Quintino Lopes

Ciência: Estudos de História, Filosofia e Cultura Científica
Contacto:
quintinolopes1@gmail.com
Biografia
Quintino Lopes concluiu o Doutoramento em História e Filosofia da Ciência pela Universidade de Évora em 2017. Para o desenvolvimento da sua tese de doutoramento, recebeu financiamento da FCT, tendo obtido o primeiro lugar do painel no concurso internacional. Em 2018 foi galardoado com o Prémio Publicações Internacionais de Jovens Investigadores pela Associação Portuguesa de História Económica e Social. A sua investigação foi também reconhecida e financiada pela Johns Hopkins University, pela History of Science Society (EUA), pelo Institut National des Langues et Civilisations Orientales (França) e pela empresa privada Ferraz de Lacerda (Portugal).
Desde 2017, tem focado a sua investigação na História da Fonética Experimental. Artigos sobre esta investigação têm sido publicados nos jornais nacionais Público e Expresso, bem como no canal de televisão público RTP1. Esta investigação foi também adaptada para o conteúdo do programa curricular para escolas secundárias em toda a Europa, como parte do projeto “Sharing European Histories” (Euroclio; Evens Foundation). A sua versatilidade foi atestada pelo trabalho de consultoria realizado para o filme O Ano da Morte de Ricardo Reis (2020) – adaptação cinematográfica de romance histórico do Nobel José Saramago.
Em 2021, foi-lhe atribuído um contrato de Investigador Júnior no âmbito do Concurso Individual de Estímulo ao Emprego Científico da Fundação para a Ciência e Tecnologia.
Áreas de Investigação
- História contemporânea
- História da ciência
- História comparativa e transnacional
- Ditadura Militar e Estado Novo
Publicações destacadas
- Lopes, Quintino & Elisabete J. Santos Pereira. “Science funding under an authoritarian regime: Portugal’s National Education Board and the European ‘academic landscape’ in the interwar period,” Notes and Records (2021): http://doi.org/10.1098/rsnr.2021.0037 [link]
- Lopes, Quintino & George Brock-Nannestad, “Lacerda’s chromographs (1930s-1950s): the circulation and appropriation of knowledge in Europe and the Americas,” in Proceedings of the Forth International Workshop on the History of Speech Communication Research, editado por Jan Volín e Pavel Sturm, 93-104. Dresden: Technische Universität Dresden Press, 2021. [link]
- Lopes, Quintino. Uma Periferia Global: Armando de Lacerda e o Laboratório de Fonética Experimental de Coimbra (1936-1979). Casal de Cambra: Caleidoscópio, 2021. [link]
- Lopes, Quintino. A Europeização de Portugal entre Guerras: A Junta de Educação Nacional e a Investigação Científica. Casal de Cambra: Caleidoscópio, 2018. [link]
Projectos principais
- Investigador no projecto “TRANSMAT — Materialidades transnacionais (1850-1930): reconstituir coleções e conectar histórias” — Coordenado por Elisabete Pereira (IHC — Universidade de Évora) e financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (PTDC /FER-HFC /2793/2020). 2021-2023
- Investigador colaborador no projecto “Desafíos educativos y científicos de la Segunda República Española: internacionalización, popularización, innovación en universidades e institutos” — Coordenado por Leoncio López-Ocón (Instituto de Historia — CSIC) e Álvaro Ribagorda (Universidad Carlos III de Madrid) e financiado pela Agencia Estatal de Investigación, Espanha (PGC2018-097391-B-I00). 2019-2022 [link]
- Investigador no projecto “Dinámicas de renovación educativa y científica en las aulas de bachillerato (1900-1936): una perspectiva ibérica” — Coordenado por Leoncio López-Ocón (Centro de Ciencias Humanas y Sociales del CSIC) e financiado pelo Ministerio de Economía, Industria y Competitividad (Espanha) (HAR2014-54073-P). 2015-2018
- Colaborador do projecto “A Investigação científica em Portugal no período entre as duas guerras mundiais e a JEN” — Coordenado por Augusto J. S. Fitas e financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (HC/0077/2009). 2010-2012
Pesquisa
Agenda
outubro, 2025
Tipologia do Evento:
Todos
Todos
Apresentação
Ciclo
Colóquio
Conferência
Congresso
Curso
Debate
Encontro
Exposição
Inauguração
Jornadas
Lançamento
Mesa-redonda
Mostra
Open calls
Outros
Palestra
Roteiro
Seminário
Sessão de cinema
Simpósio
Workshop
- Event Name
seg
ter
qua
qui
sex
sab
dom
-
-
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

Detalhes do Evento
Ciclo de duas conferências com Rafael Faraco Benthien em torno do seu programa de investigação intitulado "por história cruzada das ciências sociais". Sobre a história
Ver mais
Detalhes do Evento
Ciclo de duas conferências com Rafael Faraco Benthien em torno do seu programa de investigação intitulado “por história cruzada das ciências sociais”.
