Primeira sessão do ciclo 2023-2024 da Oficina de História e Imagem. Sessão aberta e fora de portas, com Catarina Laranjeiro e Daniel Barroca.

Fogo no Lodo — A fábrica de um filme de investigação

A primeira Oficina História e Imagem do ano lectivo 2023-2024 será em torno da projecção do filme Fogo no Lodo, realizado por Catarina Laranjeiro e Daniel Barroca.

A projecção terá lugar na quarta-feira, dia 25 de Outubro, das 10h30 às 12h30, na Culturgest. A oficina “Fogo no Lodo – A fábrica de um filme de investigação” acontecerá logo a seguir à projecção, no mesmo auditório e em público. Teremos a oportunidade de conversar com Catarina Laranjeiro e Daniel Barroca.

Esta oficina integra-se no festival DocLisboa, estando sujeita ao pagamento de entrada para assistir à projecção do filme.

Sobre o filme:
Unal é uma aldeia de produtores de arroz cujos habitantes tiveram um papel decisivo na luta de libertação da Guiné-Bissau contra o colonialismo português. Foram os primeiros a envolver-se na revolta armada, mobilizando os seus espíritos ancestrais para a guerrilha. Ainda hoje, cada gesto do ciclo do arroz está assombrado por memórias da guerra. Um trauma inscrito nos rituais, corpos, paisagens e música tecno actuais. Uma imersão numa mistura de formas religiosas e agitação política, onde veteranos de guerra convivem com jovens irrequietos, reivindicando o seu futuro na Guiné-Bissau contemporânea.

Sobre a realizadora e o realizador:
Catarina Laranjeiro (1983) é antropóloga visual com um doutoramento em Pós-Colonialismos e Cidadania Global. Nos últimos dez anos, investigou sobre a relação entre o cinema e a cosmologia política durante a luta de libertação na Guiné-Bissau. Realizou a curta metragem “Pabia di Aos” (2013). Paralelamente, realizou e participou em diversos projetos que cruzam a antropologia, o cinema e as artes visuais. Actualmente, desenvolve um projeto de investigação no Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, sobre a produção de cinema vernacular em Cabo Verde, Guiné-Bissau e respectivas diásporas na Europa.

Daniel Barroca (1976) é um artista plástico que trabalha em formatos audiovisuais e interdisciplinares. Realizou residências na Academia de Espanha, Roma, (2003-2004); Künstlerhaus Bethanien, Berlim, (2007); Galeria QBox, Atenas, (2009); Rijksakademie van Beeldende Kunsten, Amsterdão, (2010-2011); Programa Home Workspace, Ashkal Alwan, Beirute (2013-2014); e Open Sessions, The Drawing Center, Nova York (2014-2015). A obra de Barroca inclui instalações de cinema expandido que, ao longo dos anos, têm sido apresentadas em diversos espaços nacionais e internacionais. Em 2018 concluiu o mestrado em Antropologia na Universidade da Florida, Gainesville, como parte da sua ampla investigação sobre a criação de imagens imateriais durante a Guerra Colonial. É doutorando em Antropologia no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS).

Para mais informações: oficinahistoriaeimagem@gmail.com