Relações laborais em Portugal e no mundo lusófono 1800-2000: Continuidades e ruturas
Coordenadora:
Raquel Varela
Financiamento:
Fundação para a Ciência e Tecnologia (Ref. PTDC/EPH-HIS/3701/2012)
Duração:
2013-2015
Equipa:
Paulo Teodoro de Matos, Jelmer Vos, António Cardoso, Sónia Ferreira, João Paulo Aguiar, Cátia Teixeira, António Simões do Paço, Tarcísio Botelho, Filipa Silva, Maria Augusta Tavares, Paulo Terra
Outras instituições participantes:
Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Resumo:
Este projecto visa quantificar, analisar e compreender as relações laborais em Portugal e no mundo lusófono no período contemporâneo, assinalando as formas como a mão-de-obra e as relações laborais se foram modificando e adaptando à evolução social, económica e política de Portugal e do mundo lusófono nos últimos dois séculos. Visamos com este projecto contribuir para preencher uma lacuna das ciências sociais contemporâneas, ou seja, o acesso a uma base de dados global da evolução das relações laborais e da mão-de-obra em Portugal e no mundo lusófono. Igualmente procuramos dar um contributo para a análise destes dados, nomeadamente a nível da composição da força de trabalho, da evolução da formação e qualificação desta, da produtividade e os factores explicativos das modificações ao nível desta dimensão, da capacidade de inovação, adaptação e reestruturação produtivas, e da própria configuração económico-social destas sociedades em análise. A dimensão da lusofonia – dentro deste espaço lusófono estamos a considerar aquele em que há uma presença administrativa e política portuguesa efectiva – é essencial neste projecto. Essa presença efectiva, que tem uma dimensão cultural e social com uma matriz portuguesa, permite-nos analisar em perspectiva comparada estes territórios, quer pela longevidade do sistema colonial português quer pelas relações económicas estreitas entre estes países que se prolongaram para além das independências (Brasil 1822, Índia 1961, Colónias portuguesa em África, 1975). Nomeadamente, este projecto ajuda-nos a compreender o alcance destas relações, quer entre os espaços que são o elo comum da lusofonia quer entre estes espaços e por exemplo os territórios limites. Finalmente este projecto terá ainda uma vertente comparativa, ao ancorar-se num projecto já em curso do Instituto Internacional de História Social, que tem em curso um projecto mundial de estudos das relações laborais (Global Collaboratory on the History of Labour Relations in the Period 1500-2000). O presente projecto como a dimensão portuguesa e lusófona de um projecto mundial, garantindo assim em simultâneo que o projecto mundial não ficará sem uma dimensão portuguesa e lusófona, por um lado e por outro, permitindo a Portugal, através desta estrutura internacional já erguida – nomeadamente um base de dados digital profissional (um laboratório de partilha de dados complexos em versão digital, aberta e de discussão metodológica – a colecta e disponibilização de dados estruturais da sociedade portuguesa e do mundo lusófono, até agora dispersos por arquivos, às vezes separados por continentes, e mesmo o acesso e compreensão de dados até aqui inéditos. Salientamos que a equipa que assegurará este projecto responde aos desafios da interdisciplinaridade, e da internacionalização, e poderá responder à complexidade das questões levantadas quer na recolha dos dados, quer na sua disponibilidade na base de dados digital quer na análise dos mesmos: historiadores, demógrafos históricos, sociólogos e antropólogos. Os membros da equipa já estudaram parcialmente alguns dos aspectos relacionados com as questões e as fontes aqui descritas, o que contribuirá para o sucesso do projecto final. Destacamos no conselho consultivo internacional presença do coordenar do projecto mundial, Jan Lucassen.
Deu origem à publicação:
- Mattos, Marcelo Badaró, Filipa Ribeiro da Silva, Paulo Matos, Raquel Varela & Sónia Ferreira (Coords.). Relações Laborais em Portugal e no Mundo Lusófono – História e Demografia. Lisboa: Edições Colibri, 2014. [link] [PDF]
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Coordenação: Rita Luís
Pesquisa
Agenda
maio, 2024
Tipologia do Evento:
Todos
Todos
Apresentação
Ciclo
Colóquio
Conferência
Congresso
Curso
Debate
Encontro
Exposição
Inauguração
Jornadas
Lançamento
Mesa-redonda
Mostra
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Detalhes do Evento
Congresso que se constitui como uma oportunidade para fazer um ponto da situação e discutir, a partir de uma perspectiva interdisciplinar, o futuro dos estudos sobre a Revolução. Congresso
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Detalhes do Evento
Congresso que se constitui como uma oportunidade para fazer um ponto da situação e discutir, a partir de uma perspectiva interdisciplinar, o futuro dos estudos sobre a Revolução.
Congresso internacional 50 anos do 25 de Abril
Cinquenta anos depois, o 25 de Abril e o processo revolucionário de 1974-75 continuam a ser objecto de discussão em várias disciplinas das ciências sociais e das humanidades. Sobretudo nas últimas décadas, os debates em torno da Revolução procuraram ir para além dos estudos pioneiros sobre o processo político e militar, através de múltiplas abordagens que ajudam a compreendê-lo em toda a sua complexidade: as transformações sociais e a participação política de base; os contextos internacionais, nomeadamente no que diz respeito aos processos de luta anti-colonial e à Guerra Fria; as dinâmicas políticas e sociais na sua diversidade regional; a economia política da Revolução; os repertórios de luta e as linguagens escritas, visuais e musicais; o papel da Revolução e da sua memória na história global e na sociedade portuguesa democrática; os processos de patrimonialização, musealização e preservação das memórias; as análises comparativas com outras revoluções e transições para sistemas democráticos.