Sobre a história cruzada das ciências sociais e a coleção Biblioteca Durkheimiana
Este ciclo de conferências apresenta desdobramentos do programa de investigação desenvolvido por Rafael Faraco Benthien (doutorado pela USP, professor na Universidade do Paraná e investigador convidado do IHC – NOVA FCSH), intitulado “por história cruzada das ciências sociais”. Na primeira conferência explicam-se os fundamentos deste programa, e refere-se ainda a experiência editorial da coleção Biblioteca Durkheimiana; na segunda, aborda-se um projecto novo, voltado para o cruzamento entre L’Année Sociologique e La Nouvelle Revue Française, explorando as interações entre ciência e literatura.
ENTRADA LIVRE
1ª Conferência — 20 de Outubro — 10-12h
A “Biblioteca Durkheimiana” e seu lugar em uma História Cruzada das Ciências Sociais
Esta conferência visa apresentar os contornos gerais do programa de investigação “história cruzada das ciências sociais”, o qual foi tomando corpo desde 2011, e adquiriu uma feição pública mais robusta em 2020, por ocasião de um artigo publicado na Revista de História, da Universidade de São Paulo.
Tal esforço procura demarcar-se das histórias disciplinares tradicionais das ciências sociais, pautadas ora no labor rotineiro dos historiadores oficiais, ora na disputa entre diferentes “profetas” pela imposição de seus novos programas. Distingue-se ainda dos modelos pretensamente omnibus, concebidos para dar conta das particularidades de todos os saberes (como o paradigma kuhniano, o campo bourdieusiano ou a rede latouriana). Em ambos os casos, parte-se de, e reforçam-se, certas concepções acerca da unidade e da totalidade de uma ciência. Este é o clássico eixo articulador do passado, do presente e do futuro disciplinares. A proposta aqui em apreço consiste em avançar uma história excêntrica dos saberes, centrada nos circuitos de ideias e de pessoas entre dois ou mais domínios. Procura-se partir das tensões semânticas em torno dos rótulos disciplinares, particularmente visíveis quando se questiona a (im)possibilidade da interdisciplinaridade. Em termos lógicos, três tipos se apresentam: pode alguém, por exemplo, sustentar a sobreposição entre disciplinas, sugerindo que os seus rótulos encobrem uma natureza partilhada, em planos epistemológicos, metodológicos ou quanto a objetos privilegiados de investigação; outra possibilidade, certamente a mais usual, consiste no isolamento de zonas de colaboração, o que supõe uma explicitação, seguida de uma justificação, de pontos comuns e de diferenças. Finalmente, é ainda possível indicar a total incompatibilidade entre dois saberes, implicando também um esforço definicional imprescindível.
Ao longo das histórias disciplinares, quando cruzadas, estas três modalidades de postura costumam verificar-se em simultâneo, cada qual mobilizando cadeias distintas de conceitos, pessoas e instituições. Espera-se que, ao testar interdisciplinaridades episódicas, seja possível reabrir o passado das disciplinas colocadas em relação, revelando circuitos outrora ativos que possam ter ficado de fora da memória hoje sacralizada. Ao fazê-lo, espera-se ainda compreender melhor as dinâmicas desses saberes, contribuindo assim igualmente para a abertura de seus futuros.
De modo a exemplificar os produtos dessa proposta, a conferência encerra com uma apresentação sucinta da experiência editorial da colecção Biblioteca Durkheimiana (10 vol.), publicada na editora da USP, entre 2016 e 2025.
2ª Conferência — 24 de Outubro — 10-12h
Relações entre a Nouvelle Revue Française e L’Année Sociologique: quando a arte dança sobre o chão laborado da ciência, e vice-versa
Nesta conferência discute-se uma investigação recentemente iniciada, que constitui um desdobramento das temáticas anteriormente abordadas neste ciclo de conferências. Nela, procura-se identificar circuitos de ideias e de pessoas que reúnem vanguardas científicas e literárias ativas na França da Terceira República (1870-1940), bem como compreender as dinâmicas das suas interações, tanto positivas como negativas.
Nas investigações anteriores, Rafael Faraco Benthien manteve-se sobretudo ligado aos circuitos entre saberes propriamente académicos, promovendo pequenas variações no ângulo da análise, mas permanecendo basicamente dentro do sistema de ensino e de investigação francês.
Agora, trata-se de testar os resultados já obtidos a partir de um cruzamento com outra esfera, implicando outros grupos sociais e outras bases institucionais. Para esse efeito, o autor propõe-se analisar o cruzamento do grupo constituído em torno da revista L’Année Sociologique, baluarte de um projeto coletivo e universitário de ciência social, com aquele organizado em torno de La Nouvelle Revue Française, empenhado na renovação da literatura, do teatro e da crítica literária. Diversos indícios de arquivo recolhidos em investigações anteriores mostram que alguns indivíduos ligados a essas iniciativas se frequentavam e se estimavam intelectualmente. Para verificar até que ponto essas relações tiveram impacto sobre os trabalhos dessas pessoas, o projecto parte da análise morfológica e de conteúdo dessas revistas, visando, em seguida, à complexificação da série documental primária, mediante a sua articulação tanto com livros (romances, obras científicas, volumes impressos de correspondência) como com material inédito proveniente de fundos de arquivo. O seu propósito geral é alargar o âmbito de uma história intelectual orientada para o cruzamento de disciplinas, discutindo, de forma experimental, as influências recíprocas de áreas geralmente consideradas pela historiografia como muito afastadas entre si, quando não mesmo opostas (ciência e literatura).
