abril, 2020

07abrTodo o dia08Arquivos, História e Memória [ADIADO]Congresso Internacional(Todo o dia) Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Alameda da Universidade — 1649-010 LisboaTipologia do Evento:Congresso

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Detalhes do Evento

[ADIADO para data a anunciar] Congresso sobre a paisagem informacional e arquivística, com a conservação da prova administrativa e a narrativa da história nacional, após as grandes transformações políticas do século XIX.

 

Arquivos, História e Memória, da Era da Revoluções à Primeira Grande Guerra

Congresso internacional

 

 

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Contexto histórico

No longo século XIX verificam-se quatro processos históricos de grande relevância: a modernização do Estado, a construção dos estados-nações, a independência das colónias europeias da América e a colonização da África e da Ásia. A modernização do Estado envolve o aumento da sua dimensão e do seu peso na economia e na sociedade, o alargamento das suas funções, a burocratização do seu aparelho administrativo e uma lenta democratização. Deste processo fazem parte a redução ou extinção dos poderes concorrentes, sejam eles da Igreja ou dos aristocratas. O Estado vai também ser o instrumento de consagração da propriedade privada, da livre iniciativa e, progressivamente, da liberdade de associação dos cidadãos. O Estado modernizado favorece e apoia ainda, de diversas formas, a construção do estado-nação.

Todo este processo dá origem a uma nova paisagem informacional e arquivística, em torno da qual se passarão a organizar a conservação da prova administrativa e a narrativa da história nacional. As transformações enunciadas não se limitam às metrópoles europeias, antes servem de modelo aos antigos territórios coloniais do continente americano. Nos novos estados, independentes, estes processos enfrentam os desafios da integração de povos de origem diversa e dos distintos estatutos sociais dos seus habitantes. Apesar de tudo, nestes territórios e bem assim nas metrópoles, largos sectores da população escapam às redes que o Estado vai tecendo e só palidamente estão reflectidos na documentação por ele produzida.

 

Chamada para trabalhos

 

Objectivos, âmbito cronológico e geográfico

O congresso que ora se propõe tem como objectivo abrir um debate sobre estes processos, convocando, entre outras, áreas científicas da História, como a História dos Arquivos e da Informação, que, pelo seu desenvolvimento recente, têm sido menos consideradas. Simultaneamente, este congresso procura acolher os contributos de outras Ciências Sociais e Humanas, entre as quais a novel Ciência Arquivística/Ciência da Informação. O congresso está inserido no programa do Instituto de História Contemporânea do bicentenário da revolução liberal portuguesa de 1820, que representa um importante momento de viragem em relação aos processos acima descritos, no que a Portugal e às suas colónias diz respeito. Todavia, o colóquio está aberto à análise de um tempo longo, dos finais do século XVIII a começos do século XX, considerando as diferentes cronologias dos processos de desenvolvimento institucional, não só em Portugal e no seu Império, como noutros estados europeus e noutros espaços coloniais.

 

Secções, questões de análise e sugestões de temas

Secção I – A modernização do Estado e a nova paisagem informacional e arquivística

Como se reconfigurou a produção e a conservação da informação nas metrópoles europeias com a criação do Arquivo Nacional e com a transformação ou extinção de organizações até aí fortemente produtoras de arquivos?

Temas: do arquivo da coroa ao arquivo nacional; os arquivos da administração central e periférica; os arquivos municipais; os arquivos da Igreja; os arquivos de empresas; os arquivos de confrarias, misericórdias e associações; os arquivos de Casas e famílias

Secção II – Arquivar o Império

De que modo o arquivo colonial serviu os propósitos governativos da administração metropolitana e se relacionou com a prova e memória das populações locais? Como foi reconfigurado o arquivo histórico dos antigos espaços imperiais e o que sucedeu aos acervos das suas instituições?

Temas: os arquivos dos novos estados do continente americano; os arquivos dos espaços coloniais

Secção III – Processando o passado: arquivistas e historiadores em definição de fronteiras

Como evoluíram a profissão e a formação de arquivista e os seus saberes? Que papel tiveram os historiadores na criação da nova paisagem informacional e arquivística? Como se relacionaram os historiadores com os arquivos e que importância efectiva teve a documentação arquivística na História-ciência então nascente?

Temas: as transformações na profissão de arquivista e na arquivística; os intérpretes do passado: a escrita da História e os documentos de arquivo

Secção IV – Para além dos arquivos

Como documentar os grupos subalternos e os excluídos, cuja menor presença, ou mesmo ausência, dos arquivos de Estado, foi uma realidade apesar de toda a retórica da inclusão e da igualdade que presidiu à construção do Estado liberal?

Temas: documentar os subalternos e os excluídos; a oralidade e a tradição como formas de prova e de memória

Secção V – Mesa redonda: o futuro do passado

Olhando o futuro a partir de um reforçado e plural conhecimento do passado, esta mesa redonda contará com a participação dos diferentes profissionais que se ocupam e preocupam com a política arquivística. Ela tem em vista a elaboração de um balanço/estado da questão, em torno dos novos modelos de conceptualização e de actuação no sector, das necessidades e dos desafios do presente.
Datas

 

Submissão de propostas de comunicação: até 13 de Setembro 22 de Novembro de 2019 [NOVA DATA]

Notificação da aceitação das propostas: até 28 de Outubro de 2019

Inscrições: a partir de 16 de Setembro de 2019

Línguas: Português, inglês, espanhol e francês

Contacto: congahm@sapo.pt

 

🔗 Submissão de comunicações

 

Inscrição e acreditação

A inscrição é gratuita, através do formulário a disponibilizar oportunamente

Acreditação: o congresso será submetido à acreditação do Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua, de forma a que a sua frequência releve para efeito de progressão na carreira de Professor do Ensino Básico e Secundário.

 

Publicação das comunicações

Depois do congresso, os participantes serão convidados a submeter o texto das comunicações para publicação num e-book após decisão positiva do painel anónimo de avaliação.
Organização

 

Comissão organizadora

Maria João da Câmara (IEM — NOVA FCSH)
José Maria Furtado (ANTT)
Joana Paulino (IHC — NOVA FCSH)
Maria de Lurdes Rosa (IEM — NOVA FCSH)
Luís Nuno Espinha da Silveira (IHC — NOVA FCSH)

 

Comissão científica

Ana Canas (ULisboa/FL)
Paula Godinho (IHC — NOVA FCSH)
António Hespanha (NOVA Direito)
Silvestre Lacerda (ANTT)
Sérgio Campos Matos (ULisboa/FL)
Paula Ochoa (NOVA FCSH)
José Pedro Paiva (UCoimbra/FL)
Ricardo Roque (ULisboa/ICS)
Maria de Lurdes Rosa (IEM — NOVA FCSH)
Carlos Guardado da Silva (ULisboa/FL)
Luís Nuno Espinha da Silveira (IHC — NOVA FCSH)
António Sousa (ArqDistrital Braga)
José Subtil (UAutónoma Lisboa)
Luís Reis Torgal (UCoimbra/FL)
Irene Vaquinhas (UCoimbra/FL)

Imagem: Arquivo Municipal de Lisboa, Coleção Carlos Alberto Lima, PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/004/LIM/002569​

 

Tempo

abril 7 (Terça-feira) - 8 (Quarta-feira)

Localização

Arquivo Nacional da Torre do Tombo

Alameda da Universidade — 1649-010 Lisboa

Organizador

Instituto de História Contemporânea — NOVA FCSH, Instituto de Estudos Medievais — NOVA FCSH e Arquivo Nacional da Torre do Tombo

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