fevereiro, 2022
Detalhes do Evento
Sessão aberta da Oficina de História e Imagem, uma apresentação da realizadora e investigadora Susana de Sousa Dias. Apagar, moldar, impermeabilizar, curar: filmar a história em curso, em
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Detalhes do Evento
Sessão aberta da Oficina de História e Imagem, uma apresentação da realizadora e investigadora Susana de Sousa Dias.
Apagar, moldar, impermeabilizar, curar:
filmar a história em curso, em Fordlândia
Após a realização de Fordlândia Malaise (2019), filme centrado na company-town fundada por Henry Ford na floresta amazónica há quase cem anos, um segundo filme, ainda em curso, surgiu. Com o título provisório de Fordlândia Panacea, este novo projecto é o resultado do aprofundamento dos pontos cegos da história de uma povoação que se diz hoje ser fantasma e cujo nome original guardava os traços de um passado que se procurou apagar.
Partindo de algumas características da matéria cuja produção Ford tentou industrializar, a borracha, a sessão aborda os processos de investigação e realização de um projecto que, ao longo de três anos, acompanhou de perto as flutuações da memória e da história da povoação e as várias descobertas que foram sendo feitas no terreno.
Apresentação de: Susana de SousaDias (Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa)
Moderação de: Catarina Laranjeiro (IHC — NOVA FCSH).
Para mais informações, contactar oficinahistoriaeimagem@gmail.com
Sobre Susana de Sousa Dias:
Cineasta e professora universitária na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, Susana de Sousa Dias estudou Cinema na Escola Superior de Teatro e Cinema, Pintura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e Música no Conservatório Nacional. É mestre em Estética e Filosofia da Arte pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e doutorada em Belas-Artes pela Faculdade de Belas-Artes da mesma universidade com uma dissertação teórico-prática dedicada ao estudo das relações entre a imagem fixa e a imagem em movimento e das implicações estéticas e epistemológicas da emergência dos meios digitais na utilização dos arquivos e no conhecimento da imagem como fonte histórica, temas que atravessam a sua obra. Os seus trabalhos foram exibidos em festivais de cinema, cinematecas e espaços expositivos, tais como, entre outros, Documenta 14, PhotoEspaña, Viennale, Sarajevo IFF, Pacific Film Archive, Harvard Film Archive, Arsenal – Institut für Film und Videokunst, Tabakalera e Museu de Arte Contemporânea do Ceará. Em 2012, foi artista convidada do Robert Flaherty Film Seminar. Foi membro fundador da produtora KINTOP e co-directora do Festival Doclisboa.
Filmografia seleccionada: Processo Crime 141/53 (Enfermeiras no Estado Novo) (2000), Natureza Morta – Visages d’une dictature (2005), 48 (2009), Luz Obscura (2017), Fordlândia Malaise (2019).
Imagem: Fotograma de Fordlândia Malaise (2019), de Susana de Sousa Dias.
Tempo
(Sexta-feira) 10:30 am - 12:30 pm
Localização
NOVA FCSH, Colégio Almada Negreiros, Auditório 224
Campus de Campolide da NOVA — 1099-085 Lisboa
Organizador
Instituto de História Contemporânea — Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboacomunicacao.ihc@fcsh.unl.pt Avenida de Berna, 26C — 1069-061 Lisboa