january, 2020
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NOVA FCSH’s New Year’s Course aiming to explore the concept of burnout to analyse this problem in the case of school teachers. Burnout e organização do
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NOVA FCSH’s New Year’s Course aiming to explore the concept of burnout to analyse this problem in the case of school teachers.
Burnout e organização do trabalho docente: Ser Professor Hoje
Docente responsável: Raquel Varela
Docentes: Roberto della Santa
Horário: 7 a 28 de Janeiro | Terças e quintas, das 18h00 às 21h30 | 28 de janeiro das 18h00 às 22h00
Objectivos:
Os objetivos com esta formação são: Por que uma grande parte dos professores, ao final do dia, sentem-se esgotados? Quais são as causas do sentimento de exaustão emocional entre os docentes? De onde advém o stress laboral na educação escolar? Como compreender e/ou explicar um mal-estar tão difuso e generalizado nas funções, estrutura e dinâmicas desta atividade vital?.
Programa:
A assim-chamada “Síndrome de Queimar-se pelo Trabalho” tem como pressuposto, da psicologia psicométrica e behaviorista à americana, uma série de indicadores de exaustão, despersonalização e desrrealização vis-à-vis às relações de trabalho. Ainda e quando devemos criticar o quantitativismo e o método funcional é impressionante a aproximação ao universo da filosofia clássica europeia, como nos conceitos de estranhamento, alienação e reificação. O que a revisão da literatura logrou alcançar depois de quase quatro decénios de experiências a nível global com instrumentos de medição do desgaste à escala-Likert? Quando se experimenta mais a concorrência do que a cooperação, mais a hierarquia do que a horizontalidade, mais heteronomia/subordinação do que autonomia/igualdade, mais sujeição do que emancipação e mais passivização rotineira do que atividade criadora há uma tendência geral ao “Burn-Out.” São mais frequentes e típicas nas atividades de trabalho intelectual envolvendo seres humanos em situação de cuidado dedicado aos demais (médicos, professores etc.). No mais das vezes, contudo, em profissionais com altos índices de “engajamento” de nexo psicofísico nos processos laborais as contradições, conflitos e antagonismos não surgem com pacientes, usuários e estudantes mas, justamente, com a burocracia, os superiores e, inclusive, colegas de trabalho. A partir de um estudo inédito realizado em parceria entre a Universidade Nova de Lisboa e a Fenprof, vamos analisar nesta formação as condições de trabalho docente em Portugal, bem como a sua evolução histórica.
- BURNOUT, UMA «DOENÇA DE ÉPOCA?»
Perturbação privada/questão pública. Fatores individuais de adoecimento ou organização patogénica do trabalho (problema individual x questão social). Para uma genealogia: neurastenia/fadiga/Burnout. Da leitura sintomal duma palavra-chave (Burnout) em busca de reconhecimento público. - COMO A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE SE RELACIONA COM O ADOECIMENTO NO SECTOR
EDUCATIVO
Teoria e História do Setor Educativo em Portugal: de 1974 até nossos dias. Gestão Democrática e Organização da Educação.
Autonomia e Heteronomia. Para uma ontologia social do trabalho docente. O papel das várias teorias pedagógicas: tradicional, crítico-reprodutivista, pós-moderna/neoliberal e histórico-crítica. A centralidade do trabalho – escola & sociedade. - ANÁLISE CRÍTICA DOS DADOS DO INCVTE 2017-2019
Tempo de serviço. Tempo escola-casa. Da exaustão emocional. Indiferença/apatia. Desrealização profissional. Da Burocracia/indisciplina. Avaliação de desempenho. Reforma antes do tempo. Regime jurídico. Stress laboral. Conflitos com a Direção. Carreira docente. Independência e criatividade. Índice Global de Desgaste. A escola portuguesa hoje. - ESTADO DA ARTE, O QUE O BURNOUT É?
Das metáforas do trabalho à categoria clínica e analítica: a reestruturação produtiva e o burnout. As novas formas de gestão laboral e os “modos de sentir, pensar e viver a vida”. Das diversas perspetivas de Graham Greene/Herbert Freudenberger/Abraham Maslow/Christina Maslach: para as primeiras aproximações ontológicas à síndrome do queimar-se pelo trabalho/desgaste profissional. - O QUE SER PROFESSOR É?
Trabalho, Educação e Sociabilidade: do desenvolvimento humano genérico. A educação como processo de produção volitiva e intencional das conquistas humano genéricas em cada ser social singular. Do senso comum à consciência crítica: Empírico, abstrato e concreto. Qual a função social do professor: “mediar” e “facilitar” processos ou ensinar conteúdos? - O QUE A EDUCAÇÃO É & DE QUE FORMA RELACIONA-SE AO BEM-ESTAR LABORAL
A pedagogia histórico-crítica. Da autonomia docente à gestão democrática do sistema escolar. Intelectuais e organização da cultura/teoria da hegemonia. A escola dualista e a sociedade de classes: alienação entre trabalho material e intelectual. O Burnout e “estranhamento”. - CRÍTICA METODOLÓGICA AO INQUÉRITO “PSICOMÉTRICO”
A categoria da mediação. O que são determinações. A objetividade e a subjetividade no processo de produção de conhecimento. Ciências do espírito e ciências da natureza. Pode a psique humana ser metrificada? Modernidade/pósmodernidade hoje. O valor cognitivo do discurso científico, a real intenção de verdade e o livre debate de ideias.
Créditos da imagem: Christos Tsoumplekas (Back again!) on Visual hunt / CC BY-NC.
Time
(Thursday) 6:00 pm - 9:30 pm
Organizer
Institute of Contemporary History — NOVA School of Social Sciences and Humanitiescomunicacao.ihc@fcsh.unl.pt Avenida de Berna, 26C - 1069-061 Lisbon