abril, 2018

04abr(abr 4)5:00 pm05(abr 5)4:30 pmÍndios Metropolitanos (1960-70)Sessão #25:00 pm - 4:30 pm (5) UTC+00:00 NOVA FCSH, várias salas, Avenida de Berna, 26C — 1069-061 LisboaTipologia do Evento:Workshop

Detalhe do cartaz da segunda sessão da Oficina de História e Filosofia Contemporânea do IHC

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Detalhes do Evento

Segunda sessão da Oficina de História e Filosofia Contemporânea, uma parceria do IHC – NOVA FCSH com a rede Workiteph do IFILNOVA.

A Oficina de História e Filosofia Contemporânea do IHC procura interrogar o passado recente tendo como ponto de partida teorizações vindas de campos como as Ciências da Comunicação, os Estudos Culturais ou os Estudos de Performance, os Estudos Pós Coloniais, as teorizações críticas sobre o neoliberalismo, ou o conjunto díspar de autores que se agrupou sob a epítome de French ou Italian Theory.

Remontando sobretudo (mas não apenas) às transformações advindas com o segundo pós guerra, esta oficina procura inquirir os macro-contextos de transformação política, social e económica bem como as resistências que lhes estão associadas – e que deram origem a estas teorizações.

Funcionando em parceria a rede Workiteph do IFILNOVA, em 2017-2018 a oficina será dedicada àquilo a que se tem vindo a dar o nome de Italian Theory, expressão que visa agregar um corpo de reflexões que junta perspectivas de crítica da filosofia política clássica aplicada aos temas da contemporaneidade: biopolítica, soberania, transformações históricas e sociais do capitalismo, abarcando uma série de linhas de pensamento diferentes e muitas vezes divergentes, sendo parte considerável da sua produção teórica desenvolvida ou aprofundada nas décadas de 1960 e 1970, período político bastante intenso a nível mundial e em Itália, em particular. Durante esta década o capitalismo sofreu profundas alterações, fruto também da resistência de novas formas de vida que entram em cena.

Pretende-se neste conjunto de sessões esboçar uma genealogia que possibilite olhar para a Italian Theory, nas suas diferentes vertentes, como uma ferramenta para compreender as transformações políticas, culturais e económicas que ocorreram nos últimos anos não só em Itália mas no mundo.

 

Investigadores responsáveis

Ana Bigotte Vieira (IHC – NOVA FCSH)
João Santos (IHC – NOVA FCSH)
Gianfranco Ferraro (IFILNOVA)
Luhuna Carvalho (Kingston University)

Descrição das sessões

Em 2017-2018, a Oficina de História e Teoria encontra-se estruturada numa série 3+1 encontros intensivos ao longo do ano, com palestras, leitura e discussão de textos e visionamento de filmes. Concebida como ocasião de estudo e espaço experimental de aprendizagem, a oficina procura, por um lado, colocar a produção de teoria em contexto e, por outro, averiguar a sua possível actualidade.

A sua articulação é, portanto, dúplice e cada sessão deverá ser composta por um mínimo de 2 partes, em 2 dias. Assim, se no primeiro dia de cada oficina se parte de uma contextualização histórica e cronológica em crescendo nas várias sessões ao longo do ano (ex.1950-1960 correspondendo á primeira sessão; 1960-1970 à segunda sessão…), no segundo dia o ponto de partida é sempre temático e organizado em torno de pares/tríades de conceitos teóricos (ex. povo/multidão; fuga/êxodo; trabalho material/ imaterial, afectivo e capitalismo cognitivo), servindo o segundo dia da primeira sessão para um mapeamento da constelação de conceitos a interrogar.

Inscrições: oficinafilosofiacontemporaneai@gmail.com

 

SESSÃO #2 | “Índios Metropolitanos (1960-70)”
4 e 5 de Abril de 2018

 

DIA 4 (Torre B, Auditório 2)

17h00: Filme Lavorare con Lentezza de Guido Chiesa

 

DIA 5 (Edifício ID, Sala Multiusos 2)

10h30: Seminário por Franco Tomassoni – “Estrutura de classes e movimentos políticos na Itália dos anos 60”
Na sessão da manhã procura-se fazer uma contextualização histórica dos Longos Anos Sessenta, problematizando o aparecimento do movimento estudantil enquanto sujeito colectivo na sua relação com o movimento operário. Observando os modos como a reformulação dos modos de produção – e a urbanização, industrialização e terceirização suas decorrentes – exige uma força de trabalho mais qualificada e consumidores mais sofisticados, procurar-se- á entender a figura do estudante como indissociável da figura do trabalhador e do consumidor, discutindo o papel dos jovens proletarizados na crítica social – e os moldes em que a esta é por eles levada a cabo. Entendendo o período como indissociável de um contexto global marcado pelos movimentos de descolonização e pela Guerra Fria, especial atenção será dado ao contexto Italiano e ao contexto português, que se procura visitar cronologicamente.

14h30: Seminário por Ricardo Noronha – “O outro movimento operário”
Na sessão da tarde, tomando como ponto de partida o conjunto de rupturas que o aparecimento do movimento estudantil dos anos 60 irá provocar no modelo de vida industrializado (com a sua “tradicional” distribuição de papéis e funções), procurar-se- á mapear um conjunto de discussões e teorizações em que em causa estaria o aparecimento de novos sujeitos e temas políticos; a tensão entre o trabalho produtivo e o trabalho improdutivo; a ideia de desejo; a crítica ao urbanismo e ao quotidiano ou, de um ponto de vista mais geral, uma noção de estranhamento que colocaria em causa a própria relação fundadora do fordismo.

 

Cartaz | Página oficial

Tempo

4 (Quarta-feira) 5:00 pm - 5 (Quinta-feira) 4:30 pm UTC+00:00

Localização

NOVA FCSH, várias salas

Avenida de Berna, 26C — 1069-061 Lisboa

Organizador

Instituto de História Contemporânea da Universidade NOVA de Lisboa e Instituto de Filosofia da NOVA

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