Mélanie Toulhoat
Cultura, Identidades e Poder
Contacto:
melanietoulhoat@fcsh.unl.pt
Biografia
Mélanie Toulhoat é historiadora, investigadora em história contemporânea do Brasil e dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). É doutorada em História contemporânea pela Universidade Sorbonne Nouvelle (IHEAL-CREDA) e pela Universidade de São Paulo (2019). A sua tese de história da ditadura militar brasileira obteve o Prémio de Tese 2020 da Presses Sorbonne Nouvelle. Este trabalho analisa várias formas de humor gráfico publicadas na imprensa independente, e alguns mecanismos visuais e comportamentais de resistência política e cultural contra a censura e repressão, sob o regime militar brasileiro (1964-1985).
Foi investigadora pós-doutorada do Laboratório de Excelência “Histoire et Anthropologie des savoirs, croyances et techniques” (LabEx HASTEC) da Escola Prática de Altos Estudos (EPHE), afiliada ao Institut des Mondes Africains (IMAF) em 2020-2021, e membro científico da Casa de Velázquez – École des Hautes Études Hispaniques et Ibériques em 2021-2022. Preside também à ARBRE — Association pour la recherche sur le Brésil en Europe e é membro da coordenação do projecto de história pública internacional História da Ditadura.
A sua investigação actual centra-se em projectos de educação popular e alfabetização de adultos desenvolvidos na Guiné-Bissau pós-independência por uma série de educadoras/educadores, quadros e militantes nacionais e internacionais.
Áreas de Investigação
- História Cultural
- História contemporânea do Brasil e dos PALOP
- Circulações militantes transatlânticas
- Educação e Imagem
Publicações destacadas
- Toulhoat, Mélanie. Rire de la dictature, Rire sous la dictature. L’humour graphique dans la presse indépendante brésilienne sous le régime militaire. Paris: Presses Sorbonne Nouvelle, no prelo.
- Toulhoat, Mélanie. “ “Alguns desenhos guardados aí…” A censura ao humor gráfico durante o regime militar brasileiro. Um estudo de caso,” Tempo & Argumento 14 (2022): e0103. [PDF]
- Toulhoat, Mélanie. 2022. “« Lutar, Aprender, Vencer, Trabalhar »: Alphabétisation Pour Adultes, éducation Populaire Et réseaux Militants En Guinée-Bissau Nouvellement indépendante,”. Revue d’histoire Contemporaine De l’Afrique Julho (2022). [PDF]
- Toulhoat, Mélanie. 2022. “Um novo imaginário nacional? O humor gráfico publicado na imprensa independente brasileira durante a progressiva redemocratização,”. Brasiliana 9 (2020): 312-331. [PDF]
Projectos principais
- Projecto individual ““Vô aprender a ler, pra dar lição aos meus camaradas” . Pilot adult literacy experiences and international activist circulations in Guinea-Bissau and Cape Verde, during the anti-colonial war of liberation and after Independence (1963-1979)” — Acolhido pelo IHC e financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (2021.03948.CEECIND). 2022-2028
- Investigadora no projecto “TRACS — Transatlantic Cultures” — Financiado pela Agence Nationale de la Recherche, a Fundação de Amparo à pesquisa do Estado de São Paulo, o France-Berkeley Fund, o Institut des Amériques e a Maison des Sciences de l’Homme Paris-Saclay. [link]
Pesquisa
Agenda
maio, 2024
Tipologia do Evento:
Todos
Todos
Apresentação
Ciclo
Colóquio
Conferência
Congresso
Curso
Debate
Encontro
Exposição
Inauguração
Jornadas
Lançamento
Mesa-redonda
Mostra
Open calls
Outros
Palestra
Roteiro
Seminário
Sessão de cinema
Simpósio
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Detalhes do Evento
Congresso que se constitui como uma oportunidade para fazer um ponto da situação e discutir, a partir de uma perspectiva interdisciplinar, o futuro dos estudos sobre a Revolução. Congresso
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Detalhes do Evento
Congresso que se constitui como uma oportunidade para fazer um ponto da situação e discutir, a partir de uma perspectiva interdisciplinar, o futuro dos estudos sobre a Revolução.
Congresso internacional 50 anos do 25 de Abril
Cinquenta anos depois, o 25 de Abril e o processo revolucionário de 1974-75 continuam a ser objecto de discussão em várias disciplinas das ciências sociais e das humanidades. Sobretudo nas últimas décadas, os debates em torno da Revolução procuraram ir para além dos estudos pioneiros sobre o processo político e militar, através de múltiplas abordagens que ajudam a compreendê-lo em toda a sua complexidade: as transformações sociais e a participação política de base; os contextos internacionais, nomeadamente no que diz respeito aos processos de luta anti-colonial e à Guerra Fria; as dinâmicas políticas e sociais na sua diversidade regional; a economia política da Revolução; os repertórios de luta e as linguagens escritas, visuais e musicais; o papel da Revolução e da sua memória na história global e na sociedade portuguesa democrática; os processos de patrimonialização, musealização e preservação das memórias; as análises comparativas com outras revoluções e transições para sistemas democráticos.