Palestrantes:
Enzo Traverso (Cornell University)
Donatella della Porta (Scuola Normale Superiore, Firenze)
>> Programa do congresso (PDF) <<
Chamada para comunicações
A ocasião do cinquentenário surge assim como uma oportunidade para fazer um ponto da situação e discutir, a partir de uma perspectiva interdisciplinar, o futuro dos estudos sobre a Revolução. Neste sentido, o Congresso Internacional 50 anos do 25 de Abril apela à participação de investigadores/as de áreas tão distintas como a sociologia, a história, a economia, a ciência política, as relações internacionais, a antropologia, a história de arte e os estudos artísticos e literários. Privilegiam-se abordagens inovadoras nos âmbitos temáticos acima referidos que contribuam para reforçar o conhecimento deste momento fundador da nossa contemporaneidade.
Plano Temático:
Secção I | O derrube da ditadura: A secção I compreende os estudos sobre o Marcelismo e a crise final do regime nas suas dimensões nacional e internacional, incluindo as dinâmicas sociais e políticas geradas em torno Guerra Colonial.
Secção II | A revolução política: A secção II é dedicada à dissolução do aparelho de repressão política, judicial e censório e a responsabilização política, criminal e administrativa dos seus agentes (dissoluções, prisões, saneamentos, interdições, julgamentos), ao processo político revolucionário (as suas diferentes fases entre o 25 de Abril e a aprovação da Constituição de 1976), à Assembleia Constituinte, aos Pactos MFA/Partidos e à Constituição de Abril de 1976, aos partidos políticos e à conquista das liberdades públicas, do sufrágio universal e do direito à greve.
Secção III | A revolução económica e social: A secção III inclui investigação sobre as lutas dos trabalhadores e os órgãos de vontade popular, as lutas dos moradores e a questão da habitação, a reforma agrária e as novas políticas agrárias, as nacionalizações e as estratégias de desenvolvimento económico, as lutas feministas e as organizações das mulheres, as lutas pela diversidade sexual e de género e os seus movimentos, as lutas anti-racistas e os seus movimentos, a população racializada, o ensino e o movimento estudantil.
Secção IV | A revolução cultural: A secção IV versa sobre a cultura no PREC, incluindo a imprensa, o audiovisual (rádio e televisão), a música, o cinema, o teatro, a literatura, a pintura e os murais, o cartaz.
Secção V | A queda do império colonial: A secção V é dedicada à descolonização. Reúne apresentações sobre a situação da Guerra Colonial e as guerras de libertação em 1974, a questão colonial e o poder político e militar em Portugal no processo revolucionário, os movimentos de libertação nacional e o processo de descolonização, os efeitos da descolonização na sociedade portuguesa, a chegada a Portugal de populações das antigas colónias, a situação dos militares africanos integrados nas forças militares portuguesas, o racismo estrutural da sociedade portuguesa.
Secção VI | Processo revolucionário e relações internacionais (1974-1976): A secção VI trata da conjuntura internacional e da política externa dos governos provisórios, das ligações internacionais entre forças políticas e o poder militar, dos apoios internacionais e da intervenção externa no processo revolucionário.
Secção VII | A revolução portuguesa e os processos de transição para a democracia: A secção VII introduz a dimensão comparativa no estudo da Revolução portuguesa. Aborda a temática a partir de reflexões em torno das Revoluções, dos processos de democratização, das convergências e divergências das transições para a democracia.
Secção VIII | As representações da memória política do 25 de Abril: Nesta secção agrupam-se as pesquisas dedicadas aos processos de memorialização do passado e as suas mutações ao longo do tempo, às políticas publicas de memória e às políticas do esquecimento, aos debates das interpretações sobre história e memória em suas múltiplas dimensões e ao comemorativismo.
Submissão de propostas 🔗 neste link.
Datas: 2, 3 e 4 de Maio de 2024
Local: Reitoria da Universidade de Lisboa
Os interessados/as devem submeter a sua proposta através do formulário até dia 10 de Setembro de 2023.
Comissão Organizadora
Maria Inácia Rezola, Comissão Comemorativa 50 Anos 25 de Abril / IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
Fernando Rosas, IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
José Neves, IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
Miguel Cardina, CES – Universidade de Coimbra
Rita Almeida de Carvalho, ICS – Universidade de Lisboa
José Lopes Cordeiro, Universidade do Minho
Comissão Científica
Álvaro Garrido, CEIS20 – Universidade de Coimbra
António Costa Pinto, ICS – Universidade de Lisboa
Fernando Rosas, IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
José Lopes Cordeiro, Universidade do Minho
José Neves, IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
Luís Trindade, CEIS20 – Universidade de Coimbra
Luísa Tiago de Oliveira, CIES – ISCTE
Manuel Loff, Universidade do Porto, IHC – NOVA FCSH
Maria da Conceição Meireles Pereira, CITCEM
Maria Fernanda Rolo, Pólo do CEF na NOVA FCSH
Maria Inácia Rezola, Comissão Comemorativa 50 Anos 25 de Abril / IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
Miguel Cardina, CES – Universidade de Coimbra
Rui Bebiano, Centro de Documentação 25 de Abril – Universidade de Coimbra
Sérgio Campo Matos, CHUL – FLUL
Sílvia Roque, CES – Universidade de Coimbra e Universidade de Évora
Sónia Vespeira de Almeida, CRIA – NOVA FCSH
Rita Rato, Museu do Aljube
Luísa Teotónio Pereira, CIDAC • CULTRA, Cooperativa Culturas do Trabalho e Socialismo
Tempo
2 (Quinta-feira) 8:30 am - 4 (Sábado) 6:30 pm
Organizador
Várias instituições
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