Seminário organizado pelo grupo de investigação em História Global do Trabalho e dos Conflitos Sociais.

O Ministério das Corporações e o planeamento socio-laboral (1955-1968):
Entre o desenvolvimento económico, o fomento do bem-estar social e a defesa da organização corporativa
Cátia Teixeira (IHC – NOVA FCSH)

É, sensivelmente, a partir de meados dos anos 50, mas, sobretudo, dos anos 60, que a necessidade de planeamento das políticas socio-laborais começa a revelar a sua importância. Para isso contribuíram uma série de transformações socio-económicas no país, entre elas a modernização industrial e o aumento do trabalho assalariado, a maior inserção do país no espaço económico internacional e o despontar da importância da organização racional do trabalho. Todas estas transformações vieram sublinhar o papel atribuído ao Homem trabalhador na busca pela eficiência e produtividade. Podemos ver, através do planeamento socio-laboral desenvolvido a partir do Ministério das Corporações, a tentativa de conciliação entre o desenvolvimento económico, o fomento do bem-estar social (fundamentado na doutrina social católica) e a manutenção e o fortalecimento da organização corporativa.

Sobre a oradora:
Estudante de doutoramento na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, com um projecto de tese sobre a transformação das relações laborais durante o Estado Novo (1950-1968), orientada pela Dr.ª Raquel Varela. Foi estudante de mestrado na mesma instituição, onde defendeu, em 2012, a sua dissertação de mestrado, com a orientação do Prof. Dr. º Fernando Rosas, sobre o início da agitação social durante a Segunda Guerra Mundial, com as greves operárias na indústria de lanifícios da Covilhã. É investigadora integrada no Grupo de História Global do Trabalho e dos Conflitos Sociais do Instituto de História Contemporânea.

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