Agenda
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dezembro, 2024
Tipologia do Evento:
Todos
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Apresentação
Ciclo
Colóquio
Conferência
Congresso
Curso
Debate
Encontro
Exposição
Inauguração
Jornadas
Lançamento
Mesa-redonda
Mostra
Open calls
Outros
Palestra
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Seminário
Sessão de cinema
Simpósio
Workshop
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Curso integrado na edição 2025 dos Cursos de Ano Novo da NOVA FCSH, sobre a história global da mineração de diamantes, interligando-a com as narrativas sobre
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Curso integrado na edição 2025 dos Cursos de Ano Novo da NOVA FCSH, sobre a história global da mineração de diamantes, interligando-a com as narrativas sobre colonialismo, imperialismo e nacionalismos. ONLINE
Uma História Global de Diamantes da Antiguidade até Hoje
Docente: Tijl Vanneste
Datas e Horários: 13 de Janeiro a 6 de Fevereiro | segunda-feira 13 de Janeiro das 18h00 às 19h00; terças e quintas -feiras das 17h30 às 20h30
Duração: 25h
Modalidade: online
Objectivos:
- Obter conhecimento da história global da mineração de diamantes, e a sua relevância em “world history”;
- Entendimento da continuação histórica da gestão das minas de diamantes em vários países por forma de monopólios;
- Fazer análise da mão-de-obra, que consistiu na maioria do tempo em trabalhadores escravizados, ou migrantes vindos de outras regiões, vivendo em sistemas semi-forçados e muito controlados por autoridades coloniais e pós-coloniais;
- Fazer ligação da história de diamantes com as narrativas sobre colonialismo, imperialismo, e nacionalismos africanos e sul-americanos;
- Analisar fontes históricas e entender as utilidades e limites no discurso científico – Ponderar sobre a relevância de obras de ficção no entendimento da história.
Programa resumido:
Módulo 1 — Diamantes na época pré-moderna
Módulo 2 — Diamantes no Brasil
Módulo 3 — Xica da Silva & História em ficção
Módulo 4 — A época industrial de mineração
Módulo 5 — A época moderna
🔗 Mais informações e inscrições
Tempo
(Segunda-feira) 6:00 pm - 7:00 pm
Localização
Link a divulgar aos alunos e alunas
Organizador
Instituto de História Contemporânea — NOVA FCSH e Centro Luís Krus — Formação ao Longo da Vidaclk.flv@fcsh.unl.pt Avenida de Berna, 26-C — 1069-061 Lisboa
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Curso integrado na edição 2025 dos Cursos de Ano Novo da NOVA FCSH, sobre a dissolução dos impérios coloniais europeus após a II Guerra Mundial. ONLINE
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Curso integrado na edição 2025 dos Cursos de Ano Novo da NOVA FCSH, sobre a dissolução dos impérios coloniais europeus após a II Guerra Mundial. ONLINE
História da Descolonização
Docente: Aurora Almada e Santos
Datas e Horários: 13 de Janeiro a 7 de Fevereiro | segunda, quarta e sextas-feiras, das 18h00 às 20h00; dia 7 de Fevereiro, das 18h00 às 21h00
Duração: 25h
Modalidade: online
Objectivos:
História da Descolonização é um curso que examina a dissolução dos impérios coloniais europeus após a II Guerra Mundial. O curso pretende analisar a complexidade do processo de descolonização e salientar as múltiplas dinâmicas entre as metrópoles, os territórios coloniais e a arena internacional. O objetivo será focar-se nas descolonizações britânica, francesa, belga, holandesa, espanhola e portuguesa, estabelecendo uma análise comparativa.
Programa resumido:
História da Descolonização será dividida em oito sessões, que apresentarão em simultâneo uma abordagem cronológica e geográfica. A primeira sessão será dedicada à problematização do conceito de descolonização. A segunda sessão abarcará a análise da ascensão do imperialismo europeu em finais do século XIX e inícios do século XX. Em seguida, será discutido o período entre guerras, com destaque para os mecanismos criados após a I Guerra Mundial para a supervisão das colónias das potências derrotadas no conflito (a Alemanha e o Império Otomano), bem como as situações em que alguns territórios, como o Iraque, alcançaram a independência. Na quarta sessão serão discutidas as diversas teorias desenvolvidas pela historiografia para explicar o processo de descolonização após a II Guerra Mundial. As restantes quatro sessões serão dedicadas ao estudo da descolonização na Ásia, Médio Oriente e Mediterrâneo, África Subsariana, bem como a África Austral, dando-se destaque ao papel dos atores não estatais e das organizações não governamentais na promoção do direito à autodeterminação dos povos colonizados..
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Tempo
(Segunda-feira) 6:00 pm - 8:00 pm
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Organizador
Instituto de História Contemporânea — NOVA FCSH e Centro Luís Krus — Formação ao Longo da Vidaclk.flv@fcsh.unl.pt Avenida de Berna, 26-C — 1069-061 Lisboa
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Curso integrado na edição 2025 dos Cursos de Ano Novo da NOVA FCSH, sobre a história da noite, com foco sobre a cidade de Lisboa nos
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Curso integrado na edição 2025 dos Cursos de Ano Novo da NOVA FCSH, sobre a história da noite, com foco sobre a cidade de Lisboa nos últimos dois séculos. ONLINE
A História da Noite de Lisboa
Docente: Rosa Maria Fina
Datas e Horários: 14 de Janeiro a 8 de Fevereiro | terças e quintas-feiras, das 18h00 às 20h30; dia 8 de Fevereiro (sábado), das 14h00 às 19h00
Duração: 25h
Modalidade: online
Objectivos:
- Apresentar a nova área científica dos Estudos sobre a Noite;
- Comunicar as principais características da história da noite;
- Apresentar comparativamente vários episódios da história da noite de Lisboa (séc. XIX e XX);
- Reflectir sobre alguns acontecimentos relacionados com a história da noite de Lisboa.
Programa resumido:
- A noite boémia;
- A noite e a literatura;
- Trabalho noturno;
- As personagens mitológicas e reais da noite de Lisboa;
- A noite queer;
- Formação do Bairro Alto como lugar de diversão noturna;
- Cinema e literatura: a Noite e o Riso (Nuno Bragança) e os Verdes Anos (Paulo Rocha), cruzamentos noturnos.
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Tempo
(Terça-feira) 6:00 pm - 8:30 pm
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Organizador
Instituto de História Contemporânea — NOVA FCSH e Centro Luís Krus — Formação ao Longo da Vidaclk.flv@fcsh.unl.pt Avenida de Berna, 26-C — 1069-061 Lisboa
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A transdisciplinaridade como ferramenta e enquadramento vitais para reimaginar os museus e as suas colecções coloniais a partir de uma perspetiva inclusiva e descolonial. Prazo: 30 Abril 2024. Decolonizing
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A transdisciplinaridade como ferramenta e enquadramento vitais para reimaginar os museus e as suas colecções coloniais a partir de uma perspetiva inclusiva e descolonial. Prazo: 30 Abril 2024.
Decolonizing Museums and Colonial Collections
Towards a Transdisciplinary Agenda and Methods
Set to take place from 12 to 14 March 2025, in Portugal (the city is yet to be confirmed), this international conference is a collaborative effort between colleagues from the Institute of Contemporary History (NOVA and Évora University, Portugal), Queens College, City University of New York (USA), University of São Paulo (Brazil), and Pitt Rivers Museum, University of Oxford (UK), supported by TheMuseumsLab.
The conference will delve into the theme of transdisciplinarity as a vital tool and framework for reimagining museums and their colonial collections from an inclusive and decolonial perspective. Globally, there is a growing movement fuelled by public demand to decolonize museum institutions. However, practical strategies for decolonizing museums and addressing their colonial collections are often lacking in discussions.
Transdisciplinarity has emerged as a response to the growing complexity of contemporary issues in society and must also be invoked to deal with the complexity of decolonization and the processes of collection documentation and rethinking of the ‘captive’ objects held in museums. To undiscipline museums and adopt a novel approach to documenting, curating, and presenting colonial collections, there is a need for future museums to be receptive to diverse ways of knowing, both within and beyond academia. Consequently, through case studies from around the world, this conference aims to disseminate transdisciplinary experiences and methodologies related to museums and colonial collections, fostering a more inclusive and informed approach to preserving and presenting historical knowledge.
Call for papers
We welcome submissions on topics such as:
- Colonialism and power dynamics
- Provenance research
- Object, material culture biographies
- Restitution, repatriation, and reparation
- Collections development and care
- Decolonization and reinterpretation
- Exhibitions, and representing hidden and untold stories
- Representation and identity memory and healing
- Cultural appropriation and ownership
- Education and awareness
SELECTION PROCESS
Expressions of interest should be emailed to the conveners in English for consideration for oral presentation. Selected contributors will be invited to participate in a pre-conference workshop, scheduled to be held online in September 2024, aimed at further developing their contributions for potential inclusion in an edited volume focusing on “Museums and Colonial Collections: Advancing a Transdisciplinary Agenda, and Methods”. We strongly encourage early career researchers and individuals from underrepresented regions of the world to submit their contributions. We are prepared to offer technical support as needed. Please don’t hesitate to reach out to us for guidance or additional information. All submissions must be original and not previously published.
