Francisco Bairrão Ruivo
História Política Comparada – Regimes, Transições, Colonialismo e Memória
Contacto:
franciscobairraoruivo@gmail.com
Biografia
Investigador Integrado do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, doutorado em História Contemporânea com a tese “Spinolismo: viragem política e movimentos sociais”, galardoada com o Prémio Fundação Mário Soares – EDP 2014 pela contribuição para o estudo da história portuguesa do século XX.
Áreas de Investigação
Trabalha o processo revolucionário de 1974-1975 e questões relacionadas com a sua representação, a memória e os movimentos sociais, bem como, a questão colonial, pós-colonial e o processo de descolonização. O trabalho recente tem passado, ainda, por investigação para televisão e cinema, organização de exposições e de ciclos de cinema e o projecto educativo Livro Livre sobre a memória do processo revolucionário destinado ao público escolar.
Publicações destacadas
- Ruivo, Francisco Bairrão. Spínola e a Revolução. Do 25 de Abril ao 11 de Março de 1975. Lisboa: Bertrand, 2015. [link]
- Ruivo, Francisco Bairrão. Livro Livre. Lisboa: Edição Lupa Design, 2014. [link]
- Ruivo, Francisco Bairrão, “O 25 de Abril? O que é o 25 de Abril?,” in O Eterno Retorno. Estudos em homenagem a António Reis, coordenado por Maria Inácia Rezola e Pedro Aires Oliveira, 599-616. Liaboa: Campo da Comunicação, 2013.
Projectos principais
—
Pesquisa
Agenda
dezembro, 2024
Tipologia do Evento:
Todos
Todos
Apresentação
Ciclo
Colóquio
Conferência
Congresso
Curso
Debate
Encontro
Exposição
Inauguração
Jornadas
Lançamento
Mesa-redonda
Mostra
Open calls
Outros
Palestra
Roteiro
Seminário
Sessão de cinema
Simpósio
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Detalhes do Evento
Congresso que se propõe debater a experiência, representação e rememoração da violência, quer do passado colonial em Portugal, quer do processo de descolonização. Guerra, Revolução e Retorno: 50
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Detalhes do Evento
Congresso que se propõe debater a experiência, representação e rememoração da violência, quer do passado colonial em Portugal, quer do processo de descolonização.
Guerra, Revolução e Retorno:
50 anos depois, a memória de um Portugal europeu, democrático – e descolonizado?
Os 50 anos das últimas transições democráticas da Europa ocidental (Portugal, Espanha e Grécia) cumprem-se num tempo presente caracterizado por uma deriva anti-democrática sem precedentes desde há décadas e pelo questionamento sistemático de alguns dos pressupostos sociais, políticos e económicos que caracterizaram a democracia desde o fim da II Guerra Mundial – entre outros, a consagração efectiva do direito à auto-determinação e da exigência política e moral da descolonização. A discussão pública, com inevitável dimensão política, que presentemente se desenvolve em torno do significado do 25 de Abril de 1974 prova, por um lado, que a passagem do tempo por si só não empresta consensualidade à interpretação das mudanças históricas, e, por outro, como é permanentemente relevante o debate académico rigoroso, crítico e apoiado num trabalho de reflexão e investigação históricas abrangentes.
Esse debate e essa investigação são ainda mais urgentes considerando que, no momento em que se comemoram 50 anos da Revolução dos Cravos, continuam a imperar narrativas simplistas que informam o debate político no presente, incapazes de uma análise de fundo e de longa duração daquilo que foram, são, e continuarão a ser no futuro, as grandes transformações desencadeadas pelo movimento militar conduzido pelo MFA. Em 2024, muito do debate público continua dependente de motivações comemorativas ou depreciativas, ignorando muito de como o Portugal democrático de hoje foi e é moldado: pela violência da colonização diferente (“lusotropical”); pela violência de 13 anos de Guerra Colonial e suas profundas consequências; por um biénio (1974-1976) de transformações sem precedentes na história contemporânea portuguesa (revolução social, política e económica, e fim da dominação colonial); por uma descolonização complexa, geradora de novas nações e de regressos; pelo fim, efectivo, de cinco séculos de história imperial; pelo regresso de milhares de retornados, combatentes e os seus processos de (re)integração social e económica; e finalmente pela memória, individual, colectiva, mas também política, uma memória de Abril sempre disputada, do Estado Novo, do colonialismo e da resistência democrática anti-fascista.
