novembro , 2022

14nov(nov 14)9:30 am16(nov 16)5:00 pmConfluências artísticas na cultura IberoamericanaCongresso9:30 am - 5:00 pm (16) Fundação Calouste Gulbenkian e Palácio Nacional de Queluz, Lisboa e SintraTipologia do Evento:Congresso

Imagem ilustrativa do congresso

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Detalhes do Evento

Congresso que pretende revisitar os temas da obra de Robert Smith, ampliando a sua dimensão num contexto interdisciplinar e contemporâneo. Prazo: 30 de Junho 15 de Julho

 

Confluências artísticas na cultura Iberoamericana
O mundo de Robert C. Smith (1912-1975)

 

 

No ano em que se comemoram os 110 anos do nascimento de Robert C. Smith (1912-1975), historiador de arte norte americano que dedicou grande parte da sua vida académica aos estudos da arte e cultura Ibero-americanas dos séculos XVII e XVIII, impôs-se assinalar esta efeméride lançando o Congresso Internacional “Confluências artísticas na cultura Iberoamericana. O mundo de Robert C. Smith (1912-1975)”.

Com este congresso pretende-se revisitar os temas da obra de Robert Smith, ampliando a sua dimensão num contexto interdisciplinar e contemporâneo. A sua obra publicada e inédita constitui actualmente um legado cientificamente relevante para as pesquisas que se desenvolvem em torno da temática escolhida. Reflectir e problematizar sobre o seu legado, inseri-lo no campo mais vasto dos estudos de cultura Ibero-americana, recuperar temas e objectos menorizados à luz da nova historiografia de arte e projectar novos caminhos para o seu estudo e divulgação são os objetivos latos deste encontro internacional.

O congresso terá também transmissão online.

 

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>> 📎 Programa do Congresso <<

 

 

Chamada para comunicações

 

O historiador de arte norte-americano Robert Chester Smith dedicou grande parte da sua vida académica ao estudo da arquitectura e das Artes Decorativas do Barroco Ibero-americano, com destaque para Portugal e o Brasil. Smith doutorou-se na Universidade de Harvard, em 1936, e fez parte de um grupo pioneiro de académicos, que se dedicava ao estudo e divulgação da arte e cultura latino-americanas.

As Associações dedicadas aos estudos hispânicos, de que é exemplo notório, a Sociedade Hispânica, fundada em 1904, pelo académico e coleccionador Archer Milton Huntington (1870-1955), desenvolveram-se intensamente no início do século XX. A Sociedade Hispânica foi a primeira a constituir uma colecção de gravuras, livros raros, mapas, fotografias, pintura e objectos de artes decorativas. A curiosidade destes primeiros coleccionadores e académicos foi suscitada pela redescoberta de um mundo tão próximo, como era o do da América Latina, e, no entanto, tão distante nos seus códigos culturais.

O cargo de vice-director da Divisão Hispânica da Biblioteca do Congresso, em Washington, ajudou a conferir maior credibilidade aos seus estudos e publicações entre Portugal, Brasil e outros países, em suportes diferenciados, desde jornais locais a publicações em revistas científicas e livros. Os seus trabalhos dedicados à arte barroca portuguesa e colonial brasileira foram em parte patrocinados pela Fundação Calouste Gulbenkian, através de bolsas de estudo e outros apoios. No seu testamento, Smith firmou a expressão da sua gratidão a esta instituição cultural, legando-lhe todo o seu espólio profissional.

Este congresso pretende questionar e recontextualizar o tempo e espaço de actuação de Robert Smith, bem como os métodos de trabalho que utilizou ao longo da sua carreira académica: campanhas fotográficas, investigação bibliográfica e documental, métodos comparativos, a que agregava as viagens de estudo e as redes de contactos. Trata-se também de questionar como, à luz das novas ferramentas metodológicas e da renovada historiografia da arte, podemos comparar e conectar as diversas experiências, repensar e reavaliar o seu legado, aceitando o desafio que este campo de estudos coloca actualmente.

Para promover um diálogo metodológico e interdisciplinar, os temas sugeridos incluem, mas não se limitam aos seguintes:

  • O legado de Robert C. Smith: desafios para futuras investigações
  • Agendas políticas e religiosas: desejo, produção e consumo de bens culturais
  • Encontros culturais nas artes Ibero-americanas: continuidades e rupturas
  • Para além dos nacionalismos: a transnacionalidade como prática cultural e social
  • Nova vida para objectos antigos: outros usos e ressignificações
  • Repensando o arquivo: novas leituras e interpretações de antigos documentos
  • Na ausência do arquivo: objectos de arte anónimos e novas formas de investigação
  • Diáspora: impactos na produção, consumo e sentido dos objectos de arte
  • Arte e propaganda nos Estados Novos português (1936-1975) e brasileiro (1937-1945): o papel dos media
  • Herança visual e material: olhares interdisciplinares sobre conhecimento e gestão de bens culturais.
  • Reconstruções e recreações virtuais de objectos destruídos: da fotogrametria ao 3D scanning
  • Historiografias e Luso-Tropicalismo

 

Receberemos propostas para comunicações de cerca de 20 minutos em Inglês, Português ou Espanhol, que deverão incluir:

Título da Proposta;
Identificação do Candidato (nome, instituição de afiliação, país e email);
Resumo (até 300 palavras);
Pequeno curriculum vitae (até 200 palavras).