Expressions of interest should include the following details:
- Title of the proposed paper
- Last and first name of the author/s
- Affiliation of the author/s (acronyms must be avoided)
- Contact details: e-mail, telephone number, postal address
- Abstract of the paper (300 to 400 words)
- Keywords (maximum 5)
- Short biography of the author/s (max. 50 words)
The abstract must be sent to this email address 2025conferencetransmat@gmail.com
IMPORTANT DATES
18 March 2024: Call for abstracts
30 April 2024: Deadline for submission of abstracts
30 May 2024: Abstract acceptance
15 November 2024: Full paper submission
12 – 14 March 2025: International Conference
Organisers:
Elisabete Pereira, IHC — University of Ébvora / IN2PAST (Portugal)
Robert T Nyamushosho, Queens College, City University of New York (USA)
Marília Xavier Cury, Museu de Arqueologia e Etnologia, University of São Paulo (Brazil)
Lennon Mhishi, Pitt Rivers Museum, University of Oxford (UK)
Concept Note
Globally, there is a widespread and ongoing movement driven by public demand to decolonize museums and their collections. Nonetheless, the practical application of decolonizing museums and their collections is often conspicuously absent from many discussions. As always, the precise interpretation of decolonization in the context of museums remains a subject of ambiguity, both conceptually and in practice. Does it entail the restitution of stolen artworks or objects? Does it involve the recruitment of individuals from diverse racial backgrounds and the inclusion of indigenous voices merely as a symbolic gesture in exhibition design? Whilst the notion of decolonization lacks a clear definition, it is undeniable that a shift in museum institutions towards diversified perspectives on the cultures they represent is critical. Crucially, most decolonial thinkers concur that this diversification must transcend the confines of so-called ‘experts’ and the prevailing colonial narratives. It should aspire to reconstruct the museum as a platform for inclusive dialogue and engagement at all levels of decision-making.
A novel and critical approach to dismantling Eurocentrism in museums and collections research involves the development of a strategic transdisciplinary agenda. This agenda empowers museums to reimagine their collections and transition from being possessors of objects to becoming custodians of those collections. By integrating various forms of knowledge into the museum’s practices, encompassing natural, ethnographic, historical, and archaeological artefacts, museums can avoid perpetuating colonial attitudes and behaviours. This approach also facilitates a comprehensive process of repatriation and restitution in meaningful ways where they are most needed.
Transdisciplinarity, unlike interdisciplinarity and multidisciplinarity, recognizes multiple levels of reality and encourages collaborative problem-solving across different segments of society. It is a practice-oriented approach that promotes the participation of various stakeholders, particularly those possessing local knowledge or external to academic institutions, fostering mutual learning and enriching the collective knowledge base (Häberli et al., 2001; Nilsson Stutz 2018; Rigolot 2020; Zierhofer and Burger 2007). Transdisciplinarity has emerged in response to the growing complexity of contemporary issues in society and must be invoked to deal with the intricacy of decolonization and the processes of documenting collections and the restitutions of ‘imprisoned’ objects. Historically, academic disciplines and departments were established to specialize in distinct domains of knowledge, providing scientific solutions to concrete economic and societal issues.
However, for understanding and solving some of the most important, complex, and difficult issues we face, whether in environmental protection, formulating inclusive public policies, accommodating religious and cultural pluralism, or dealing humanely and respectfully with objects from former empires held in European museums, transdisciplinarity methodologies must be required. Drawing upon validated expertise from various disciplines and other specialized knowledge domains, transdisciplinarity amalgamates diverse viewpoints and contributions toward a shared objective (Klein, 2015; Augsburg, 2014; Levy, 2011; Jants, 1970; Rigolot 2020; Scholz and Steiner, 2015). This approach necessitates collaborative action and entails “border work,” fostering intercommunication both within and outside academia (Horlick-Jones, Sime, 2004; Mignolo, 2000; Nilsson Stutz, 2018).
Within the context of museums stemming from former colonial powers and their intricate transnational collections, this book/conference underscores the significance of organizing and providing access to these collections through a transdisciplinary approach. It is argued here that museums, as trusted societal institutions, must depart from conventional curatorial practices, embracing transparency and the public dissemination of their collections, whether they are archaeological, archival, ethnographic, or natural history collections. This process necessitates the acknowledgment that some objects were acquired through violent means or from affluent donors who amassed their wealth from colonial empires. Decolonization is a subject of intense debate and complexity, entailing discussions of cultural issues and taking into account the various layers of knowledge tied to museum objects, their historical contexts, and the stakeholders engaged in their collection and
exhibition.
Cameron and Mengler (2009) underscore that the traditional museum knowledge system is rooted in an 18th-century classification and objectivity paradigm, which shapes how collections are documented, interpreted, and portrayed. This system, entrenched in disciplinary hierarchies, often presents colonial collections as exotic curiosities and novelties. Many of these objects either find themselves on display or languish in museum storerooms, embodying cultural traditions that colonial governments and Western-style museums actively discouraged and misrepresented. This has led to a neglect of the cultural traditions and knowledge systems from which these collections originated.
Accessing this knowledge and engaging with the communities from which it emanates is crucial for a more profound understanding of global history and its complex cultural legacies. The process of collecting and studying these artifacts requires the amalgamation of diverse disciplinary perspectives and the fusion of information, data, theories, and methodologies to create a synthesis that transcends individual disciplines. This process also involves capturing diverse narratives surrounding collections and their circulation.
In colonial territories, the systems of local knowledge production were disrupted, resulting in generational memory loss and knowledge imbalances. Separating objects from their original communities and distorting their meanings led to enduring memory losses and knowledge asymmetries that persist unaddressed to this day. These imprecise interpretations persist in museums, which often overlook the significance and contexts of these objects, disregarding the potential contributions of the communities of origin in reshaping Eurocentric museums and knowledge institutions (Scholz and Steiner, 2015).
Museums, traditionally employed as colonial tools, have played a pivotal role in shaping identity formation and legitimizing a Eurocentric and hierarchical worldview as universally applicable. However, they must transition from being passive repositories, merely housing vast collections of objects and treasures from diverse cultures around the world. The responsibilities of museums extend to the collections they curate, the voices they represent, and the knowledge systems they embody. This necessitates a transformation in consciousness and the adoption of a new paradigm that acknowledges historical biases in museum practices and narratives, striving for a more inclusive future.
This new paradigm involves adopting a transdisciplinary approach that transcends the confines of individual disciplines in pursuit of a unified understanding of knowledge and the proposition of solutions for contemporary issues such as racism and discrimination.
In order to undiscipline museums and adopt a novel approach to documenting, curating, and presenting collections, this book/conference advocates for future museums to be receptive to diverse ways of knowing, both within and outside the academic sphere. It aims to represent hidden and untold stories, advocating for transdisciplinary research that allows researchers and research subjects to collaborate on an equitable footing. This approach enriches knowledge and understanding without favoring any single investigator or actor over another. As museums navigate these changes, various projects, such as “Looking both ways,” (Crowell et al., 2001), exemplify the transdisciplinary approach by offering an inclusive opportunity for all interested individuals to participate and contribute to the research process, yielding valuable results in combating the coloniality of knowledge. This book/Conference contributes to the dissemination of transdisciplinary experiences and methodologies related to museums and colonial collections, fostering a more inclusive and informed approach to recording, preserving, and presenting knowledge about the past. Globally, there is a widespread and ongoing movement driven by public demand to decolonize museums and their collections. Nonetheless, the practical application of decolonizing museums and their collections is often conspicuously absent from many discussions. As always, the precise interpretation of decolonization in the context of museums remains a subject of ambiguity, both conceptually and in practice. Does it entail the restitution of stolen artworks or objects? Does it involve the recruitment of individuals from diverse racial backgrounds and the inclusion of indigenous voices merely as a symbolic gesture in exhibition design? Whilst the notion of decolonization lacks a clear definition, it is undeniable that a shift in museum institutions towards diversified perspectives on the cultures they represent is critical. Crucially, most decolonial thinkers concur that this diversification must transcend the confines of so-called ‘experts’ and the prevailing colonial narratives. It should aspire to reconstruct the museum as a platform for inclusive dialogue and engagement at all levels of decision-making.
A novel and critical approach to dismantling Eurocentrism in museums and collections research involves the development of strategic transdisciplinary working methods. This agenda empowers museums to reimagine their collections and transition from being possessors of objects to becoming custodians of those collections. By integrating various forms of knowledge into the museum’s practices, encompassing natural, ethnographic, historical, and archaeological artifacts, museums can avoid perpetuating colonial attitudes and behaviours. This approach also facilitates a comprehensive process of repatriation and restitution in meaningful ways where they are most needed.
REFERENCES
Augsburg, T. (2014) – “Becoming transdisciplinary: The emergence of the transdisciplinary individual”. World Futures, 70(3-4), 233-247.
Cameron, F.R., Mengler, S. (2009). “Complexity, Transdisciplinarity and Museum Collections Documentation”. Journal of Material Culture, 14, 189 – 218.
Crowell, A. L., Steffian, A. F., & Pullar, G. L. (Eds.). (2001). Looking both ways: Heritage and identity of the Alutiiq people. Fairbanks, AK: University of Alaska Press.
Dieleman, H., Nicolescu, B., Ertas, A. (ed.) (2017) – Transdisciplinary & Interdisciplinary Education and Research. Atlas Publishing.
Häberli, R., Bill, A., Grossenbacher-Mansuy, W., Klein, J. T ., Scholz, R.,& Welt i, M. (2001). Synthesis. In J. T . Klein, W. Grossenbacher-Mansuy, R. Häberli, A. Bill, R. Scholz, & M. Welt i (Eds.), Transdisciplinarity: Joint problem solving among science, technology, and society: An effective way of managing complexity. Berlin: Birkhäuser Verlag.
Horlick-Jones, T., Sime, J. (2004) – “Living on the border: knowledge, risk and transdisciplinarity”. Futures 36 (2004);
Jantsch, E. (1970) – “Inter-Disciplinary and Transdisciplinary University – Systems Approach to Education and Innovation”. Policy Sciences, 1970. 1(4): p. 403-428.
Klein, J. T. (2015). “Reprint of ‘Discourses of transdisciplinarity: Looking back to the future”. Futures, 65, 10-16.
Leavy, P. (2011) – Essentials of transdisciplinary research: Using problem-centered methodologies. Walnut Creek, CA: Left Coast.
MacClancey, J. (Ed.). (2002). Exotic no more: Anthropology on the front lines. Chicago, IL: University of Chicago Press.
