Resistir! Começou no CCB e chega ao Museu do Neo-Realismo

Dez 13, 2024 | Notícias

A exposição acerca dos portugueses deportados para o III Reich e sujeitos a trabalhos forçados no sistema concentracionário nazi, elaborada inicialmente para o Centro Cultural de Belém, chega agora alargada e renovada ao Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira, com o título Resistir! Os Portugueses no Sistema Concentracionário do III Reich.

Esta iniciativa, que conta com o apoio da Câmara de Vila Franca de Xira, é o culminar da colaboração entre o IHC e o município, que começou com o concurso “Vítimas Portuguesas do III Reich”, integrado no projecto europeu FORCED, e que permitiu a visita de um grupo de estudantes da Escola Secundária Professor Reynaldo dos Santos ao Memorial de Mauthausen.

Cartaz da exposição “Resistir! Portugueses no Sistema Concentracionário do Terceiro Reich”. Museu do Neo-Realismo, 14 de Dezembro de 2024 a 4 de Maio de 2025. Curadoria de Fernando Rosas, Ansgar Schaefer, António Carvalho, Cláudia Ninhos e Cristina Clímaco. O cartaz tem como fundo uma fotografia da chamada “escada da morte” na pedreira de Mauthausen, que mostra dezenas de pessoas a subir uma larga escada com pedras às costas.Com inauguração a 14 de Dezembro de 2024, a exposição estará patente, com entrada livre, até 4 de Maio de 2025. A curadoria é da responsabilidade de Fernando Rosas, Ansgar Schaefer e Cláudia Ninhos (IHC), bem como de António Carvalho (Museu Nacional de Arqueologia) e Cristina Clímaco (Universidade de Paris 8 — Vincennes – Saint-Denis).

Apesar da neutralidade de Portugal durante a II Guerra Mundial, várias centenas de portugueses foram deportados, sobretudo a partir de França, para campos de concentração, prisões do regime, campos de prisioneiros de guerra ou forçados a trabalhar para os alemães, quer no interior do Reich, quer nos territórios ocupados. Como explica Fernando Rosas no vídeo abaixo, “esta é uma forma de prestar homenagem àqueles que deram a vida, que deram a saúde, praticamente sem reconhecimento durante muitos anos; é uma forma de convocar essa memória de tanta gente que lutou pela liberdade”.

 

 

 

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