outubro, 2021

11out(out 11)9:30 am13(out 13)6:00 pmBicentenário da Revolução de 1820Congresso Internacional9:30 am - 6:00 pm (13) Assembleia da República e Fundação Calouste Gulbenkian, LisboaTipologia do Evento:Congresso

Logótipo do Congresso Internacional Bicentenário da Revolução de 1820

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Detalhes do Evento

Congresso internacional que assinala os 200 anos da Revolução de 1820, um período crucial da história contemporânea portuguesa. Devido à pandemia de COVID-19 teve que ser adiado para 2021.

 

Bicentenário da Revolução de 1820

Congresso Internacional

 

 

O bicentenário da Revolução de 1820 constitui uma oportunidade e um desafio para revisitar e melhor compreender um período crucial da história contemporânea portuguesa. O congresso internacional que assinala este acontecimento procurará apontar as grandes linhas de interpretação que integram o amplo legado historiográfico existente e estimular a apresentação de novas abordagens e perspetivas de análise.

 

>> 📎 Programa final (PDF) <<

 

A Revolução de 1820 constitui o acontecimento fundador do liberalismo em Portugal e no Brasil. Insere-se num amplo movimento que percorreu a Europa do Sul e que abrangeu os dois impérios latino-americanos do Atlântico. Todos os casos tiveram como epicentro constituições políticas, inspiradas no modelo espanhol da Constituição de Cádiz de 1812. A Nação, entendida como novo fundamento político do poder constituinte das Cortes, está na base do amplo conceito de soberania nacional que caracteriza a primeira Constituição Portuguesa de 1822. A independência nacional foi um objetivo inscrito nos propósitos da Revolução de 1820, como aliás sucedeu noutros países meridionais. A paralela eclosão do movimento pela independência nas colónias da América Latina revelaria de forma conflitual a natureza imperialista do liberalismo ibérico.

Este movimento liberal na Europa do Sul ocorreu em contra-ciclo com a situação política da Europa do centro e do norte, nomeadamente a França e a Inglaterra, inseridas na Santa Aliança, constituída para garantir a estabilidade política na Europa pós-napoleónica. Foi neste enquadramento internacional desfavorável que se inseriu o complexo processo da independência das colónias sul-americanas. O programa deste Congresso procura refletir sobre esta perspetiva geopolítica do movimento revolucionário.

Uma característica do movimento revolucionário foi a sua prudência formal. Ao termo revolução preferiu-se, com frequência, a palavra “regeneração”, que sugeria moderação. O espectro da violência da Revolução Francesa pairava sobre ambos os lados, os que desejavam uma mudança e os que defendiam a conservação do statu quo. A vontade de moderação e o receio de desencadear conflitos foram sinais visíveis em toda a atividade das Cortes de 1821-22. Contudo, a mera proclamação das Bases da Constituição e dos direitos de cidadania constituía um profundo abalo da sociedade existente. O próprio conceito de cidadania era revolucionário em si mesmo e representava uma profunda inovação na relação entre o indivíduo e o Estado, pondo em causa a sociedade de ordens e corporativa. Uma constituição definindo os poderes constituía igualmente uma rutura com a conceção pré-existente de poder real. Assim o entenderam desde logo os seus inimigos. Revolução e contra-revolução constituem as duas faces desta época, nas quais também se entrelaçam os eixos temáticos que estruturam o programa deste Congresso.

Diferentes gerações de ensaístas e historiadores têm-se debruçado sobre a Revolução de 1820. Apesar da considerável bibliografia existente sobre este acontecimento e a sua época, a comemoração do bicentenário constitui um desafio para a sua revisitação à luz da historiografia atual, assim como um estímulo para a apresentação de novas abordagens e perspetivas de análise. Nesse sentido, apresenta-se à comunidade científica o programa do Congresso com a definição dos temas que parecem ser mais relevantes, cuja apresentação é da responsabilidade dos coordenadores convidados para a organização das respetivas sessões.

No final do Congresso terá lugar uma mesa redonda sobre o tema “O antigo regime em questão: continuidades e mudança”, que contará com a participação de Miriam Halpern Pereira, Gabriel Paquette e Guilherme d’Oliveira Martins.

 

As comunicações orais aprovadas pela comissão científica para os diferentes painéis temáticos podem ser consultadas aqui.

 

Informações: cbr1820@gmail.com

 

>> 🔗 PÁGINA WEB OFICIAL <<

 

Comissão Organizadora

Miriam Halpern Pereira (ISCTE-IUL), Presidente
Jorge Fernandes Alves (UPorto/FL)
Ana Cristina Araújo (UCoimbra/FL)
José Luís Cardoso (ULisboa/ICS)
Zília Osório de Castro (NOVA FCSH)
Maria Alexandre Lousada (ULisboa/FL)
Luís Espinha da Silveira (NOVA FCSH)

 

Comissão Científica

José Viriato Capela (UMinho)
Fátima Sá e Melo Ferreira (ISCTE-IUL)
Sérgio Campos Matos (ULisboa/FL)
Maria Fátima Nunes (UÉvora)
José Miguel Sardica (UCP/FCH)
Cristina Nogueira da Silva (UNL/FD)
Maria Beatriz Nizza da Silva (USP)
Susana Serpa Silva (UAçores)
Luís Reis Torgal (UCoimbra/FL)
Isabel Vargues (UCoimbra/FL)
Telmo Verdelho (UAveiro)

 

Tempo

11 (Segunda-feira) 9:30 am - 13 (Quarta-feira) 6:00 pm

Localização

Assembleia da República e Fundação Calouste Gulbenkian

Lisboa

Organizador

Várias instituições

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