Mignolo, W. D. (2000) – Local Histories/Global Designs: Coloniality, Subaltern Knowledges, and Border Thinking. Princeton University Press.
Nilsson Stutz, L. (2018). “A future for archaeology: in defense of an intellectually engaged, collaborative and confident archaeology”. Norwegian Archaeological Review, 51(1-2): 48- 56https://doi.org 10.1080/00293652.2018.1544168
Nicolescu, B. (1985). Nous, la particule et le monde. Paris, France: Le Mail.
Nicolescu, B. (2008). “Transdisciplinarity: History, methodology, hermeneutics. Economy, Transdisciplinarity” Cognition, 11(2), 13-23.
Rigolot, C. (2020). “Transdisciplinarity as a discipline and a way of being: complementarities and creative tensions.” Humanit Soc Sci Commun 7, 100. https://doi.org/10.1057/s41599-020-00598-5
Scholz RW, Steiner G (2015). “The real type and ideal type of transdisciplinary processes: part II—what constraints and obstacles do we meet in practice?” Sustain Sci, 10(4): 653–671.
Zierhofer, W., and Burger, P., (2007). “Disentangling transdisciplinarity: an analysis of knowledge integration in problem oriented research”. Science Studies, 20 (1), 51–74.
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março 12 (Quarta-feira) - 14 (Sexta-feira)
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Congresso sobre o papel das forças armadas portuguesas e de seus adversários desde a guerra colonial ao período de transição para as independências. Prazo: 15 Janeiro 2025 Das Guerras
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Congresso sobre o papel das forças armadas portuguesas e de seus adversários desde a guerra colonial ao período de transição para as independências. Prazo: 15 Janeiro 2025
Das Guerras ao Pós-25 de Abril:
Os Militares em Territórios em Convulsão
Hoje, cinco décadas após o 25 de Abril, impõe-se uma reflexão mais profunda sobre a actuação dos militares portugueses nas então colónias. Os condicionamentos decorrentes da nova situação política levaram os militares mobilizados a actuar de forma díspar, em rendições, combates ou negociações. Também os movimentos de libertação foram agindo de forma igualmente díspar num turbilhão de acontecimentos que se sucediam vertiginosamente. Entretanto, novas forças surgiam nos teatros de operações.
O colóquio internacional Das Guerras ao Pós-25 de Abril: Os Militares em Territórios em Convulsão – 2 a 4 de Abril de 2025 – procurará analisar o papel das forças armadas portuguesas e de seus adversários desde os tempos dos conflitos ao período de transição para as independências (Guiné, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique e Timor). Propõe-se também explorar a entrada em cena de novos actores militares (por exemplo, Cuba, África do Sul) e o tipo de interacção mantido com os militares portugueses.
Chamada para comunicações
O tempo decorrido sobre a guerra colonial, ou as guerras de libertação, e a consequente sedimentação da inevitabilidade das independências – que se vão tornando distantes – vão relativizando sentimentos e expurgando o carácter panfletário de muitas das opiniões e dos juízos emitidos, por vezes sem fundamento, acerca da situação e das possibilidades de actuação dos militares portugueses, nos territórios ainda colonizados, antes e após o 25 de Abril de 1974.
Entre ensaios, monografias e memórias, já muito se escreveu sobre a guerra colonial ou sobre as guerras de libertação, assim como sobre a descolonização. Decerto, muitas questões ainda podem e devem ser discutidas – parafraseando Valentim Alexandre, não podia haver descolonização exemplar porque tal teria como premissa uma colonização exemplar –, mas importa uma reflexão mais profunda e justa sobre a actuação dos militares ao longo dessas várias guerras. Os militares estavam obviamente condicionados nas suas noções de autoridade e de missão, bem como na sua operacionalidade, tanto pela conjuntura internacional quanto pela repercussão de novos paradigmas políticos, que alastravam entre oficiais, sargentos e praças. Atente-se, por exemplo, na intermitência dos combates, na diversidade dos terrenos, nas reacções das populações, na multiplicidade de adversários e suas tácticas e armamentos. Independentemente do sentimento do imperioso cumprimento de um dever, inevitavelmente emergiria a percepção de que a beligerância se arrastava para um fim sem sentido.
Como já sucedia antes, a cada dia decorrido sobre o 25 de Abril, tal pesaria sobremaneira na decantação do juízo do nulo sentido político de acções militares. De permeio com mudanças na cadeia de comando e na operacionalidade, militares de diferentes condições e responsabilidade moveram-se em várias (e, nalguns casos, inusitadas) direcções, guiando-se por díspares motivações, decisões e estratégias, também na medida em que isso era política e militarmente possível. Se alguns ensaiaram como desígnio militar ganhar tempo até à definição política de Lisboa relativamente à independência das colónias, outros julgaram-se obrigados a agir quase disruptivamente para acelerar tal definição, forçando a mão dos decisores metropolitanos. Previsivelmente, as acções armadas coexistiram com encontros e acordos informais de tréguas com forças guerrilheiras dos movimentos.
Não obstante, os militares tiveram de lidar, nalguns casos, com o recrudescimento das acções armadas dos movimentos de libertação nos meses seguintes ao 25 de Abril. Com efeito, os militares portugueses foram sujeitos a acções armadas que, visando-os enquanto força do colonizador – com a justificação de circunstância de que se pretenderia democratizar em Portugal e prosseguir a colonização –, buscavam a conquista da melhor posição para garantir o acesso ao poder após a independência, em prejuízo de outros movimentos ou de meros concidadãos.
Se a guerra já se revelara um fardo pesado, após o 25 de Abril, a situação não foi menos desafiante: a actuação dos militares tornou-se variada, desde o desinteresse por acções armadas até à mobilização para conter tentativas restauracionistas ou para, sem sucesso, impor a paz, o que, por exemplo, não foi conseguido no turbilhão de Angola.
Sob pressão da eclosão e propagação de conflitos raciais e, depois, de violentíssimos confrontos, em que condições foi possível manter, ou não, uma coesão mínima? Como é que o comando e a capacidade operacional se mantiveram, ou se corroeram, no confronto entre o desejo de regressar “são e salvo” e a adesão aos projectos de construção nacional nos novos territórios, entre outras motivações?
Os militares desdobraram-se em actuações díspares: além de rendições inesperadas, ações ofensivas, negociações para o estabelecimento de acordos de cessar-fogo e de paz, actuação conjunta com forças dos movimentos, ou de uma das facções, suporte aos movimentos, sem esquecer ações de retaliação pela prisão de soldados portugueses.
Este Colóquio Internacional Das Guerras ao pós-25 de Abril: Os Militares em Territórios em Convulsão acolherá análises do papel das forças armadas portuguesas e de seus adversários desde os tempos dos conflitos ao período de transição para as independências (Guiné, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique e Timor).
Atenta a evolução nalguns territórios no sentido de uma acrescida internacionalização de seus diferentes conflitos, o Colóquio acolherá também contribuições que se proponham explorar a entrada em cena de novos atores militares (por exemplo, Cuba, África do Sul) e o tipo de interação mantido com militares portugueses.
Línguas de trabalho
Português, castelhano, francês e inglês
Eixos temáticos
- Os cursos das guerras e a gestação de perceções políticas entre os militares
- Actuações na governação dos territórios ultramarinos
- Percepções políticas nas forças militares e coesão no terreno
- Filiações político-ideológicas e actuação junto de civis
- As especificidades dos processos de descolonização dos vários territórios
- A condição das tropas lealistas
- Elementos incorporados localmente: trajectórias do pré ao pós-25 de Abril
- Interacções entre militares portugueses e corpos militares estrangeiros
As propostas de comunicação, em *docx, entre 180 a 200 palavras, deverão ser enviadas para o endereço guerra25abril@letras.ulisboa.pt até 15 de Janeiro de 2025. As propostas devem ser acompanhadas de uma nota biográfica com 100 palavras.
Comissão Organizadora
Ana Mónica Fonseca (CEI, ISCTE-IUL)
Augusto Nascimento (CH-ULisboa)
Catarina Laranjeiro (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
João Vieira Borges (CPHM; CH-ULisboa)
Pedro Aires Oliveira (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
André Morgado (secretariado) (CH-ULisboa)
Comissão Científica
Ana Mónica Fonseca (CEI, ISCTE-IUL)
Augusto Nascimento (CH-ULisboa)
Aurora Almada e Santos (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Catarina Laranjeiro (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Edalina Sanches (ICS — ULisboa)
João Fusco Ribeiro (CICP)
João Vieira Borges (CPHM; CH-ULisboa)
Luís Barroso (IUM)
Pedro Aires Oliveira (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Sílvia Correia (FLUP)
Sílvia Roque (CES; UÉ)
Vasco Martins (CES)
Víctor Barros (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Instituições organizadoras
Instituto de História Contemporânea — Universidade Nova de Lisboa
Centro de História da Universidade de Lisboa
Comissão Portuguesa de História Militar
Centro de Estudos Internacionais do Iscte – Instituto Universitário de Lisboa
Tempo
abril 2 (Quarta-feira) - 4 (Sexta-feira)
Organizador
Várias instituições
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Sobre as múltiplas dimensões – histórias, processos, legados e memórias – desses eventos independentistas que mudaram a configuração da política global do mundo da segunda metade do século XX. Prazo:
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Sobre as múltiplas dimensões – histórias, processos, legados e memórias – desses eventos independentistas que mudaram a configuração da política global do mundo da segunda metade do século XX. Prazo: 15 Dezembro 2024
50 Anos das Independências das Colónias Portuguesas em África:
Histórias, Processos, Legados e Memórias
Em 2025, quatro antigas colónias portuguesas de África (Angola, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe) celebram o cinquentenário das suas independências, vindo juntar-se à Guiné-Bissau, que dois anos antes (em Setembro de 1973), proclamara unilateralmente a existência do Estado da Guiné-Bissau, acedendo à independência formalmente a 10 de Setembro de 1974. Os processos negociais complexos que abririam as portas às independências destes territórios que estiveram durante séculos sob o domínio português não foram lineares. Assim, desde a Declaração Unilateral da Independência da Guiné (um importante precedente a nível internacional) às negociações nos casos de Angola, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe, envolveram complexas e importantes teias geopolíticos e transnacionais, num contexto africano e mundial de Guerra-Fria e de rescaldo da cisão sino-soviética, que valerá a pena dissecar.
