Injustice (Cambridge University Press).
Waldron, Jeremy. (1992) ‘Superseding Historic Injustice,’ Ethics 103, no. 1: 4–28.
Torpey, John. (2001) ‘“Making Whole What Has Been Smashed”: Reflections on Reparations,’ Journal of Modern History 73, no. 2: 333–58.
Tozzi, Verónica. (2012), ‘The Epistemic and Moral Role of Testimony,’ History and Theory 51, no. 1: 1–17.
Tempo
22 (Quarta-feira) 9:00 am - 24 (Sexta-feira) 7:00 pm
Localização
Lisboa
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Universidade NOVA de Lisboa e International Network for Theory of History
Detalhes do Evento
Colóquio que procura reflectir a pluralidade de abordagens ao 25 de Abril de 1974, enriquecendo a compreensão histórica do acontecimento nas suas diferentes vertentes temáticas, escalas e cronologias. Prazo: 15
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Detalhes do Evento
Colóquio que procura reflectir a pluralidade de abordagens ao 25 de Abril de 1974, enriquecendo a compreensão histórica do acontecimento nas suas diferentes vertentes temáticas, escalas e cronologias. Prazo: 15 Dezembro 2023
“Era uma vez a revolução… portuguesa”:
nos 50 anos da revolução dos Cravos (25 de abril de 1974)
Na noite de 24 para 25 de Abril de 1974, os “Capitães de Abril” desencadearam o seu golpe de estado em nome de um programa simples, o dos “três D”: descolonizar, democratizar e desenvolver. Acima de tudo, tratava-se pôr fim a quase catorze anos de guerra colonial, uma guerra que não podia ser ganha militarmente, que isolou Portugal na cena internacional, que absorvia quase metade do orçamento do Estado e que levava os jovens ao exílio para fugir à guerra. O antigo regime caiu no dia seguinte, com júbilo popular. Enquanto os militares exigiam calma e, se possível, que as pessoas ficassem em casa, as enormes manifestações de 1 de Maio de 1974 mostraram que o golpe de Estado se tinha transformado numa revolução, inicialmente sobre temas democráticos mas rapidamente sobre temas sociais, e até socialistas.
A universidade de Rennes 2, com o apoio do Instituto Camões e da Cátedra Mário Soares, seu antigo professor e seu primeiro doutor honoris causa, não poderiam deixar de comemorar este grande acontecimento. Associando-se à revista Lusotopie e a outros parceiros institucionais, ela acolherá um colóquio internacional sobre o 25 de abril, a decorrer entre 30 de Maio e 1 de Junho de 2024.
Chamada para comunicações
O “25 de abril” é um acontecimento histórico com múltiplos sentidos, susceptível de uma pluralidade de abordagens. O colóquio procurará reflectir essa pluralidade. Ele aceitará comunicações que permitam enriquecer a compreensão histórica do acontecimento nas suas diferentes vertentes temáticas (políticas, sociais, culturais, económicas), escalas e até cronologias. Quatro enfoques específicos serão no entanto privilegiados:
1 – A DIMENSÃO INTERNACIONAL DA REVOLUÇÃO DOS CRAVOS. Ela foi-o na sua própria génese, pois resultou do produto combinado da revolução anticolonial africana e do crescente cansaço dos portugueses relativamente a um regime que cada vez tinha menos sentido para as gerações mais jovens. Mas para além do facto de ter tido um enorme impacto em muitos países e de jovens ocidentais terem ido para Lisboa em “turismo revolucionário” para “ver a revolução”, o 25 de Abril também teve impacto nas comunidades e nos estados que de uma forma ou de outra estavam ligados à historia portuguesa. Entre muitas outras, as seguintes questões podem ser colocadas: quais foram as repercussões e os efeitos da Revolução dos Cravos nas comunidades portuguesas que emigraram para a Europa Ocidental (França, Inglaterra, Alemanha Ocidental, Suíça, etc.), Canadá, Estados Unidos, Brasil, Venezuela, etc.? Como reagiram os “países de Leste” no inicio do processo? Como é que os países que tinham entrado em conflito com Portugal (como a Índia em 1961 durante a captura de Goa), ou que apoiaram a resistência portuguesa anti-fascista e anti-colonialista (como Marrocos e a Argélia) viveram o surto e o desenvolvimento desta revolução? Como é que os países que apoiaram o esforço colonial português reagiram ao golpe (África do Sul do Apartheid, Rodésia do Sul, ou, de uma forma mais complexa, o Brasil dos militares, ou a Espanha do franquismo tardio)? E como é que reagiram aqueles que insistiram nas negociações (como o Senegal de Senghor)?
2 – A DIMENSÃO PORTUGUESA DA REVOLUÇÃO DOS CRAVOS. Pensar no 25 de Abril como um facto nacional, como uma nação que fala a si própria, é tão central que, na maioria das vezes, acaba por ser omitido. A nação, em grande parte identificada com o discurso salazarista sobre “uma nação, do Minho a Timor” e a exaltação da “portugalidade”, teve má imprensa na primavera de 1974, desacreditada por quase meio século de ditadura e pelas guerras coloniais. A Europa apareceu então rapidamente como um substituto conveniente, em torno do slogan “O império está morto, viva a Europa!” Cinquenta anos depois, é possível questionar as interações entre o 25 de Abril e a nação portuguesa, e fazê-lo em particular a partir de um ângulo político e ideológico, como sinónimo do fim de “uma certa ideia de Portugal” e como “momento histórico em que o povo se tornou o Povo”, para retomar a definição de nação proposta por Pascal Ory (Qu’est-ce qu’une nation?, Paris, Gallimard, 2020). Será que o “25 de abril” mudou profundamente a imagem que os portugueses – pelo menos as novas gerações – têm da sua própria nação? Será que a Europa apagou uma certa nostalgia do Império? Que desafios é que esta, com a sua vasta dimensão e população, trouxe a um país que voltou a ser o “pequeno retângulo metropolitano”? Será que a extraordinária modernização do país enfraqueceu o apego à pátria?