Palestrantes:
Enzo Traverso (Cornell University)
Donatella della Porta (Scuola Normale Superiore, Firenze)
>> Programa do congresso (PDF) <<
Chamada para comunicações
A ocasião do cinquentenário surge assim como uma oportunidade para fazer um ponto da situação e discutir, a partir de uma perspectiva interdisciplinar, o futuro dos estudos sobre a Revolução. Neste sentido, o Congresso Internacional 50 anos do 25 de Abril apela à participação de investigadores/as de áreas tão distintas como a sociologia, a história, a economia, a ciência política, as relações internacionais, a antropologia, a história de arte e os estudos artísticos e literários. Privilegiam-se abordagens inovadoras nos âmbitos temáticos acima referidos que contribuam para reforçar o conhecimento deste momento fundador da nossa contemporaneidade.
Plano Temático:
Secção I | O derrube da ditadura: A secção I compreende os estudos sobre o Marcelismo e a crise final do regime nas suas dimensões nacional e internacional, incluindo as dinâmicas sociais e políticas geradas em torno Guerra Colonial.
Secção II | A revolução política: A secção II é dedicada à dissolução do aparelho de repressão política, judicial e censório e a responsabilização política, criminal e administrativa dos seus agentes (dissoluções, prisões, saneamentos, interdições, julgamentos), ao processo político revolucionário (as suas diferentes fases entre o 25 de Abril e a aprovação da Constituição de 1976), à Assembleia Constituinte, aos Pactos MFA/Partidos e à Constituição de Abril de 1976, aos partidos políticos e à conquista das liberdades públicas, do sufrágio universal e do direito à greve.
Secção III | A revolução económica e social: A secção III inclui investigação sobre as lutas dos trabalhadores e os órgãos de vontade popular, as lutas dos moradores e a questão da habitação, a reforma agrária e as novas políticas agrárias, as nacionalizações e as estratégias de desenvolvimento económico, as lutas feministas e as organizações das mulheres, as lutas pela diversidade sexual e de género e os seus movimentos, as lutas anti-racistas e os seus movimentos, a população racializada, o ensino e o movimento estudantil.
Secção IV | A revolução cultural: A secção IV versa sobre a cultura no PREC, incluindo a imprensa, o audiovisual (rádio e televisão), a música, o cinema, o teatro, a literatura, a pintura e os murais, o cartaz.
Secção V | A queda do império colonial: A secção V é dedicada à descolonização. Reúne apresentações sobre a situação da Guerra Colonial e as guerras de libertação em 1974, a questão colonial e o poder político e militar em Portugal no processo revolucionário, os movimentos de libertação nacional e o processo de descolonização, os efeitos da descolonização na sociedade portuguesa, a chegada a Portugal de populações das antigas colónias, a situação dos militares africanos integrados nas forças militares portuguesas, o racismo estrutural da sociedade portuguesa.
Secção VI | Processo revolucionário e relações internacionais (1974-1976): A secção VI trata da conjuntura internacional e da política externa dos governos provisórios, das ligações internacionais entre forças políticas e o poder militar, dos apoios internacionais e da intervenção externa no processo revolucionário.
Secção VII | A revolução portuguesa e os processos de transição para a democracia: A secção VII introduz a dimensão comparativa no estudo da Revolução portuguesa. Aborda a temática a partir de reflexões em torno das Revoluções, dos processos de democratização, das convergências e divergências das transições para a democracia.
Secção VIII | As representações da memória política do 25 de Abril: Nesta secção agrupam-se as pesquisas dedicadas aos processos de memorialização do passado e as suas mutações ao longo do tempo, às políticas publicas de memória e às políticas do esquecimento, aos debates das interpretações sobre história e memória em suas múltiplas dimensões e ao comemorativismo.
Submissão de propostas 🔗 neste link.
Datas: 2, 3 e 4 de Maio de 2024
Local: Reitoria da Universidade de Lisboa
Os interessados/as devem submeter a sua proposta através do formulário até dia 10 de Setembro de 2023.
Comissão Organizadora
Maria Inácia Rezola, Comissão Comemorativa 50 Anos 25 de Abril / IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
Fernando Rosas, IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
José Neves, IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
Miguel Cardina, CES – Universidade de Coimbra
Rita Almeida de Carvalho, ICS – Universidade de Lisboa
José Lopes Cordeiro, Universidade do Minho
Comissão Científica
Álvaro Garrido, CEIS20 – Universidade de Coimbra
António Costa Pinto, ICS – Universidade de Lisboa
Fernando Rosas, IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
José Lopes Cordeiro, Universidade do Minho
José Neves, IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
Luís Trindade, CEIS20 – Universidade de Coimbra
Luísa Tiago de Oliveira, CIES – ISCTE
Manuel Loff, Universidade do Porto, IHC – NOVA FCSH
Maria da Conceição Meireles Pereira, CITCEM
Maria Fernanda Rolo, Pólo do CEF na NOVA FCSH
Maria Inácia Rezola, Comissão Comemorativa 50 Anos 25 de Abril / IHC – NOVA FCSH / IN2PAST
Miguel Cardina, CES – Universidade de Coimbra
Rui Bebiano, Centro de Documentação 25 de Abril – Universidade de Coimbra
Sérgio Campo Matos, CHUL – FLUL
Sílvia Roque, CES – Universidade de Coimbra e Universidade de Évora
Sónia Vespeira de Almeida, CRIA – NOVA FCSH
Rita Rato, Museu do Aljube
Luísa Teotónio Pereira, CIDAC • CULTRA, Cooperativa Culturas do Trabalho e Socialismo
Tempo
2 (Quinta-feira) 8:30 am - 4 (Sábado) 6:30 pm
Organizador
Várias instituições
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