Pretende-se com esta conferência internacional assinalar os 50 anos decorridos desde esses acontecimentos transcendentais para a vida de territórios outrora colonizados por Portugal em África, nalguns dos quais (Guiné, Angola e Moçambique) foi necessário passar por devastadoras guerras de libertação/guerras coloniais. Essas lutas pela emancipação inscrevem-se como eventos conexos de uma longa história de resistência dos povos submetidos à exploração imperial, ao trabalho forçado, ao racismo e ao colonialismo. Como é sabido, os processos que levaram às independências geraram múltiplas dinâmicas e ramificações que, por um lado, ultrapassaram as simples fronteiras dos respetivos territórios concernidos; por outro, tais processos produziram interações interna e externamente com vários elementos e condicionalismos, combinando o contexto internacional da época com as demandas internas dos povos colonizados pela soberania política.
Neste sentido, as independências não devem ser interpretadas como acontecimentos históricos isolados, nem como eventos lineares e homogéneos. Há uma historicidade própria que carateriza os processos de independência referente a cada um dos territórios, processos esses marcados por complexidades de diversa ordem. Tanto assim é que não podemos separar as independências das lutas dos movimentos de libertação, do anti-colonialismo, das revoluções terceiro-mundistas, do anti-imperialismo, das lutas contra a ditadura Portuguesa, etc. Em suma, as independências resultaram das várias lutas levadas a cabo pelos movimentos de libertação em diferentes frentes. E as ações destes contribuíram para a revolução de 25 de Abril de 1974 e, por conseguinte, para a queda da ditadura em Portugal.
Chamada para comunicações
50 anos após esses processos históricos que levaram à emergência de novos estados-nação, esta conferência internacional pretende reflectir sobre as múltiplas dimensões – histórias, processos, legados e memórias – desses eventos independentistas que mudaram a configuração da política global do mundo da segunda metade do século XX. Neste sentido, apela-se a propostas de comunicações sobre tópicos como:
- Lutas pelas independências (conceitos, contextos políticos, culturais e sociais);
- Lutas pelas independências, anticolonialismo, anti-imperialismo e revoluções terceiro-mundistas;
- Solidariedade internacional com as colónias portuguesas e cruzamentos com outras lutas anticoloniais no contexto da Guerra Fria;
- Atores, militantes e organizações independentistas;
- Género, educação e mobilização popular nas lutas pelas independências;
- Artes, artivismo e manifestações culturais nas lutas pelas independências;
- Contributo das lutas pelas independências para o fim da ditadura portuguesa;
- Descolonização pós-25 de Abril de 1974;
- Construção dos novos estados-nação africanos e neocolonialismo;
- Heranças coloniais nos países africanos independentes e em Portugal;
- Guerras civis e transição democrática nos países africanos independentes;
- Construção da memória nos países africanos independentes e em Portugal.
Os resumos das apresentações (200 palavras), acompanhados por notas biográficas (250 palavras), devem ser enviados para: independencias50anos@gmail.com
Prazo para submissão: 15 de dezembro de 2024
Notificação de aceitação: 30 de janeiro de 2025
Línguas de trabalho: Português, Inglês e Francês.
>> Descarregar a Chamada para Comunicações (PT / FR / EN, PDF) <<
Palestrantes convidados/as:
Maria da Conceição Neto (Universidade Agostinho Neto)
Severino Elias Ngoenha (Universidade Eduardo Mondlane)
Comissão Organizadora:
Aurora Almada e Santos (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Julião Soares Sousa (CEIS 20 — Universidade de Coimbra)
Raquel Ribeiro (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Víctor Barros (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Comissão Científica:
Gabriel Fernandes (Universidade de Santiago)
Jean Martial Arséne Mbah (Investigador, Doutorado em História Contemporânea)
Jean-Michel Mabeko-Tali (Howard University)
Marçal de Menezes Paredes (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)
Maria Nazaré de Ceita (Universidade de São Tomé)
Michel Cahen (Sciences Po Bordeaux)
Miguel Cardina (Universidade de Coimbra)
Odete Semedo (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa, Guiné-Bissau)
Pedro Aires Oliveira (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Teresa Cruz e Silva (Universidade Eduardo Mondlane)
Tempo
julho 17 (Quinta-feira) - 19 (Sábado)
Localização
NOVA FCSH
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Universidade NOVA de Lisboa e CEIS20 - Centro de Estudos Interdisciplinares — Universidade de Coimbra
Eventos com chamadas abertas
Detalhes do Evento
Congresso sobre o papel das forças armadas portuguesas e de seus adversários desde a guerra colonial ao período de transição para as independências. Prazo: 15 Janeiro 2025 Das Guerras
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Detalhes do Evento
Congresso sobre o papel das forças armadas portuguesas e de seus adversários desde a guerra colonial ao período de transição para as independências. Prazo: 15 Janeiro 2025
Das Guerras ao Pós-25 de Abril:
Os Militares em Territórios em Convulsão
Hoje, cinco décadas após o 25 de Abril, impõe-se uma reflexão mais profunda sobre a actuação dos militares portugueses nas então colónias. Os condicionamentos decorrentes da nova situação política levaram os militares mobilizados a actuar de forma díspar, em rendições, combates ou negociações. Também os movimentos de libertação foram agindo de forma igualmente díspar num turbilhão de acontecimentos que se sucediam vertiginosamente. Entretanto, novas forças surgiam nos teatros de operações.
O colóquio internacional Das Guerras ao Pós-25 de Abril: Os Militares em Territórios em Convulsão – 2 a 4 de Abril de 2025 – procurará analisar o papel das forças armadas portuguesas e de seus adversários desde os tempos dos conflitos ao período de transição para as independências (Guiné, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique e Timor). Propõe-se também explorar a entrada em cena de novos actores militares (por exemplo, Cuba, África do Sul) e o tipo de interacção mantido com os militares portugueses.
Chamada para comunicações
O tempo decorrido sobre a guerra colonial, ou as guerras de libertação, e a consequente sedimentação da inevitabilidade das independências – que se vão tornando distantes – vão relativizando sentimentos e expurgando o carácter panfletário de muitas das opiniões e dos juízos emitidos, por vezes sem fundamento, acerca da situação e das possibilidades de actuação dos militares portugueses, nos territórios ainda colonizados, antes e após o 25 de Abril de 1974.
Entre ensaios, monografias e memórias, já muito se escreveu sobre a guerra colonial ou sobre as guerras de libertação, assim como sobre a descolonização. Decerto, muitas questões ainda podem e devem ser discutidas – parafraseando Valentim Alexandre, não podia haver descolonização exemplar porque tal teria como premissa uma colonização exemplar –, mas importa uma reflexão mais profunda e justa sobre a actuação dos militares ao longo dessas várias guerras. Os militares estavam obviamente condicionados nas suas noções de autoridade e de missão, bem como na sua operacionalidade, tanto pela conjuntura internacional quanto pela repercussão de novos paradigmas políticos, que alastravam entre oficiais, sargentos e praças. Atente-se, por exemplo, na intermitência dos combates, na diversidade dos terrenos, nas reacções das populações, na multiplicidade de adversários e suas tácticas e armamentos. Independentemente do sentimento do imperioso cumprimento de um dever, inevitavelmente emergiria a percepção de que a beligerância se arrastava para um fim sem sentido.
Como já sucedia antes, a cada dia decorrido sobre o 25 de Abril, tal pesaria sobremaneira na decantação do juízo do nulo sentido político de acções militares. De permeio com mudanças na cadeia de comando e na operacionalidade, militares de diferentes condições e responsabilidade moveram-se em várias (e, nalguns casos, inusitadas) direcções, guiando-se por díspares motivações, decisões e estratégias, também na medida em que isso era política e militarmente possível. Se alguns ensaiaram como desígnio militar ganhar tempo até à definição política de Lisboa relativamente à independência das colónias, outros julgaram-se obrigados a agir quase disruptivamente para acelerar tal definição, forçando a mão dos decisores metropolitanos. Previsivelmente, as acções armadas coexistiram com encontros e acordos informais de tréguas com forças guerrilheiras dos movimentos.
Não obstante, os militares tiveram de lidar, nalguns casos, com o recrudescimento das acções armadas dos movimentos de libertação nos meses seguintes ao 25 de Abril. Com efeito, os militares portugueses foram sujeitos a acções armadas que, visando-os enquanto força do colonizador – com a justificação de circunstância de que se pretenderia democratizar em Portugal e prosseguir a colonização –, buscavam a conquista da melhor posição para garantir o acesso ao poder após a independência, em prejuízo de outros movimentos ou de meros concidadãos.
Se a guerra já se revelara um fardo pesado, após o 25 de Abril, a situação não foi menos desafiante: a actuação dos militares tornou-se variada, desde o desinteresse por acções armadas até à mobilização para conter tentativas restauracionistas ou para, sem sucesso, impor a paz, o que, por exemplo, não foi conseguido no turbilhão de Angola.
Sob pressão da eclosão e propagação de conflitos raciais e, depois, de violentíssimos confrontos, em que condições foi possível manter, ou não, uma coesão mínima? Como é que o comando e a capacidade operacional se mantiveram, ou se corroeram, no confronto entre o desejo de regressar “são e salvo” e a adesão aos projectos de construção nacional nos novos territórios, entre outras motivações?
Os militares desdobraram-se em actuações díspares: além de rendições inesperadas, ações ofensivas, negociações para o estabelecimento de acordos de cessar-fogo e de paz, actuação conjunta com forças dos movimentos, ou de uma das facções, suporte aos movimentos, sem esquecer ações de retaliação pela prisão de soldados portugueses.
