O IHC renova-se e reforça equipa científica

Mar 17, 2021 | Notícias

No âmbito do seu actual projecto estratégico, o Instituto de História Contemporânea tem procedido à renovação e reforço da sua equipa de investigadores/as doutorados integrados. É deste processo que damos agora notícia, sinalizando com muito agrado e reconhecimento a inclusão na nossa equipa de novos colegas provenientes de outras instituições nacionais e, também, de outras instituições internacionais.

 

A Renovação da História Económica e Social no IHC

No âmbito da renovação da nossa investigação em matéria de história económica e de história social, passámos a ter connosco Jorge Pedreira, professor associado da NOVA FCSH, historiador da época moderna e contemporânea, que desenvolverá no Instituto um projecto colectivo sobre o passado português mais recente. Ainda no âmbito económico e social, passamos também a contar com Fernando Ampudia de Haro, historiador e sociólogo espanhol, professor na Universidade Europeia que, à semelhança de Jorge Pedreira, tem igualmente contribuído para o campo da sociologia histórica — no caso de Ampudia de Haro com incidência nos contextos ibéricos; e Gonçalo Leite Velho, doutorado em arqueologia, professor no Instituto Politécnico de Tomar e, nos últimos anos, além de ter presidido ao SNESUP, um investigador particularmente dedicado ao estudo das transformações dos modelos universitários de governação e inovação. Já ao abrigo do CEEC individual (promovido pela FCT), em breve passaremos a contar com o historiador Victor Pereira, professor na Universidade de Pau (França), que iniciará um contrato como Investigador Principal, prosseguindo – agora em chave comparativa – os seus trabalhos sobre história da emigração, envolvendo os contextos europeus, africanos e brasileiro.

Finalmente, ainda no campo da história económica e da história social, mas também da história do pensamento económico, damos as boas-vindas a três novos investigadores que beneficiarão de três bolsas de pós-doutoramento, concedidas pelo IHC na sequência de concurso público internacional e ao abrigo do seu actual projecto estratégico: o historiador brasileiro Bruno Zorek, doutorado na UNICAMP, que connosco desenvolverá, durante três anos, uma investigação no domínio da história do pensamento económico, centrada nos debates sobre as interpretações da economia colonial brasileira produzidas na época contemporânea; o historiador espanhol Rubén Pérez Trujillano, que desenvolveu uma investigação de doutoramento sobre a justiça penal na Segunda República Espanhola e que vai investigar, também nos próximos três anos, a relação entre o constitucionalismo de entre-guerras e o mercado de trabalho no mesmo contexto histórico; e o historiador Miguel Carmo, doutorado pelo Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, que connosco desenvolverá, pelo mesmo período, uma investigação em torno da história política, económica e social dos grandes incêndios em Portugal na segunda metade do século XX.

 

A História Política Comparada

Uma das sub-áreas centrais no IHC desde a sua fundação, ao nosso grupo de História Política Comparada juntam-se agora três novos investigadores doutorados integrados. No âmbito do CEEC individual, acolheremos o historiador Arturo Zoffmann Rodriguez, doutorado recentemente no Instituto Universitário Europeu (Florença), que em breve iniciará connosco um projecto dedicado ao estudo da União de Sindicatos Livres de Barcelona, estruturas de organização laboral da extrema direita, e a sua relação com a ascensão dos fascismos em Espanha, Itália, Portugal e França. No ano do centenário do PCP, passamos a contar na nossa equipa de investigadores com o historiador Adelino Cunha, professor na Universidade Europeia e, entre outros trabalhos, autor de biografias sobre Álvaro Cunhal e Júlio Fogaça. Finalmente, é também com muita satisfação que registamos o regresso ao IHC da historiadora Susana Martins, professora adjunta da Escola de Educação Superior de Lisboa e autora de vários estudos em torno da história das oposições ao Estado Novo, com particular atenção às questões do exílio português, do anticolonialismo e da deportação.