​As propostas deverão ser enviadas em formato Word (.docx) para o email congresso.robertsmith@gmail.com até dia 30 de Junho 15 de Julho de 2022.

Uma seleção de textos será publicada numa revista digital com revisão por pares.

 

 

Palestrantes

 

Josiah Blackmore

Josiah Blackmore é detentor da Cátedra Nancy Clark Smith para Estudos de Língua e Literaturas Portuguesas no Departamento de Línguas e Literaturas Românicas da Universidade de Harvard (EUA), cátedra instituída por disposição testamentária do historiador de arte norte-americano Robert C. Smith, em homenagem a sua mãe. Especializou-se em literatura e cultura de Portugal medieval e moderno, com destaque para a literatura da expansão portuguesa. Dedica-se também ao estudo de manuscritos medievais e à história do Livro. Foi leitor em várias universidades, nos Estados Unidos, no Canadá, na Europa e na África do Sul e foi professor convidado em Harvard e na Universidade de Chicago. Antes de leccionar em Harvard foi professor na faculdade da Universidade de Toronto. É autor de Moorings: Portuguese Expansion and the Writing of Africa (2009, seleccionado para Choice Outstanding Academic Title) e Manifest Perdition: Shipwreck Narrative and the Disruption of Empire (2002). Foi co-editor de Queer Iberia (1999) e editor da reedição da obra de Charles R. Boxer The Tragic History of the Sea (2001) e da Songs of António Botto (2010) na sua tradução para inglês por Fernando Pessoa. Publicou vários artigos e capítulos de livros sobre poesia medieval galaico-portuguesa, historiografia, Camões, teoria e literatura de naufrágios, entre outros temas da cultura e da literatura portuguesas do século XX.

 

António Filipe Pimentel

Director do Museu Calouste Gulbenkian desde início de 2021, é licenciado em História – variante de História da Arte (1985) e mestre em História Cultural e Política da Época Moderna (1991), com a dissertação Arquitectura e Poder, o Real Edifício de Mafra (2ªed., Lisboa, Livros Horizonte, 2002), pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e doutor em História, especialidade de História da Arte, pela Universidade de Coimbra (2003), com a dissertação A Morada da Sabedoria. I – O Paço Real de Coimbra: das origens ao estabelecimento da Universidade (Coimbra, Almedina, 2005). É professor auxiliar da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde exerceu as funções de Director do Instituto de História da Arte (2005-2009), que acumularia com as de Pró-Reitor do Património e Turismo (2007-2009). Em 2009-10 dirigiu o Museu Grão Vasco, em Viseu (2009-10) e, entre 2010 e 2019 assumiu as funções de Director do Museu Nacional de Arte Antiga (Lisboa), a que correspondem igualmente as de Subdirector-Geral do Património Cultural. Foi ainda coordenador científico da Candidatura da Universidade de Coimbra a Património da Humanidade UNESCO. Galardoado com o Prémio Gulbenkian de História da Arte 1992/94 pela obra Arquitectura e Poder, o Real Edifício de Mafra, é académico correspondente nacional da Academia Nacional de Belas Artes, académico correspondente da Academia da Marinha, membro da Sociedade Científica da Universidade Católica Portuguesa e do Conselho de Administração da World Monuments Fund – Portugal. Conta com mais de três centenas de títulos publicados, em Portugal, Espanha, França, Itália, Inglaterra, Bélgica, Alemanha, Polónia, Eslováquia, Eslovénia e Brasil.

 

 

Inscrições (🔗 ver aqui)

 

Inscrição obrigatória para todos os interessados em assistir ao Congresso, via e-mail para: congresso.robertsmith@gmail.com

Custo base para autores/comunicadores – 14 e 15 de Novembro – € 70
Custo para público geral — 14 e 15 de Novembro – € 50
Custo para estudantes – 14 e 15 de Novembro – € 10

Custo do programa social (aberto a todos os participantes) – 16 de Novembro – € 15 referentes apenas a almoço; os participantes poderão optar por não usufruir do almoço e participar nas restantes actividades. Nesse caso, o programa social será GRATUITO.

Data-limite para a inscrição 15 de Outubro

 

 

Comissão Organizadora

 

Sílvia Ferreira (IHA — NOVA FCSH)
Filomena Serra (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)
Dalton Sala (investigador independente-comissário da exposição Robert C. Smith (1912-1975). A investigação em História da Arte, Fundação Calouste Gulbenkian, 1999)

 

Tempo

14 (Segunda-feira) 9:30 am - 16 (Quarta-feira) 5:00 pm

Localização

Fundação Calouste Gulbenkian e Palácio Nacional de Queluz

Lisboa e Sintra

Organizador

Instituto de História Contemporânea — NOVA FCSH e Instituto de História da Arte — NOVA FCSH

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