Este Colóquio Internacional Das Guerras ao pós-25 de Abril: Os Militares em Territórios em Convulsão acolherá análises do papel das forças armadas portuguesas e de seus adversários desde os tempos dos conflitos ao período de transição para as independências (Guiné, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique e Timor).
Atenta a evolução nalguns territórios no sentido de uma acrescida internacionalização de seus diferentes conflitos, o Colóquio acolherá também contribuições que se proponham explorar a entrada em cena de novos atores militares (por exemplo, Cuba, África do Sul) e o tipo de interação mantido com militares portugueses.
Línguas de trabalho
Português, castelhano, francês e inglês
Eixos temáticos
- Os cursos das guerras e a gestação de perceções políticas entre os militares
- Actuações na governação dos territórios ultramarinos
- Percepções políticas nas forças militares e coesão no terreno
- Filiações político-ideológicas e actuação junto de civis
- As especificidades dos processos de descolonização dos vários territórios
- A condição das tropas lealistas
- Elementos incorporados localmente: trajectórias do pré ao pós-25 de Abril
- Interacções entre militares portugueses e corpos militares estrangeiros
As propostas de comunicação, em *docx, entre 180 a 200 palavras, deverão ser enviadas para o endereço guerra25abril@letras.ulisboa.pt até 15 de Janeiro de 2025. As propostas devem ser acompanhadas de uma nota biográfica com 100 palavras.
Comissão Organizadora
Ana Mónica Fonseca (CEI, ISCTE-IUL)
Augusto Nascimento (CH-ULisboa)
Catarina Laranjeiro (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
João Vieira Borges (CPHM; CH-ULisboa)
Pedro Aires Oliveira (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
André Morgado (secretariado) (CH-ULisboa)
Comissão Científica
Ana Mónica Fonseca (CEI, ISCTE-IUL)
Augusto Nascimento (CH-ULisboa)
Aurora Almada e Santos (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Catarina Laranjeiro (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Edalina Sanches (ICS — ULisboa)
João Fusco Ribeiro (CICP)
João Vieira Borges (CPHM; CH-ULisboa)
Luís Barroso (IUM)
Pedro Aires Oliveira (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Sílvia Correia (FLUP)
Sílvia Roque (CES; UÉ)
Vasco Martins (CES)
Víctor Barros (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Instituições organizadoras
Instituto de História Contemporânea — Universidade Nova de Lisboa
Centro de História da Universidade de Lisboa
Comissão Portuguesa de História Militar
Centro de Estudos Internacionais do Iscte – Instituto Universitário de Lisboa
Tempo
abril 2 (Quarta-feira) - 4 (Sexta-feira)
Organizador
Várias instituições
Detalhes do Evento
Sobre as múltiplas dimensões – histórias, processos, legados e memórias – desses eventos independentistas que mudaram a configuração da política global do mundo da segunda metade do século XX. Prazo:
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Detalhes do Evento
Sobre as múltiplas dimensões – histórias, processos, legados e memórias – desses eventos independentistas que mudaram a configuração da política global do mundo da segunda metade do século XX. Prazo: 15 Dezembro 2024
50 Anos das Independências das Colónias Portuguesas em África:
Histórias, Processos, Legados e Memórias
Em 2025, quatro antigas colónias portuguesas de África (Angola, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe) celebram o cinquentenário das suas independências, vindo juntar-se à Guiné-Bissau, que dois anos antes (em Setembro de 1973), proclamara unilateralmente a existência do Estado da Guiné-Bissau, acedendo à independência formalmente a 10 de Setembro de 1974. Os processos negociais complexos que abririam as portas às independências destes territórios que estiveram durante séculos sob o domínio português não foram lineares. Assim, desde a Declaração Unilateral da Independência da Guiné (um importante precedente a nível internacional) às negociações nos casos de Angola, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe, envolveram complexas e importantes teias geopolíticos e transnacionais, num contexto africano e mundial de Guerra-Fria e de rescaldo da cisão sino-soviética, que valerá a pena dissecar.
Pretende-se com esta conferência internacional assinalar os 50 anos decorridos desde esses acontecimentos transcendentais para a vida de territórios outrora colonizados por Portugal em África, nalguns dos quais (Guiné, Angola e Moçambique) foi necessário passar por devastadoras guerras de libertação/guerras coloniais. Essas lutas pela emancipação inscrevem-se como eventos conexos de uma longa história de resistência dos povos submetidos à exploração imperial, ao trabalho forçado, ao racismo e ao colonialismo. Como é sabido, os processos que levaram às independências geraram múltiplas dinâmicas e ramificações que, por um lado, ultrapassaram as simples fronteiras dos respetivos territórios concernidos; por outro, tais processos produziram interações interna e externamente com vários elementos e condicionalismos, combinando o contexto internacional da época com as demandas internas dos povos colonizados pela soberania política.
Neste sentido, as independências não devem ser interpretadas como acontecimentos históricos isolados, nem como eventos lineares e homogéneos. Há uma historicidade própria que carateriza os processos de independência referente a cada um dos territórios, processos esses marcados por complexidades de diversa ordem. Tanto assim é que não podemos separar as independências das lutas dos movimentos de libertação, do anti-colonialismo, das revoluções terceiro-mundistas, do anti-imperialismo, das lutas contra a ditadura Portuguesa, etc. Em suma, as independências resultaram das várias lutas levadas a cabo pelos movimentos de libertação em diferentes frentes. E as ações destes contribuíram para a revolução de 25 de Abril de 1974 e, por conseguinte, para a queda da ditadura em Portugal.
Chamada para comunicações
50 anos após esses processos históricos que levaram à emergência de novos estados-nação, esta conferência internacional pretende reflectir sobre as múltiplas dimensões – histórias, processos, legados e memórias – desses eventos independentistas que mudaram a configuração da política global do mundo da segunda metade do século XX. Neste sentido, apela-se a propostas de comunicações sobre tópicos como:
- Lutas pelas independências (conceitos, contextos políticos, culturais e sociais);
- Lutas pelas independências, anticolonialismo, anti-imperialismo e revoluções terceiro-mundistas;
- Solidariedade internacional com as colónias portuguesas e cruzamentos com outras lutas anticoloniais no contexto da Guerra Fria;
- Atores, militantes e organizações independentistas;
- Género, educação e mobilização popular nas lutas pelas independências;
- Artes, artivismo e manifestações culturais nas lutas pelas independências;
- Contributo das lutas pelas independências para o fim da ditadura portuguesa;
- Descolonização pós-25 de Abril de 1974;
- Construção dos novos estados-nação africanos e neocolonialismo;
- Heranças coloniais nos países africanos independentes e em Portugal;
- Guerras civis e transição democrática nos países africanos independentes;
- Construção da memória nos países africanos independentes e em Portugal.
Os resumos das apresentações (200 palavras), acompanhados por notas biográficas (250 palavras), devem ser enviados para: independencias50anos@gmail.com
Prazo para submissão: 15 de dezembro de 2024
Notificação de aceitação: 30 de janeiro de 2025
Línguas de trabalho: Português, Inglês e Francês.
>> Descarregar a Chamada para Comunicações (PT / FR / EN, PDF) <<
Palestrantes convidados/as:
Maria da Conceição Neto (Universidade Agostinho Neto)
Severino Elias Ngoenha (Universidade Eduardo Mondlane)
Comissão Organizadora:
Aurora Almada e Santos (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Julião Soares Sousa (CEIS 20 — Universidade de Coimbra)
Raquel Ribeiro (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Víctor Barros (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Comissão Científica:
Gabriel Fernandes (Universidade de Santiago)
Jean Martial Arséne Mbah (Investigador, Doutorado em História Contemporânea)
Jean-Michel Mabeko-Tali (Howard University)
Marçal de Menezes Paredes (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)
Maria Nazaré de Ceita (Universidade de São Tomé)
Michel Cahen (Sciences Po Bordeaux)
Miguel Cardina (Universidade de Coimbra)
Odete Semedo (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa, Guiné-Bissau)
Pedro Aires Oliveira (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Teresa Cruz e Silva (Universidade Eduardo Mondlane)
Tempo
julho 17 (Quinta-feira) - 19 (Sábado)
Localização
NOVA FCSH
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Universidade NOVA de Lisboa e CEIS20 - Centro de Estudos Interdisciplinares — Universidade de Coimbra
dezembro, 2024
Tipologia do Evento:
Todos
Todos
Apresentação
Ciclo
Colóquio
Conferência
Congresso
Curso
Debate
Encontro
Exposição
Inauguração
Jornadas
Lançamento
Mesa-redonda
Mostra
Open calls
Outros
Palestra
Roteiro
Seminário
Sessão de cinema
Simpósio
Workshop
Detalhes do Evento
Colóquio que procura averiguar de que modos é que os escritos de Michel Foucault moldaram o conhecimento produzido sobre a "realidade portuguesa". Michel Foucault em Portugal: Nos 40
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Detalhes do Evento
Colóquio que procura averiguar de que modos é que os escritos de Michel Foucault moldaram o conhecimento produzido sobre a “realidade portuguesa”.
Michel Foucault em Portugal:
Nos 40 anos da sua morte
A obra de Michel Foucault (1926-1984) tem marcado a vida intelectual e académica em diferentes partes do mundo, nomeadamente nos domínios das Ciências Sociais e das Humanidades. Tendo realizado o essencial do seu percurso no contexto francês, a recepção internacional dos seus escritos fez-se a ritmo diverso e de formas diferenciadas.
