march, 2019

12mar6:00 pm8:00 pmA Tuberculose Pulmonar e o Pneumotórax ArtificialHistory of Health and Medicine Seminar Cycle6:00 pm - 8:00 pm NOVA FCSH, ID Building, Room 1.05, Avenida de Berna, 26-C - 1069-061 LisbonEvent Type :Cycle

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Event Details

Second session of the fourth edition of the seminar cycle dedicated to the History of Health and Medicine, organised by Helena da Silva and Alexandra Marques. With António Ramos (University of Évora).

 

Este ciclo de seminários pretende ser um espaço de debate historiográfico sobre a História da Saúde e da Medicina, numa perspectiva pluridisciplinar e num contexto espácio-temporal alargado.

Nas diferentes sessões, será apresentada a investigação em curso pelos conferencistas com o intuito de promover o conhecimento e a reflexão na História da Saúde e da Medicina. Diferentes vertentes serão abordadas, quer uma visão científica e prática, quer em termos políticos, sociais e institucionais.

 

PROGRAMA 2019

19 de Fevereiro
Estado Novo e investigação médica: das “facas, garfos e colheres” aos instrumentos Zeiss?
Quintino Lopes (IHC – Universidade de Évora)

12 de Março
A Tuberculose Pulmonar e o Pneumotórax Artificial
António Ramos (Universidade de Évora) — 📎 Resumo e biografia

O ano de 1882 foi um annus mirabilis na história da tuberculose pulmonar, não apenas pela descoberta do bacilo da tuberculose por Robert Koch (1843-1910), mas também pela introdução do tratamento com o pneumotórax artificial. O pneumotórax artificial, que induz o colapso do pulmão afectado pela injecção de nitrogénio líquido entre a pleura parietal e visceral foi desenvolvido por Carlo Forlalinini (1847-1918). Os seus primeiros trabalhos, de 1882, vieram a público em artigos sucessivos na Rivista degli Ospedali. Após 1895, as ideias de Forlanini ainda suscitavam alguma indiferença e até hostilidade entre os colegas italianos, e o seu reconhecimento só foi alcançado em 1912, no Sétimo Congresso Internacional de Tuberculose, em Roma. Após 1921 o pneumotórax artificial foi largamente adoptado na Europa e nos Estados Unidos e verificaram-se inúmeros melhoramentos nos aparelhos e técnicas iniciais. O domínio das indicações do pneumotórax artificial estava, geralmente, bem estabelecido, podendo este método ser utilizado, inclusive nos casos em que a doença atingia os dois pulmões. A forma fibrocaseosa crónica da doença era a mais indicada para a aplicação deste método terapêutico, no entanto, havia contra-indicações para a aplicação do pneumotórax artificial, tais como, afecção grave cardíaca ou renal e asma. Nos doentes em que não se podia efectuar o pneumotórax artificial, estavam indicadas outras formas de cirurgia torácica e, neles, a frenicetomia era a operação de eleição, visto que a toracoplastia extrapleural, só podia ser recomendada após uma observação clínica detalhada por tisiólogo experiente. No Sanatório Sousa Martins (Guarda), o aparelho simplificado de Lopo de Carvalho (1857-1822), ali construído, foi desde o início utilizado na prática do pneumotórax artificial, pois encerrava todas as vantagens dos aparelhos anteriormente desenvolvidos, pela sua simplicidade e segurança.

26 de Março
“Questão social”, sofrimento e medicalização da vida
Tiago Pires Marques (CES-UC)

9 de Abril
Micróbios, Doenças e Doentes na cidade: a luta contra a tuberculose na Barcelona republicana
Celia Miralles Buil (CIUHCT)

14 de Maio – Esta sessão decorre na Escola Superior de Enfermagem de Lisboa e tem início às 17h30
‘The high roads of the war’: Nurses’ work on ambulance trains in the First World War (1914-1918)
Christine Hallet (University of Huddersfield)

28 de Maio
Thomaz de Mello Breyner, o cronista de uma época
Margarida de Magalhães Ramalho (IHC – NOVA FCSH)

 

Cartaz do quarto ciclo de ciclo de seminários História da Saúde e da Medicina

Time

(Tuesday) 6:00 pm - 8:00 pm

Location

NOVA FCSH, ID Building, Room 1.05

Avenida de Berna, 26-C - 1069-061 Lisbon

Organizer

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