O livro de Rui Cidra, que recentemente integrou o IHC, vai ser apresentado por Dju di Mana, Florzinho e Nuno Domingos no Festival Músicas do Mundo, em Sines. À apresentação, seguir-se-á um concerto.

Funaná, Raça e Masculinidade:

Uma Trajetória Colonial e Pós-colonial

Baseado em pesquisa etnográfica desenvolvida entre Cabo Verde e Portugal, o livro “Funaná, Raça e Masculinidade: uma Trajetória Colonial e Pós-colonial” (Outro Modo, 2021) constitui uma abordagem antropológica e histórica do funaná, uma prática de música e dança criada pela população camponesa da ilha de Santiago, no período pós-escravatura do final do século XIX, ligada às práticas expressivas da dupla de tocadores de gaita (acordeão diatónico de botões) e fero (uma barra de ferro friccionada e percutida com uma faca), ambos dividindo a interpretação vocal e dialogando com audiências participativas.

A apresentação do livro contará com a presença do autor, Rui Cidra, de dois tocadores que participaram no desenvolvimento da investigação, Dju di Mana (gaita) e Florzinho (fero), e do editor e antropólogo Nuno Domingos. A discussão sobre o livro antecede o concerto de Dju di Mana e convidados.

Dju di Mana (António Virgolino dos Santos Moreno, n. Loura, São Domingos, ilha de Santiago, 1975) é um tocador de gaita na tradição do funaná. No concerto contará com o contributo de músicos com quem atua habitualmente nas suas deslocações a Portugal, como Florzinho, Sousa (fero), Káká, e igualmente com as convidadas Nelita (fero e voz) e Diana (gaita).

Mais informações sobre o livro