No caso português, ainda antes do fim da ditadura do Estado Novo, as suas intervenções tiveram impacto na crítica cultural e na actividade editorial, suscitando o interesse de Virgílio Ferreira ou de Eduardo Lourenço, e acompanharam alguns historiadores que então se encontravam no início da sua carreira, como António M. Hespanha. Ao longo do último meio século, historiadores e cientistas sociais que têm trabalhado sobre o passado e presente da sociedade portuguesa têm usado, de múltiplas maneiras, conceitos e hipóteses operadas por Foucault. Neste colóquio procura-se conhecer e discutir a experiência de encontro de uma parte desses historiadores e cientistas sociais com Michel Foucault, questionando de que modos é que seus escritos moldaram o conhecimento produzido sobre a “realidade portuguesa”. A que objectos a lente foucaultiana veio dar visibilidade? Que problemas ajudou a elaborar? Que nova História se escreveu? Como é que as diferentes disciplinas das Ciências Sociais, como a Sociologia, trabalharam com a caixa de ferramentas foucaultiana?
Por outro lado, o encontro igualmente procura identificar a resistência, o atrito e a desconformidade do terreno e do “arquivo português” às perspectivas e grelhas foucaultianas.
ENTRADA LIVRE
>> Programa (PDF) <<
Programa:
9h15 | Sessão de Abertura
Por Frederico Ágoas (pelos coordenadores), Diogo Ramada Curto (Biblioteca Nacional de Portugal) e Guillaume Boccara (Instituto Franco-Português).
9h30 | Mesa-redonda: Estados da Questão e Campos Disciplinares
Foucault au Portugal: réception, résistances, influences, malentendus | António Fernando Cascais (ICNOVA — NOVA FCSH)
Foucault e os estudos histórico-educacionais em Portugal: governamentalidade e tecnologias do eu | Jorge Ramos do Ó (IEUL)
Uma disciplina que seja sua: ‘Michel Foucault nos Estudos Feministas em Portugal’ | Ana Oliveira (CES — Universidade de Coimbra)
Accumulation of men and accumulation of capital: Foucault and Labor Studies in Portugal | José Nuno Matos (ICNOVA — NOVA FCSH)
O impacto de Michel Foucault na história da arquitectura: um testemunho | Joana Brites (CEIS20 — Universidade de Coimbra)
11h15 | Pausa para café
11h30 | Conferência
Foucault, un héritage sans héritiers | Judith Revel (Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne)
12h45 | Almoço
14h | Mesa-redonda: Poderes, Estado e Governamentalidade
Para uma crítica da dominação | José Subtil (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Où réside le pouvoir? Le sujet nomade – tournant dans les années 80 | Fernando Dores Costa (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
«Nós somos o Estado»: Anarquismo, poder e governamentalidade | Diogo Duarte (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
«Abstração mitificada»: em fuga do Estado (Novo) | Elisa Lopes da Silva (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Is there a Socialist art of government? With and beyond Foucault | Ricardo Noronha (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
15h45 | Pausa para café
16h | Mesa-redonda: Saber, Conhecimento e Poder
Knowledge and power in the forest of Goa | José Ferreira (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Do as I do, not as I say: Foucault and the possibility of an inventive history of modern schooling | Tomas Vallera (IEUL)
Does It Matter Who Speaks? Positionality and the Arts Education Archive | Cat Martins (i2ADS — FBAUP)
Aproximações foucaultianas à história do comunismo em Portugal | José Neves (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
A invocação foucaultiana no exercício jurisdicional: notas sobre a recepção do autor pelo objecto | Tiago Ribeiro (CES — Universidade de Coimbra)
17h45 | Encerramento
Actividade complementar
No dia 3 de Dezembro realiza-se, às 18h30, na Nouvelle Librairie Française (Rua Pinheiro Chagas 50B, 1050-179 Lisboa), uma conversa em francês entre Judith Revel e Manuel Deniz Silva (INET-md — NOVA-FCSH) com o mote Usages de Foucault au XXIeme siècle.
Coordenação:
Frederico Ágoas (CICS.NOVA), José Neves (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST) e Victor Pereira (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST).
Tempo
(Segunda-feira) 9:15 am - 6:00 pm
Organizador
Várias instituições
Detalhes do Evento
Depois do lançamento no Porto, o livro de Fernando Rosas vai ser apresentado em Braga, na livraria 100ª Página, por José Manuel
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Detalhes do Evento
Depois do lançamento no Porto, o livro de Fernando Rosas vai ser apresentado em Braga, na livraria 100ª Página, por José Manuel Lopes Cordeiro e Paula Nogueira.
Direitas Velhas, Direitas Novas
Este é um livro sobre a história das ideias políticas. Mais concretamente, sobre a história das ideias da extrema‑direita na Europa ocidental do pós‑Segunda Guerra Mundial. Como sobreviveram, se adaptaram ou se transformaram após a derrota dos fascismos — o seu cânone ideológico — em 1945.
Em Direitas Velhas, Direitas Novas, o historiador Fernando Rosas analisa a evolução das organizações da extrema‑direita herdeiras do fascismo paradigmático das décadas de 1930 e 1940, nos seus contextos históricos, económico‑sociais, políticos e culturais. Assim podemos compreender as permanências e as mudanças, as divisões e as reunificações, os anos de marginalidade e recuo, e os períodos — sempre inesperados — de reemergência. E podemos, finalmente, responder à questão controversa e por demais actual sobre a natureza, as origens e os perigos da extrema‑direita emergente.
Nos momentos cruciais de crise, de regressão e de decadência das instituições e das referências ideológicas, as direitas velhas e as novas extremas‑direitas reencontram‑se ciclicamente para salvaguardar privilégios e impor pela força as soluções a que a resistência política e social faz frente.
Mais informações sobre o livro
Tempo
(Segunda-feira) 6:00 pm - 7:30 pm
Organizador
Edições Tinta da China e Livraria Centésima Página
Detalhes do Evento
Congresso que se propõe debater a experiência, representação e rememoração da violência, quer do passado colonial em Portugal, quer do processo de descolonização. Guerra, Revolução e Retorno: 50
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Detalhes do Evento
Congresso que se propõe debater a experiência, representação e rememoração da violência, quer do passado colonial em Portugal, quer do processo de descolonização.
Guerra, Revolução e Retorno:
50 anos depois, a memória de um Portugal europeu, democrático – e descolonizado?
Os 50 anos das últimas transições democráticas da Europa ocidental (Portugal, Espanha e Grécia) cumprem-se num tempo presente caracterizado por uma deriva anti-democrática sem precedentes desde há décadas e pelo questionamento sistemático de alguns dos pressupostos sociais, políticos e económicos que caracterizaram a democracia desde o fim da II Guerra Mundial – entre outros, a consagração efectiva do direito à auto-determinação e da exigência política e moral da descolonização. A discussão pública, com inevitável dimensão política, que presentemente se desenvolve em torno do significado do 25 de Abril de 1974 prova, por um lado, que a passagem do tempo por si só não empresta consensualidade à interpretação das mudanças históricas, e, por outro, como é permanentemente relevante o debate académico rigoroso, crítico e apoiado num trabalho de reflexão e investigação históricas abrangentes.
Esse debate e essa investigação são ainda mais urgentes considerando que, no momento em que se comemoram 50 anos da Revolução dos Cravos, continuam a imperar narrativas simplistas que informam o debate político no presente, incapazes de uma análise de fundo e de longa duração daquilo que foram, são, e continuarão a ser no futuro, as grandes transformações desencadeadas pelo movimento militar conduzido pelo MFA. Em 2024, muito do debate público continua dependente de motivações comemorativas ou depreciativas, ignorando muito de como o Portugal democrático de hoje foi e é moldado: pela violência da colonização diferente (“lusotropical”); pela violência de 13 anos de Guerra Colonial e suas profundas consequências; por um biénio (1974-1976) de transformações sem precedentes na história contemporânea portuguesa (revolução social, política e económica, e fim da dominação colonial); por uma descolonização complexa, geradora de novas nações e de regressos; pelo fim, efectivo, de cinco séculos de história imperial; pelo regresso de milhares de retornados, combatentes e os seus processos de (re)integração social e económica; e finalmente pela memória, individual, colectiva, mas também política, uma memória de Abril sempre disputada, do Estado Novo, do colonialismo e da resistência democrática anti-fascista.
Palestrantes:
Julião Soares Sousa e Elsa Peralta
>> Programa (PDF) <<
Chamada para comunicações
Partindo de uma preocupação em pensar os usos do passado, este congresso propõe-se debater em torno da experiência, representação e rememoração da violência quer do passado colonial em Portugal, quer do processo de descolonização. Assim, procurar-se-á identicamente dar centralidade à Guerra Colonial, questionando o seu significado de ruptura ou de continuidade estrutural, e sua interpretação e influência na realidade pós-colonial da ex-metrópole e das ex-colónias. Finalmente pretende-se discutir o lugar da Revolução de Abril nesta história não só como o grande catalisador de mudança, mas também como como consequência direta da violência colonial e como pedra basilar de uma sociedade democrática pós-colonial em permanente tensão com o seu passado.
Desta forma, convida-se à apresentação de propostas no âmbito deste congresso que correspondam a uma ou mais das seguintes linhas temáticas:
– O colonialismo tardio português dos anos 1960 e 1970, o canto do cisne da “Missão Civilizadora”: desenvolvimento do território e “conquista” das populações;
– A violência como legado: o impacto duradouro da violência colonial no processo político português e africano antes e depois de Abril;
– A relação entre a Guerra Colonial, o fim do Estado Novo e a Revolução dos Cravos;
– 25 de Abril de 1974, de África até ao Carmo: a preponderância africana e do passado colonial nos destinos portugueses;
– Legados e memórias coloniais para a posteridade democrática: ex-combatentes, retornados. (re)integração social económica e política num contexto revolucionário;
– Três dimensões memoriais paralelas: a memória da Guerra, a memória da Revolução, a memória da descolonização;
– As narrativas históricas e políticas do regime democrático português, nomeadamente na sua abordagem ao colonialismo, ao fim do império e ao fim do Estado Novo;
– O fim do império e a Europa: a integração europeia e as novas identidades nacionais;
– Portugal visto de África: a perspetiva das ex-colónias;
– As relações com os países independentes: os legados do colonialismo em Portugal e em África;
Envio de propostas de comunicação:
As propostas de comunicação (que podem ser feitas em português, inglês ou espanhol) devem ser enviadas para o endereço de email congressohistoriaflup@gmail.com, com um título, um resumo (máx. 350 palavras) e uma curta nota biográfica até ao dia 6 de Outubro de 2024.
