O debate ofereceu observações sobre o surgimento de novos movimentos civis e sociais, novas subjetividades, novos quadros estéticos, e de uma contemporaneidade que se move para além da modernidade e da pós-modernidade, na transformação do papel central que a arte contemporânea teve na cultura oficial do novo regime, tornando-se gradualmente parte do imaginário social. Simultaneamente, e numa relação ambivalente com os discursos oficiais, uma série de subculturas emergiu, misturando o visual, o musical e a produção literária sem os preconceitos da alta cultura. Um outro ponto de discussão irá lidar com a crise e as mudanças políticas, sociais e culturais de hoje, aprendendo-se através da revisitação de situações semelhantes da década de oitenta, onde nos países capitalistas a crise significou recessão, desemprego, o desacelerar do crescimento económico e a contração do estado social; e no leste significou a incapacidade dos sistemas socialistas de realizar reformas económicas, e na arena política, a crise do sistema de partido único.