julho, 2020
Detalhes do Evento
[ADIADO para Julho 2021] Quarta edição do congresso dedicado à história dos Açores em período de guerra, este ano na Ilha do Corvo. Chamada para comunicações até 31 de Maio.
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Detalhes do Evento
[ADIADO para Julho 2021] Quarta edição do congresso dedicado à história dos Açores em período de guerra, este ano na Ilha do Corvo. Chamada para comunicações até 31 de Maio.
Resiliência, isolamento, privações e miséria em ambientes de prevenção armada
IV Congresso Internacional
A História dos Açores é feita de ciclos de paz e guerra, e de uma permanente luta contra o isolamento, a natureza e o esquecimento. Solitárias no Atlântico Norte, a posição geoestratégica sempre colocou as nove ilhas como ultraperiféricas, em tempo de paz, ou como áreas de interesse para controlo e reabastecimento logístico no oceano, se em contexto bélico. Naturalmente difíceis no primeiro caso, as comunicações e ligações agravam-se no segundo. O estrangulamento das exportações e importações; as graves dificuldades financeiras; a necessidade de defesa; a fome e a falta de recursos; a ausência de medicamentos e o desenvolvimento de epidemias, ou mesmo a presença de unidades navais e aéreas estrangeiras nas águas açorianas, marcavam o quotidiano das populações cuja vida se tornava ainda mais madrasta, agravando ainda mais as crises sociais e a estabilidade da ordem pública, em muitos casos já dividida pela instabilidade política. Em condições normais a emigração constituía uma das melhores soluções, a luta pelo controlo do Atlântico implicava uma mudança de paradigma e da interação entre autoridades civis e militares, dada a mudança imposta por fatores de ordem externa e interna, normalmente anómalos ao país e induzidos pela guerra: bloqueio económico, falta de matérias-primas, géneros alimentares, rarefação dos transportes, inflação, mercado negro, quebra de poder de compra, agitação social e ação de açambarcadores, entre mais. Com mobilização militar, agravava-se ainda mais a sangria na mão-de-obra local e a capacidade de autarcia de cada ilha, podendo piorar caso tivesse que sustentar a presença de contingentes militares para defesa, fossem nacionais ou estrangeiras, independentemente das lacunas materiais, alimentares, humanas e financeiras. Dadas as inseguras comunicações e condições climáticas, a História demonstrou que rapidamente o arquipélago pode ficar sem comunicação ao exterior, gerando rarefação, insegurança, o tabelamento de preços e o encarecimento dos transportes, tornando a capacidade de sacrifício dos açorianos e de entendimento entre instituições, uma cumplicidade.
A comissão organizadora apela ao envio de propostas que abordem, mas não se limitem, às seguintes temáticas:
– A dimensão marítima e terrestre, nacional e regional ao longo da História;
– Portugal e os Açores na política internacional;
– Metamorfoses político-ideológicas dos poderes locais aos nacionais;
– O Atlântico e as comunicações;
– A emigração, o isolamento e a miséria social;
– As infraestruturas de apoio: portos, aeródromos, hidroportos e aeroportos;
– Condições de salubridade pública: a proliferação de doenças, pestes e epidemias;
Envio de propostas: 15 de Março de 2020 a 31 de Maio de 2020.
Por favor envie a sua identificação (nome, filiação institucional e endereço de email), o título da comunicação, resumo (máximo 700 palavras) e CV (1 página) para o seguinte correio eletrónico: azoreswar@gmail.com
Línguas de trabalho: Português e Inglês (não haverá interpretação simultânea).
Sobre o transporte aéreo: o Serviço de Encaminhamento interilhas não tem encargos para o utilizador, em viagens no interior da Região Autónoma dos Açores, com origem, ou destino, no Continente Português ou no Funchal, que pretendam utilizar nas suas deslocações qualquer das gateways da RAA, e a partir destas, chegar a qualquer outra ilha do arquipélago. Consulte 🔗 este link.
>> 📎 Chamada para trabalhos (PDF) <<
Organização:
Ana Paula Pires, IHC — NOVA FCSH
Andreia Silva, Ecomuseu do Corvo
Rita Nunes, IHC — NOVA FCSH e Comité Olímpico de Portugal
Sérgio Rezendes, IHC — NOVA FCSH
Comissão Científica
Maria João Dodman, York University
Carlos Manuel Gomes Lobão, ESMA/CHAM-A
Mário Fernando Oliveira Moura, CMRG
Jorge Augusto Paulus Bruno, Museu de Angra do Heroísmo
Luís Godinho Rato, Museu Militar dos Açores
Comissão de Honra
Susana Goulart Costa, ex.ª Diretora Regional da Cultura
José Manuel Alves da Silva, ex.º Presidente da Câmara Municipal de Vila do Corvo
João Luís Gaspar, ex.º Reitor da Universidade dos Açores
Edgar Bastos Ribeiro, ex.º Comandante Operacional dos Açores
Vítor Manuel Meireles dos Santos, ex.º Comandante da Zona Militar dos Açores
Miguel Nuno Pereira de Matos Machado da Silva, ex.º Comandante da Zona Marítima dos Açores
Imagem: Col. Pe. Leonete V. Rego, cedido por Pedro Domingos, Ecomuseu do Corvo
Tempo
julho 30 (Quinta-feira) - 31 (Sexta-feira)
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboacomunicacao.ihc@fcsh.unl.pt Avenida de Berna, 26C — 1069-061 Lisboa