As comunicações deverão ser feitas presencialmente pelo que não se admitirão comunicações online.
A organização não cobra inscrições.
>> Descarregar a Chamada para Comunicações (PT / ES / EN, PDF) <<
Comissão Organizadora:
Ana Sofia Ferreira (FLUP e IS/FLUP), Bruno Madeira (UM e CITCEM), Carlos Martins (IUE), Manuel Loff (FLUP e IHC — NOVA FCSH e IN2PAST), Sérgio Neto (FLUP e CITCEM), Sílvia Correia (FLUP e IS/FLUP)
Imagem: Hastear da bandeira da Guiné Bissau após o arriar da de Portugal em Canjadude, 1974 (Autoria: João Carvalho / Wikimedia Commons)
Tempo
5 (Quinta-feira) 9:30 am - 6 (Sexta-feira) 5:30 pm
Localização
Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Via Panorâmica Edgar Cardoso — 4150-564 Porto
Organizador
Várias instituições
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Conversa com o historiador Yuri Slezkine, moderada por Ricardo Noronha, acerca da sua trajectória de investigação e dos temas e objectos que
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Conversa com o historiador Yuri Slezkine, moderada por Ricardo Noronha, acerca da sua trajectória de investigação e dos temas e objectos que estudou.
Sovietes, Judeus e Poetas
Uma Conversa com o historiador Yuri Slezkine
Yuri Slezkine foi durante vários anos professor na Universidade de Berkeley, em cuja escola de estudos pós-graduados continua a ensinar. Os seus trabalhos tornaram-se uma referência fundamental para quem estuda a história do comunismo. Em 1994 publicou Arctic Mirrors: Russia and the Small Peoples of the North (Cornell University Press) e em 2017 publicou The House of Government – a Saga of the Russian Revolution (Princeton University Press). De caminho, escreveu The Jewish Century (Princeton University Press, 2004), assim como ensaios seminais, nomeadamente “The USSR as a Communal Apartment, or How a Socialist State Promoted Ethnic Particularism”, recentemente traduzido e publicado em português (As Casas dos Sovietes: Dois Ensaios e uma Entrevista, Imprensa de História Contemporânea, 2024). Slezkine desenvolve actualmente uma investigação histórica sobre o culto os poetas nacionais. Estará em Portugal, onde viveu no início dos anos 1980, para uma conversa em inglês e português acerca da sua trajectória de investigação e dos temas e objectos que estudou.
Moderação de Ricardo Noronha (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Tempo
(Quinta-feira) 6:00 pm - 7:30 pm
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboacomunicacao.ihc@fcsh.unl.pt Avenida de Berna, 26C — 1069-061 Lisboa
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Ciclo de conferências De Famalicão para o Mundo, uma iniciativa organizada por várias instituições que reúne especialistas em torno do tema da Educação e o 25 de Abril. Ciclo
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Ciclo de conferências De Famalicão para o Mundo, uma iniciativa organizada por várias instituições que reúne especialistas em torno do tema da Educação e o 25 de Abril.
Ciclo de Conferências
“Pensar o Futuro a partir de Abril: De Famalicão para o Mundo”
#6 A Educação: dos Desafios de Abril ao Futuro da Educação — António Sampaio da Nóvoa
António Sampaio da Nóvoa, António Gonçalves, José Pacheco Pereira, Jorge Moreira da Silva, Ricardo Noronha e Ivan Lima Cavalcanti são os nomes que vão marcar presença no Ciclo de Conferências “Pensar o Futuro a Partir de Abril – De Famalicão Para o Mundo”, que decorre entre 20 de Setembro e 6 de Dezembro, no auditório da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco e no auditório do Centro de Estudos Camilianos, em Vila Nova de Famalicão. A entrada é livre e todas as conferências têm início pelas 18h30, com periocidade quinzenal, sempre às sextas-feiras.
O arranque do ciclo de conferências será dado por António Gonçalves, director artístico da galeria municipal famalicense Ala da Frente, que falará sobre “A Arte e a Revolução”, no dia 20 de setembro. Ricardo Noronha, do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa, que abordará “Reação Conservadora ao 25 de Abril (28 de Setembro de 1974 e 11 de Março de 1975)” a 4 de Outubro, e a 18 de Outubro, Pacheco Pereira, reconhecido nome da cena política portuguesa, professor, cronista e investigador de história contemporânea portuguesa, com doutoramento honoris causa pelo Iscte-IUL, vem falar sobre o “Significado do 25 de Novembro de 1975”. Segue-lhe Jorge Moreira da Silva, natural de Vila Nova de Famalicão e actual director-executivo do Escritório das Nações Unidas para Serviços de Projetos (UNOPS), que irá abordar o tema “Ambiente e Sustentabilidade” a 8 de Novembro. Ivan Lima Cavalcanti, investigador no CITCEM — FLUP, que irá explorar “O Canto de Intervenção Como Meio de Mobilização”, no dia 22 de Novembro. Sampaio da Nóvoa, antigo representante Permanente de Portugal junto da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) (2018-2021), professor catedrático do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa e antigo Reitor da mesma instituição (2006-2013), caberá a ‘missão’ de encerrar este ciclo de conferências com uma sessão sobre “A Educação – Dos Desafios de Abril ao Futuro da Educação”, excepcionalmente, no auditório do Centro de Estudos Camilianos, em Seide São Miguel, no dia 6 de Dezembro.
Esta iniciativa resulta de uma organização do Município de Vila Nova de Famalicão, no âmbito do projeto educativo e cultural municipal “De Famalicão para o Mundo” /Comemorações municipais dos “50 Anos do 25 de Abril”, em parceria com o CITCEM – FLUP, o IHC — NOVA FCSH / IN2PAST, Universidade de Paris 8, a Associação de Professores de História (AHP) e o CFAEVNF.
O ciclo de conferências está acreditado com 15 horas, pelo Centro de Formação da Associação de Escolas de Vila Nova de Famalicão (CFAEVNF), para docentes. Os interessados/as devem fazer a inscrição na plataforma do CFAEVNF para obter a acreditação na modalidade de curso de formação.
Coordenação científica
- Luís Alberto Alves (CITCEM — FLUP)
- Arminda Ferreira (CMVNF)
- Cláudia Ninhos (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST / Fundação Aristides de Sousa Mendes)
- Cristina Clímaco (LER – Universidade Paris 8)
- Filipa Sousa Lopes (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
- António Gonçalves (Galeria Municipal Ala da Frente)
- Miguel Barros (APH)
- Aurora Marques (CFAEVNF)
Tempo
(Sexta-feira) 6:30 pm - 7:30 pm
Localização
Centro de Estudos Camilianos
Avenida de São Miguel, 758 — 4770-631 São Miguel de Seide, Vila Nova de Famalicão
Organizador
Várias instituições
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Sessão do sexto ciclo de conferências que cruza a Ciência e Tecnologia com as Artes e Letras. Com Gabriela Munguía Ortíz. Humanidades Ambientales Latinoamericanas:
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Sessão do sexto ciclo de conferências que cruza a Ciência e Tecnologia com as Artes e Letras. Com Gabriela Munguía Ortíz.
Humanidades Ambientales Latinoamericanas:
prácticas de cuidado desde el arte y la tecnociencia
6º Ciclo internacional de videoconferências
“Quando a Ciência e a Tecnologia se Cruzam com as Artes e as Letras”
En el corazón de Abya Yala, donde los territorios respiran memoria y resistencia, las Humanidades Ambientales en Latinoamérica emergen como brújula en tiempos de crisis. Frente al avance del extractivismo y las heridas de la modernidad, este campo invita a abrazar “un mundo donde quepan muchos mundos” (EZLN, 1997), un archipiélago pluriversal donde las prácticas de cuidado y reciprocidad conectan lo humano, lo más que humano y los territorios. Además de observar la crisis ecológica como un colapso material, este enfoque atiende el desafío a nuestra imaginación colectiva y planetaria. Propone un acto político y poético que convoca nuevas cosmovisiones para retornar a los ciclos vitales terrestres y reconectar con las fuerzas que nutren la vida. Un llamado a repensar, crear y cohabitar desde la reciprocidad, entrelazando la tecnología con otras sensibilidades, la ciencia con los afectos y los saberes con el cuidado. Desde el cruce indisciplinar entre arte, ciencia y tecnología, surgen nuevas formas de abordar las clausuras del sistema-mundo moderno. Las Humanidades Ambientales en la región constituyen un espacio multidimensional para enfrentar las crisis ecosociales mediante una reflexión cultural, política y ética arraigada en los saberes del Sur. Esta perspectiva lucha por descolonizar el saber, revalorar memorias geo y bioculturales, invocar saberes y tecnologías ancestrales y abrazar otras ontologías relacionales que cuestionen las estructuras de poder, las narrativas hegemónicas de desarrollo y las formas extractivistas que han marcado la historia latinoamericana.
Sobre a oradora:
Gabriela Munguía Ortíz es artista e investigadora transmedial. Desde bordes indisciplinados entre el arte y la tecnociencia explora fenómenos ecológicos, materiales y cosmotécnicos para abordar temas de geopolítica, justicia ambiental y estudios interespecies. Actualmente es directora de la Diplomatura en Humanidades Ambientales de la UNTREF, fundadora del Laboratorio de Ecologías Invisibles y miembra de las colectivas Electrobiota, EcoEstéticas y AIseeds Project. Ha sido reconocida por el Mentorship Award Prince Claus-Institut Goethe Cultural and Artistic Response to Environmental Change, CIFO-Ars Electronica Award, Honorary Mention Prix Ars Electronica Interactive Art, “Orillas Nuevas~Nouveaux Rivages” del Institut français d’Argentine, entre otros. Su trabajo ha sido exhibido en muestras y festivales internacionales de renombre en las Américas, Europa, Egipto e Irán.
