CEEC: Resultados finais dão cinco novos contratos ao IHC
Fev 14, 2025 | Notícias

Concluída a quinta e sexta edições do Concurso de Estímulo ao Emprego Científico (CEEC) da FCT, o IHC foi contemplado com cinco novos contratos para investigação: dois na categoria de Investigador/a Júnior e três na categoria Investigador/a Auxiliar, o que resultará no regresso de três membros ao Instituto e na continuidade de outros dois, com contratos por seis anos.
Na categoria de Investigador Júnior, Rubén Pérez, que havia sido nosso bolseiro de pós-doutoramento, regressa para continuar o seu projecto de estudo do constitucionalismo e da justiça na Espanha da década de 1930, quando a República tentou implementar um constitucionalismo social e democrático. O projecto vai tocar em temas como a luta pelo controlo da ordem pública entre o Exército e o reformismo republicano ou o controlo da utilização de bens comunitários entre as instituições tradicionais e as novas, como as câmaras e tribunais municipais. Manterá a sua posição de docente na Universidad de Granada, Espanha.
Também como Investigador Júnior e ex-bolseiro de pós-doutoramento do IHC, Miguel Carmo dá continuidade ao estudo das dinâmicas históricas dos grandes fogos florestais em Portugal após 1950. Já tendo trabalhado este tema no contexto do projecto FIREUSES, o Miguel tem como objectivo relacionar os usos do fogo com as tensões sociais nos contextos rurais e agrícolas, bem como analisar as possíveis ligações entre os fogos e a economia política da pasta de papel, sem esquecer o potencial papel das alterações climáticas.
Já na categoria de Investigador Auxiliar, reencontramos Rui Cidra, que nos levará até ao mundo da música e dança, com um projecto que pretende reflectir sobre a relação entre cidadania e a cultura expressiva (som, o movimento, a voz e linguagem) das pessoas migrantes africanas e dos seus descendentes que vivem em Portugal. A questão principal do projecto é “Como é que estas comunidades entendem a voz e a escolha da língua como ferramentas para articular preocupações sociais relacionadas com as experiências quotidianas dos migrantes e as trajectórias diaspóricas que interligam as pátrias africanas e os Estados europeus?”
Pedro Martins, também Investigador Auxiliar, vai abandonar a nossa equipa de gestão de ciência para regressar ao trabalho de investigação a tempo inteiro com um projecto sobre os usos do passado medieval na construção de identidades actuais, numa perspectiva comparativa entre Portugal e outros países europeus. Mais especificamente, como é que o passado medieval foi concebido na sociedade portuguesa após o 25 de Abril, quando a ideia da “nação portuguesa como possuidora de uma espécie de missão divina ou civilizacional” supostamente deu lugar a “uma concepção que procurava um país mais moderno, pós-colonial, europeu”? Cruzando os conceitos de medievalismo e nacionalismo, além de procurar estudar a importância do passado medieval na construção de identidades, o Pedro vai também procurar a relação entre as representações da Idade Média na memória colectiva portuguesa e as de outros períodos históricos, como a época dos “Descobrimentos”.
Por fim, a Giulia Strippoli transita de um contrato de Investigadora Júnior para um de Investigadora Auxiliar com um projecto de investigação acerca do activismo transnacional das mulheres “nos seus próprios termos”. A Giulia vai-se centrar nas relações entre mulheres de Portugal, Angola, Guiné-Bissau e Moçambique durante as guerras coloniais portuguesas e a descolonização, desde o início do conflito armado até à Terceira Conferência das Mulheres em Nairobi. O projecto recorrerá a metodologias baseadas nos estudos interseccionais e transnacionais sobre as mulheres, tendo como ponto de partida uma metodologia feminista pós-colonial “para discutir criticamente conceitos como emancipação, irmandade, maternidade, muito debatidos em grupos de mulheres e feministas, no passado e no presente.”
Parabéns aos cinco!
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