Nota de pesar pelo falecimento de Maria Isabel Fevereiro
Set 22, 2021 | Notícias
Divulgamos a nota de pesar pela morte de Maria Isabel Fevereiro (1953-2021), da autoria do nosso investigador Pedro Aires Oliveira.
Foi com imensa consternação que os utentes do Arquivo Histórico-Diplomático (AHD) tomaram hoje conhecimento do falecimento de Maria Isabel Fevereiro, diretora do AHD entre 1992 e 2008, ano da sua aposentação como assessora principal de Biblioteca e Documentação.
A sua gratidão relativamente à dedicação, simpatia e profundo conhecimento do acervo depositado no Palácio das Necessidades está bem expressa nos inúmeros prefácios de obras que, nas últimas décadas, se foram publicando a partir de investigações que fizeram um uso significativo de documentos do AHD.
Maria Isabel Fevereiro acolhia os investigadores no seu gabinete, tomava nota dos seus pedidos de pesquisa e guiava-os com imensa paciência e competência nos meandros, por vezes intricados, de um vasto espólio que abrange uma documentação que vai de 1850 até aos nossos dias.
Estava sempre disponível para atender dúvidas dos investigadores e ajudá-los na decifração de assinaturas ou caligrafias mais ilegíveis. E não foram poucas as vezes em que o seu bom senso e savoir-faire diplomático se revelaram cruciais para a interlocução dos utentes com a Comissão de Seleção e Desclassificação do AHD.
Natural da Guarda, era licenciada em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde também foi assistente convidada por um curto período. Possuía a pós-graduação em Ciências Documentais pela mesma Faculdade, tendo depois estagiado no Arquivo Geral das Comunidades Europeias (1987-88).
O seu ingresso no serviço de biblioteca e arquivo do MNE ocorreu em 1976. Era uma casa que conhecia bem, sendo o seu pai, Nuno Bessa Lopes, um diplomata de carreira, que em 1976, a pedido do ministro Ernesto Melo Antunes, elaborou o primeiro relatório interno do MNE para uma reapreciação do caso de Aristides de Sousa Mendes, episódio contado nos livros de Rui Afonso, Injustiça. O Caso Sousa Mendes (1990) e Um Homem Bom. Aristides de Sousa Mendes. O «Wallenberg Português» (1995).
Sob a sua orientação, o AHD, debatendo-se sempre com grande parcimónia de recursos e instalações exíguas, soube acompanhar as orientações internacionais em matéria de práticas arquivísticas. Juntamente com outros investigadores e diplomatas (António José Telo, António Vasconcelos Saldanha, João de Deus Ramos), e o apoio do então presidente do Instituto Diplomático (Luís Navega), Maria Isabel Fevereiro foi ainda uma das impulsionadoras da Associação dos Amigos do AHD, tendo integrado os seus primeiros conselhos diretivos.
Pedro Aires Oliveira, Presidente do Conselho Diretivo da Associação dos Amigos AHD e investigador do Instituto de História Contemporânea
Outras Notícias
-
O IHC preparou um conjunto de cinco actividades para a Semana da Ciência e Tecnologia
-
O filme "Vivi Nascosto Guido Guidi" é uma biografia visual do Guido Guidi
-
António Cândido Franco foi um dos comissários
Pesquisa
Oportunidades
Programa “Doutor AP” — FCT
Prazo (IHC): 1 Dezembro 2024
Concurso de Estímulo ao Emprego Científico Individual
Prazo (IHC): 15 Setembro 2024
Notícias
IHC na Semana da Ciência e Tecnologia 2024
Nov 13, 2024
O IHC preparou um conjunto de cinco actividades para a Semana da Ciência e Tecnologia
Paulo Catrica estreia filme no DocLisboa
Out 16, 2024
O filme “Vivi Nascosto Guido Guidi” é uma biografia visual do Guido Guidi
50 anos da revista ‘A Ideia’ em exposição
Out 11, 2024
António Cândido Franco foi um dos comissários