Investigadora do IHC-NOVA FCSH comissaria museu em Vilar Formoso
Ago 29, 2017 | Notícias
Foi inaugurado no dia 26 de Agosto, com a presença do Presidente da República, o museu “Vilar Formoso – Fronteira da Paz”, um memorial aos refugiados da II Guerra Mundial e ao cônsul Aristides de Sousas Mendes em Vilar Formoso, que tem como comissária científica Margarida de Magalhães Ramalho, investigadora do IHC-NOVA FCSH.
O espaço agora inaugurado começou a ser planeado em 2011, altura em que a Câmara Municipal de Almeida convidou a arquitecta Luísa Pacheco Marques para desenvolver o projecto museológico. Luísa Pacheco Marques, conhecendo já o trabalho da investigadora do IHC, tanto no Museu Virtual Aristides de Sousas Mendes como noutros projectos, fez-lhe o convite para a curadoria dos conteúdos científicos.
Na inauguração, para além de Marcelo Rebelo de Sousa, estiveram presentes “ex-refugiados que fizeram questão de, apesar de viverem noutros continentes, estarem presentes”, conta Margarida de Magalhães Ramalho. “Tivemos, por isso, três passageiros do comboio proveniente do Luxemburgo e que ficou retido, em Novembro de 1940, em vilar Formoso, sendo posteriormente devolvido a França, e ainda a filha de uma outra passageira, já falecida.” Todas estas pessoas foram localizadas pela historiadora do IHC-NOVA FCSH no âmbito da investigação para a concretização do museu.
O novo museu, financiado com fundos europeus, pela Direcção-Geral do Património Cultural e pela Câmara Municipal, ocupa dois antigos armazéns contíguos à estação de comboios de Vilar Formoso, por onde passaram aqueles e aquelas que procuravam fugir da perseguição nazi via Portugal (cf. o livro “O Comboio do Luxemburgo”, de Irene Flunser Pimentel e Margarida de Magalhães Ramalho – Esfera dos Livros, 2016).
Neste link, pode ouvir as declarações de Margarida de Magalhães Ramalho à rádio Antena 1.
Imagem: Marcelo Rebelo de Sousa e Rachel Galler Wolf, uma das passageiras do malogrado comboio do Luxemburgo, a primeira pessoa deste comboio que Margarida de Magalhães Ramalho (atrás) identificou e localizou no Luxemburgo, em 2012. (Crédito: Presidência da República Portuguesa)
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