
No passado dia 16 de Março foi inaugurada a exposição “Amílcar Cabral” no Palácio Baldaya, em Lisboa, uma iniciativa integrada nas comemorações dos 50 Anos do 25 de Abril, com curadoria científica dos investigadores do IHC José Neves e Leonor Pires Martins.
A sessão solene de inauguração contou com a presença, além dos curadores, do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, do Presidente da Junta de Freguesia de Benfica, e de Maria Inácia Rezola, também historiadora do IHC e Comissária da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril.
Nos vários discursos proferidos, foi realçada a importância histórica e o legado global de Amílcar Cabral, fundador do PAIGC — Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde e líder da luta pela libertação da Guiné Bissau (onde nasceu) e Cabo Verde, bem como figura ímpar no activismo anti-colonial e anti-racista em todo o mundo. A exposição inaugurada assinala a sua vida e legado no ano em que se assinalam os 50 anos do seu assassinato, em Conacri, a 20 de janeiro de 1973.
Em entrevista à RTP, José Neves explicou que a exposição contém objectos e documentos provenientes de diferentes arquivos, nomeadamente do Arquivo Amílcar Cabral, e notou que “a sua morte a sua trajectória de vida provocaram, nos últimos 50 anos, uma avalanche de discursos, apropriações, retratos, músicas”, o que faz com que a exposição tenha interesse para “quem conheça ou queira aprofundar o seu conhecimento sobre o que foi a vida de um dos revolucionários que contribuiu para o fim do último império europeu (…) e perceber aquilo a que temos chamado as vidas póstumas de Amílcar Cabral”.
Por seu lado, no seu discurso, Marcelo Rebelo de Sousa destacou o papel matricial de Amílcar Cabral “na afirmação da liberdade em Portugal conjuntamente com a afirmação da independência da Guiné Bissau (…) e depois em Cabo Verde”, tendo conseguido “conjugar não apenas os ideias com o conhecimento profundo da realidade, palmilhando o terreno e deixando registado o terreno para o futuro, mas sim também a afirmação da luta pela independência em dois estados soberanos”. Após mostrar a sua surpresa com o facto de existirem “sectores da vida social e política portuguesa que não percebem, que a descolonização é inseparável do 25 de Abril”, o Presidente da República afirmou que “é um facto histórico indiscutível que há uma causa que é ainda mais determinante do que a luta pela liberdade e a democracia, ou a luta pelo desenvolvimento e pela justiça social, que é a causa que se traduz na luta dos movimentos de libertação, na adesão a essa luta na parte de forças políticas, económicas e sociais portuguesas e, depois, no protagonismo assumido pelos capitães de abril largamente determinado pela rejeição da guerra colonial e, portanto, pela defesa da descolonização” e terminou o seu discurso agradecendo a Amílcar Cabral.
A exposição estará patente, diariamente e com entrada gratuita, das 9 às 22 horas, até 25 de Junho.
Crédito das imagens: Diana Barbosa
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