Palestrantes:
Julião Soares Sousa e Elsa Peralta
>> Programa (PDF) <<
Chamada para comunicações
Partindo de uma preocupação em pensar os usos do passado, este congresso propõe-se debater em torno da experiência, representação e rememoração da violência quer do passado colonial em Portugal, quer do processo de descolonização. Assim, procurar-se-á identicamente dar centralidade à Guerra Colonial, questionando o seu significado de ruptura ou de continuidade estrutural, e sua interpretação e influência na realidade pós-colonial da ex-metrópole e das ex-colónias. Finalmente pretende-se discutir o lugar da Revolução de Abril nesta história não só como o grande catalisador de mudança, mas também como como consequência direta da violência colonial e como pedra basilar de uma sociedade democrática pós-colonial em permanente tensão com o seu passado.
Desta forma, convida-se à apresentação de propostas no âmbito deste congresso que correspondam a uma ou mais das seguintes linhas temáticas:
– O colonialismo tardio português dos anos 1960 e 1970, o canto do cisne da “Missão Civilizadora”: desenvolvimento do território e “conquista” das populações;
– A violência como legado: o impacto duradouro da violência colonial no processo político português e africano antes e depois de Abril;
– A relação entre a Guerra Colonial, o fim do Estado Novo e a Revolução dos Cravos;
– 25 de Abril de 1974, de África até ao Carmo: a preponderância africana e do passado colonial nos destinos portugueses;
– Legados e memórias coloniais para a posteridade democrática: ex-combatentes, retornados. (re)integração social económica e política num contexto revolucionário;
– Três dimensões memoriais paralelas: a memória da Guerra, a memória da Revolução, a memória da descolonização;
– As narrativas históricas e políticas do regime democrático português, nomeadamente na sua abordagem ao colonialismo, ao fim do império e ao fim do Estado Novo;
– O fim do império e a Europa: a integração europeia e as novas identidades nacionais;
– Portugal visto de África: a perspetiva das ex-colónias;
– As relações com os países independentes: os legados do colonialismo em Portugal e em África;
Envio de propostas de comunicação:
As propostas de comunicação (que podem ser feitas em português, inglês ou espanhol) devem ser enviadas para o endereço de email congressohistoriaflup@gmail.com, com um título, um resumo (máx. 350 palavras) e uma curta nota biográfica até ao dia 6 de Outubro de 2024.
As comunicações deverão ser feitas presencialmente pelo que não se admitirão comunicações online.
A organização não cobra inscrições.
>> Descarregar a Chamada para Comunicações (PT / ES / EN, PDF) <<
Comissão Organizadora:
Ana Sofia Ferreira (FLUP e IS/FLUP), Bruno Madeira (UM e CITCEM), Carlos Martins (IUE), Manuel Loff (FLUP e IHC — NOVA FCSH e IN2PAST), Sérgio Neto (FLUP e CITCEM), Sílvia Correia (FLUP e IS/FLUP)
Imagem: Hastear da bandeira da Guiné Bissau após o arriar da de Portugal em Canjadude, 1974 (Autoria: João Carvalho / Wikimedia Commons)
Tempo
5 (Quinta-feira) 9:30 am - 6 (Sexta-feira) 5:30 pm
Localização
Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Via Panorâmica Edgar Cardoso — 4150-564 Porto
Organizador
Várias instituições
Detalhes do Evento
Ciclo de conferências De Famalicão para o Mundo, uma iniciativa organizada por várias instituições que reúne especialistas em torno do tema da Educação e o 25 de Abril. Ciclo
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Detalhes do Evento
Ciclo de conferências De Famalicão para o Mundo, uma iniciativa organizada por várias instituições que reúne especialistas em torno do tema da Educação e o 25 de Abril.