 

Colonialismo, Anti-colonialismo e Pós-colonialismo

No âmbito do aprofundamento da investigação desenvolvida pelo IHC no domínio dos estudos sobre colonialismo, anticolonialismo e pós-colonialismo, passaram a ser investigadores doutorados integrados do IHC os colegas Fernando Tavares Pimenta, contratado ao abrigo do projecto estratégico do Instituto, no qual continuará as suas pesquisas sobre o Império Português no século XX; Manuela Ribeiro Sanches, que connosco continuará o seu trabalho de investigação comparatista, historiográfica e teórica sobre o anticolonialismo, sempre em diálogo com os estudos pós-coloniais, de que foi pioneira em Portugal; Catarina Laranjeiro, doutorada pelo CES (Universidade de Coimbra) e que connosco desenvolverá, ao abrigo do CEEC individual, um projecto sobre a relação entre o legado colonial das imagens e a produção de cinema popular no continente africano; Maria do Mar Gago, recentemente doutorada pelo ICS, actualmente Max Weber Fellow no Instituto Universitário Europeu, em Florença, e que, também ao abrigo do CEEC individual, desenvolverá nos próximos anos investigação sobre a importância do cultivo do café robusta na definição da natureza do colonialismo português e na imaginação de novas relações políticas a uma escala global.

 

Os Estudos Artísticos e a História Cultural no IHC

A importância para o IHC da História Cultural e dos Estudos Artísticos é igualmente reforçada, com a integração na nossa equipa de Lee Douglas. Antiga investigadora de pós-doutoramento no Museu Rainha Sofia, e até recentemente professora de antropologia e cultura visual na Universidade de Nova Iorque – Madrid, Lee Douglas junta-se ao IHC graças ao programa europeu Marie Curie, que apoiará o seu projecto “Militant Imaginaries, Colonial Memories: The Visual & Material Traces of Revolution & Return in Contemporary Portugal”. No domínio dos estudos sobre cinema, a nossa equipa igualmente passou a integrar: a investigadora Raquel Schefer, que connosco desenvolverá, ao abrigo de uma bolsa de pós-doutoramento atribuída pela FCT, o projecto “O transe do real: modernismo e primitivismo no cinema anti-colonial e pós-colonial”, o qual, à semelhança do trabalho de Lee Douglas, igualmente reforça a importância dos estudos sobre colonialismo, anticolonialismo e pós-colonialismo no IHC; Patrícia Sequeira Brás, doutorada no Birkbeck College com uma tese em torno do cinema de Pedro Costa e antiga docente na mesma instituição, assim como no Queen Mary, também em Londres, e que no IHC prepara um projecto em torno de cinema documental e feminismo; e, por fim, Leonor Areal, professora-adjunta convidada na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, do Instituto Politécnico de Leiria, que connosco prosseguirá os seus trabalhos no domínio da história do cinema, com particular atenção ao cinema mudo.

Mas é também nos domínios gerais dos estudos artísticos e da história cultural que a nossa equipa é reforçada. Ainda no campo dos estudos sobre cultura visual, passamos a contar com a historiadora de arte Filomena Serra, cuja agenda de investigação reforçará o interesse do IHC pela história da fotografia, na sequência do projecto “Fotografia Impressa. Imagem e Propaganda em Portugal (1934-1974)”, financiado pela FCT e de que Filomena Serra foi Investigadora Responsável. Reforçando a importância disciplinar da antropologia para o IHC, passámos, ainda, a contar na nossa equipa com Vera Marques Alves, autora de importantes trabalhos no âmbito dos estudos sobre o nacionalismo e a cultura popular no Estado Novo, assim como interveniente nos debates sobre a condição actual dos museus e acervos etnográficos, uma preocupação que o IHC procurará afirmar no contexto do futuro Laboratório Associado IN2PAST. E, finalmente, no âmbito da História da Educação, a equipa de investigadores integrados do IHC passa também a contar com Maria Romeiras Amado, autora de diversas publicações na área da História da Deficiência, com especial interesse na História da Cegueira, situando a sua investigação nas épocas Moderna e Contemporânea e com particular incidência transmissibilidade de discursos e recursos pedagógicos adaptados.

A Direcção do IHC

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