Tempo
(Sexta-feira) 10:00 am - 12:00 pm
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de LIsboa e Universidade Federal do Paraná

Detalhes do Evento
Seminário de história e teoria política organizado no âmbito da exibição do filme “Toni, mio padre”, de Anna Negri, no festival DocLisboa.
Ver mais
Detalhes do Evento
Seminário de história e teoria política organizado no âmbito da exibição do filme “Toni, mio padre”, de Anna Negri, no festival DocLisboa.
Antonio Negri: do longo ‘68 italiano ao comunismo do século XXI
Antonio Negri (1933-2024) foi uma figura política destacada da história do longo 1968 italiano, bem como um pensador que adquiriu grande relevância internacional no século XXI. A sua vida e ideias foram sempre matéria de grande controvérsia. Neste seminário, procura-se, numa primeira parte, dar a conhecer o chamado longo 68 italiano, contextualizando a emergência de Negri à luz das transformações sociais, económicas e políticas dos anos 60 e 70. Na segunda parte, o seminário analisa o desenvolvimento do pensamento de Negri a partir dos anos 80, no rescaldo da experiência militante do período anterior e ao encontro da sua forma particular de combinar a tradição marxista com autores como Michel Foucault, aproximando noções como general intellect e biopolítica.
Primeira parte, com Giulia Strippoli
Para a Itália, usa-se a definição de longo 1968 ou época dos movimentos em referência a um período que vai do início dos anos sessenta até ao fim da década de setenta. Protagonistas e historiadores interpretaram o movimento operário e estudantil com ênfase na longa duração tanto dos eventos quanto do “espírito”, uma perspetiva que também foi usada em interpretações historiográficas em perspetiva “global”, como no caso de The Spirit of ’68 de G. Rainer Horn. A primeira parte deste seminário concentra-se na cronologia, nos protagonistas, nas ideias políticas e na memória da época deste longo período, desde o fim do boom económico até ao fim de década de 1970.
Segunda parte, com José Neves
Em 2000, a publicação de Empire, que Negri escreveu com Michael Hardt, ofereceu a diferentes movimentos sociais e às esquerdas um quadro de análise e conceptualização alternativo às narrativas liberais que por então viam na queda do Muro de Berlim o fim da própria história. Contribuindo de forma seminal para reconciliar tradições frequentemente desavindas, como o marxismo e o pós-estruturalismo, o sucesso de Empire acompanhou de perto a emergência dos movimentos por uma outra globalização e inspirou também colectivos e iniciativas em torno de temas como a precariedade, as migrações ou a propriedade intelectual. Na segunda parte deste seminário, mapearemos as principais e ideias do pensamento de Negri.
Inscrição obrigatória através do email giuliastrippoli@fcsh.unl.pt
Fotografia: Antonio Negri, por Christian Werner e Weltz (Fonte: Wikimedia Commons)
Tempo
(Sexta-feira) 2:00 pm - 4:00 pm
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa e DocLisboa

Detalhes do Evento
Mesa-redonda que procura recuperar memórias do quotidiano revolucionário, das rotinas da militância e dos pormenores da aprendizagem política daquelas anos. Memórias Militantes da Revolução Memórias Militantes da Revolução inicia um
Ver mais
Detalhes do Evento
Mesa-redonda que procura recuperar memórias do quotidiano revolucionário, das rotinas da militância e dos pormenores da aprendizagem política daquelas anos.
Memórias Militantes da Revolução
Memórias Militantes da Revolução inicia um ciclo de mesas-redondas organizado pelo projeto de história oral “Memória e Revolução” do Instituto de História Contemporânea, em colaboração com o Museu do Aljube.
O objectivo do projeto é a recolha de experiências de militância no processo revolucionário. Tomando estas experiências como ponto de partida, a mesa-redonda procurará recuperar memórias do quotidiano revolucionário, as rotinas da militância e os pormenores da aprendizagem política daquelas anos, dimensões decisivas para compreender a revolução, mas que ficam normalmente esquecidas de uma história política, muito dependente de datas e protagonistas. O protagonismo, aqui, será dado às e aos militantes que fizeram da revolução um vasto campo de experiência política através de formas coletivas de militância.
ENTRADA LIVRE
Tempo
(Sexta-feira) 5:00 pm - 7:00 pm
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa e Museu do Aljube
Notícias
IHC recebe oito novos contratos CEEC da FCT
Out 22, 2025
Novos contratos de investigação: quatro na categoria Júnior e quatro na categoria Auxiliar
António Borges Coelho — In Memoriam
Out 18, 2025
Nota de pesar das Direcções do IHC, IEM e CHAM
Cristina Nogueira — In Memoriam
Out 11, 2025
Nota de pesar pelo falecimento da investigadora Cristina Nogueira


