março, 2018

19mar6:00 pm8:00 pmO gosto público que sustenta o teatroNovos Estudos & Novos Olhares Sobre a Cidade - II Ciclo6:00 pm - 8:00 pm Museu de Lisboa - Palácio Pimenta, Campo Grande 245, 1700-091 LisboaTipologia do Evento:Conferência

Fragmento de uma ilustração do Teatro d'Alegria

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Detalhes do Evento

Terceira sessão do ciclo de conferências organizado por Daniel Alves (IHC) e Rosa Maria Fina (CLEPUL) e acolhido pelo Museu de Lisboa.

 

II Ciclo de Conferências
“Novos estudos & Novos olhares sobre a cidade: Lisboa do Terramoto à Revolução de Abril”

 

O Gosto Público que sustenta o Teatro: Pessoas, espaços e repertórios na Lisboa de Oitocentos
Guilherme Filipe (CET – Universidade de Lisboa)

Análise panorâmica das condições criadoras do “mercado factício” garrettiano, e da elevação do género teatral ao estatuto de veículo demopédico de ilustração e entretenimento, entre a esfera dos teatros públicos e a semi-privada dos particulares, cujas interactividade dinamizou a produção dramática, a realização do espectáculo, e desenvolveu o espírito crítico da recepção estética e da ilustração popular.

 

Sobre o convidado:
Actor, encenador, professor e investigador. Formado em Filologia Germânica (FLUL) e em Representação/ Encenação (ESTC-IPL), foi durante vários anos professor das disciplinas de inglês e alemão, no ensino secundário. Em regime de destacamento, trabalhou, no Ministério da Educação, em programas de formação pedagógica aplicada ao ensino das línguas vivas (English Teaching Group, 1976-79), e ao desenvolvimento de práticas multidisciplinares na criação de um modelo de aprendizagem curricular de pensamento abrangente (Grupo de Comunicação e Teatro, 1980-85).
Tem desenvolvido trabalho profissional como actor, em teatro, cinema e televisão. Em 1986, fundou a companhia de teatro Persona – Teatro de Comédia, com o objectivo de investigar e produzir dramaturgia portuguesa, tendo estreado, em absoluto, autores como Augusto Abelaira (Anfitriões), António Pedro (Desimaginação) ou Miguel Rovisco (Circo dos desenganos), entre outros, e criado versões de autos vicentinos (Auto da Índia e d’outras andanças e Lusitânia), em colaboração com os serviços educativos do Mosteiro dos Jerónimos e, em itinerância, com os pelouros da cultura de diversas autarquias, através dos programas do Ministério da Cultura.
A partir de 2003, dedicou-se aos Estudos de Teatro, tendo obtido o grau de Mestre, pela FLUL, com a dissertação Percursos itinerantes: A companhia de Rafael de Oliveira (Artistas Associados) e o grau de Doutor, com a tese O Gosto Público que sustenta o Teatro: Subsídios para o estudo da vulgarização do pensamento teatral oitocentista em Portugal. Investigador do Centro de Estudos de Teatro (FLUL), desde 2008, na área de documentação teatral, leccionou os seminários de História do Teatro em Portugal e de Análise do texto dramático. Em 2014, integrou o projecto Vida Cultural em Cidades de Província. Espaço público, sociabilidades e representações (1840 – 1926), do Centro de Estudos Geográficos (FLUL). Actualmente integra o projecto editorial de Cultura e Prática Teatral Luso-Brasileira, do CET-FLUL e da Universidade Federal do Paraná (UFP/Brasil), e o projeto Teatro proibido e censurado no século XIX, em Portugal (CET-FLUL). É docente do Curso Profissional de Interpretação, na Associação Canto Firme (Conservatório regional de Tomar) e na NB Academia, regendo as cadeiras de História da Cultura e das Artes e de Dramaturgia.
Tem publicado ensaios e artigos sobre as práticas de teatro e seus agentes, de que se destacam:

“Actores errantes de Oitocentos”, Sinais de Cena, 2009.
“O Paradoxo de Fialho: uma ‘radiografia’ ao teatro finissecular”, comunicação ao Congresso Internacional Portugal no tempo de Fialho de Almeida, 2011.
“Considerações sobre uma ideia de teatro popular”, in David Casimiro, Auto da Criação do Mundo ou Princípio do Mundo, 2012.
“Memoráveis actores”, in Maria João Brilhante (org.), Sete olhares sobre o teatro da Nação, 2014.
“A subtil preservação da memória”, revista CACAO, 2015.
“A vertigem da consciência ou o teatro no teatro em alguns exemplos portugueses”, 2017 (Academia.edu).

 

Cartaz da conferência O Gosto Público que sustenta o Teatro

 

Sobre o ciclo:
Não se pode dizer que a investigação académica sobre Lisboa alguma vez tenha passado de moda, afirma-se um contínuo olhar sobre a cidade e descobre-se nela, no seu espaço e nas suas gentes, motivos para novos estudos todos os anos. A perspectiva deste ciclo de conferências é, por isso, a de renovar esse olhar apresentando e discutindo trabalhos, textos, projectos que têm Lisboa como cenário ou Lisboa como actriz. E são estas duas visões que enquadram os estudos que fazem parte deste ciclo de conferências: por um lado, caracterizar a vivência quotidiana, a sociabilidade e as dinâmicas culturais, sociais ou políticas daqueles que viveram ou passaram pela cidade; por outro lado, analisar o seu espaço físico, o seu pulsar urbano, as suas transformações. Estes dois olhares, porém, não os queremos fixos numa determinada época, antes os estendemos num arco de mais de dois séculos, procurando abarcar a História de Lisboa do século XVIII ao século XX. Queremos que sejam também histórias nunca antes contadas sobre Lisboa e os lisboetas, queremos apelar à imaginação dos que vierem assistir e queremos que venham debater connosco cada um dos temas propostos.

Tempo

(Segunda-feira) 6:00 pm - 8:00 pm

Localização

Museu de Lisboa - Palácio Pimenta

Campo Grande 245, 1700-091 Lisboa

Organizador

Instituto de História Contemporânea da Universidade NOVA de Lisboa, Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e Museu de Lisboa

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