Pedro Antunes

Biografia
Pedro Antunes é investigador do Instituto de História Contemporânea, onde desenvolve trabalho nas áreas da antropologia das migrações e dos estudos críticos do património, com interesse em processos de diasporismo, cultura material e histórias de sistemas costumeiros e patrimónios comuns. Doutorado em Antropologia pelo Iscte-IUL (2021), foi Professor Auxiliar Convidado na Universidade NOVA de Lisboa entre 2021 e 2025. É co-coordenador da Escola Doutoral do IN2PAST e do Grupo de Trabalho para a Formação Doutoral do mesmo laboratório.
A sua investigação actual explora a revitalização digital da cultura judeo-muçulmana magrebina em contextos diaspóricos, no âmbito do projeto “eSefarad: modalidades e práticas de patrimonialização digital do legado cultural sefardita em contextos mediterrânicos” (CRIA, FCT, 2022–2025). Tem estudado as trajectórias de artefactos das coleções do Musée des Civilisations de l’Europe et de la Méditerranée e do Musée d’Art et d’Histoire du Judaïsme, articulando-as com práticas digitais emergentes em comunidades de fala de djudezmo e haquetía. Este trabalho foi desenvolvido como investigador visitante no Institut d’ethnologie méditerranéenne, européenne et comparative (2023). Em paralelo, mantém uma linha de investigação sobre sistemas costumeiros e micro-histórias de solidariedade, na continuidade da sua tese Depois da Morte. O Restauro Imaterial da Encomendação das Almas (2021). Em comum, estas linhas interrogam modos de reconfiguração crítica das culturas populares em contextos pós-coloniais, entre memória, resistência e futuridade partilhada.
Áreas de Investigação
- Antropologia das migrações e diasporismo
- Estudos críticos do património e cultura material
- Práticas digitais de revitalização linguística
- Sistemas costumeiros e culturas populares
Publicações destacadas
- Antunes, Pedro, “Modos de figuração patrimoniais: práticas de animismo popular no ciclo da Páscoa em Idanha-a-Nova,” in Patrimônios culturais em lugares de língua portuguesa, organizado por Yussef Campos e Paulo Peixoto, 211-237. Goiânia: Cegraf UFG, 2024. [link] 🔓
- Antunes, Pedro. “‘Arte-etnografia’, um Campo Experimental: Recensão crítica de uma epistemologia para as ‘visões expandidas’ de Arnd Schneider,” Aniki: Revista Portuguesa da Imagem em Movimento 9 (2022): 319-327. [link] 🔓
- Antunes, Pedro. “ Voicing Souls. Embodying Uncertainty in a Portuguese Borderland Village,” Ethnologia Europaea 50 (2020): 73-88. [link] 🔓
- Antunes, Pedro, “The “Commendation of Souls”: Body and the Senses,” in Expressions of Religion: Ethnography, Performance and the Senses, editado por Eugenia Roussou, Clara Saraiva e István Povedák, 59-88. Münster: LIT Verlag, 2019. [link]
Projectos principais
- Coordenador do projecto “eSefarad: modalidades e práticas de patrimonialização digital do legado cultural sefardita em contextos mediterrânicos” — Acolhido e financiado pelo CRIA, com fundos da Fundação para a Ciência Tecnologia. 2022-2025 [link]
- “Depois da morte: o restauro imaterial da encomendação das almas” — Projecto individual de doutoramento, orientado por João Leal (CRIA — NOVA FCSH) e financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (PD/BD/113912/2015).
Pesquisa
Agenda
outubro, 2025
Tipologia do Evento:
Todos
Todos
Apresentação
Ciclo
Colóquio
Conferência
Congresso
Curso
Debate
Encontro
Exposição
Inauguração
Jornadas
Lançamento
Mesa-redonda
Mostra
Open calls
Outros
Palestra
Roteiro
Seminário
Sessão de cinema
Simpósio
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Detalhes do Evento
Lançamento do terceiro livro da colecção Estratégica da Imprensa de História Contemporânea, coordenado por Rita Luís e Adalberto Fernandes. Apresentação por Carla
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Detalhes do Evento
Lançamento do terceiro livro da colecção Estratégica da Imprensa de História Contemporânea, coordenado por Rita Luís e Adalberto Fernandes. Apresentação por Carla Baptista e José Bragança de Miranda na Livraria Tigre de Papel, em Lisboa.
Censura: o que nos falta perguntar?
Censura: o que nos falta perguntar? Estabelece um diálogo para o desenvolvimento dos estudos sobre censura. Abordando temas em que a distinção entre a censura e outras formas de regulação é problematizada, questiona-se a função do discurso sobre a pornografia na construção do Estado-nação italiano, a chamada “cultura de cancelamento”, ou a função da moderação em ambiente digital em contextos democráticos marcados por discursos de ódio. Discutem-se ainda estudos que analisam processos censórios que extravasam a noção estrita de censura associada ao poder dos estados nacionais, analisando o papel da diplomacia na censura transnacional do cinema ou as contradições de uma “censura oficiosa” do jazz durante o regime franquista. O livro inclui entrevistas a Nicole Moore e Robert Darnton, cujos trabalhos recentes contribuem para criticar uma abordagem à censura enquanto força puramente negativa.
Este livro é resultado do projeto exploratório “CEMA – Censura(s): um modelo analítico de processos censórios no campo dos estudos sobre censura em Portugal”, desenvolvido no Instituto de História Contemporânea e financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, sob coordenação de Rita Luís e com participação de Adalberto Fernandes, coordenadores da presente obra.
Sobre os coordenadores:
Rita Luís é investigadora no Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa e no Laboratório associado IN2PAST. No IHC, coordena o grupo de investigação Cultura – Poder, Mediações e Arte e desenvolve um projeto sobre Entangled Iberian Censorship (CEECIND/02813/2017), com o qual obteve a Fellowship François Chevallier, na Casa Velázquez em Madrid em 2022. Foi investigadora responsável pelo projeto coletivo Censura(s): um modelo analítico de processos censórios (EXPL/COM-OUT/0831/2021), financiado pela FCT. Publica sobre história dos mass media no contexto das ditaduras ibéricas do século XX, focando-se na relação entre jornalismo e política, mas também nos fenómenos censórios, nos fluxos transnacionais e de transferência cultural, característicos da cultura audiovisual.
Adalberto Fernandes é doutorado em Filosofia pela Universidade de Lisboa com uma tese sobre Michel Foucault, mestre em comunicação e mestre em bioética. Colaborador do Instituto de História Contemporânea, foi investigador no Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa. Publicou 13 artigos e capítulos e fez 19 apresentações nos temas de comunicação política, filosofia política, biopolítica, soft power, processos participativos, media, jornalismo, ética da comunicação, comunicação de ciência, comunicação de saúde e bioética.
Tempo
(Quinta-feira) 6:00 pm - 7:30 pm
Organizador
Imprensa de História Contemporânea e Livraria Tigre de Papel
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