3 – UM PROCESSO COM MÚLTIPLOS AGENTES. Cerca de dez anos depois do 25 de Abril começaram a surgir novas perspectivas que contribuíram para modificar o prisma tradicional de um derrube da ditadura exclusivamente feito “de cima para baixo”, pelas elites, fossem elas militares ou políticas. Vários autores começaram a olhar para a revolução portuguesa do ponto de vista das forças sociais envolvidas, sobretudo nos conflitos agrários e urbanos. Tal contribuiu para colocar o caso português no centro do debate internacional sobre os processos de democratização. Começaram a multiplicar-se os estudos sobre o papel das diversas oposições em corroer a solidez do Estado Novo na sua fase final. Começou a olhar-se para o “Processo revolucionário em curso” (PREC) como parte de um ciclo de protesto mais amplo, que atravessou a universidade, as fábricas, os campos, as artes, contribuindo para criar o ambiente social, cultural e político na
base do qual o MFA e o seu programa surgiram. De que forma estas dinâmicas influenciaram a memória, identidade, organização e o repertório de acção dos movimentos sociais portugueses nos anos a seguir, assim como a sua relação com outros actores políticos e sociais (institucionais e não)? Qual foi o impacto dos movimentos sociais do PREC na construção da memória colectiva em Portugal (sobre o passado colonial, a ditadura e a própria revolução)? Que legado deixaram estes movimentos na organização e percepção do espaço em Portugal, por exemplo nas dimensões do direito à cidade e à habitação, do planeamento, dos direitos ambientais e à terra?
4 – O “25 DE ABRIL”, ENTRE MEMÓRIA E HISTÓRIA. O carácter politicamente marcado da memória do “25 de Abril” é um dos aspectos da dimensão nacional da revolução referida no ponto 2. Com efeito, um olhar exterior, menos atento à história portuguesa recente, não se dá conta das clivagens políticas e ideológicas que a memória dos acontecimentos de 1974 e 1975 alimentou em Portugal até aos dias de hoje, prolongando no tempo as clivagens de então. O facto de a maioria dos cidadãos portugueses de hoje terem nascido depois de 1974 não as apaga necessariamente, pois a memória da revolução, seja ela de que sinal for, é objeto de transmissão entre gerações. A forma como a data foi comemorada de há 50 anos para cá, acompanhando as cores políticas dos governos e as aspirações sociais de cada período, também permite ilustrar o fenómeno. Por outro lado, a questão, metodológica e ética, das relações entre história e memória coloca-se aqui de forma clara. Haverá sinais de que, cinquenta anos depois, o “25 de Abril” começa enfim a entrar na história? Ou, pelo contrário, será que a questão está mal colocada, e que os historiadores começaram, neste como noutros temas, a estar mais atentos às solicitações sociais legítimas de outras formas de lidar com o passado? E, se sim, qual é o impacto do questionamento pós-colonial actual sobre a memória do evento e sobre a maneira de escrever a sua história?
As propostas, que podem ser apresentadas individualmente ou sob a forma de um atelier (máximo de cinco intervenientes), devem ter entre 3 000 e 3 500 caracteres (incluindo espaços) e ser redigidas numa das três línguas da conferência (francês, português ou inglês). Devem ser enviadas antes de 15 de Dezembro de 2023 para o endereço electrónico da conferência: colloque25avrilrennes@gmail.com.
As respostas às propostas serão dadas até 31 de Janeiro de 2024. Os candidatos cujas propostas forem aceites serão convidados a procurar financiamento junto das suas instituições de origem para as despesas de viagem e alojamento em Rennes. Os organizadores do Colóquio poderão cobrir uma parte destas despesas, dentro dos limites do orçamento disponível.
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Comissão Organizadora
André Belo, Université de Rennes 2, França
Michel Cahen, CNRS/Sciences Po Bordeaux, França
Irène Dos Santos, URMIS-CNRS, Paris, França, editora-chefe da revista Lusotopie
George Gomes, Université de Rennes 2, França
Yves Léonard, Centre d’histoire de Sciences Po Paris, França
Pedro Aires Oliveira, IHC — NOVA FCSH / IN2PAST, Portugal
Comissão Científica
Guya Accornero, ISCTE – IUL, Lisboa, Portugal
André Belo, Université de Rennes 2, França
Marc Bergère, Université de Rennes 2, França
Michel Cahen, CNRS/Sciences Po Bordeaux, França
Irène Dos Santos, URMIS-CNRS, Partis, França, editora-chefe da revista Lusotopie
George Gomes, Université de Rennes 2, França
Yves Léonard, Centre d’histoire de Sciences Po Paris, França
Maria José Lobo Antunes, ICS – Universidade de Lisboa, Portugal
Rita Luís, IHC — NOVA FCSH / IN2PAST, Portugal,
Paulo de Medeiros, English and Comparative Literary Studies, Warwick University, Reino Unido
Pedro Aires Oliveira, IHC — NOVA FCSH / IN2PAST, Portugal
Victor Pereira, IHC — NOVA FCSH / IN2PAST, Portugal,
Maria Inácia Rezola, Comissária Executiva para as Comemorações do 25 de Abril, IHC — NOVA FCSH / IN2PAST, Portugal
Philip Rothwell, European Humanities Research Centre, Oxford University, Reino Unido
Luís Trindade, IHC — NOVA FCSH / IN2PAST, Portugal
Tempo
Maio 30 (Quinta-feira) - Junho 1 (Sábado)
Organizador
Várias instituições