Ciclo de Conferências
“Pensar o Futuro a partir de Abril: De Famalicão para o Mundo”
#6 A Educação: dos Desafios de Abril ao Futuro da Educação — António Sampaio da Nóvoa
António Sampaio da Nóvoa, António Gonçalves, José Pacheco Pereira, Jorge Moreira da Silva, Ricardo Noronha e Ivan Lima Cavalcanti são os nomes que vão marcar presença no Ciclo de Conferências “Pensar o Futuro a Partir de Abril – De Famalicão Para o Mundo”, que decorre entre 20 de Setembro e 6 de Dezembro, no auditório da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco e no auditório do Centro de Estudos Camilianos, em Vila Nova de Famalicão. A entrada é livre e todas as conferências têm início pelas 18h30, com periocidade quinzenal, sempre às sextas-feiras.
O arranque do ciclo de conferências será dado por António Gonçalves, director artístico da galeria municipal famalicense Ala da Frente, que falará sobre “A Arte e a Revolução”, no dia 20 de setembro. Ricardo Noronha, do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa, que abordará “Reação Conservadora ao 25 de Abril (28 de Setembro de 1974 e 11 de Março de 1975)” a 4 de Outubro, e a 18 de Outubro, Pacheco Pereira, reconhecido nome da cena política portuguesa, professor, cronista e investigador de história contemporânea portuguesa, com doutoramento honoris causa pelo Iscte-IUL, vem falar sobre o “Significado do 25 de Novembro de 1975”. Segue-lhe Jorge Moreira da Silva, natural de Vila Nova de Famalicão e actual director-executivo do Escritório das Nações Unidas para Serviços de Projetos (UNOPS), que irá abordar o tema “Ambiente e Sustentabilidade” a 8 de Novembro. Ivan Lima Cavalcanti, investigador no CITCEM — FLUP, que irá explorar “O Canto de Intervenção Como Meio de Mobilização”, no dia 22 de Novembro. Sampaio da Nóvoa, antigo representante Permanente de Portugal junto da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) (2018-2021), professor catedrático do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa e antigo Reitor da mesma instituição (2006-2013), caberá a ‘missão’ de encerrar este ciclo de conferências com uma sessão sobre “A Educação – Dos Desafios de Abril ao Futuro da Educação”, excepcionalmente, no auditório do Centro de Estudos Camilianos, em Seide São Miguel, no dia 6 de Dezembro.
Esta iniciativa resulta de uma organização do Município de Vila Nova de Famalicão, no âmbito do projeto educativo e cultural municipal “De Famalicão para o Mundo” /Comemorações municipais dos “50 Anos do 25 de Abril”, em parceria com o CITCEM – FLUP, o IHC — NOVA FCSH / IN2PAST, Universidade de Paris 8, a Associação de Professores de História (AHP) e o CFAEVNF.
O ciclo de conferências está acreditado com 15 horas, pelo Centro de Formação da Associação de Escolas de Vila Nova de Famalicão (CFAEVNF), para docentes. Os interessados/as devem fazer a inscrição na plataforma do CFAEVNF para obter a acreditação na modalidade de curso de formação.
Coordenação científica
- Luís Alberto Alves (CITCEM — FLUP)
- Arminda Ferreira (CMVNF)
- Cláudia Ninhos (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST / Fundação Aristides de Sousa Mendes)
- Cristina Clímaco (LER – Universidade Paris 8)
- Filipa Sousa Lopes (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
- António Gonçalves (Galeria Municipal Ala da Frente)
- Miguel Barros (APH)
- Aurora Marques (CFAEVNF)
Tempo
(Sexta-feira) 6:30 pm - 7:30 pm
Localização
Centro de Estudos Camilianos
Avenida de São Miguel, 758 — 4770-631 São Miguel de Seide, Vila Nova de Famalicão
Organizador
Várias instituições
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