dezembro, 2018
Detalhes do Evento
Congresso internacional sobre experiências históricas em ilhas e enclaves geradoras de processos de identificação e de problemáticas éticas e políticas — com chamada aberta até 1 de Setembro. Insularidades e
Ver mais
Detalhes do Evento
Congresso internacional sobre experiências históricas em ilhas e enclaves geradoras de processos de identificação e de problemáticas éticas e políticas — com chamada aberta até 1 de Setembro.
Insularidades e enclaves em situações coloniais e pós-coloniais:
trânsitos, conflitos e construções identitárias (séculos XV-XXI)
O Centro de História da Universidade de Lisboa (CH-UL), o Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto (CEA-UP), o Centro de Estudos Internacionais do ISCTE-IUL (CEI – ISCTE-IUL) e o Instituto de História Contemporânea da Universidade NOVA de Lisboa (IHC – NOVA FCSH) organizam o Congresso Internacional Insularidades e enclaves em situações coloniais e pós-coloniais: trânsitos, conflitos e construções identitárias (séculos XV-XXI).
Os arquipélagos constituíram-se, historicamente, como espaços de ensaios de novas construções sociais. Desde a época da colonização e, depois, do colonialismo e do imperialismo, uns evoluíram no aprofundamento das redes internacionais, outros não escaparam ao isolamento ou, em alternativa, à integração condicionada e desigual em vários complexos. Por seu turno, os enclaves resultaram de contingências históricas, amiúde decididas de fora, que determinaram uma certa insularidade relativamente ao seu imediato entorno geográfico. Quando não se tornaram territórios independentes, persistem nesses espaços, se não reivindicações autonómicas, pelo menos difusos sentimentos anti-coloniais e emancipacionistas, que, mesmo quando não mobilizam segmentos significativos das populações, não deixam de dar nota da sua alteridade – desde logo, cultural – face à soberania.
Frequentemente, e sem embargo do arrolamento de artefactos culturais singulares para escorar posições anti-coloniais ou autonómicas, as imputações de sentido, amiúde elaboradas a posteriori, tornam intencionalmente significativas experiências de vida cujas implicações não foram ou não são assim pensadas por muitos dos que as vivem. Em todo o caso, e mesmo quando a pertença política não é questionada, a história é lembrada, por vezes, para dar nota do que de artificioso contêm as soluções politicamente concertadas, as quais conduziram a tais sociedades que, resultando de encontros, comportam no seu seio conflitos vários.
Na verdade, insularidades e enclaves remetem para a construção de fronteiras e para a respectiva mobilização na afirmação de identidades politizadas, mesmo se a tradução política por activistas ou elites intelectuais nem sempre se revele exequível e, tão pouco, consensual entre aqueles a quem pretende representar ou abarcar. A oportunidade de uma dada conjuntura história, quiçá irrepetível, terá contado, em alguns casos, para a consecução de determinadas soluções independentistas.
Trata-se de espaços que se constituem como locus de porosidades, de mutações, de decantações identitárias e, simultaneamente, de definição de projectos de políticos que, algo ironicamente, não raro acabam impostos de fora. Na verdade, as definições das insularidades e dos enclaves dependem das acções que os constituem, neles, e não menos importante, fora deles. Nalguns casos, tais territórios permanecem como fontes de lutas ou de provações, quantas vezes indesejadas pelos locais, incapazes, todavia, de romper com a subalternidade ou dependência imposta do exterior. Por vezes, também por locais que impõem fronteiras internas em detrimento da homogeneidade política, económica, social e cultural.
Neste evento, aberto a contributos dos vários saberes disciplinares científicos, acolher-se-ão narrativas e análises – inspiradas pelas variadas abordagens disciplinares, teoricamente balizadas e/ou empiricamente sustentadas – de experiências históricas em ilhas e enclaves, geradoras de processos de identificação e, não raro, de problemáticas éticas e políticas, entre elas, as inerentes à formação de Estados nacionais.
Programa do Congresso (PDF)
Submissão de resumos
As propostas devem ser enviadas até 1 de Setembro de 2018 através do preenchimento deste formulário.
As comunicações poderão ser apresentadas em Português, Inglês, Espanhol e Francês.
Datas importantes:
Submissão de resumos: até 1 de Setembro de 2018
Aceitação dos resumos: até 1 de Outubro de 2018
Divulgação do programa: 1 de Dezembro de 2018
📄 Chamada para trabalhos (PDF)
Organização:
Ana Lúcia Sá, Centro de Estudos Internacionais – Instituto Universitário de Lisboa (CEI-ISCTE-IUL)
Augusto Nascimento, Centro de História da Universidade de Lisboa (CH-UL)
Aurora Almada, Instituto de História Contemporânea da Universidade NOVA de Lisboa (IHC – NOVA FCSH)
Carlos Almeida, Centro de História da Universidade de Lisboa (CH-UL)
Eugénia Rodrigues, Centro de História da Universidade de Lisboa (CH-UL)
Maciel Santos, Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto (CEAUP)
Marta Manaças, Centro de História da Universidade de Lisboa (CH-UL)
Comissão Científica:
Ana Lúcia Sá, Centro Estudos Internacionais – Instituto Universitário de Lisboa (CEI-ISCTE-IUL)
António Correia e Silva, Universidade de Cabo Verde (UNICV)
Arlindo Caldeira, Centro de Humanidades da Universidade NOVA de Lisboa (CHAM – NOVA FCSH) e Universidade Autónoma (UA)
Augusto Nascimento, Centro de História da Universidade de Lisboa (CH-UL)
Aurora Almada, Instituto de História Contemporânea – Universidade NOVA de Lisboa (IHC – NOVA FCSH)
Benita Sampedro Vizcaya, Hofstra Universit (HU)
Carlos Almeida, Centro de História da Universidade de Lisboa (CH-UL)
Edalina Sanches, Instituto de Ciências Sociais (ICS) e Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade NOVA de Lisboa (IPRI – NOVA)
Eugénia Rodrigues, Centro de História da Universidade de Lisboa (CH-UL)
Gerhard Seibert, Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB)
Gérman Santana Pérez, Universidad de Las Palmas de Gran Canaria (ULP)
José Horta, Centro de História da Universidade de Lisboa (CH-UL)
Juan Manuel Santana Pérez, Universidad de Las Palmas de Gran Canaria (ULP)
Yolanda Aixelà Cabré, Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC)
Tempo
dezembro 6 (Quinta-feira) - 7 (Sexta-feira)
Organizador
Instituto de História Contemporânea — NOVA FCSH, Centro de História — Universidade de Lisboa, Centro de Estudos Africanos — Universidade do Porto e Centro de Estudos Internacionais — ISCTE-IUL