junho, 2022

Detalhes do Evento
Colóquio internacional que dá continuidade a dois encontros prévios e que tem como objectivo o estudo presença da violência como elemento fulcral das disputas políticas e sociais que marcaram o
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Detalhes do Evento
Colóquio internacional que dá continuidade a dois encontros prévios e que tem como objectivo o estudo presença da violência como elemento fulcral das disputas políticas e sociais que marcaram o século XX.
IV Colóquio Internacional Sobre Violência Política no Século XX
Em Março de 2015, teve lugar no Instituto de História Contemporânea da Universidade NOVA de Lisboa o Colóquio Internacional sobre Violência Política no Século XX. Aquele encontro queria chamar a atenção sobre a presença da violência como elemento fulcral das disputas políticas e sociais que marcaram o século XX, bem como ampliar a visão sobre as diferentes formas de violência política. A assistência de um alto número de historiadores e de investigadores das diferentes áreas das humanidades e das ciências sociais gerou um amplo debate, e deu lugar à constituição da International Network on Political Violence, que, desde então, tem promovido a realização de colóquios bianuais: em Junho de 2017, em Niterói (Brasil), organizado pelo Núcleo de Estudos Contemporâneos (NEC) da Universidade Federal Fluminense; e em Abril de 2019 na Universidad Nacional de Rosario (Argentina), auspiciado pela Red de Estudios sobre Represión y Violencia Política (RER) e coincidindo com as IV Jornadas de Trabalho da RER. Com o objectivo de dar continuidade a estes encontros, entre os dias 15 e 17 de Junho de 2022, terá lugar em Barcelona o IV Colóquio Internacional sobre Violência Política no Século XX.
Eixos
- Conflitos bélicos
Ao longo do século XX, os conflitos bélicos deixam de ser, definitivamente, unicamente uma luta entre exércitos para atingir o conjunto das populações, tanto a partir de processos de ocupação, como do controlo das retaguardas. As formas de ocupação influem na capacidade de resistência dos exércitos vencidos e da população civil — campos de concentração, trabalho forçado, etc. Os ocupantes tencionam, igualmente, juntar os recursos dos ocupados ao seu esforço de guerra. Quanto às retaguardas, o objectivo costuma ser a repressão das eventuais dissidências com capacidade para influir na frente unida que os governos tencionam organizar. O exercício da violência multiplica-se exponencialmente. - Violência estatal e para-estatal
Os estados em geral, e nomeadamente aqueles mais afastados das fórmulas de controlo civil democrático, acrescentam às práticas repressivas legais — aquelas que são controladas pelos aparelhos de justiça — um conjunto de práticas ilegais que incluem tanto actividades encobertas dos seus corpos e forças de segurança, como a utilização de redes de colaboradores civis formais e informais, que podem enquadrar ou, simplesmente, deixar atuar de forma autónoma sempre que seja conveniente. - Motins e insurgências armadas
As violências protagonizadas por atores não estatais têm sido permanentes ao longo do século XX. Este eixo tenciona reunir contribuições focadas em qualquer dos diferentes tipos de violência política e social que podem ser enquadrados nesta categoria: desde os motins e os movimentos insurrecionais até às guerrilhas e às práticas armadas. - Género e violência política
A perspectiva de género está a ganhar cada vez mais espaço no estudo dos diferentes fenómenos contemporâneos, e a violência política não fica à margem desta tendência. O propósito deste eixo é reunir estudos que adoptem com especial ênfase esta perspectiva, bem como estudos focados nas formas de violência contra as mulheres e investigações sobre a participação e protagonismo femininos na prática da violência. - Memória, resolução de conflitos, justiça e reparação
Os processos de construção da memória pública em sociedades que tem passado por experiências traumáticas e violentas constitui um terreno de disputa e, ocasionalmente, de consenso; o debate sobre políticas públicas de memória é uma expressão destas tensões. Por outro lado, as diferentes vias de resolução de conflitos contribuem para a superação dos referidos processos e das suas consequências, como também acontece com as actuações da justiça transicional e de reparação de vítimas. Este eixo incluirá as contribuições ligadas a esta vasta temática.
Pedidos de informação e esclarecimentos deverão ser enviadas para o endereço de correio eletrónico cedid@uab.cat
Comissão Científica
Daniel Aãrao Reis (Universidade Federal Fluminense)
Luciano Alonso (CESIL / Universidad Nacional del Litoral)
Ernesto Bohoslavsky (Universidad Nacional de General Sarmiento – CONICET)
Pilar Calveiro (Universidad Autónoma de la Ciudad de México)
Xavier Domènech (UAB)
Norberto Ferreras (Universidade Federal Fluminense)
Jordi Font (Director, Memorial Democràtic de la Generalitat de Catalunya)
Marina Franco (Universidad Nacional de San Martín – CONICET)
François Godicheau (Université Toulouse 2 – Jean Jaurès)
Gutmaro Gómez Bravo (Universidad Complutense de Madrid)
Manuel Loff ( Instituto de História Contemporânea – NOVA FCSH; Universidade do Porto)
Daniel Lvovich (Universidad Nacional de General Sarmiento – CONICET)
Jordi Mir (UPF)
Carme Molinero (UAB)
Jordi Rabassa (Vereador, Regidoria de Memòria Democràtica de l’Ajuntament de Barcelona)
Manel Risques (Universitat de Barcelona, UB)
Javier Rodrigo (UAB)
Fernando Rosas (Instituto de História Contemporânea – NOVA FCSH)
Verónica Valdivia Ortiz de Zárate (Universidad Diego Portales, Chile)
Francesc Vilanova (UAB)
Ricard Vinyes (UB)
Pere Ysàs (UAB)
Mercedes Yusta (Université Paris 8)
Comissão Organizadora
Gabriela Águila (Universidad Nacional de Rosario – CONICET)
David Ballester (UAB)
Pau Casanellas (Instituto de História Contemporânea – NOVA FCSH)
Janaína Cordeiro (Universidade Federal Fluminense)
Ana Sofia Ferreira (Instituto de História Contemporânea – NOVA FCSH)
Santiago Garaño (CONICET-UNTREF-UNLa)
Gennadi Kneper (UAB)
João Madeira (Instituto de História Contemporânea – NOVA FCSH)
Lívia Magalhães (Universidade Federal Fluminense)
Martí Marín (UAB)
Ricard Martínez i Muntada (UAB)
Pablo Scatizza (UNCO)
Javier Tébar (Fundació Cipriano García; Universitat de Barcelona)
Entidades organizadoras
Rede Internacional sobre Violência Política / International Network on Political Violence
Centre d’Estudis sobre Dictadures i Democràcies / Universitat Autònoma de Barcelona (CEDID-UAB)
Fundació Cipriano García – CC OO de Catalunya
Memorial Democràtic de la Generalitat de Catalunya
Regidoria de Memòria Democràtica de l’Ajuntament de Barcelona
Instituto de História Contemporânea – Universidade NOVA de Lisboa (IHC – NOVA FCSH)
Instituto de História (IHT) e Núcleo de Estudos Contemporâneos (NEC) / Universidade Federal Fluminense
Red de Estudios sobre Represión y Violencia Política (RER)
Centre d’Estudis sobre Moviments Socials (CEMS) / Universitat Pompeu Fabra
Escola de Cultura de Pau / Universitat Autònoma de Barcelona
Tempo
15 (Quarta-feira) 6:00 pm - 17 (Sexta-feira) 7:00 pm
Localização
Barcelona (Espanha)
Organizador
Várias instituições