Tempo
(Terça-feira) 6:00 pm - 7:30 pm
Localização
Link dedicado na plataforma Zoom
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Universidade de Évora, Universidad de Sevilla, Instituto de Humanidades — Universidad Nacional del Sur e Instituto Oswaldo Cruz
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Conferência de debate e reflexão em torno da relação entre a Revolução dos Cravos e a afirmação de um conjunto de indústrias e práticas culturais na metrópole portuguesa a partir
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Conferência de debate e reflexão em torno da relação entre a Revolução dos Cravos e a afirmação de um conjunto de indústrias e práticas culturais na metrópole portuguesa a partir de 1961.
O Princípio do Fim:
Cultura e Media em Portugal de 1961 a 1974
Num contexto em que a revolução de Abril de 1974 é objecto das mais variadas celebrações, esta conferência propõe o debate e reflexão em torno da relação entre este acontecimento e a afirmação de um conjunto de indústrias e práticas culturais na metrópole portuguesa a partir de 1961. Importa mencionar que a delimitação do objecto desta conferência não se deve a uma subalternização das dinâmicas socioculturais nas então colónias portuguesas, mas sim ao reconhecimento da sua relevância, a qual merece um encontro específico a realizar num futuro próximo.
Da imprensa à rádio, passando pelo cinema ou pelo desporto de massas, a década de 1960 ficou marcada pelo desenvolvimento de formas de cultura popular moderna que, por sua vez, assinalavam profundas mudanças económicas e políticas na sociedade portuguesa. Este encontro propõe um olhar sobre as formas de produção e de consumo inerentes a este campo cultural e mediático, cuja lógica não se limitava a incorporar a matriz estratégica e ideológica do Estado Novo. Procurar-se-á, assim, analisar os actores envolvidos; os seus espaços de acção; a reprodução técnica e a circulação de ideias, imagens e sons; os modelos de organização e de negócio; as relações de cooperação e/ou conflito entre interesses corporativos e/ou de classe; as representações hegemónicas e a devida subversão estética e política. O melhor conhecimento e compreensão das dinâmicas culturais de uma sociedade em mudança – antes do decisivo momento de transição política em 1974 –, e a reflexão sobre o seu impacto nas práticas quotidianas e na relação com outros contextos culturais e geográficos, implicará também, certamente, uma percepção mais ampla das raízes da Revolução.
>> Descarregar programa (PDF) <<
Programa resumido:
12 de Dezembro
09.45 – 10.10 | Apresentação
10.10 – 11.15 | Kostis Kornetis (UAM): Rethinking Cultural Resistances and Everyday Life in the Late Authoritarian European South
11.30 – 12.45 | Literatura e Edição
Almoço
14.00 – 15.15 | Artes performativas
15.30 – 17.00 | Desporto
17.15 – 18.45 | Cinema
13 de Dezembro
10.00 – 11.15 | Imprensa
11.30 – 12.45 | Artes plásticas, Arquitectura e Design e Fotografia
Almoço
14.00 – 15.15 | Música
15.30 – 17.30 | Mesa-redonda
Comissão Organizadora:
José Nuno Matos (ICNOVA — NOVA FCSH)
Filipa Subtil (LIACOM – ESCS/IPL / ICNOVA — NOVA FCSH)
Nuno Domingos (ICS — ULisboa)
João Santana da Silva (ICS — ULisboa)
Rita Luís (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Design © Diana Barbosa
Tempo
12 (Quinta-feira) 9:45 am - 13 (Sexta-feira) 5:30 pm
Organizador
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Inauguração da exposição acerca dos portugueses deportados para o III Reich e sujeitos a trabalhos forçados no sistema concentracionário nazi. Resistir! Os Portugueses no Sistema Concentracionário do III Reich Nova
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Inauguração da exposição acerca dos portugueses deportados para o III Reich e sujeitos a trabalhos forçados no sistema concentracionário nazi.
Resistir! Os Portugueses no Sistema Concentracionário do III Reich
Nova exposição, no Museu do Neo-Realismo, com curadoria de Fernando Rosas, Ansgar Schaefer, António Carvalho, Cláudia Ninhos e Cristina Clímaco.
Durante a II Guerra Mundial (1939-1945), a Alemanha estabeleceu um brutal sistema de trabalho forçado que ajudou a suportar a sua economia de guerra. Ao longo destes anos, o regime nacional-socialista foi responsável pela deportação de milhões de civis estrangeiros dos países ocupados, os quais, a par dos prisioneiros de guerra e dos prisioneiros dos campos de concentração, foram utilizados como mão-de-obra escrava.
Apesar da neutralidade de Portugal durante a II Guerra Mundial, várias centenas de portugueses foram deportados, sobretudo a partir de França, para campos de concentração, prisões do regime, campos de prisioneiros de guerra ou forçados a trabalhar para os alemães, quer no interior do Reich, quer nos territórios ocupados. A presente exposição vem reavivar a memória, esquecida até um passado recente, destes portugueses e das suas histórias de vida, mostrando aspetos pouco conhecidos sobre estas vitimas do nazismo.
Estará patente até 4 de Maio de 2025.
ENTRADA LIVRE
Tempo
(Sábado) 3:00 pm - 6:00 pm
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Workshop de Fim de Outono co-organizado pelo IHC e pela Drexel University. Vai explorar a materialidade da violência desde a história das ciências, da tecnologia e da história ambiental.
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Workshop de Fim de Outono co-organizado pelo IHC e pela Drexel University. Vai explorar a materialidade da violência desde a história das ciências, da tecnologia e da história ambiental.
Materialidades da violência, história e historiografia
A violência é um objecto fundamental da história. Há poucos temas com o poder da violência para decidir a relevância de um estudo histórico. Quem se atreve a duvidar da legitimidade de investigações sobre Auschwitz ou sobre o forte de São Jorge da Mina? De forma simétrica, sabemos que negar o papel da violência deixou um lastro importante entre historiadores e outros estudiosos. É o caso da corrente historiográfica sobre o Estado Novo que relega à condição menor de historiadores militantes todos aqueles que identificam a ditadura de Salazar com o fascismo. Os debates são justificadamente acesos quando se discute e compara o número de mortos, de presos torturados, ou de trabalhadores forçados. Mas escrever desde o Antropoceno incita-nos a considerar também violências históricas na forma de solos erodidos, incêndios florestais, grandes infraestruturas, processos de extinção ou epidemias. Afinal, como compreender Auschwitz e a sua violência ignorando que o projecto colonial nazi implicava a transformação ambiental de toda a Europa de Leste? Ou, mais perto, como discutir a violência do Estado Novo e ignorar os eucaliptos em latifúndios, os pinheiros nos baldios, as barragens alagando vales férteis, ou a multiplicação de bairros de lata?
Neste workshop exploramos a materialidade da violência desde a história das ciências, da tecnologia e da história ambiental. Testa-se, por meio de uma concepção mais alargada de violência, a relevância historiográfica destes campos. Que formas históricas de violência emergem ao investigarmos humanos e não-humanos? Pode a atenção à violência de projectos de transformação ambiental e das suas formas de organização do trabalho pôr em causa a separação entre colónia e metrópole, ou entre colonização imperial e colonização interna? Que escalas temporais sugeridas pelos não-humanos (florestas, solos, betão, latas…) revelam dinâmicas de violência tendencialmente ignoradas na historiografia? Que corpos de conhecimento (estatísticas, literatura, medicina, etnografia, …) constituíram a violência enquanto realidade com consequências históricas?; ou, dito de outra forma, qual a ontologia histórica da violência?
A participação neste workshop é aberta, mas necessita de inscrição prévia. Para participar, por favor, enviar um email para martamacedo@fcsh.unl.pt.
>> Programa (PDF) <<
Programa:
19 de Dezembro
09:30-10:30 | Miguel Carmo, Grande Sertão: Monchique. As paisagens de fogo das serras do sul e os seus inimigos modernos (1833-1988)
10:40-11:40 | Marta Macedo, As mulheres da Serra d’Arga: Estado Novo e regimes de violência
11:50-12:50 | José Miguel Ferreira, Ocupar e cultivar: os comandos militares como tecnologia de governo colonial
14:30-15:30 | Maria do Mar Gago, Materializando a resistência dos Bakongo, 1961. Cafeteiros, florestas e a violência dos historiadores
15:40-16:40 | Sara Albuquerque, A produção de conhecimento científico entre violências: os casos das expedições de Frederico Welwitsch em Portugal e Angola
16:50-17:50 | Ricardo Roque, Em guerra com a natureza?: o colonialismo dentro do panóptico tropical
20 de Dezembro
9:30-10:30 | Frederico Ágoas, Ciência, confissão e a “polícia das famílias”: o inquérito sociológico na afirmação do serviço social
10:40-11:40 | Paulo Lima, A ‘Guerra da Reforma Agrária’
11:50-12:50 | Elisa Lopes da Silva, Que força é essa? Desemprego, trabalho e coerção
14:30-15:30 | Henrique Oliveira, Violência na Paisagem: Realojamentos na Construção da Ponte sobre o Tejo
15:40-16:40 | Inês Gomes, Entre a lã e o frio: O ideal e o concreto na casa portuguesa
16:50-17:50 | Tiago Saraiva, Violência e Agência: O SAAL no Algarve
18:00-18:45 | Conclusões
Tempo
19 (Quinta-feira) 9:30 am - 20 (Sexta-feira) 6:45 pm
Organizador
Instituto de História Contemporânea — NOVA FCSH e Drexel University
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Resistir! Os Portugueses no Sistema Concentracionário do III Reich